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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS

GERAIS
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

ALÉXIA, ANA CLARA, EMANUELLE, GIULIA, HEITOR, ISLAYNE,


IZABELLA, JÚLIA MAIA, JÚLIA TORRES, KEVIN, LUDMILA,
MARIA FERNANDA, MARIANA SOARES, SAMUEL, SOPHIA E
SUELEN

JÚRI SIMULADO
PL 490/07 (Marco temporal) e PL 191/20 (Mineração em terras
indígenas)

BELO HORIZONTE
05 DE OUTUBRO DE 2022
Apresentação dos Projetos de Lei (PL490) e (PL191)

O PL 490 determina que são terras indígenas aquelas que estavam


ocupadas pelos povos tradicionais em 5 de outubro de 1988. Ou seja, é
necessária a comprovação da posse da terra no dia da promulgação da
Constituição Federal.
O PL 191 regulamenta a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos
em reservas indígenas, o qual o presidente Jair Bolsonaro defende desde a
posse. Ele define condições específicas para a pesquisa e lavra de recursos
minerais, como ouro e minério de ferro, e de hidrocarbonetos, como petróleo e
gás natural; e para o aproveitamento hídrico de rios para geração de energia
elétrica nas reservas indígenas. Além das imposições constitucionais, o texto
do Executivo determina que a exploração econômica do subsolo indígena
deverá assegurar indenização às comunidades afetadas, já que a atividade
impede que eles explorem a própria terra (restrição ao usufruto). O cálculo da
indenização levará em conta o grau de restrição imposto pelo empreendimento.
Além disso, deve haver o consentimento das comunidades indígenas afetadas:
a agência concederá o prazo de 180 dias para que as comunidades indígenas
afetadas manifestem interesse em realizar a garimpagem diretamente ou em
parceria com não indígenas.
.

Argumentando sobre o PL 191 e PL 490


Alguns dos motivos para sermos contra os projetos de leis serão apresentados
a seguir.
Etnias teriam seu lar ameaçado pela exploração de recursos. O povo Krenak
por exemplo que, sem poder usar o Rio Doce há quase cinco anos devido aos
rejeitos, com os meios de vida ameaçados, bem como a sobrevivência, já que
praticamente não ocorreram reparações sequer determinadas pela Justiça do
Brasil, agora precisam lutar para permanecer nos territórios.
Apoiando esses projetos, estaremos apoiando também a poluição de rios e
lagos, extrusão dos povos originários e matança dos mesmos. Outro ponto, é
que ignora a a violência sistêmica que os povos indígenas brasileiros sofrem
para preservar seu modo de vida e desconsidera o processo histórico de
expulsão de indígenas de seus territórios de origem. Eles teriam seu lar
ameaçado pela exploração de recursos e possíveis doutrinas religiosas
externas seriam impostas sobre os mesmos. Vale ressaltar que retirar o espaço
para sobrevivência física e cultural de um grupo social, se configura como uma
forma de genocídio.
Em uma pesquisa publicada pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário),
órgão ligado à CNBBBrasil, o Brasil registrou 305 casos de invasão, exploração
ilegal e danos a 226 terras indígenas de 22 estados em 2021, um recorde. O
total representa um aumento de 180% em relação aos números de 2018, último
antes do início da gestão do atual presidente Jair Bolsonaro. Em 2022, o
número de candidatos indígenas aumentou 116% em comparação com 2014,
quando o Tribunal Superior Eleitoral passou a registrar dados como cor e raça.
Cleber Buzatto, Secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário,
avalia que o crescimento das pautas indígenas é fruto da maior capacidade de
articulação dos povos indígenas para ocupar espaços de poder. “Assim, eles
ficam melhor representados nos espaços de poder, e sem precisar abrir mão
de aliança de outros aliados que já se encontram nesses espaços. Com
quadros eleitos, os povos conseguem eles mesmos fazer a defesa de seus
direitos”.
O advogado da Articulação dos Povos Índigenas do Brasil (APIB) afirma que a
terra não passa a existir após a demarcação, ela já existe. Assim, o território já
pertence ao indígena, cabe ao Estado apenas o reconhecimento dos seu
direito a essas áreas. “Os direitos indigenas são direitos e garantias
fundamentais e por isso são cláusulas pétreas da nossa Constituição. Não
podem ser relativizadas nem flexibilizadas". Danicley, porta voz da campanha
Amazônia do greenpeace, chamou atenção para o precedente perigoso que a
relativização dos direitos indígenas pode produzir sobre os direitos e garantias
fundamentais de todos os brasileiros. "É preciso estarmos atentos a esse
julgamento, pois hoje são os direitos indigenas, amanhã serão os direitos de
todos os brasileiros. Afinal, é com a relativização e supressão de direitos que
as democracias começam a morrer", afirmou.
Conflitos envolvendo a demarcação de terras também são importantes de
serem lembrados. A Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá II e
Iguatemipeguá II, no Mato Grosso do Sul, vivem conflitos também no seu
processo de demarcação. Parte da demarcação da terra indígena foi anulada
com base no entendimento do marco temporal em uma decisão liminar, em
2017, dentro de ação movida pelo proprietário de uma fazenda sobreposta à
terra. A sentença foi suspensa somente em julho de 2020, pelo Tribunal
Regional Federal da 3a Região (TRF-3). Os conflitos envolvendo a demarcação
da TI resultaram no assassinato do indígena Clodiodi Aquileu de Souza, em
2016, no episódio conhecido como Massacre de Caarapó. Na ocasião, cerca
de 70 fazendeiros e pistoleiros encapuzados realizaram um ataque contra um
grupo indígena acampado em uma fazenda que estava dentro da área
identificada pela Funai como terra indígena. Além da morte de Clodiodi, outros
seis indígenas ficaram feridos – cinco deles em estado grave. A Terra Indígena
Piripkura é habitada por um grupo de indígenas isolados voluntariamente, mas
tem sido alvo de invasores.
A questão ambiental também preocupa: uma área na Amazônia quase do
tamanho da Venezuela pode ser devastada, resultando em prejuízos
econômicos bilionários por ano. É o que concluiu um estudo realizado por
pesquisadores brasileiros e australianos que analisou os impactos ambientais
do PL 191/2020. Essa porção de floresta afetada seria substituída não apenas
pelas cavas das minas e por suas usinas de beneficiamento, mas também por
estradas, linhas de energia e infraestrutura de serviços ligados à atividade. A
perda de biodiversidade vinculada aos projetos de mineração afetaria cadeias
produtivas locais, como a da madeira e a da borracha, além da extração de
castanha-do-pará, que garante a subsistência de muitos povos da floresta. O
desmatamento de uma área com essas dimensões traria ainda alterações no
regime de chuvas – não apenas da Amazônia, mas do Centro-Oeste e até do
Sul, regiões onde está concentrado o agronegócio do país, responsável por
21% do PIB nacional, segundo a Confederação Nacional de Agricultura. O
estudo aponta ainda que, sem chuva, as lavouras perderiam produtividade.

Quem é contra ao marco temporal para a demarcação de terras


indígenas?
Mais de 160 mil pessoas assinaram uma carta aberta ao Supremo Tribunal
Federal (STF) manifestando sua posição contra a tese do chamado “marco
temporal” e pedindo que a Corte proteja os direitos constitucionais dos povos
indígenas, sob grave ameaça neste momento no Brasil.
Indígenas se encontram fazendo protestos contra o Marco temporal por todo o
país: um grupo de indígenas da etnia tupinambá interditou um trecho da BA-
001, que faz ligação entre as cidades de Ilhéus e Olivença, no sul da Bahia; no
oeste de Santa Catarina, indígenas Kaingang e Guarani promovem ato na SC
283, no trevo do município de Paial; indígenas kaingang fecharam Túnel
Antonieta de Barros, em Florianópolis, em protesto contra o Marco Temporal e
pela Casa de Passagem.; ato na Terra Indígena Morro dos Cavalos reúne
representantes de várias terras indígenas do Estado.

Direitos indígenas nos governos do Brasil

SARNEY GOVERNO
07 de JUNHO
Criação do projeto calha.
Este projeto foi criado pelo governo federal diante de uma preocupação dos
militares sobre a causa amazônica. A calha norte tem por objetivo principal o
aumento da presença do poder público na sua área de atuação.
28 JUNHO 1985
A Assembleia Nacional constituinte é convocada.
O Presidente Sarney propôs no congresso nacional a convocação de uma
assembleia constituinte exclusiva. Mas a proposta não vinga pois prevalece a
tese de que o congresso seria encarregado de elaborar a nova constituição.
15 DE OUTUBRO 1985
Às União das nações indígenas estabelecem diretrizes para participação de
índios nas eleições.
- Reconhecimento dos direitos territoriais indígenas
- Demarcação e garantia das terras indígenas.
-Usufruto exclusivo das terras indígenas.
-Reassentamento dos posseiros pobres.
- Reconhecimento e respeito às organizações sociais e culturais.
6 JUNHO 1987
Criação do departamento de índios isolados na Funai.
Identificam-se 82 áreas com a presença de grupos indígenas isolados.
Cabe aos índios decidirem o direito de como e quando querem estabelecer
contato com a sociedade
AGOSTO 1987
Direitos dos índios e soberania nacional em discussão na constituinte
Durante a (ANC) Assembleia Nacional Constituinte, os índios marcam
presença no congresso. Num episódio emblemático, o líder indígena Ailton
Karnak pinta o próprio rosto com tinta do garimpo enquanto discursa na câmara
dos deputados em defesa das comunidades indígenas.
23 OUTUBRO 1987
Segurança nacional e demarcação de terras indígenas
O decreto estabelece que o conselho de segurança nacional (csn) deve
compor a equipe de estudos para demarcação de áreas indígenas em faixa de
fronteira.
OUTUBRO DE 1988
Direitos indígenas na nova constituição
Artigos constitucionais (231 e 232) passam a assegurar a preservação das
diferentes línguas, culturas e organizações sociais dos povos indígenas.
É concedido o direito povos indígenas a posse imprescritível de suas terras
originais, com responsabilidade do estado de reconhecê-las, e demarcá-las,
mas eles passam a ter direito exclusivo de usufruir das riquezas de seu solo
rios e lagos. Eles ganharam autonomia para defender seus direitos junto ao
estado brasileiro com assistência do Ministério público.
FEVEREIRO 1989
1° Encontro das Nações Indígenas do Xingu e audiência pública sobre Belo
Monte.
Este grande evento sócio ambiental no município de Altamira reuniu centenas
de indígenas e de ambientalistas para protestar contra a usina hidrelétrica de
Kararaô no rio Xingu.
25 A 31 DE MARÇO 1989
Surgimento da Aliança dos povos da floresta (APF)
Encontro em Rio Branco, capital do Acre, mobiliza centenas de índios e
seringueiros em torno de questões relativas à ocupação e ao desmatamento na
Amazônia.
Nesse encontro é criada a aliança dos povos da floresta (APF) formada pelo
(CNS) e pelo (UNI), com a finalidade de discutir uma política de
desenvolvimento e preservação da Amazônia.
FERNANDO COLLOR
29 DE MAIO DE 1990.
A escola Superior de guerra (ESG) lança o documento ”Estrutura do poder
nacional para o ano 2001” e retoma a tese do risco de internacionalização da
Amazônia pela ação de organizações não governamentais (ONGs)
Tais ONGs impediriam o desenvolvimento da região por defenderem o “
preservacionísmo”. Mais tarde, em 1992, um informe confidencial da secretaria
de assuntos estratégicos Presidência da república aponta a influência de
grupos de interesse nas reivindicações de comunidades indígenas (Acervo
Fernando Henrique Cardoso). As demandas de criação de territórios indígenas
são superdimensionadas e unificam territórios indígenas diferentes, o que
é considerado uma ameaça à soberania nacional
MAIS VOZ PARA OS POVOS INDÍGENAS
Um novo processo administrativo para identificação e delimitação de terras
indígenas e estabelecido pelo decreto 22/1991. Inovando em relação ao
anterior, de 1987, garante ao grupo indígena envolvimento em todas as fases
do processo de delimitação. E revoga o conceito de “ colônia indígena”
CARTA DA TERRA DOS POVOS INDÍGENAS
Durante a rio 92, os povos indígenas do brasil e de outros países organizam a
conferência mundial dos povos indígenas, evento do qual resulta a carta da
terra dos povos indígenas. Os
direitos são relacionados a proteção ambiental e os índios assumem o
compromisso de “ salvar a mãe terra”. Também demandam a ONU o
reconhecimento internacional dos direitos coletivos dos índios, ideia que se
concretiza em 2007 na declaração das nações unidas sobre os
direitos dos povos indígenas.
ITAMAR FRANCO
1992 • 1995
Em 1993, começaram os conflitos em torno da demarcação do território
Raposa Serra do Sol, em Roraima, que se estenderam até 2009. Durante o
mandato de Itamar, 16 terras indígenas foram homologadas, com extensão de
5.432.437 hectares (dados do Instituto Socioambiental).
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Nesse período, foi lançado o Projeto Integrado de Proteção às Populações e
Terras Indígenas da Amazônia Legal (PPTAL).
O programa promoveu investimentos na demarcação de terras.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) contemplou pela primeira vez a
educação indígena, com a utilização de línguas indígenas maternas no ensino
escolar.
Lei Arouca
Com a nova lei, a saúde indígena foi incorporada ao SUS, com a criação de um
subsistema específico.
No campo da educação, seguindo a diretriz da LDB, o governo incluiu a
educação indígena no Plano Nacional de Educação e realizou o primeiro
Censo Escolar Indígena. Além disso, criou o
Programa Diversidade na Universidade, abrindo o caminho para políticas
afirmativas que, mais à frente, desembocaram na Lei de Cotas, em 2012
Política Nacional da Biodiversidade, reconhecendo o papel dos povos
indígenas e quilombolas na conservação da biodiversidade
Novo Código
Pelo novo Código, os índios passaram a ser sujeitos capazes de contrair
direitos e obrigações por conta própria, deixando de ser considerados
“relativamente incapazes
OIT). Conhecida como Convenção 169 da OIT, ela reforçou os direitos
previstos na Constituição brasileira e criou a obrigação de o Estado promover
consulta aos povos indígenas antes de executar qualquer projeto ou obra em
seus territórios.
LULA
Uma das marcas do governo Lula foi a criação de novos espaços institucionais
para interlocução com representantes dos diversos setores da sociedade civil.
2004, criaram a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, instituíram o Fórum
de Defesa dos Direitos Indígenas e promoveram a primeira edição do
Acampamento Terra Livre, que está em sua 15o edição anual e é considerada
a principal reunião de povos indígenas do Brasil.
Em 2006, canalizou a mobilização indigenista em uma grande Conferência
Nacional dos Povos Indígenas. No mesmo ano, criou a Comissão Nacional de
Política Indigenista (CNPI), responsável por formular diretrizes nessa área, com
representação dos povos indígenas. Em seu primeiro mandato, Lula
homologou 66 terras indígenas, numa extensão de 11.059.713 hectares (dados
do Instituto Socioambiental).
Lula lançou a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, incluindo índios, quilombolas e comunidades
extrativistas de diversas regiões do país, com demandas semelhantes de
acesso a crédito, logística e infraestrutura.
Em 2009, realizou-se a Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena.
Nela, o conceito de “territórios etnoeducacionais” foi discutido.
educação indígena deveria se organizar de acordo com semelhanças culturais
entre povos indígenas e não segundo as divisões político-administrativas
tradicionais.
Em seu segundo mandato, o governo Lula homologou menos terras indígenas,
foram 21, em uma área de 7.726.053 hectares (dados do Instituto
Socioambiental).
DILMA
2011 • 2016
Em seu primeiro mandato,
Dilma homologa 11 terras indígenas, em 2.025.406 hectares (dados do Instituto
Socioambiental)
Programa Bolsa Permanência, a partir de uma parceria entre o Ministério da
Educação e a Fundação Nacional do Índio (Funai)
A Lei de Cotas de 2012 reservou 50% das vagas em institutos federais de
Ensino Superior e Médio para estudantes que se encaixam em determinados
critérios sociais e raciais, entre eles indígenas.
O Programa Mais Médicos foi estendido às aldeias indígenas.
No segundo mandato de Dilma, o governo criou o Conselho Nacional de
Política Indigenista (CNPI)
O Conselho estabeleceu um canal institucional permanente de consulta entre o
movimento indigenista e o Estado.
GOVERNO TEMER
13 DE JUNHO DE 2016
Ocupação da Funai por manifestantes indígenas.
A tensão entre o governo e os povos indígenas e seus movimentos cresce com
a posse iminente de Michel Temer após o impeachment de Dilma Rousseff.
18 DE JANEIRO DE 2017
Vaivém em alteração de processo demarcatório.
O ministério da justiça e cidadania cria o Grupo técnico especializado (GTE)
para validar as Decisões técnicas de demarcação de terras indígenas da
fundação nacional do índio (Funai).
Composto por representante da Funai, secretaria de direitos humanos,
secretaria de políticas
de promoção da igualdade racial e consultoria jurídica.
20 DE JUNHO DE 2017
Marco temporal para demarcação de terras indígenas
A advocacia geral da união (AGU) emite o parecer (001/2017) determinando
que a administração pública deve respeitar o entendimento do supremo tribunal
federal, em sua decisão sobre a reserva indígena raposa do sol. Segundo
interpretação da AGU, só podem ser
beneficiados pela demarcação os povos indígenas ou quilombolas que
comprovem a ocupação
a terra em 5 de outubro de 1988, data de aprovação da constituição.

PERGUNTAS ELABORADAS PELO GRUPO

1. Se usa o argumento da necessidade de exploração dessas terras para


aumento da economia, no entanto com essa hipótese não se considera os
problemas ambientais presentes que estão cada vez piores. No futuro o
prejuízo e o dinheiro que seria retirado dos cofres públicos para reparar os
danos impactariam ainda mais. Como iríamos reverter isso?

2. Com a implantação da PL 191 e 490, quais medidas serão implantadas para


a prevenção do etnocídio, abuso do poder de empresas privadas como por
exemplo ás mineradoras que poderão realizar suas ações destituindo os
indígenas de suas terras mesmo ás possuindo em seu direito originário?
3. Como vocês irão assegurar os direitos das comunidades indígenas ao
invadir suas terras, já que o Estatuto dos Índios prevê garantir aos indígenas a
permanência voluntária no seu habitat , proporcionando-lhes ali recursos para
seu desenvolvimento e progresso?

4. Como será o processo de realocação dos povos originários, já que eles


possuem uma ligação com seus territórios?

5. Segundo a constituição federal em seu artigo 231 os direitos indígenas são


originários, ou seja, são anteriores à própria formação do Estado brasileiro, do
país Brasil. Vocês não consideram que esse projeto de lei seria um atraso e
uma fragilização da democracia brasileira?
Referências bibliográficas
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PRADO, L; PITTELKOW, N; Candidatos indígenas de 45 povos podem se
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https://deolhonosruralistas.com.br/2022/08/31/candidatos-indigenas-de-45-
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DOS ANJOS, A; LAURIS, E; MARTINS, PEDRO; DOS SANTOS, R; JUSTIÇA
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https://terradedireitos.org.br/uploads/arquivos/Justica-e-o-marco-Temporal-de-
1988-(final).pdf. Acesso em 02/10/2022.
TOLEDO, D; Demarcação de terras indígenas provoca debate jurídico na
Câmara e no STF. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/podcast-e-tem-mais-o-debate-sobre-
mudancas-na-demarcacao-de-terras-indigenas/. Acesso em 02/10/2022.
SCHRAMM, F; Quem é favorável ao marco temporal para demarcação de
Terras Indígenas? Disponível em:
https://terradedireitos.org.br/noticias/noticias/quem-e-favoravel-ao-marco-
temporal-para-demarcacao-de-terras-indigenas/23635. Acesso em 02/10/2022.
ANDRADE, L; O que muda na sua vida (e em Minas Gerais) se o PL 490 for
aprovado? Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/06/30/interna_gerais,1282153/o
-que-muda-na-sua-vida-e-em-minas-gerais-se-o-pl-490-for-aprovado.shtml.
Acesso em 02/10/2022.

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