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COMENTÁRIO DA ORGANIZAÇÃO
O autor do texto, Gersem Baniwa, é indígena do povo Baniwa da Terra Indígena
Alto Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira (AM), e professor associado do
Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília. No texto utilizado pela
questão, ele traz de forma resumida a longa luta dos indígenas pela posse de sua
terra e explica conceitos importantes, como o Marco Temporal. Essa tese
invisibiliza a existência anterior dos indígenas e desvaloriza seu auto-
reconhecimento, tendo como consequência a demarcação de terras que pode, no
limite, levar à expulsão de populações em benefício da exploração comercial e
mineradora de grandes porções do território. O governo do ex-presidente
Bolsonaro buscou acelerar ao máximo a aprovação dessas medidas. A deliberação
sobre o Marco Temporal foi suspensa em 2022 e ainda será apreciada pelo STF.
Excepcionalmente, em função da Tarefa da fase 5 da Olimpíada, essa questão teve
seu gabarito publicado. Para a Olimpíada 2023, ao todo 3 questões tiveram seu
gabarito liberado, em função da Tarefa. Essa publicação não altera o Regulamento
item 3.3.
Gabarito desta questão: A = 1 / B = 4 / C = 0 / D = 5
(...)
O modelo de política indigenista no Brasil sofre desde sua origem profundas
Em 1973 foi criado o Estatuto do Índio através da Lei no 6.001 que passou a
Proteção aos Índios (SPI) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) foram
de indianidade para estabelecer quem era índio e quem deveria deixar de ser
menos de 70 mil pessoas. A partir dos anos 1970 os povos indígenas começam
suas histórias, vidas e existências não começam em 1988. A tese ignora o fato
que até 1988 os povos indígenas eram tutelados do Estado e não tinham
autonomia para lutar juridicamente por seus direitos. O próprio Estado aplicou
do governo.