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FAEM – FACULDADE EMBU DAS ARTES

7º SEMESTRE DIREITO MATUTINO

GUTEMBERGUE RODRIGUES DE SOUZA JUNIOR


RA: 12201012

DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR RAIMUNDO

EMBU DAS ARTES – SP

2022
Índice:

1. O Índio no Brasil...........................................................
2. A cidadania indígena....................................................
3. Direitos políticos dos povos indígenas.........................
4. Jurisprudências.............................................................
5. Conclusão.....................................................................
6. Referências...................................................................
1. História do Índio no Brasil.

Os indígenas brasileiros são os povos que já habitavam o


nosso território antes da chegada dos europeus em 1.500. Segundo a
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), existem cerca de 240 povos
indígenas no Brasil, de 300 etnias diversas que falam mais de 180
línguas, totalizam mais de 800 mil pessoas

1. Guarani: Presentes em vários estados brasileiros, os Guarani são


uma das etnias mais numerosas do país, com cerca de 51 mil
indivíduos.

2. Tikuna: Com cerca de 30 mil indivíduos, os Tikuna são a maior


etnia indígena da região amazônica, habitando principalmente a
região do Alto Solimões.

3. Yanomami: Com cerca de 27 mil indivíduos, os Yanomami


habitam a região da Amazônia Legal, na fronteira entre o Brasil e
a Venezuela.

4. Xavante: Com cerca de 12 mil indivíduos, os Xavante habitam


principalmente a região do Mato Grosso.

5. Kaingang: Com cerca de 35 mil indivíduos, os Kaingang habitam


principalmente as regiões sul e sudeste do país.
6. Pataxó: Com cerca de 10 mil indivíduos, os Pataxó habitam
principalmente a região da Bahia.

7. Terena: Com cerca de 20 mil indivíduos, os Terena habitam


principalmente a região do Mato Grosso do Sul.

Eles são detentores de direitos originários sobre as terras


que tradicionalmente ocupam reconhecidos pela Constituição Federal
e, apesar da existência de políticas públicas voltadas para a proteção
dos indígenas, como a demarcação de terras e a garantia do acesso à
saúde e à educação, ainda enfrentam muitos obstáculos. Por isso, é
importante que sejam implementadas políticas públicas efetivas para
garantir os direitos dos povos indígenas e promover a inclusão e
participação plena dos mesmos na sociedade brasileira, respeitando
suas culturas, tradições e modos de vida.

01) Território: muitos povos indígenas no Brasil lutam para garantir a


demarcação e proteção de suas terras tradicionais, que são
frequentemente invadidas e exploradas por atividades ilegais, como a
mineração, a exploração madeireira e o agronegócio.

02) Social: os povos indígenas enfrentam altos índices de pobreza, falta


de acesso a serviços básicos como saúde e educação, discriminação e
exclusão social. Muitos sofrem com a falta de saneamento básico e
condições precárias de habitação.
03) Ambiental: as atividades econômicas ilegais e insustentáveis, como
a mineração e a exploração madeireira, afetam negativamente o meio
ambiente e os recursos naturais das terras indígenas, ameaçando a
sobrevivência de muitas comunidades indígenas.

04) Cultural: a pressão para assimilação e perda de identidade cultural é


uma realidade enfrentada por muitos povos indígenas no Brasil, que
sofrem com o preconceito e a falta de valorização de sua cultura e
tradições.

2 . Direitos e deveres indígenas

Esses direitos são garantidos, reconhecendo os povos indígenas


como detentores de tais demandas.

Alguns dos direitos que os povos indígenas possuem como


cidadãos brasileiros incluem o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
educação, à saúde, à cultura, à participação política e à consulta prévia
em decisões que afetem seus territórios e comunidades. No entanto,
apesar das garantias legais, ainda enfrentam muitos obstáculos para o
pleno exercício de sua cidadania.

Há várias leis que asseguram os direitos dos índios, dentre


elas:

 Constituição Federal de 1988: A Constituição Federal reconhece


os direitos dos povos indígenas, garantindo-lhes a proteção e a
preservação de suas culturas, línguas, tradições e modos de vida.
Além disso, a Constituição determina que as terras indígenas são
de propriedade da União, e que a demarcação dessas terras deve
ser feita com base em estudos antropológicos e em consulta
prévia aos povos afetados.

 Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT):


é um tratado internacional que reconhece os direitos dos povos
indígenas e tribais em todo o mundo. Ela foi adotada em 1989 e
entrou em vigor em 1991, e é considerada um marco na luta pela
proteção dos direitos dos povos indígenas. Estabeleceu que os
povos indígenas e tribais têm o direito de conservar suas culturas
e tradições, e de participar plenamente na vida política, econômica
e social dos países onde vivem. Ela também reconhece o direito
desses povos à consulta prévia e informada em relação a medidas
que possam afetar seus direitos e interesses. Outros direitos
assegurados incluem o direito à terra e aos recursos naturais, o
direito de manter suas línguas e tradições, o direito de participar
na gestão dos recursos naturais, e o direito de determinar suas
próprias prioridades de desenvolvimento. No Brasil, a Convenção
169 da OIT foi ratificada em 2002, o que significa que o país se
comprometeu a implementar seus princípios e garantir a proteção
dos direitos dos povos indígenas.

 Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos


Indígenas: A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos
Povos Indígenas é um documento adotado pela Assembleia Geral
das Nações Unidas em 2007. A declaração estabelece os direitos
coletivos e individuais dos povos indígenas em todo o mundo, e é
considerada um importante marco na luta pelos direitos desses
povos. Estabelece que os povos indígenas têm o direito de manter
e fortalecer suas próprias instituições, culturas e tradições. Ela
também reconhece o direito desses povos à autodeterminação, à
terra e aos recursos naturais, e ao desenvolvimento sustentável.
Outros direitos reconhecidos pela declaração incluem o direito à
participação plena e efetiva nos processos de tomada de decisão
que afetam suas vidas e comunidades, o direito de proteger e
preservar suas línguas, culturas e patrimônio, e o direito à
reparação por violações de seus direitos. No Brasil, a Declaração
das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas tem
sido usada como um instrumento importante na luta pela proteção
dos direitos dos povos indígenas. No entanto, assim como no
caso da Convenção 169 da OIT, muitos desafios ainda existem
para a plena realização desses direitos, especialmente no que diz
respeito à demarcação e proteção das terras indígenas e à
garantia de que as políticas e programas governamentais
respeitem e promovam os direitos dos povos indígenas.

 Lei 6.001/73: Essa lei estabelece o Estatuto do Índio, que


reconhece aos povos indígenas o direito à organização social,
política e econômica, além de assegurar a proteção dos seus
direitos culturais e territoriais.

 Lei 9.394/96: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


reconhece a diversidade cultural dos povos indígenas, e
determina que a educação escolar indígena deve ser diferenciada
e bilíngue, respeitando a língua, cultura e tradições dos povos.
 Lei 11.645/08: Essa lei incluiu no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena".

 Decreto 7.747/12: Esse decreto instituiu a Política Nacional de


Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, que tem como
objetivo garantir a proteção e a sustentabilidade das terras
indígenas.

3. Direitos políticos dos povos indígenas

Os índios, assim como os demais cidadãos brasileiros,


devem votar se tiverem mais de 18 anos e forem alfabetizados em
língua portuguesa. O Código Eleitoral (Lei n° 4.737/1965) veda o
alistamento eleitoral daqueles não falam português.

Os que desejam votar devem seguir o mesmo procedimento


que qualquer cidadão, respeitando certas particularidades. O indígena
que não tiver os documentos oficiais exigidos deve apresentar como
documento válido o registro administrativo correspondente expedido
pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assegurou o alistamento


eleitoral facultativo aos índios que, segundo o Estatuto do Índio, sejam
considerados isolados e em vias de integração. Pela decisão, os índios
alfabetizados devem se inscrever como eleitores, mas não estão
sujeitos ao pagamento de multa pelo atraso no alistamento eleitoral.
Essa orientação está prevista no artigo 16 da Resolução nº 21.538/2003
do TSE.

Os direitos políticos dos indígenas no Brasil são garantidos,


assegurando a possibilidade de participarem ativamente da vida política
do país. No entanto, é importante destacar que essas comunidades
podem ter necessidades e demandas específicas, que muitas vezes não
são consideradas pelos candidatos e partidos políticos. Por isso, é
fundamental que os representantes eleitos levem em conta suas
necessidades em sua atuação política, e que os eleitores indígenas se
informem sobre as propostas dos candidatos e votem de forma
consciente, levando em consideração as questões que são relevantes
para suas comunidades.

Além disso, como mencionei anteriormente, podem enfrentar


dificuldades para exercer seu direito ao voto, devido à sua localização
em áreas remotas e de difícil acesso. Portanto, é importante que as
autoridades eleitorais adotem medidas para garantir que esses eleitores
tenham acesso ao processo eleitoral, como a instalação de seções
eleitorais em aldeias e o fornecimento de transporte e apoio logístico.
Para lidar com essas questões, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem
buscado implementar medidas para facilitar a participação dos povos
indígenas nas eleições, como a instalação de seções eleitorais em
aldeias e a disponibilização de transporte e apoio logístico para que os
eleitores possam votar. Além disso, a Justiça Eleitoral tem buscado
promover a conscientização política e a educação cívica dos índios com
o objetivo de incentivar sua participação e garantir a representação
adequada de seus interesses na esfera política. Alguns dos principais
direitos políticos dos índigenas no Brasil incluem:
01) Direito ao voto: Os índios têm o direito ao voto, podendo exercer sua
cidadania e participar das eleições para cargos políticos em igualdade
com os demais cidadãos brasileiros.

02) Direito à representação política: Os índios têm o direito de serem


representados em instâncias de poder, como o Congresso Nacional, as
Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais, entre outras.

03) Direito à participação em órgãos de gestão territorial: Os índios têm


o direito de participar de órgãos de gestão territorial, como as
Comissões de Terras Indígenas, que são responsáveis por discutir e
deliberar sobre assuntos relacionados à demarcação, regularização e
proteção das terras indígenas.

04) Direito à consulta prévia: Os índios têm o direito de serem


consultados de forma prévia, livre e informada sobre projetos que
possam afetar seus territórios e comunidades, inclusive no âmbito
político.

05) Direito à autonomia: Os índios têm o direito de desenvolver suas


próprias formas de organização política e de gestão de seus territórios e
recursos naturais, desde que respeitem os princípios da Constituição
Federal.

06) Por força constitucional os povos nativos (índios, indígenas e etc.)


têm assegurado além de seus direitos de reconhecimento como
organização social, tradições, costumes, línguas, crenças e etc., os
demais direitos civis e políticos garantidos a todos os brasileiros não
índios;

07) O alistamento eleitoral constitui-se no ato jurídico pelo qual a pessoa


natural índia ou não índia, adquire, perante a Justiça Eleitoral, após a
devida habilitação e preenchimento dos requisitos legais, a capacidade
eleitoral ativa e passa a integrar o corpo de eleitores de determinada
zona que é divida em seções eleitorais;

08) É garantida à todos os indígenas maiores de dezesseis anos de


idade o direito ao alistamento eleitoral na forma da lei;

09) É incompatível com o texto constitucional a obrigatoriedade contida


na Resolução/TSE n. 20.806/2001, segundo a qual os índios integrados
e alfabetizados do sexo masculino maiores de dezoito anos de idade
precisam comprovar quitação do serviço militar ou prestação alternativa;

10) É facultado aos os índios analfabetos, bem como os maiores de


setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de
idade, o alistamento eleitoral;

11) É obrigatório o voto para o índio integrado e alfabetizado;

12) Os indígenas gozam das mesmas prerrogativas e hipóteses legais


quanto aos procedimentos de transferência, revisão e segunda via;
podem, por consequência, vir a sofrer cancelamento e exclusão do
cadastro eleitoral;
13) Os indígenas ou nativos em geral, atendidas as condições de
elegibilidade e que não se enquadrem em nenhum dos casos de
inelegibilidades, têm assegurados os direitos políticos de ser votados
(capacidade eleitoral passiva);

14) Constituem-se condições de elegibilidade para os índios/nativos: I)


nacionalidade brasileira; II) pleno gozo dos direitos políticos; III)
alistamento eleitoral; IV) domicílio eleitoral na circunscrição; V) filiação
partidária; e VI) idade mínima (18 anos para Vereador; 21 anos para
Deputado, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; 30 anos para
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; e 35
anos para Presidente, Vice-Presidente da República e Senador);
Aplica-se aos indígenas ou nativos as mesmas regras de inelegibilidade
contidas no art. 14, §§ 4º, 6º e 7º da Constituição Federal: I) Analfabeto
(art. 14, § 4º), II Inalistáveis (art. 14, §§ 2º e 4º), III Motivos funcionais
(art. 14, §§ 5º e 6º) e IV Reflexa (art. 14, § 7º). E ainda, as causas de
inelegibilidade infraconstitucionais que estão fixadas na Lei
Complementar n. 64/1990 e podem ser classificadas em absolutas (art.
1°, I, “a” até “q”) e relativas (art. 1°, II a VII);

15) Em regra, os índios não podem ter seus direitos políticos caçados
em razão de sua particular situação (capacidade), mas haverá perde
nos seguintes casos: I) cancelamento de naturalização por sentença
transitada em julgado, por prática de atividade nociva ao interesse
nacional; e II) aquisição de outra nacionalidade por naturalização
voluntária. Aplicam aos mesmos a regras de suspensão dos direitos
políticos por: I) incapacidade civil absoluta; II) condenação criminal
transitada em julgado; III) escusa de consciência; e IV) improbidade
administrativa;
16) Eleitos, os índios podem concorrer à reeleição: I) no Poder
Executivo: para um único período subsequente (CF, art. 14, § 5º); e II)
no Poder Legislativo: para ilimitados períodos subsequentes;

17) Aos índios militares, alistáveis e elegíveis aplicam-se as mesmas


regras dos comuns, ficará sujeito a afastar-se ou a se agregar no
momento do pedido de registro de candidatura, nos seguintes termos: I)
se contar menos de dez anos de serviço: deverá afastar-se da atividade;
e II) se contar com mais de dez anos de serviço: será agregado.

4.Jurisprudências:

 “[...] 1. Os indígenas têm assegurado o direito de se alistar como


eleitores e de votar, independentemente de categorização prevista
em legislação especial infraconstitucional, a partir dos dezesseis
anos, desde que atendidos os preceitos legais regulamentadores
da matéria, conforme orientação firmada por esta corte superior.
2. Todo cidadão do sexo masculino, maior de dezoito anos, que
comparece a unidade eleitoral - cartório, posto ou central de
atendimento - com a finalidade de se alistar eleitor, deve
apresentar, entre outros documentos, comprovante de quitação
das obrigações militares, nos exatos termos do art. 44, II, do
Código Eleitoral. 3. Tendo em conta a desinfluência da
classificação conferida ao indígena para esta justiça especializada
e a garantia constitucional relativamente a sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições (Constituição, art. 231),
será solicitado, na hipótese de requerer alistamento eleitoral,
documento hábil obtido na unidade do serviço militar do qual se
infira sua regularidade com as obrigações correspondentes, seja
pela prestação, dispensa, isenção ou quaisquer outros motivos
admitidos pela legislação de regência da matéria, em conjunto ou
não com o do órgão competente de assistência que comprove a
condição de indígena, ambos estranhos à órbita de atuação da
justiça eleitoral”.

 (Ac. de 10.2.2015 no PA nº 191930, rel. Min. João Otávio de


Noronha.)

 “[...] Alistamento. Voto. Indígena. Categorização estabelecida em


lei especial. 'Isolado'. 'Em vias de integração'. Inexistência. Óbice
legal. Caráter facultativo. Possibilidade. Exibição. Documento.
Registro Civil de Nascimento ou administrativo da FUNAI. 1. A
atual ordem constitucional, ao ampliar o direito à participação
política dos cidadãos, restringindo o alistamento somente aos
estrangeiros e aos conscritos, enquanto no serviço militar
obrigatório, e o exercício do voto àqueles que tenham suspensos
seus direitos políticos, assegurou-os, em caráter facultativo, a
todos os indígenas, independentemente da categorização
estabelecida na legislação especial infraconstitucional anterior,
observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral
pertinentes à matéria, como a nacionalidade brasileira e a idade
mínima. 2. Os índios que venham a se alfabetizar, devem se
inscrever como eleitores, não estando sujeitos ao pagamento de
multa pelo alistamento extemporâneo, de acordo com a orientação
prevista no art. 16, parágrafo único, da Res.-TSE 21.538, de 2003.
3. Para o ato de alistamento, faculta-se aos indígenas que não
disponham do documento de registro civil de nascimento a
apresentação do congênere administrativo expedido pela
Fundação Nacional do Índio (FUNAI).”

 (Ac. de 6.12.2011 no PA nº 180681, rel. Min. Nancy Andrighi.)

 “[...] Vedado impor qualquer empecilho ao alistamento eleitoral


que não esteja previsto na Lei Maior, por caracterizar restrição
indevida a direito político, há que afirmar a inexigibilidade de
fluência da língua pátria para que o indígena ainda sob tutela e o
brasileiro possam alistar-se eleitores. - Declarada a não recepção
do art. 5o, inciso II, do Código Eleitoral pela Constituição Federal
de 1988.”

 (Res. nº 23274 no PA nº 19840, de 1º.6.2010, rel. Min. Fernando


Gonçalves.)

 "Alistamento eleitoral. Exigências. São aplicáveis aos indígenas


integrados, reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, nos
termos da legislação especial (Estatuto do Índio), as exigências
impostas para o alistamento eleitoral, inclusive de comprovação
de quitação do serviço militar ou de cumprimento de prestação
alternativa."
(Res. nº 20806 no PA nº 18391, de 15.5.2001, rel. Garcia Vieira.)


5.Conclusão

Com certeza, o voto indígena é fundamental para a


garantia da representatividade política e inclusão social dos povos
indígenas. Além disso, sua participação no processo democrático
também é essencial para a promoção da igualdade e da justiça social.

A preservação dos territórios e ecossistemas é outra questão


importante, uma vez que os povos indígenas muitas vezes são
guardiões desses espaços naturais, que são vitais para a manutenção
da biodiversidade e do equilíbrio climático do planeta.

O reconhecimento e respeito à diversidade cultural e às demandas


específicas dos povos indígenas é fundamental para a construção de
uma sociedade mais justa e plural. E, por fim, é importante destacar que
a autodeterminação dos povos indígenas é um direito fundamental, que
deve ser respeitado e valorizado em todas as instâncias da sociedade e
do Estado.

6.REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.


Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.h
tm

Código Civil brasileiro. 2002. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm

Lei n. 6.001/1973. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6001.htm
Lei n. 4.375/1964. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4375.htm

Código Eleitoral. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4737.htm

CÂNDIDO, Joel J. Direito Eleitoral brasileiro. 11. ed. Bauru: Edipro,


2004.

RIBEIRO, Fávila. Direito Eleitoral. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

SUPERIOR TRIBUNAL ELEITORAL. Resolução do Tribunal Superior n.


20.806. Processo Administrativo n. 18.391. Classe 19. Amapá. Relator
Ministro Garcia Vieira. Brasília. Julgamento: 15.5.2001. Disponível em:
http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/resolucao-tse-no-20-806-
alistamento-eleitoral-exigencias.

Processo administrativo n. 1806-81.2011.6.00.0000. Relatora Ministra


Nancy Andrighi. Brasília. Julgamento: 6.12.2011.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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