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Pitágoras

Faculdade de ciências jurídicas

Situação Jurídica dos indígenas


Como o código civil trata os índios

Bom Jesus da Lapa


2023
Faculdade de ciências jurídicas de Bom
Jesus da Lapa

Data: 03/04/2023

Professor: Angelo

Nome: Nathali, Arthur, Aiane, Leticia

Semestre: 1-

Assunto: Situação Jurídica dos indígenas


Como o código civil trata os índios

Matéria: Direito civil


Sumario

Introdução...........................................02
Índios no Brasil antes da chegada dos
portugueses: Sociedade e cultura........03
Condição Jurídica do indígena
brasileiro.............................................04
Estatuto do índio.................................05
Introdução
Os atos jurídicos produzidos pelos indígenas são nulos e
extintos de efeitos jurídicos, principalmente se versarem
sobre ocupação, o domínio e a posse das terras e, ainda da
exploração das riquezas naturais lá existentes, se realizados
sem a indispensável assistência da FUNAI. É importante
ressaltar que o silvícola é o brasileiro de civilização
primitiva, não aculturado merece proteção especial da
União e regulada sua capacidade por estatuto próprio.

LEI Nº 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973.


Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Art. 1º Esta Lei regula a
situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades
indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e
integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão
nacional.

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização


social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar
todos os seus bens.
Índios no Brasil antes da chegada dos

portugueses: Sociedade e cultura


Diversos povos indígenas habitavam o Brasil muito tempo
antes da chegada dos portugueses em 1500. Cada povo
possuía sua própria cultura, religião e costumes. Viviam
basicamente da caça, pesca e agricultura. Tinham um
contato total com a natureza, pois dependiam dela para
quase tudo. Os rios, árvores, animais, ervas e plantas eram
de extrema importância para a vida destes índios. Por isso,
os índios respeitavam muito a natureza. Os índios viviam
em tribos e tinham na figura do cacique o chefe político e
administrativo. O pajé era o responsável pela transmissão
da cultura e dos conhecimentos. Era ele também que
cuidava da vida religiosa e dos tratamentos medicinais,
através da cura com ervas, plantas e rituais religiosos.

Faziam objetos artesanais com elementos da natureza:


cerâmica, palha, cipó, madeira, dentes de animais, etc.
Embora muitas nações indígenas tenham enfrentado os
portugueses através de guerras, ficaram desfavorecidos,
pois não tinham armas de fogo como os portugueses.
Condição Jurídica do indígena brasileiro
Atualmente somente cerca de 400 mil índios vivem no
Brasil. Muitas tribos, influenciadas pela cultura dos
brancos, perderam muitos traços culturais. É muito comum
encontrar em tribos indígenas atuais, índios falando em
português, vestindo roupas e até usando equipamentos
eletrônicos. Ao entrarem em contato com os brancos,
muitos índios, além de perderem aspectos culturais,
contraem doenças e morrem. A contaminação de rios,
principalmente por mercúrio vindo dos garimpos, também
leva doenças para os índios através de seu principal
alimento: o peixe.

Algumas tribos isoladas conseguiram ficar longe da


influência branca e conseguiram manter totalmente intacta
sua cultura. Infelizmente, são poucas tribos nesta situação.
A maior parte destas tribos está localizada na região da
Amazônia.

Muitos povos indígenas têm se mantido graças à criação,


nos últimos anos, de reservas indígenas. Nestas áreas, ficam
longe da presença de pessoas ("homens brancos"), que
pretendem explorar riquezas da natureza.
Estatuto do índio
"Estatuto do Índio" é o nome como ficou conhecida a lei
6.001. Promulgada em 1973, ela dispõe sobre as relações
do Estado e da sociedade brasileira com os índios. Em
linhas gerais, o Estatuto seguiu um princípio estabelecido
pelo velho Código Civil brasileiro (de 1916): de que os
índios, sendo "relativamente incapazes", deveriam ser
tutelados por um órgão indigenista estatal (de 1910 a 1967,
o Serviço de Proteção ao Índio - SPI; atualmente, a
Fundação Nacional do Índio - Funai) até que eles
estivessem “integrados à comunhão nacional”, ou seja, à
sociedade brasileira. A Constituição de 1988 rompe esta
tradição secular ao reconhecer aos índios o direito de
manter a sua própria cultura. Há o abandono da perspectiva
assimilacionista, que entendia os índios como categoria
social transitória, a serem incorporados à comunhão
nacional. A Constituição não fala em tutela ou em órgão
indigenista, mas mantém a responsabilidade da União de
proteger e fazer respeitar os direitos indígenas. Apesar de
não tratar de maneira expressa da capacidade civil, a
Constituição reconheceu no seu Artigo 232, a capacidade
processual ao dizer que "os índios, suas comunidades e
organizações, são partes legítimas para ingressar em juízo,
em defesa dos seus direitos e interesses". Significa que os
índios podem, inclusive, entrar em juízo contra o próprio
Estado, o seu suposto tutor.

O Novo Código Civil (2002), em consequência, retira os


índios da categoria de relativamente incapazes e dispõe que
a capacidade dos índios será regulada por legislação
especial. Desde a promulgação da Constituição surgiram
propostas em tramitação no Congresso para rever a
legislação ordinária relativa aos direitos dos índios. A partir
de 1991, projetos de lei foram apresentados pelo Executivo
e por deputados para regulamentar dispositivos
constitucionais e para adequar a velha legislação aos termos
da nova Carta. Em 1994, uma proposta de Estatuto das
Sociedades Indígenas foi aprovada por uma comissão
especial da Câmara dos Deputados, mas encontra-se
paralisada em sua tramitação.

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