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(UNIRIO)
Rio de Janeiro
2021
Os Estados Unidos da América são um país que teve, no passado, uma grande população
indígena e estes indígenas foram por muito tempo combatidos e massacrados. A caça aos índios é
um evento marcante da história americana e até nos dias de hoje existem marcas deste evento.
Como vemos segundo a Wikipédia (2021):
Temos, pois, como esse genocídio um marco que não pode ser ignorado para a
compreensão histórica dos EUA e de seus museus. Laura Browarny (2010) trata da questão da
museologia e antropologia indígena em diversos museus nos EUA e também trata de
possibilidades para melhorias:
A antropologia americana, diz a mesma Laura, possui uma história bem diferente daquela
nascida na Europa. Com dificuldade de diferenciar o conteúdo artístico do científico, a
antropologia nos EUA acabou muito conectada à paleontologia e arqueologia e muito ligada a
uma ciência focada em objetos. Assim, tem-se como marca a dificuldade americana de separar
"antropologia de história natural" (p. 7)
O mesmo é feito com outros museus pelo país, com a citação de pontos positivos e
negativos de cada um deles. Por fim, o texto é conluido dizendo que as muitas das dificuldades
existentes ao se tratar dos museus indígenas resultam das circunstâncias históricas dos indígenas
na sociedade americana. Além disso um erro pontuado pela pesquisadora é a tentativa de museus
de enquadrar os artefatos numa perspectiva esteticista levando em conta a oportunidade material
e distribuição do museu. No caso do museu histórico nacional, o artigo também não pouca
críticas:
Por fim o artigo fala de como a "Ênfase curatorial não deveria ser mais sobre como os
índios são diferentes, mas como eles são iguais a muitos Americanos, e como eles evoluíram
para se tornarem parte da sociedade americana enquanto ainda mantendo sua rica herança
cultural".(p. 61)
Ainda nos Estados Unidos, podemos citar outra experiência museológica na região
próxima a Portland, no estado de Oregon. Esta obra gira em torno da ideia de museus como
locais de contato entre diferentes culturas/povos e usa como exemplo o povo tlingit. Estes
indígenas habitavam regiões litorâneas e viviam da pesca e são pertencentes à etnia já citada
tlingit, que habita aquela região há séculos e . Objetos pertencentes à etnia, hora mostrados a
seus membros, produzem reações notáveis entre eles. O artigo nota que:
Nesse sentido acabou que o museu tornou-se, de certa maneira, um lugar de troca de
conhecimentos, que não poderia ser reduzido apenas à coleção. O artigo prossegue até chegar
tratando dessa questão dos museus como um espaço de zonas de contato e também fala da
desigualdade entre as condições de apresentação das culturas e como isso poderá ser visto neste
processo de contato proporcionado pelos museus. Por fim, o artigo é finalizado tratando da
proliferação de museus e como existirá uma zona de contato neles, em diversos locais do mundo.
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos os povos vivendo ligado às tradições
indígenas não passam de uma baixa porcentagem da população. De forma similar, a cultura
material do passado não é muito conhecida e nos museus muitas vezes são "esquecidas". Por
tanto, não penso haver algo completamente diferente entre os dois países do continente
americano. Práticas similares, para ambos os países, neste quesito, de conservação cultural,
podem ajudar na preservação da existência dessas culturas.
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Referências:
BROWARNY, Laura. Art, Artifact, Anthropology: The Display and Interpretation of Native American
Material Culture in North American Museums. Seton Hall University, South Orange, NJ August 2010.
CLIFFORD, James. Museus como zonas de contato. Periódico Permanente. Nº 6 fev 2016.
GENOCÍDIO INDÍGENA NOS ESTADOS UNIDOS. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida:
Wikimedia Foundation, 2021. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Genoc
%C3%ADdio_ind%C3%ADgena_nos_Estados_Unidos&oldid=61856949>. Acesso em: 17 ago. 2021.