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Antropologia Cultural
Docente: Prof°. Dr. José Ronaldo Alonso Mathias
Discente: Alicia Macena Moreira
Ra: 23105639
E-mail: macena.alicia@gmail.com
Patrimônio Cultural
No século XIX a investigação Antropológica deu uma passo decisivo com o
Evolucionismo para o combate contra o racismo reflexo do colonialismo europeu
que impôs seu modelo de cultura não reconhecendo os outros existente ali
proporcionando assim a exclusão de outras culturas, Edward Taylor, em Cultura
Primitiva (1920) definiu cultura como “todo complexo que inclui conhecimento,
crença, arte, lei, moral, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos
adquiridos pelo homem como membro da sociedade” e preservar o patrimônio
histórico faz com que essas marcas e história de um povo se perpetuem, a
discussão sobre o patrimônio cultural envolve uma reflexão crítica sobre o papel na
construção da identidade das diversas culturas nos gera uma reflexão na
preservação de um modo cada vez mais globalizado, vai além de uma simples
preservação de bens. A antropologia busca entender como esses bens são usados
e interpretados pelas pessoas e comunidades de origem dessa herança cultural.
Na idade moderna começou a se entender o patrimônio cultural como um
conjunto de bens que estão relacionados a uma identidade e a cultura de uma
sociedade reflexo do seu significado mais antigo do latim, a palavra patrimônio
“patrimonium”, junção da palavra “pater” (pai) e “monium” (recebido), era com tudo
aquilo que é deixado de pai para filho.
Contemporaneamente existem duas formas de patrimônio cultural, patrimônio
material e patrimônio imaterial, o patrimônio material íntegra construções,
esculturas, obeliscos, acervos documentais e museológicos, com também outros
itens da belas artes e patrimônio imaterial abrange regiões, paisagens, danças,
manifestações regionais, festividades tradicionais, paisagens, comida e bebidas
típicas, trazendo o sentido primário da palavra patrimônio que vem passando por
gerações e perpetuando as múltiplas culturas, atualmente para a proteção do
patrimônio material pode ser tombado e o patrimônio imaterial pode ser registrado o
que não exclui outras formas.
Durante muito tempo no Brasil e nas Américas o nacionalismo não
reconheceu outras formas de diversidade cultural que ocasionou por muitos séculos
no apagamento de muitas culturas já não existentes, acontecimento reflexo das
invasões ibéricas neste território que ocasionou na invenção das Américas,
resultando em um número incontestável de mortes físicas e identitárias que
ocasionou em um processo de generalização dos povos originários nesse território,
o Brasil atual é reflexo de uma multicidade de culturas que aos poucos vem
ganhando seus espaços e o patrimônio cultural veem contribui para a afirmação da
identidade nacional gerando um sentimento de identidade e inclusão, promovendo o
respeito à diversidade e ajudando na transmissão das culturas para a próximas
gerações, atualmente sendo pautas de suma importâncias nas escolas no reparo da
negligência na formação do Brasil.
Há de se notar uma categórica diferença entre os corpus de patrimônio
brasileiro: a sua materialidade de acordo com as origens étnicas. O patrimônio
material tem origem majoritariamente de gênese colonizadora, se não colonizadora
é reflexo de uma elite brasileira influenciada pela qual, sendo recente a introdução
na história cultural brasileira raízes dos povos originários e africanos escravizados.
“Desde que o colonialismo europeu chegou à América, à África e à Ásia,
impos modelo cultural que não reconhecia a alteridade étinico-tribal e via a
diversidade como uma ameaça à unidade nacional. A temática da pluralidade
cultural havia ficado esquecida, e as políticas de valorização eram inexistentes”
(enxerto retirado da aula Patrimônio cultural: história e crítica)