Você está na página 1de 8

Biblioteconomia e Ciência da Informação

Me. Daianny Seoni de Oliveira

1
AULA

História das Bibliotecas e Biblioteconomia

Objetivo:
Estudar a respeito da história das Bibliotecas e da Biblioteconomia.

Congress of Library - Washington (EUA)

2
História das Bibliotecas
● No mundo antigo, consolidaram-se numerosas bibliotecas,
arquivos e museus destinados aos mais diversos fins: como
religioso, político, jurídico, dentre outras.

● As instituições de referência são a Biblioteca de Alexandria,


Arquivos de Ebla e o Museu Alexandrino.

● Essas instituições desenvolveram métodos e técnicas de acordo


com seu acervo, procedimentos estes de carácter prático mas
que serviram de base para futuras disciplinas científicas
(ARAÚJO, 2014).

● No Renascimento, a partir do século XV, o interesse pelas artes e filosofia se


renovam, bem como, de sua preservação.

● A produção humana foi entendida como um “tesouro” a ser guardado para futuras
gerações. Surgem as primeiras publicações relativas a estas instituições, com
procedimentos sobre guarda, conservação, preservação, descrição de peças e
documentos, incluindo questões sobre legitimidade, procedência e características
(ARAÚJO, 2014).

● As revoluções francesa e burguesa na europa marcaram a transição para a


modernidade, dessa forma, as bibliotecas, arquivos e museus foram transformadas.
Com novos conceitos de carácter público, as bibliotecas nacionais, arquivos
nacionais e museus nacionais foram formados.

3
● Houve contudo, a necessidade de se ter pessoal qualificado para as modernas
instituições, o que levou aos “primeiros cursos profissionalizantes voltados
essencialmente para regras de administração das rotinas destas instituições e,
seguindo a tradição anterior, para conhecimentos gerais em humanidades (ou
seja, os assuntos dos acervos guardados)” (ARAÚJO, 2014).

● Segundo Araújo (2014), alguns desses marcos foram: em 1800, nos Estados
Unidos, da Library of Congress; em 1790, na França, a criação dos Archives
Nationales, o primeiro arquivo nacional do mundo vindo; a criação, em 1793, do
Musée du Louvre, que se torna referência obrigatória para a criação dos
museus nacionais europeus.

● Os arquivos, bibliotecas e museus passam a ser os espaços que continham


os materiais que interessavam ao desenvolvimento das humanidades e do
projeto iluminista e, assim, atraíram bibliófilos, literatos, historiadores e críticos
de arte para as funções de arquivistas, bibliotecários e museólogos. Estas
áreas ficaram conhecidas como auxiliares ao conhecimento sobre arquivos,
bibliotecas e os museus e trouxe certa estagnação para o desenvolvimento
científico próprio da área.

● Nos séculos XVIII e XIX, as humanidades (sociologia, psicologia, antropologia,


entre outras) constituiu-se como ciência, tendo as ciências naturais (exatas e
biológicas) como modelo. Este movimento ficou conhecido como positivismo
e a “arquivologia, biblioteconomia e museologia seguiram o mesmo modelo,
com o surgimento de diversos manuais no século XIX” (ARAÚJO, 2014).

4
Breve história da Biblioteconomia Brasileira

● A primeira biblioteca brasileira surgiu dentro do Colégio da Bahia em


1568, uma instituição de ensino dos Jesuítas no Brasil Colonial, neste
período todo acesso ao conhecimento laico era controlado pela Igreja. O
primeiro bibliotecário foi o jesuíta português Antônio Gonçalves em
1604 (FONSECA, 1979 apud ALMEIDA, BAPTISTA, 2013).

● O ensino de Biblioteconomia surgiu a partir do Decreto 8.835 de 11 de


Julho de 1911 que estabeleceu a criação do primeiro Curso de
Biblioteconomia na Biblioteca Nacional. Este fato ocorreu por meio do
esforço e empenho de Manuel Cícero Peregrino da Silva, diretor da
Biblioteca Nacional.

● O ensino da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro era influenciado pela


escola francesa École de Chartes com forte característica humanística e
voltada para os funcionários daquela biblioteca.

● O segundo curso criado em São Paulo em 1929 no Mackenzie College


recebeu influência americana tecnicista da Columbia University. O curso
chamava-se “Curso Elementar de Biblioteconomia” e foi orientado pela
bibliotecária americana Dorothy Muriel Gedds Gropp. Na época, este curso
era voltado para os funcionários da biblioteca, professores e bibliotecários de
outras instituições. (CASTRO, 2000).

5
● No entanto, com a americanização do país e as exigências do mercado de
trabalho, a Biblioteca Nacional em 1944 modificou seu currículo com o
acréscimo de disciplinas técnicas tais como: Catalogação, Classificação,
Bibliografia e Referência (CASTRO, 2000).

● Mas não deixou de lado sua influência humanística. O ensino de


Biblioteconomia no Rio de Janeiro e São Paulo apresentavam diferenças
desde a influência a controvérsias nas práticas técnicas e nas disciplinas
escolares (CASTRO, 2000).

6
● Castro (2000) identifica cinco fases da biblioteconomia brasileira, a seguir:

Fase I - 1879-1928: Movimento fundador da Biblioteconomia no Brasil,


de influência humanística francesa, sob a liderança da Biblioteca Nacional;
Fase II - 1929-1939: Predomínio do modelo pragmático americano em
relação ao modelo humanista francês anterior;
Fase III - 1940-1961: Consolidação e expansão do modelo pragmático
americano;
Fase IV - 1962-1969: Uniformização dos conteúdos pedagógicos e
regulamentação da profissão;
Fase V - 1970-1995: Paralisação do crescimento quantitativo das
escolas de graduação e crescimento quantitativo dos cursos de pós-
graduação; busca da madureza teórica da área a partir de novas
metodologias, e abordagens emprestados de outros campos do saber.

Referências
ALMEIDA, N. B. F., BAPTISTA, S. G. Breve histórico da Biblioteconomia
brasileira: formação do profissional. XXV Congresso Brasileiro de e
Biblioteconomia, Documento e Ciência da Informação – Florianópolis,
SC, Brasil, 07 a 10 de julho de 2013.

ARAÚJO, C. A. A. Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência


da Informação: o diálogo possível. Brasília: Briquet de Lemos, 2014.
Disponível em: http://casal.eci.ufmg.br/

Castro, César Augusto. História da biblioteconomia brasileira. Brasília:


Thesaurus Editora, 2000. 287 p.

7
“ As categorias do pensamento humano nunca
são fixadas de forma definitiva; elas se fazem,
desfazem e refazem incessantemente: “
mudam com o lugar e com o tempo.

Durkheim

Você também pode gostar