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DIREITO
CONSTITUCIONAL
FCJ PITÁGORAS BOM JESUS DA LAPA
Constituição e
hermenêutica
CONSTITUIÇÃ
OConstituição é a norma fundamental e
A
suprema que rege a organização e o
funcionamento do Estados
ESCALONAMENTO NORMATIVO
PRINCÍPIO DE HIERARQUIA
PRINCÍPIO DE SIMETRIA
Vimos que algumas de nossas Constituições foram
outorgadas; outras, promulgadas. Mas o que de fato
significa isso?
Para compreender esses conceitos, é importante
assimilar algumas noções sobre o poder constituinte,
que será detalhadamente em breve.
Aqui, apenas enquanto introdução a esse estudo,
tome poder constituinte como a capacidade que
detém o povo, titular desse poder, para produzir as
normas constitucionais.
Ele se classifica em poder constituinte originário e
derivado.
O poder constituinte originário, que é aquele que
cria a própria constituição, não possui limites pré-
estabelecidos, e que, por sua vez, se divide em
histórico ou fundacional, relativo à primeira
Constituição de um Estado, e em revolucionário ou
pós-fundacional, que é o poder de criar as
Constituições subsequentes
EXEMPLO: ASSEMBLÉIA NACIONAL
CONSTITUINTE DE 1988
PREÂMBULO
Art. 3º ADCT
Constituições
Mutação Estaduais
Constitucional
CLASIFICAÇÃO
DAS
CONSTITUIÇÕES
FCJ PITÁGORAS BOM JESUS DA LAPA
A partir dessas noções, vamos à classificação das
constituições quanto à origem:
• Quanto à extensão:
• Sintética ou concisa: de conteúdo conciso, limita-
se a prever os elementos essenciais da organização
e do funcionamento do Estado.
• Analítica ou prolixa: de conteúdo extenso, aborda
outras matérias que ultrapassam aquelas
consideradas essenciais.
Quanto ao modo de elaboração:
Qual diferença
entre princípio e
norma?
Qual a importância
dessas definições?
Conforme apontado por José Afonso da
Silva (2015, p. 93-94). Princípio é
mandamento nuclear de um sistema. Ele
orienta, direciona a aplicação das regras, que
são mais diretivas, mais objetivas.
Mendes e Branco (2015, p. 72) afirmam que
os princípios são “mais abrangentes do que as
regras e por assinalarem os standards de
justiça relacionados com certo instituto
jurídico, seriam instrumentos úteis para se
descobrir a razão de ser de uma regra ou
mesmo de outro princípio menos amplo”.
Aurora Tomazini de Carvalho (2013, p. 284) afirma que a norma jurídica pode
ser analisada em sentido amplo e em sentido estrito, sendo que no primeiro
caso, trata-se de unidade no sistema jurídico, que não possui sentido deôntico
completo, enquanto que a norma em sentido estrito o possui.
E o que seria esse sentido deôntico?
Nada mais é do que significações construídas a partir dos enunciados
prescritivos, ou seja, da letra da lei, estruturadas na forma de um juízo
hipotéticocondicional.
Assim, dizemos que a norma jurídica em sentido estrito poderia ser escrita na
seguinte forma lógica: “se ocorrido o fato, então deve ser a consequência”, ou
seja, devem ser os efeitos prescritos no enunciado. Nesse caso, os enunciados
prescritivos preveem a emergência de determinada consequência em caso de
ocorrer aquele fato que ela descreve.
A partir desse raciocínio, tanto as regras quanto os princípios são espécies de
normas que são construídas pelo intérprete no momento da aplicação do direito.
Tratam-se, portanto, de normas. Alguns podem ser escritos na forma hipotético-
condicional, constituindo norma jurídica em sentido estrito. Outras, como a
previsão constitucional de que Brasília é a capital federal, não, constituindo
norma jurídica em sentido amplo.
Partindo desses conhecimentos propedêuticos e verificado que existem
autores que afirmam a existência de regras e princípios e outros, que todos eles
constituem normas jurídicas, a partir da interpretação, vamos analisar os
chamados princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, trazidos do
art. 1º ao art. 4º, da CF/88, analisando como eles são aplicados e como
influenciam especialmente na interpretação das demais normas constitucionais.
Vamos, então, a esses artigos.
O art. 1º, da CF/88, determina que a República Federativa do Brasil é formada
pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
constitui-se em Estado Democrático de Direito. A partir desse enunciado,
podemos aferir a necessidade de compreendermos os conceitos de república,
federação e Estado Democrático de Direito. Passemos a cada um deles:
República: significa coisa (“res”) do povo (pública) e é a forma de governo
eleita pelo legislador constitucional, com a finalidade de organizar politicamente
o Estado. Possui as seguintes características: