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ADVOGADO
ESPECIALIZADO EM DIREITO CONSTITUCIONAL –
ADMINISTRATIVO - TRIBUTÁRIO - CIVIL e EMPRESARIAL
MESTRE EM LEGISLAÇÃO E ANÁLISE GEOAMBIENTAL
prof.adv.rodrigues@gmail.com
GUARULHOS - 2020.2
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
CONSTITUIÇAO: É um sistema de
normas jurídicas, escritas ou
costumeiras, que regula a forma do
Estado, a forma de seu Governo, o
modo de aquisição é o exercício do
poder, o estabelecimento de seus
órgãos e os limites de sua ação. Em
síntese, a constituição é o conjunto
de normas que organiza os
elementos constitutivos do Estado.
CONSTITUCIONALISMO
Podemos dizer que a Constituição surge através do
"Constitucionalismo". Ou seja, chama-se de constitucionalismo a
evolução das relações entre governantes e governados que faz surgir a
Constituição. O constitucionalismo ocorre de modos diferentes e em
tempos diferentes nos vários países do mundo. O constitucionalismo de
cada país tem a sua peculiaridade, e diante disso é oportuno observar
que o tempo verbal indicado é "ocorre" e não "ocorreu". O
constitucionalismo não foi um evento, ele é um evento. Tivemos uma
evolução passada, temos uma no presente e teremos outra no futuro,
pois a sociedade é dinâmica, os anseios se modificam e a forma e o
conceito da "Constituição" devem acompanhar essas mudanças.
CONSTITUCIONALISMO
• Temos, resumidamente, diversos constitucionalismos:
•• Forma escrita;
•
CONSTITUCIONALISMO
•É importante destacar também, o posicionamento do Professor
Luís Roberto Barroso, ensina que o termo constitucionalismo
sugere a existência de uma Constituição, porém, isso nem
sempre é necessário, pois o Constitucionalismo em sua
essência, se refere a esta limitação do Poder arbitrário dos
governantes e o respeito á lei.
HISTÓRICA:
É ELABORADA COM O
PASSAR DO TEMPO.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
•3-QUANTO A ORIGEM:
PROMULGADAS (DEMOCRATICAS,
POPULARES): É fruto da vontade do
povo.(É FEITA EM NOME DO POVO E
PARA O POVO).
OUTORGADOS: É aquela que foi
imposta por uma pessoa, ou grupo de
pessoas que detém o poder naquele
momento.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
•4-QUANTO A ESTABILIDADE:(FORMA
DE MUDANÇA).
•A) RÍGIDA- ALTERADA SOMENTE POR
UM PROCESSO MAIS SOLENE, MAIS
DIFICULTOSO QUE O PROCESSO DE
ALTERAÇÃO DAS DEMAIS NORMAS
JURÍDICAS;
•B) FLEXÍVEL- MODIFICÁVEL
LIVREMENTE PELO LEGISLADOR,
OBSERVANDO O MESMO PROCESSO
DE ELABORAÇÃO E MODIFICAÇÃO
DAS DEMAIS LEIS;
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
•4- QUANTO A ESTABILIDADE:(FORMA
DE MUDANÇA).
•C) SEMIRRÍGIDA- AQUELA QUE
POSSUI UMA PARTE RÍGIDA E OUTRA
FLEXÍVEL;
•D) IMUTÁVEL- NÃO PODE SER
ALTERADA DE FORMA ALGUMA.
•E) SUPERRÍGIDA- AQUELA QUE
POSSUI NÚCLEOS ESSENCIAIS
INTANGÍVEIS(Cláusulas Pétreas – Art.
60, § 4º, da CF). EX: EUA.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
4- QUANTO A ESTABILIDADE: (FORMA
DE MUDANÇA).
A) RÍGIDA;
B) FLEXÍVEL;
C) SEMIRRÍGIDA;
D) IMUTÁVEL;
E) SUPERRÍGIDA.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
5- QUANTO AO CONTEÚDO:
A) MATERIAIS: Trata de assuntos
propriamente, essencialmente
constitucionais;
• ADCT´s, e
• EMENDAS CONSTITUCIONAIS;
• -Consequências:
•- Fim da censura.
REVISANDO:
APLICABILIDADE E EFICÁCIA DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS.
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA e
APLICABILIDADE IMEDIATA:
COMPOSIÇÃO DA CF.:
APRESENTAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
• PREÂMBULO
PREÂMBULO: OBSERVAÇÕES
PREÂMBULO: OBSERVAÇÕES
- CORPO FIXO
• ADCT(Atosdas Disposições
Constitucionais Transitórias): 114
DISPOSITIVOS
NORMAS CONSTITUCIONAIS
ORIGINÁRIAS:
-Não podem ser declaradas
inconstitucionais.
-São normas presumidas
absolutamente constitucionais.
TEORIA GERAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
DERIVADAS(EC´s) e NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS:
PIRÂMIDE DE KELSEN
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FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Recepção;
•Repristinação;
•Desconstitucionalização;
•Mutação constitucional.
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Teoria da Recepção: A Teoria da
Recepção, pode ser observada, ao
observarmos os termos expressos no
art. 2º, § 1º, da Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro(LINDB -
(Decreto-Lei nº 4.657/42), a lei nova
revoga a anterior quando
expressamente o declare (revogação
expressa), quando seja com ela
incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a
lei anterior (revogação tácita), o que
pode ocorre total (ab-rogação) ou
parcialmente (derrogação).
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
• Teoria
da Recepção:
• Diantedisso, a questão central consiste em saber
quando o advento de um novo Texto Constitucional
acarreta a revogação de uma norma
infraconstitucional anterior. Em resposta, cumpre
ter em vista que a nova ordem constitucional
inaugurada sempre recebe a norma
infraconstitucional que lhe é perfeitamente
compatível, ainda que tal acolhimento possa
ocorrer a partir de uma nova “roupagem normativa”,
originando, pois, o fenômeno da recepção,
segundo o qual a legislação infraconstitucional
produzida antes da instalação de uma nova
Constituição será considerada acolhida pelo novo
Texto Constitucional, continuando, por princípio de
economia e segurança legislativa, a viger no âmbito
próprio de sua atuação ordinária.
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Teoria da Recepção:
•Assim, com o propósito de evitar-se o
infindável trabalho de reiniciar a construção do
sistema de normas ordinárias, observou-se,
que seria muito mais apropriado e coerente
fazer com que as leis inferiores à Constituição
pudessem ser aproveitadas quando
compatíveis com as normas constitucionais,
originando, desse modo, o fenômeno
chamado de recepção constitucional.
•Observando as afirmações supra, no Brasil,
aplica-se o princípio da continuidade da
Ordem Jurídica, que significa o
aproveitamento dos atos legislativos anteriores
quando compatíveis com a nova Constituição.
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Repristinação:
•É a possibilidade de restauração
da eficácia da norma revogada
pela perda de vigência da norma
revogadora, pois, no Brasil, é
pacífico, que o mero advento de
um novo texto constitucional não
pode restaurar a eficácia de lei
ordinária revogada pela
Constituição anterior.
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
• Repristinação:
• Poroutro lado, pode ocorrer que uma determinada
lei ordinária (X) tenha sido tacitamente revogada
(vale dizer, não recepcionada) por uma
Constituição posterior (Y), a qual, em um momento
seguinte, deixa de vigorar ante o advento de uma
nova Carta Magna (Z). Verifica-se, ademais, que a
referida lei ordinária (X), isto é, aquela que não
havia sido recepcionada pela Constituição (Y),
revela-se, agora, perfeitamente compatível com a
nova Lei Maior (Z), e, diante disso, surge a
seguinte dúvida: tal quadro permitiria a restauração
da vigência da lei ordinária (X)?
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
• Repristinação: Em resposta, cumpre registrar que, por
questão de segurança jurídica, tal fenômeno, denominado
de repristinação, somente é admitido, em nossa legislação,
quando expressamente previsto e autorizado, conforme
preconiza, inclusive, o art. 2º, parágrafo 3º, da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº
4.657/42), segundo o qual “salvo disposição em contrário, a
lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido
a vigência”. Sem embargo desta possibilidade excepcional,
e conforme bem adverte NETO, não nos parece
conveniente proceder à repristinação de lei já revogada,
tendo em vista a possibilidade de se instaurar um quadro de
insegurança jurídica.
•
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Repristinação:
•Diante disso, no cenário
hipotético examinado acima, a
edição da Constituição (Z) por si
só não restauraria, de modo
automático, a vigência da lei
ordinária (X).
•
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Desconstitucionalização:
•Por desconstitucionalização
entende-se que é o fenômeno pelo
qual as normas da Constituição
anterior, desde que compatíveis
com a nova ordem, permanecem
em vigor, mas com o status de lei
infraconstitucional. Isto é, as
normas da Constituição anterior
são recepcionadas com o status de
norma infraconstitucional pela nova
ordem constitucional.
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
•Desconstitucionalização:
•Mesmo não havendo oposição por alguns autores
nacionais e estrangeiros, no tocante á este
Desconstitucionalização, vale esclarecer que tal
fenômeno não tem se verificado no âmbito das
Constituições Federais brasileiras, mesmo sendo
possível sob o prisma teórico, desde que a nova
Constituição expressamente autorize a
manutenção, enquanto legislação
infraconstitucional, de dispositivos integrantes da
Constituição Federal anterior. Até mesmo porque,
conforme é de conhecimento de todos, o Poder
Constituinte Originário é ilimitado e autônomo,
podendo tudo, inclusive prever o referido
fenômeno, mas desde que o faça, de maneira
inequívoca e expressa.
FENÔMENOS CONSTITUCIONAIS
• Desconstitucionalização:
• A desconstitucionalização ocorre quando normas
da Constituição anterior permanecem válidas na
vigência da nova Constituição, porém com o status
de normas infraconstitucionais. Esse fenômeno
possibilita a sobrevivência de dispositivos
constitucionais que, em regra, perdem a validade
automaticamente com a nova Constituição.
• No Brasil, não se admite o fenômeno da
desconstitucionalização. Porém, pode ocorrer se
determinado expressamente pelo PODER
CONSTITUINTE ORIGINÁRIO, que é juridicamente
ilimitado. É possível inclusive que este poder traga
previsão de Desconstitucionalização como regra, o
que não ocorreu com Constituição Federal de
1988.
HIERARQUIA DA NORMAS
•A teoria da hierarquia das
normas jurídicas é um sistema
de escalonamento das normas,
que também é chamado de
“Pirâmide de Kelsen” por que
foi proposto por Hans Kelsen,
jurista austríaco nascido ao
final do século XIX.(TEORIA
PURA DO DIREITO).
PODER REFORMADOR
• CONCEITO:É O PODER RESPONSÁVEL
PELAS ALTERAÇÕES FORMAIS QUE A
CONSTITUIÇÃO SOFRERÁ AO LONGO DO
TEMPO.
O
• SENADO FEDERAL É
NORMALMENTE A CASA
REVISORA.
INICIATIVA PARA PEC
•ART.
64, § 2º. : PARA APROVAR A
PEC SÃO NECESSÁRIOS 3/5 DOS
VOTOS DOS DEPUTADOS, 308
VOTOS EM DOIS TURNOS.
•E
TAMBÉM DE IGUAL FORMA NO
SENADO, SENDO NO MÍNIMO 49.
•QUÓRUM QUALIFICADO.
PROCESSO E. CONSTITUCIONAL
•É PROMULGADA DIRETAMENTE.
•ART.
60. § 5º: A PEC REJEITADA
NÃO PODE SER
REAPRESENTADA NA MESMA
SESSÃO LEGISLATIVA EM QUE
OCORREU A REJEIÇÃO.
SESSÃO LEGISLATIVA
•ART. 57: SESSÃO LEGISLATIVA É
O PERÍODO ANUAL DE
TRABALHO DO CONGRESSO.
-DIA 02/02 Á 17 de JULHO e de 1º
de AGOSTO Á 22 de DEZEMBRO.
•ART.
60. § 4º: CLÁUSULAS
PÉTREAS.
LIMITAÇÕES AO PODER DE REFORMAR
•LIMITAÇÕES MATERIAIS EXPRESSAS:
ART. 60, § 4º: CLÁUSULAS PÉTREAS:
I- A FORMA FEDERATIVA DE ESTADO;
II- O VOTO DIRETO, SECRETO,
UNIVERSAL E PERIÓDICO;
III- A SEPARAÇÃO DOS PODERES;
IV- OS DIREITOS E GARANTIAS
INDIVIDUAIS.
PROCESSO E. CONSTITUCIONAL
•ART.
60. § 4º: CLÁUSULAS
PÉTREAS.
•OBS.
NÃO PODE ABOLIR, MAS,
PODE MUDAR, ACRESCENTAR.
•NÃO É IMUTÁVEL.
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
•É O PROCESSO INFORMAL DA
CF, QUE PERMITE A
RELEITURA DO TEXTO, Á LUZ
DOS NOVOS FATOS, DA NOVA
REALIDADE.
PODER CONSTITUINTE
•PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO:
É AQUELE QUE CRIA A PRIMEIRA
CONSTITUIÇÃO DE UM ESTADO OU A
NOVA CONSTITUIÇÃO DE UM ESTADO.