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Habilidade para a interpretação e compreensão de texto.

A interpretação de textos se relaciona com a capacidade de fazer inferências


a partir do texto, a compreensão de textos está mais relacionada com a
capacidade de entender e apontar objetivamente o que foi explicitado.

• Ler e reler o texto

A interpretação do texto é um processo de leitura e releitura do texto. Isso


porque muitas vezes perdemos alguns dados durante a primeira leitura,
então é natural que precisemos reler o texto duas ou até mais vezes, com
bastante atenção, para captarmos suas principais ideias.

• Entender as principais ideias do texto

Ao término da leitura, questione-se sobre o conteúdo que acabou de ler.


Cheque se você se lembra dos principais tópicos em cada parágrafo.
Verifique se você consegue entender a construção do texto, como cada
parágrafo se relaciona um com o outro, de onde o autor iniciou suas ideias e
até onde ele foi com elas. Assim, você procura ter, primeiro, uma
compreensão pontual, em cada parágrafo do texto, e, em seguida, procura
ter uma compreensão global, ou seja, do texto como um todo. Lembre-se de
que não basta ler as frases soltas, é preciso entender como a construção da
argumentação foi feita, costurando uma ideia na outra.

• Aprofundar a análise do texto

Procure identificar ideias implícitas no texto, verificando se foi usada


alguma figura de linguagem, algum efeito discursivo e, em caso positivo, por
que o autor optou por essa forma de expor sua ideia. Analise para quem o
texto parece ter sido escrito e qual foi o intuito do autor ao escrevê-lo. Pense
em outras ideias que você conheça relacionadas com o tema, como outros
fatos ou conceitos, e verifique se elas se complementam à leitura ou dão a
você maior repertório para entender o texto de modo mais aprofundado.
• Analisar o contexto do texto

VAMOS TREINAR?

 Leia o texto:

“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda,
“um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou
inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido
autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.

Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas,


indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de
peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para
ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século
XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, n.° 99, 2011.

1. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e


da futura digitalização de sua obra, depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam


compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou
uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização,
demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na
preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por
sua temática indianista.

Leia o texto:

"Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações


de manutenção da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do
compromisso solidário da comunidade internacional com a promoção da paz
e da segurança.

Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas


funcionam como instrumento para assegurar a presença dessa organização
em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes em conflito a superar
suas disputas por meio pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como
forma de intervenção armada."

Acesso em: 26.08.2016. Adaptado.

Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz.


Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das
Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).

2. De acordo com o texto, essa missão foi criada para

a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após


sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram
esse país no início do século XXI.
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam
mão de obra infantil nas minas onde esse minério é encontrado.
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do
Haiti distribuía drogas para todos os países da América Latina.
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era
o principal responsável pela poluição ambiental no Caribe.
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse
tipo de mão de obra nas plantações de soja e trigo.

Leia

Texto I

O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão. Acreditava em

justiça, em lei, achava que o governo fosse dotado de uma clarividência que

o comum dos homens não possuía, de uma reta intenção de punir o mal e

premiar o bem. Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de

sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão chegasse ao [Vila

do] Duro, aportaram ali notícias do que era ela. Era como o vento que

precede a chuva braba. Quem vinha chefiando a comissão era um juiz

togado, com assento em Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife,

com militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de estudo,

homem de preparo, homem sabido e corrido.

ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15.

(fragmento). (adaptado).

Texto II

Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau de muito

longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que mancara, apontava de

noroeste, pisando o arenoso. Seus bigodes ou a rustiquez – roupa parda,

botinões de couro de anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto.

Tomou fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo mas a
rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de frente e de perfil, todo

o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.

ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias). Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).

3. Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João Guimarães

Rosa narram, respectivamente, a notícia da chegada de um viajante e a

chegada de outro viajante. É CORRETO afirmar que os narradores:

A) descrevem a valentia desses viajantes.

B) constroem imaginários desses viajantes.

C) delineiam as características físicas desses viajantes.

D) explicam as relações entre esses viajantes e o governo.

4. Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas

funções comunicativas. Os objetivos desse cartaz estão voltados para a

conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de:


A) as crianças frequentarem a escola regularmente.

B) a formação leitora começar na infância.

C) a alfabetização acontecer na idade certa.

D) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.

E) as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura.

Disponível em: www.blogdagaivota. com/2011/05/direitosiguais-ao-

trabalhante-partir.html.

Acesso em: 12 de novembro de 2021

5. A partir da charge, é possível inferir que o autor:

A) critica a atitude do professor ignorando os alunos.

B) mostra a falta de investimento nas escolas.

C) denuncia a falta de acessibilidade no espaço escolar.

D) aponta a falta de acesso a tecnologias digitais nas escolas.

E) ironiza a falta de interesse dos alunos.

É necessário que a mulher se coloque em um espaço mínimo de resistência,

denunciando ameaças – quando há tempo para isso –, mas, ainda que ela
denuncie, não evitará o crime se o Estado não se mobilizar para protegê-la.

O que evita o feminicídio é a resposta estatal à violência.

COSTA, Waleska. No aniversário da Lei Maria da Penha, 5 feminicídios nas

últimas 48h.

Acesso em 07 de agosto de 2018.

6. O apelo central da fala da Waleska Costa é:

A) A falta de tempo para as mulheres vitimadas denunciarem.

B) O Estado não protege as mulheres.

C) Alertar o Estado para a busca de ações com celeridade para proteção de

mulheres vítimas de violência.

D) As mulheres não denunciam a violência doméstica.

E) Os motivos que levam as mulheres vitimadas a não denunciarem.

Leia o texto

Alguns pesquisadores falam sobre a necessidade de um “letramento racial”,

para “reeducar o indivíduo em uma perspectiva antirracista”, baseado em

fundamentos como o reconhecimento de privilégios, do racismo como um

problema social atual, não apenas legado histórico, e a capacidade de

interpretar as práticas racializadas. Ouvir é sempre a primeira orientação

dada por qualquer especialista ou ativista. uma escuta atenta, sincera e

empática. Luciana Alves, educadora da Unifesp, afirma que “Uma das

principais coisas é atenção à linguagem. A gente tem uma linguagem sexista,

racista, homofóbica, que passa pelas piadas e pelo uso de termos que a
gente já naturalizou. “A coisa tá preta”, ‘denegrir”, ‘serviço de preto”… Só o

fato de você prestar atenção na linguagem já anuncia uma postura de

reconstrução. Se o outro diz que tem uma carga negativa e ofensiva,

acredite”.

Gente branca: o que os brancos de um país racista podem fazer pela

igualdade além de não serem racistas.

(Adaptado). UOL, 21 de maio de 2018.

7. Segundo Luciana Alves, para combater o racismo e mudar de postura

em relação a ele, é fundamental:

A) ouvir com atenção os discursos e orientações de especialistas e ativistas.

B) reconhecer expressões racistas existentes em práticas naturalizadas.

C) passar por um “letramento racial” que dispense o legado histórico.

D) prestar atenção às práticas históricas e às orientações da educadora.

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