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3º Série

Estudante

Setembro / 2023
Semana 1
Temática – Elementos constitutivos dos gêneros em estudo.

Caro(a) estudante, vencemos um semestre, mas a sua caminhada não para. Vamos
continuar adquirindo mais conhecimentos? Para isso, leia e releia os textos, sistematize
e aprimore seu conhecimento. Faça as atividades propostas com atenção e tenha um
ótimo aproveitamento para realizar as avaliações do Saeb e do Enem entre outras. Bons
estudos!!!

Editorial
Características e estrutura de um editorial
O editorial é um texto pertencente ao campo do jornalismo, em que prevalece a
capacidade de argumentação, assim como em diversos outros gêneros. Abaixo, veja um
quadro com os principais gêneros de cunho argumentativo, tais quais o editorial.
Leia o texto e responda às questões propostas.

Racismo estrutural

Por definição, racismo estrutural é o racismo que não seria uma anormalidade ou "patologia",
mas o resultado do funcionamento "normal" da sociedade. Esse talvez seja um de nossos
maiores desafios no tocante à questão da diversidade.
Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra, data em homenagem a
Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do
povo contra o sistema escravista e morreu em 1965.
A data é uma contraposição ao dia 13 de maio, data em que foi assinada a Lei Áurea pela
Princesa Isabel, e tem por propósito ressaltar o protagonismo das pessoas negras na luta
contra o racismo e a discriminação e propor a igualdade social, inclusão de negros na
sociedade e a valorização da cultura afro-brasileira.
Em 2020 a questão racial ganhou o mundo após o episódio da morte de George Floyd,
afro-americano de 40 anos, asfixiado por um policial, nos Estados Unidos. Tal violência
desmedida gerou ira e furor naquela sociedade e o povo saiu às ruas, não apenas para
protestar pela morte de mais um negro, mas para pedir um basta contra a violência
policial, o preconceito e a discriminação racial.
O movimento “Vidas negras importam” tomou conta dos Estados Unidos e chegou ao
Brasil, onde o racismo estrutural, que muitas vezes aparece através de uma piada, de
um comentário na fila de um supermercado, de um xingamento na arquibancada de um
campo de futebol, na desconfiança dentro de uma loja de departamentos ou ainda
através de uma mensagem distribuída via mensagem de WhatsApp por um grupo de
jovens.
Neste sentido, não precisamos nos deslocar para outro espaço geográfico dentro do
globo terrestre para percebermos a presença do racismo estrutural. Valinhos, que viveu
há poucos dias um episódio de racismo praticado por estudantes de uma tradicional
escola do município, tem em sua estrutura social o racismo estrutural enraizado.
Quem não conhece a história, não entenderá nunca a dívida que o Brasil tem com os negros após mais de
300 anos de escravidão (período colonial entre 1500 e 1822 e Imperial 1822-1889), período em que foram
subjugados pelo olhar e ação do branco e tratados como animais, sem nenhum direito.
É preciso avançar, não apenas no reparo, mas na abolição em definitivo do chamado racismo estrutural de
nossa sociedade que é cometido por preconceito, discriminação racial e racismo, três faces diferentes de um
asqueroso fantasma que nos assombra.
Nesta luta, aqui cabe um destaque importante – embora não saibamos do seu avanço – mas foi o
lançamento, em maio deste ano, do projeto “Protagonismo e Equidade na Escola”, que tem por objetivo
desenvolver a temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, como preconiza a Lei Federal 10.639
que estabelece a obrigatoriedade da “inclusão da história e cultura afro-brasileira no currículo das escolas
brasileiras”, aprovada em 2003.
Nessa batalha também merece reconhecimento o trabalho e a militância da professora e gestora educacional
Solange Aparecida da Silva, que antes de seu falecimento em março deste ano, juntamente com a socióloga
Claudia Garcia Costa, organizou e lançou a obra “Educação Antirracista: Infâncias, Resistência e Combate ao
Racismo”. Nessa mesma trincheira destacamos também a Comissão de Igualdade Racial da OAB de
Valinhos, do trabalho da Associação Cultural Afro-brasileira de Valinhos e do Coletivo da Marcha Zumbi dos
Palmares de Valinhos.
Disponível em: https://www.folhadevalinhos.com.br/?q=artigos/opiniao/editorial/editorial-racismo-estrutural. Acesso em: 10 de ago. 2023.
1. Os editoriais são gêneros textuais que fazem parte de que grupo de textos?
Os editoriais fazem parte do grupo de textos jornalísticos-mediáticos.

2. Qual é a tipologia textual predominante no gênero textual Editorial?

3. O editorial é um gênero jornalístico em que o próprio veículo de comunicação expõe


sua opinião. Assim, qual é a finalidade de um editorial?

4. Sabe-se que os textos dissertativo-argumentativos são construídos a partir de


argumentos e de informações que comprovem esses argumentos. Analise as frases
retiradas do texto e informe se elas correspondem, predominantemente, à
informação (I) ou à opinião (O).
a) “Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra, data em
homenagem a Zumbi dos Palmares,”
b) Talvez seja esse o mais gritante de nossos erros históricos. Erro esse que precisa ser
reparado com urgência, pois colaborou e ainda colabora para que o racismo
estrutural aqui fixasse ‘residência’.

5. O que o texto lido discute, principalmente?

6. Para defender uma tese, é necessário que se busque argumentos que levem o seu
interlocutor a concordar com o seu pensamento e, para dar sustentação a esses
argumentos, algumas estratégias são importantes. Quais estratégias argumentativas o
autor utilizou? Marque-as.
a) ( ) Faz referência a fatos históricos para a origem do sistema escravista.
b) ( ) Cita o dia da criação da data que homenageia Zumbi dos Palmares.
c) ( ) Compara a situação do racismo da era colonial com o racismo atual.
d) ( ) Cita dados estatísticos que comprovam o racismo estrutural.
e) ( ) Cita opiniões de especialistas sobre diversos movimentos contra o racismo.
7. A tese defendida no texto pode ser encontrada em qual trecho?

(A) “... racismo estrutural é o racismo que não seria uma anormalidade ou "patologia", mas o resultado do
funcionamento "normal" da sociedade.
(B) “Em 2020 a questão racial ganhou o mundo após o episódio da morte de George Floyd, afro-
americano de 40 anos, asfixiado por um policial, nos Estados Unidos.”
(C) É preciso avançar, não apenas no reparo, mas na abolição em definitivo do chamado racismo
estrutural de nossa sociedade que é cometido por preconceito, discriminação racial e racismo, três
faces diferentes de um asqueroso fantasma que nos assombra.
(D) (D) “Quem não conhece a história, não entenderá nunca a dívida que o Brasil tem com os negros
após mais de 300 anos de escravidão (período colonial entre 1500 e 1822 e Imperial 1822- 1889),
período em que foram subjugados pelo olhar e ação do branco e tratados como animais, sem nenhum
direito.”
(E) (E) “Nessa batalha também merece reconhecimento o trabalho e a militância da professora e gestora
educacional Solange Aparecida da Silva, que, juntamente com a socióloga Claudia Garcia Costa,
organizou e lançou a obra “Educação Antirracista: Infâncias, Resistência e Combate ao Racismo”.”
8. Retire do texto os tipos de argumentos utilizados. E justifique sua resposta.

9. O tema desse editorial é:


(A) A discriminação racial.
(B) O racismo estrutural da sociedade.
(C) A comemoração do Dia da Consciência Negra.
(D)A abolição do racismo estrutural de nossa sociedade.
(E) O bárbaro período da escravidão nas fazendas de café.
10. Indique a função das aspas destacadas nos trechos.

a) “... racismo estrutural é o racismo que não seria uma anormalidade ou "patologia",
mas o resultado do funcionamento "normal" da sociedade.”

b) Nessa batalha também merece reconhecimento o trabalho e a militância da


professora e gestora educacional Solange Aparecida da Silva, que antes de seu
falecimento em março deste ano, juntamente com a socióloga Claudia Garcia Costa,
organizou e lançou a obra “Educação Antirracista: Infâncias, Resistência e Combate
ao Racismo”.
c) O movimento “Vidas negras importam” tomou conta dos Estados Unidos e chegou ao
Brasil, onde o racismo estrutural, que muitas vezes aparece através de uma piada, de
um comentário na fila de um supermercado...”
11. Nesse trecho, “... Erro esse que precisa ser reparado com urgência, pois colaborou e
ainda colabora para que o racismo estrutural aqui fixasse ‘residência’.” O uso das aspas
na palavra destacada foi utilizado para

(A)Provocar humor com a palavra residência.


(B)Ressaltar ironicamente a palavra residência.
(C)Enaltecer a etimologia da palavra residência.
(D) Demarcar a importância da palavra residência.
(E) Enfatizar pejorativamente a palavra residência.
12. Observe as palavras destacadas, classifique-as e diga o que cada uma delas indica.

a) “Por definição, racismo estrutural é o racismo que não seria uma anormalidade ou
"patologia", mas o resultado do funcionamento "normal" da sociedade.”

b) “Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra, data em


homenagem a Zumbi dos Palmares, ...”

c) ” Talvez seja esse o mais gritante de nossos erros históricos. Erro esse que precisa
ser reparado com urgência, pois colaborou e ainda colabora para que o racismo
estrutural aqui fixasse ‘residência’. Assim, o episódio dos estudantes do Colégio
Porto Seguro, não deve ser aceito como um fato isolado, em que pese a convivência
pacífica entre brancos e negros em nossa cidade.”
13. No trecho “.... em que pese a convivência pacífica entre brancos e negros em nossa
cidade. Mas nem sempre o pacifismo quer dizer tolerância, aceitação ou equidade, mas
sim uma forma de manter uma equidistância entre nossas diferenças externas e
corporais.” O autor empregou por duas vezes o conectivo “mas”. Observando aspectos
da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o
conectivo mas

(A) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.


(B) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
(C) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.
(D) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
(E) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.
14. Justifique a resposta da atividade 13.

15. Que função desempenha a expressão destacada no trecho “Nesta luta, aqui cabe um
destaque importante – embora não saibamos do seu avanço, ...”?

(A)Oposição.
(B)Proporção.
(C)Explicação.
(D)Concessão.
(E)Comparação.
16. Na frase “Historicamente, além do bárbaro período da escravidão aqui vivenciado
nas fazendas de café que deram espaço ao território que hoje conhecemos como
Valinhos, nós valinhenses negamos a presença do negro em nossa formação cultural.”,
o advérbio "historicamente" indica

(A) modo.
(B) tempo.
(C) dúvida.
(D) negação.
(E) afirmação.
17. As palavras destacadas nesse trecho “O movimento “Vidas negras importam”
tomaram conta dos Estados Unidos e chegou ao Brasil, onde o racismo estrutural, que
muitas vezes aparece através de uma piada, de um comentário na fila de um
supermercado, de um xingamento na arquibancada de um campo de futebol, na
desconfiança dentro de uma loja de departamentos ou ainda através de uma mensagem
distribuída via mensagem de WhatsApp por um grupo de jovens.”, apresentam ideia de
(A)lugar.
(B)modo.
(C)tempo.
(D)dúvida.
(E)negação.
Leia o texto e responda as questões propostas.

Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/c8/19/9b/c8199b2d7353c49b30d6103973a6a19d.jpg. Acesso em: 15 de ago. 2023.

18. O cartum
(A) faz somente uso da linguagem não verbal.
(B) é um gênero próprio do campo de atuação artístico literário.
(C) trata exclusivamente de temas políticos e só faz uso da linguagem formal.
(D) é um gênero da esfera jornalística que só contém elementos da linguagem verbal.
(E) aborda temas variados e critica determinados aspectos da sociedade por meio do humor ou ironia
19. Complete.

a) Qual é a finalidade desse cartum?

b) Qual é o tema do cartum?

20. O texto Racismo estrutural e o cartum, quanto ao tema, são


(A)iguais.
(B)diferentes.
(C)divergentes.
(D)convergentes.
(E)complementares.
Leia atentamente os textos I e I.
Texto I
Texto II
A Inteligência Artificial vai desempregar muita gente
"Os modelos de IA sofrem de uma falha bem conhecida no mundo da tecnologia: as alucinações"

Algumas profissões serão duramente afetadas pela Inteligência Artificial (IA). Em algumas outras,
a IA terá mais dificuldades em avançar no curto prazo. E, ainda bem, a IA comete falhas bem humanas.
Tomemos como exemplo o seguinte caso real. Um escritor, para cada livro que escrevia, precisava de uma
imagem para montar a capa do livro. Para isso, adquiria os direitos de uso de uma imagem. Um artista
digital ou um fotógrafo eram pagos. Há alguns meses, o escritor descobriu o software Midjourney, que usa
IA e produz imagens a partir de uma simples descrição do resultado desejado. Agora, ele apenas específica
ao software como deseja a capa e em instantes tem o produto. Podendo criar várias alternativas e escolher
a que julgar melhor. A consequência direta é que há menos demanda para trabalhos dos artistas digitais e
dos fotógrafos.
De uma forma geral, todos os trabalhos para os quais existe uma grande base de exemplos
digitalizados podem ser processados por softwares de aprendizado automatizado, de forma que a
tecnologia adquire a habilidade de produzir variações dos exemplos estudados. É o caso de atividades
como escrever romances, pesquisar informações, produzir imagens digitais ou escrever petições à justiça.
E é possível estender essa lista acrescentando outras atividades como a produção de música, de filmes e
de artigos de opinião
Texto II
Quem possui trabalhos nessas áreas vai rapidamente sofrer os impactos da IA, ou
está sofrendo. Em maio, a IBM anunciou que evitaria a contratação de pessoas para funções
que podem ser desempenhadas pela IA. Para escapar disso, melhor ir pensando em profissões
que exijam criação de novos conhecimentos ou informações, como a pesquisa científica e o
jornalismo noticioso; ou a solução de problemas para os quais não há regras pré-definidas,
como a gerência de uma empresa; ou profissões que exigem alto grau de empatia, como
trabalho social e psicoterapia.
Contudo, a Inteligência Artificial também comete erros bem humanos. No mês passado, um escritório de
advocacia de Nova York usou o chatGPT para produzir uma petição em processo movido contra uma empresa de
aviação. Na peça processual foram elencados vários precedentes legais. Quando o processo chegou aos advogados da
empresa ré, eles não encontraram os casos citados como precedentes. Uma rápida investigação descobriu que os
casos só existiam como uma "invenção" do chatGPT.
É preciso refletir sobre como a IA produz resultados. É por meio de um processo de combinações
estatísticas de palavras que estão na base de dados do modelo de IA. Essas palavras são unidas umas às outras de
uma forma que pareça fazer sentido estatisticamente. Mas os modelos de IA sofrem de uma falha bem conhecida no
mundo da tecnologia: as alucinações. São situações nas quais eles produzem resultados absurdos, porque a técnica de
combinações estatísticas acabou resultando em uma combinação absurda, sem nada a ver com a realidade.
Um ser humano alucinado perderia o emprego. Os advogados que usaram a alucinação do
chatGPT foram punidos em 5 mil dólares pelo juiz do caso. Mas o chatGPT não será demitido. O algoritmo
será ajustado para tentar evitar problemas como esse e, se as alucinações forem controladas e não
houver muitos novos danos, o chatGPT permanecerá sendo muito usado.
Contudo, há outro efeito colateral ainda mais preocupante que decorre do uso da IA nas
atividades humanas. Em muitas situações, o que se deseja premiar é a habilidade humana. Então, não é
justo homenagear trabalho que foi quase exclusivamente produzido por um ‘programa de computador.
Vejamos o caso de uma competição de fotografia na Austrália, no começo deste mês. Uma das fotos
enviadas foi desqualificada por suspeita de que teria sido produzida com auxílio da IA. A expressão
"suspeita" é extremamente relevante nesse caso. A autora da foto declarou que isso não ocorreu, e que
ela teria tirado a foto com seu celular.
Estamos presenciando uma mudança fundamental na vida em sociedade. Quando a IA
começou a produzir resultados artificiais semelhantes aos produzidos pelos humanos, o problema agora
não é apenas o risco de tratar como reais produtos criados pela IA, outro problema ainda maior é tratar
como falsos os produtos realmente oriundos do talento humano. A propósito, este artigo foi realmente
escrito por um humano, ou foi produzido pela Inteligência Artificial?
*ORLANDO SANTOS, analista de sistemas e entusiasta de tecnologia
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2023/07/5112935-artigo-a-inteligencia-artificial-vai-desempregar-muita-gente.html. Acesso em: 14 de ago. 2023.
21. Por que o texto I é uma charge?

22. Releia a charge e cite

a) dois elementos verbais que fazem referência ao universo tecnológico.


b) a finalidade.
c) o tema.
d) a esfera de circulação.

23. Observando na charge os aspectos da linguagem verbal e da não verbal, pode-se afirmar que ela
revela uma crítica

(A) à falta de novos empregos.


(B) ao apego às novas tecnologias.
(C) à evolução tecnológica dos robôs.
(D) ao aumento da fabricação de robôs.
(E) à perda de emprego pelo avanço da tecnologia.
24. O texto II pertence ao campo de atuação jornalístico-midiático. Qual o gênero desse texto?

(A) Notícia.
(B) Reportagem.
(C) Texto didático.
(D) Artigo de opinião.
(E) Texto informativo.

25. Em um artigo de opinião, a tese representa o/a

(A) opinião do leitor do artigo.


(B) opinião pessoal do autor.
(C) argumento do autor.
(D) conclusão do texto.
(E) parte inicial do texto.
25. Em um artigo de opinião, a tese representa o/a

(A) opinião do leitor do artigo.


(B) opinião pessoal do autor.
(C) argumento do autor.
(D) conclusão do texto.
(E) parte inicial do texto.

26. Sobre o título do texto, pode-se afirmar que

(A) destaca uma consequência do problema em discussão no texto.


(B) apresenta desvios da gramática normativa do português.
(C) relaciona-se pouco com o tema em debate no texto.
(D) expressa a causa para o problema em discussão.
(E) é retomado explicitamente no último parágrafo.
27. Qual é o tema do texto II?

28. Qual frase que melhor expressa a tese defendida no texto II?

29. A tese do texto é sustentada por argumentos. Retire do texto dois argumentos que foram apresentados
pelo autor do texto.

30. Releia o texto I (charge) e o texto II e responda. Do que esses dois textos tratam?

31. Os textos I e II têm a mesma finalidade? Justifique sua resposta.


33. Esses dois textos apresentam ideias

(A) complementares.
(B) convergentes.
(C) opostas.
(D) similares.
(E) Iguais.

34. No texto II, as aspas empregadas na palavra “suspeita”, no trecho “Uma das fotos enviadas foi
desqualificada por suspeita de que teria sido produzida com auxílio da IA. A expressão "suspeita" é
extremamente relevante nesse caso.”, foram utilizadas para dar a ela um sentido

(A) crítico.
(B) irônico.
(C) coloquial.
(D) pejorativo.
(E) metafórico.
Leia o texto.
Tecnologia
Luís Fernando Veríssimo

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com
superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-
eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o
computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita.
Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela
vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que
cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele
diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para
todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui,
pessoal: ele errou.” “O burro errou!”
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que
sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está
subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para
oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de
escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só
aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior
impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à
máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo,
jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de
relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr
Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e
da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por
um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca
seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele.
Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo, precavidamente, mas juro que é sincero.
Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na
minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.
Disponível em: https://maaquinoleitura.blogspot.com/p/essa-cronica-muito-divertida-e-realista.html. Acesso em: 15 de ago.
2023.
35. Em relação ao texto lido responda.

a) Gênero
b) Tipo discursivo:
c) Tipo de narrador:
d) Tipo de discurso:
e) Campo de atuação:

36. Qual é o assunto dessa crônica?

(A) A tecnologia.
(B) O computador.
(C) A redação de um jornal.
(D) A máquina de escrever.
(E) O autor Millôr Fernandes.
37. No trecho “Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou...” a palavra destacada é um
exemplo de linguagem

(A) Formal.
(B) Técnica.
(C) Informal.
(D) Científica.
(E) Jornalística.

38. Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso do diminutivo na palavra “pobrezinha” no trecho “Sabendo
que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.”?

(A) Inferiorizar o trabalho da máquina.


(B) Enfatizar o respeito pela máquina.
(C) Demonstrar apreço pela máquina.
(D) Criticar o trabalho feito pela máquina.
(E) Enaltecer o trabalho feito na máquina.
Semana 2
Temática: Produção de texto/ Editorial.
Caro estudante, depois de resolver todas as atividades propostas destas aulas e adquirir mais aprendizado
sobre as habilidades desenvolvidas chegou a hora de produzir seu texto. Mas, antes releia as orientações
propostas, aproprie-se da estrutura do gênero. Tire as dúvidas com seu(a) professor(a). A proposta é que
você produza um editorial.

2. A PRODUÇÃO DE UM EDITORIAL

Como fazer um editorial?


Para fazer um editorial é necessário seguir alguns passos, como a escolha do tema e, ainda, compreender
a estrutura básica desses tipos de textos jornalísticos.
Lembre-se que um editorial é um texto dissertativo-argumentativo que é produzido para os meios de
comunicação como jornais e revistas. Hoje em dia, com o avanço da internet, encontramos esse tipo de
texto em diversos locais como blogs e redes sociais.
Uma dica importante é ler alguns editoriais para você se familiarizar com as características mais
importantes desse tipo de texto, ao mesmo tempo que irá compreender sua estrutura. Isso, sem dúvida,
facilitará a produção do texto.
Passo a passo para produzir editorial
Confira abaixo alguns passos essenciais para você produzir um editorial, seja num jornal ou revista.

1. Escolha do Tema
Antes de mais nada, devemos escolher o tema que iremos abordar no editorial. É muito comum os editoriais de
jornais focarem em assuntos da atualidade.
Uma maneira de despertar para essa questão inicial é estar “antenado” nos acontecimentos atuais. Para isso,
você pode realizar uma breve pesquisa sobre os temas e selecionar alguns que lhe interessem.
Se o editorial for de uma revista, geralmente será assinado pela equipe da revista ou mesmo pelo diretor do
meio de comunicação. Nesse caso, o texto será dirigido ao leitor e por isso, você pode encontrar expressões
como: caro leitor, querido leitor etc.
Em alguns casos, os autores assinam o texto, no entanto suas opiniões estão alinhadas com as do veículo de
comunicação e, portanto, geralmente o editorial reflete a opinião do veículo, levando assim, seu nome.
Diferente dos editoriais de jornais, os de revistas apresentam os temas dos artigos que serão abordados
naquela semana, mês, bimestre etc.
Como exemplo, podemos pensar numa revista de saúde, onde o autor apresentará rapidamente os temas:
produtos orgânicos, exercícios físicos, receitas com baixo teor de açúcar; etc.
Note que em ambos os casos, os editoriais são textos breves e escritos por meio de uma linguagem simples.
Isso faz com que qualquer tipo de leitor possa compreender o que foi exposto.
2. Estrutura do texto
Após escolhermos o tema, devemos entender qual será o lugar do texto. Ou seja, se esse
editorial é de uma revista mensal, ou se ele é para ser divulgado semanalmente num
jornal.
Independente da escolha, devemos seguir a estrutura básica desse tipo de texto:
introdução, desenvolvimento e conclusão.

Introdução
Na introdução, focamos nas ideias principais que serão desenvolvidas no editorial. Ou
seja, aqui é o momento de apresentar ao leitor os principais temas que serão abordados.

Desenvolvimento
Essa é uma das partes mais importantes do texto, em que utilizamos a argumentação
para apresentar ao leitor nosso ponto de vista sobre determinado assunto.
Para isso, podemos pesquisar e realizar um levantamento sobre os principais dados relacionados com o assunto
escolhido.
Dessa forma, se o tema for “mês de Natal”, você poderá pesquisar algo sobre a história, algumas curiosidades e
tradições dessa data.
Ainda que seja um texto argumentativo, convém utilizar a terceira pessoa, ao invés da primeira. No entanto, há
editoriais assinados por redatores em que eles utilizam a primeira pessoa.
No desenvolvimento, a argumentação ocorre por meio de opiniões, dados e exemplos sobre o que se pretende
abordar.
No caso de editorias de revistas, nessa parte o editor escreverá sobre os principais temas das seções: nutrição,
saúde e bem-estar, beleza, dicas de receitas etc.
Ou seja, ele faz um apanhado geral, um resumo, sobre o que o leitor encontrará ali, lhe convidando a ler cada
artigo.

Conclusão
A conclusão é uma parte fundamental para arrematar as ideias que foram expostas. No caso do editorial de um
jornal, o escritor pode propor uma nova solução. Ou ainda, ele pode terminar de maneira criativa e instigando a
reflexão de seus leitores, por exemplo, com uma pergunta.
Já na finalização de um editorial de revista, o editor convida o leitor a participar da leitura. Assim, ele pode
terminar o editorial com alguma mensagem de carinho e ainda, utilizar a expressão: boa leitura!
3. PROPOSTA DE ESCRITA DO GÊNERO EDITORIAL

Agora vocês produzirão um editorial para isso, precisarão lançar mão dos conhecimentos que possuem
sobre o tema sugerido e sobre a composição do gênero, entre outros aspectos. Vale lembrá-lo que esse
trabalho não se dará de forma solitária, pois a discussão com os colegas será fundamental para o
fortalecimento da escrita argumentativa, para tanto, leia os textos motivadores a seguir.
4. TEXTOS MOTIVADORES

Texto I

Aquecimento global: animais passam por metamorfose para sobreviver, diz estudo
Espécies estão evoluindo para ter bicos, pernas e orelhas maiores e regular melhor a temperatura
corporal, mas isso não significa que estão lidando bem com mudanças, alertam cientistas.
Quando você ouve a palavra "metamorfose", provavelmente pensa em um filme de ficção científica ou de
terror e não no mundo animal.
Mas é isso que os cientistas dizem que está acontecendo com algumas espécies de animais em resposta
às mudanças climáticas.
Elas estão evoluindo para ter bicos, pernas e orelhas maiores para regular melhor a temperatura corporal
em resposta ao aquecimento do planeta, aponta um novo estudo.
Os cientistas por trás da pesquisa alertam que as mudanças fisiológicas não significam que os animais
estão lidando bem com as mudanças climáticas.
"Muitas vezes, quando se discute as mudanças climáticas, as pessoas se perguntam 'os humanos podem
superar isso?' ou 'que tecnologia pode resolver isso?'", diz a autora do estudo, Sara Ryding, da
Universidade Deakin, na Austrália. "Já é hora de reconhecermos que os outros animais também precisam
se adaptar a essas mudanças."
Se os animais não conseguem controlar sua temperatura corporal, eles podem superaquecer e morrer.
Alguns que vivem em climas mais quentes evoluíram historicamente para terem bicos ou orelhas maiores
para se livrar do calor com mais facilidade.
Uma asa, orelha ou bico maiores em relação ao tamanho do corpo conferem aos animais menores uma
área de superfície maior para liberar o excesso de calor.
Várias espécies de papagaios australianos mostraram um aumento de 4 a 10% no tamanho do bico
desde 1871, o que se correlaciona com o aumento das temperaturas do verão ao longo dos anos, diz o
estudo.
Os cientistas dizem que é difícil colocar o clima como a única causa da metamorfose, mas que outros
exemplos de mudanças em espécies mostram o efeito do calor maior.
Camundongos estão evoluindo para ter caudas mais longas; os musaranhos mascarados estão ficando
com caudas e pernas mais longas; e os morcegos em climas quentes têm asas maiores.
Quando você ouve a palavra "metamorfose", provavelmente pensa em um filme de ficção científica ou de
terror e não no mundo animal.
Mas é isso que os cientistas dizem que está acontecendo com algumas espécies de animais em resposta
às mudanças climáticas.
Elas estão evoluindo para ter bicos, pernas e orelhas maiores para regular melhor a temperatura corporal
em resposta ao aquecimento do planeta, aponta um novo estudo.
Os cientistas por trás da pesquisa alertam que as mudanças fisiológicas não significam que os animais
estão lidando bem com as mudanças climáticas.
"Muitas vezes, quando se discute as mudanças climáticas, as pessoas se perguntam 'os humanos podem
superar isso?' ou 'que tecnologia pode resolver isso?'", diz a autora do estudo, Sara Ryding, da
Universidade Deakin, na Austrália. "Já é hora de reconhecermos que os outros animais também precisam
se adaptar a essas mudanças."
Se os animais não conseguem controlar sua temperatura corporal, eles podem superaquecer e morrer.
Alguns que vivem em climas mais quentes evoluíram historicamente para terem bicos ou orelhas maiores
para se livrar do calor com mais facilidade.
Uma asa, orelha ou bico maiores em relação ao tamanho do corpo conferem aos animais menores uma
área de superfície maior para liberar o excesso de calor.
Várias espécies de papagaios australianos mostraram um aumento de 4 a 10% no tamanho do bico
desde 1871, o que se correlaciona com o aumento das temperaturas do verão ao longo dos anos, diz o
estudo.
Os cientistas dizem que é difícil colocar o clima como a única causa da metamorfose, mas que outros
exemplos de mudanças em espécies mostram o efeito do calor maior.
Camundongos estão evoluindo para ter caudas mais longas; os musaranhos mascarados estão ficando
com caudas e pernas mais longas; e os morcegos em climas quentes têm asas maiores.
'Um Dumbo de verdade'
Embora as adaptações que as espécies estão fazendo atualmente sejam pequenas, Ryding diz que elas
podem ficar mais pronunciadas à medida que o planeta se torna ainda mais quente.
"Prevê-se que apêndices proeminentes, como orelhas, aumentem, então, podemos ter um Dumbo de
verdade em um futuro não muito distante", diz a cientista em referência ao elefante da Disney que tinha
orelhas maiores do que o normal.
O estudo sugere que a metamorfose provavelmente continuará porque as temperaturas mais altas
influenciarão a demanda dos animais para regular sua temperatura corporal.
Neste ano, alguns países registraram suas temperaturas mais altas em décadas, e julho passado foi em
parte desses países o mês mais quente de todos os tempos.
"Isso não significa que os animais estão lidando com as mudanças climáticas e que está tudo bem", diz
Ryding.
"Significa apenas que eles estão evoluindo para sobreviver, mas não temos certeza de quais são as outras
consequências ecológicas dessas mudanças, ou se todas as espécies serão capazes de mudar e
sobreviver. As mudanças climáticas que criamos estão fazendo muita pressão sobre elas (espécies) e,
embora algumas se adaptem, outras não conseguirão fazer isso."
Imagem e texto disponíveis em https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/09/11/aquecimento-global-animais-passam-por-metamorfose-para-sobreviver-diz-estudo.ghtml Acesso em: 16 de ago. 2023.
Texto II
Tema: Aquecimento global: a metamorfose dos animais para sobreviver

Imagine que o texto que vocês leram ou ouviram foi produzido em um jornal de grande circulação, no qual
vocês trabalham como editorialistas. Após a publicação da notícia, muitos leitores(as) posicionam-se a
favor da criação de medidas drásticas para evitar o que está acontecendo. Em uma reunião de pauta do
jornal, vários editores manifestaram preocupação de como os leitores receberão essas informações sobre
os efeitos do aquecimento global. Decidiu-se que, que o jornal publicará um editorial em que tratará
destes efeitos para o meio ambiente. Vocês, como editorialistas do jornal foram encarregados de escrever
esse texto.
Produção do editorial: pauta de escrita

 Indicadores que vocês devem considerar na escrita do editorial:


 Título (e subtítulo se julgarem necessário);
 Contextualização do leitor;
 Explicitação do ponto de vista do grupo e do movimento argumentativo tomado;
 Argumentação e contra-argumentarão consistente;
 Definição da posição do veículo de comunicação sobre o problema.

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