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Os exercícios a seguir servirão para fixação do conhecimento em Sintaxe e Tópico Frasal.

1) Utilizando o conhecimento adquirido sobre tópico frasal (vide resumo no grupo do


Whatsapp), explique em qual categoria se encaixa o parágrafo abaixo e destaque onde
está a introdução, o desenvolvimento e a conclusão do parágrafo (se houver) e, por
fim, qual a ideia central de cada parágrafo, ou seja, qual o tema do tópico frasal,
independente da categoria dele.

Relembrando as categorias possíveis: Declaração inicial, Definição, Divisão, Diluído.


É possível também que vocês se deparem com outras categorias paragrafais que não
sejam com base no tópico frasal, neste caso, as possibilidades serão: alusão histórica,
Omissão de dados identificadores num texto narrativo e interrogação

1) No dia 13 de março de 2014, Sérgio Vicente não estava se sentindo bem.


Desentendeu-se com outros presidiários com quem dividia a cela na Casa do
Albergado, ala destinada aos presos em regime aberto da Penitenciária de
Florianópolis (SC). À tarde, perguntou aos carcereiros se poderia ter um
momento a sós, para esfriar a cabeça. Foi levado até a sala usada para
conversas entre os presos e seus advogados, que naquele horário estava vazia.
Ali, sem ninguém por perto, Sérgio rapidamente arrancou o cadarço que
amarrava sua calça de detento e a usou para se enforcar. Morreu asfixiado, aos
42 anos. (https://piaui.folha.uol.com.br/epidemia-particular-das-prisoes/)

2) Há dois anos Gisela Lopes, 62 anos, faz o uso terapêutico da maconha para
tratar fibromialgia, doença que afeta a musculatura, causando dores difusas
pelo corpo. Moradora do bairro Cidade de Deus, na zona oeste da cidade do
Rio de Janeiro, a auxiliar de cabeleireiro inicialmente não acreditava que o
óleo composto de derivados da maconha aliviaria seus sintomas, porque o
preconceito em torno da planta era grande, inclusive dentro de sua casa. “Sofri
preconceito, sim, das pessoas que eu normalmente tinha um contato maior,
dentro da minha casa mesmo. Sempre falavam: ‘isso aí é um caminho sem
volta’, como se fosse algo ruim”, disse à Ponte. (https://ponte.org/custos-
preconceito-e-violencia-do-estado-limitam-acesso-da-favela-a-maconha-
terapeutica/)

3) ELES SE reuniam no Bar do Anísio, todas as noites. Marinho, dono da


principal
farmácia da cidade, Fernando e Gonçalves, sócios num armazém, e Anísio.
Nenhum deles era natural da cidade ou mesmo da Baixada. Anísio e Fernando
eram mineiros e Marinho cearense. Gonçalves viera de Portugal. Eram
pequenos comerciantes, prósperos e ambiciosos. Possuíam modestas casas de
veraneio no mesmo condomínio na região dos lagos, eram do Lion’s, iam à
igreja, levavam uma vida pacata. Tinham ainda em comum um grande
interesse por todas as formas de jogo a dinheiro. Costumavam fazer apostas,
entre eles, em jogos de cartas, jogos de futebol, corridas de cavalos, corridas
de automóvel, concursos de misses, em tudo que fosse aleatório. Jogavam alto,
mas nenhum deles costumava perder muito dinheiro, uma fase de perdas era
sucedida quase sempre por uma de ganhos. Nos últimos meses, todavia,
Anísio, o dono do bar, vinha perdendo continuadamente. (Conto O Jogo do
Morto, em O cobrador, de Rubem Fonseca)

4) O general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança


Institucional) no governo de Jair Bolsonaro (PL), fez parte de um grupo de
Whatsapp com militares da ativa e da reserva no qual foram discutidas ações
golpistas, como a ideia de uma intervenção do presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD), para impedir a posse de Lula (PT). A existência do grupo foi
revelada ao UOL pelo coronel aviador reformado Francisco Dellamora, que
atacou o senador, o presidente e o STF. (Veja
https://noticias.uol.com.br/colunas/juliana-dal-piva/2023/06/20/heleno-
integrou-grupo-de-militares-que-discutiu-acao-golpista-diz-coronel.htm?
cmpid=copiaecola)

5) Acordei tava ligado o maçarico! Sem neurose, não era nem nove da manhã e a
minha caxanga parecia que tava derretendo. Não dava nem mais pra ver as
infiltração na sala, tava tudo seco. Só ficou as mancha: a santa, a pistola e o
dinossauro. Já tava dado que o dia ia ser daqueles que tu anda na rua e vê o
céu todo embaçado, tudo se mexendo que nem alucinação. Pra tu ter uma
ideia, até o vento que vinha do ventilador era quente, que nem o bafo do
capeta. (O Sol na Cabeça, por Geovani Martins)

6) Em 1988, o mesmo ano em que James Cameron inaugurou o Museu


Americano do Holocausto Negro, aqui em Milwaukee, respondi a uma
pergunta de um entrevistador. Tendo publicado um romance que investigava
as vidas de uma família nascida sob o jugo da escravidão, fui indagada sobre a
necessidade e o propósito de articular aquele capítulo inenarrável da história
americana. A necessidade de recordar os homens, as mulheres, as crianças que
sobreviveram ou não aos três séculos de comércio internacional durante os
quais seus corpos, suas mentes, seus talentos, seus filhos, seu trabalho foram
trocados por dinheiro — dinheiro que não podiam demandar como seu. Como
o argumento em favor de se esquivar de memórias ruins ou de sublimá-las era
muito forte, sendo entendido, em certos círculos, não apenas como
progressista, mas saudável, por que eu desejaria remexer as cicatrizes, os
queloides que a Guerra Civil, as lutas cívicas e o próprio tempo haviam
recoberto? O corpo escravizado estava morto, não? O corpo negro, por outro
lado, estava vivo, correto? Não apenas andando por aí, e falando, e
trabalhando, e se reproduzindo, mas florescendo, gozando dos benefícios da
cidadania plena e dos frutos de seu próprio trabalho. A pergunta parecia
sugerir que, à revelia da magnitude do empreendimento, quase nada de bom
poderia advir da escrita de um livro que descascava as várias camadas de
tecido cicatrizado que o corpo negro produzira de modo a obscurecer, se não
aniquilar, o corpo escravizado subterrâneo. (Racismo e Fascismo, por Toni
Morrison)

7) O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas


a abolição da propriedade burguesa (isto é, do capital, da propriedade privada
que explora o trabalho assalariado e que só pode crescer sob a condição de
produzir mais e mais trabalho assalariado, para o explorar de novo). Ora a
propriedade privada de hoje, a propriedade burguesa, é a última e a mais
perfeita expressão do modo de produção e de apropriação baseado no
antagonismo de classes, na exploração de uns por outros.Neste sentido, os
comunistas podem resumir a sua teoria nesta fórmula única: abolição da
propriedade privada. (Marx, Textos de 1844 e de A Questão Judaica.)

2) Aponte quais são os argumentos, o adjunto e o predicativo (verbo) as frases:

A) Jorge e Maria se casaram ontem

B) Nunca vi uma pessoa tão esquisita quanto ele


C) Trocamos presentes um com o outro

D) Uma das filhas de Sérgio, Débora Vicente, conseguiu apoio legal do escritório de
advocacia onde trabalhava como secretária, em Florianópolis

3) Escolha um dos temas para fazer um parágrafo inicial com introdução, desenvolvimento e
conclusão, seguinte a teoria do Tópico Frasal.
Dica: 1 a 2 frases de tópico frasal para introdução do tema central do parágrafo em si. (1-2
linhas). 2 a 3 frases para desenvolvimento desenvolvimento. (3-4 linhas). 1 frase de
conclusão (1-2 linhas)

● A dificuldade de acesso à Internet em favelas do Rio de Janeiro

● O aumento dos conflitos entre tráfico e milícia

● A queda da inflação no novo governo Lula

● O fato de o Brasil tem a maior parada LGBTQIA+ do mundo

● A importância do GDN para introdução da população LGBTQIA+ no ensino superior

● A guerra da Ucrânia e da Rússia

● Racismo nas prisões cariocas

● Misoginia com mães em fase de amamentação

● Acesso a cinema e cultura clássica em cidades do interior

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