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Existe a origem e a distinção entre “constituição” e “carta”. A origem das constituições pode
ser outorgada, promulgadas, cesaristas (bonapartistas) e pactuadas (dualistas).
Cesarista e formada por um plebiscito popular sobre um projeto elaborado pelo imperador
(plebiscitos napoleônicos) ou um Ditador (plebiscito de Pinochet, no Chile). A participação
popular, nesses casos, não e democrática, pois visa apenas ratificar a vontade do detentor do
poder.
Pactuada surgem através de um pacto, são aquelas em que o poder constituinte originário se
concentra nas mãos de mais um titular. Por isso mesmo, trata-se de modalidade anacrônica,
dificilmente ajustando-se a noção moderna de constituição, intimamente associada a ideia de
unidade do poder constituinte.
Diferença entre “Constituição” e “Carta”, Constituição se da pela democracia que foi criada em
uma Assembleia Constituinte e Carta e o nome reservado para aquela constituição outorgada.
Analíticas são aquelas que abordam todos os assuntos que os representantes do povo
entenderam fundamentais.
O conceito constitucional pode ser tomado tanto em sentido material como formal.
Formal e aquela constituição que elege como critério o processo de sua formação, e não o
conteúdo de suas normas. Assim, qualquer regra nela contida terá o caráter de constitucional.
Dogmáticas como bem observou Meirelles Teixeira, “... partem de teorias preconcebidas, de
planos e sistemas prévios, de ideologias bem declaradas, de dogmas políticos... São elaboradas
em um só jato, reflexivamente, racionalmente, por uma Assembleia Constituinte”.
Rígidas são aquelas constituições que exigem, para sua alteração, um processo legislativo mais
árduo, do que o processo de alteração das normas não constitucionais. OBS: todas as
constituições brasileiras são rígidas, menos a de 1824.
Flexíveis são constituições que não possuem um processo legislativo de alteração mais
dificultoso do que o processo legislativo de alteração das normas infraconstitucionais.
Semirrígidas são constituições tanto rígidas como flexíveis, ou seja, algumas matérias exigem
um processo de alteração mais dificultoso do que o exigido para a alteração das leis
constitucionais, enquanto outras não precisam de tal formalidade.
Fixas segundo Kildare Gonçalves, “... são aquelas que somente podem ser alteradas por um
poder de competência igual aquele que os criou.
Transitoriamente flexíveis “... são as suscetíveis de reforma, com base no mesmo rito das leis
comuns, mas apenas por determinado período; ultrapassando este, o documento
constitucional passa a ser rígido.
Variadas seriam aquelas que se distribuem em vários textos e documentos esparsos, sendo
formadas de várias leis constitucionais.
Legais são aquelas constituições, que são escritas que se apresentem esparsas ou
fragmentadas em vários textos.
A brasileira de 1988, em um primeiro momento, como aponta Pinto Ferreira, seria reduzida,
codificada ou unitária.
Normativas são aquelas em que o processo de poder esta de tal forma disciplinado que as
relações politicas e os agentes do poder subordinam-se as determinações do seu conteúdo e
do seu controle procedimental.
Semanticas são simples reflexos da realidade politica, servindo como mero instrumento dos
donos do poder e das elites politicas, sem limitação do seu conteúdo.
Segundo Ramos Tavares as constituições Liberais surgem com o triunfo da ideologia burguesa,
com os ideais do liberalismo, por outro lado, as constituições sociais refletem um momento
posterior, de necessidade da atuação estatal, consagrando a igualdade substancial, bem como
os direitos sociais, também chamados de direitos de 2° dimensão.
Segundo Raul Machado, a expansividade da constituição de 1988 pode ser aferida em três
planos distintos:
Podemos dizer que a constituição brasileira de 1988 singulariza-se por ser: promulgada,
escrita, analítica, formal, dogmática, rígida, reduzida, ecletica, pretende ser normativa,
principiológica, definitava, autônoma, garantia, dirigente, social e expansiva.