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A CLÍNICA COM CRIANÇAS E

ADOLESCENTES: O PROCESSO
PSICOTERAPÊUTICOS
Docente: Prof. Luan Sampaio Silva

Discentes: Anna Luiza rocha Santos


Leonardo dos passos Pantoja
Victor Emanoel Fonseca Carvalho da Silva
3 FATORES ESPECÍFICOS DE TRATAMENTOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

• 1- Em primeiro lugar, esses pacientes, por serem legal- mente menores e dependentes
de suas famílias1 , sofrem, de forma mais aguda, a participação e a interferência de
terceiros, pais ou responsáveis, no vinculo psicoterápico.

A inclusão dos pais ou responsáveis em uma psicoterapia busca oferecer o suporte


necessário à manutenção do tratamento, assim como compreender ansiedades e modos
de funcionamento de cada família.
3 FATORES ESPECÍFICOS DE TRATAMENTOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

• 2- Um segundo fator diferencial se prende à solicitação do tratamento.

No caso de crianças, geralmente, a busca do atendimento é realizada pelos adultos


responsáveis. Muitas vezes, vem mobilizados por indicações ou sugestão da escola ou de
médicos.

Atualmente, constatamos que inúmeras crianças solicitam explicitamente aos pais a


busca de psicoterapia. Pensamos que essa nova postura deve-se ao fato de que esse tipo
de tratamento passou a ser mais difundido nos meios de comunicação.
3 FATORES ESPECÍFICOS DE TRATAMENTOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

• 3- A criança e o adolescente ainda não usam a palavra no mesmo nível que o adulto,
utilizando outras formas comunicativas, além da expressão verbal.

Crianças, usam o brincar como forma de manifestar seus estados mentais.

Os adolescentes, por se encontrarem as voltas com transformações no corpo e maior


pressão pulsional, estão envolvidos com redefinição da imagem corporal, as
ressignificações identificatórias e oscilações entre atividades masturbatórias e início da
vida sexual genital.
O CAMPO PSICOTERÁPICO

• O conceito de “campo” foi trazido para a psicologia, pela teoria da Gestalt. teoria do campo
total, na qual propôs que o comportamento humano é derivado da totalidade de fatos
coexistentes, caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte depende de uma inter-relação
com as demais partes que configuram o todo.
• No campo psicanalítico se refere a situações em que os fatos psíquicos são compreendidos
através de seus significados no contexto de relações intersubjetivas, no qual o par terapêutico
não pode ser visto como duas pessoas isoladas, mas como uma estrutura, produto dos
integrantes da relação, que estão envolvidos num processo dinâmico e criativo, cujo
funcionamento resulta da interação e dos aspectos inconscientes, tanto do paciente quanto do
terapeuta.
O CAMPO PSICOTERÁPICO

• Quando se trata de psicoterapias de crianças e adolescentes, o campo psicodinâmico se


torna mais complexo pela presença do psicoterapeuta, do paciente e dos seus pais,
tendo que ser levadas em conta as fantasias inconscientes dos pais.
• A psicoterapia com crianças (e em alguns casos com adolescentes) não pode ser
confundida com uma psicoterapia familiar, mas, em inúmeras ocasiões, precisamos
compreender e explicitar as ansiedades e o funcionamento do grupo familiar ou crenças
que, muitas vezes, são transgeracionais e se atravessam na psicoterapia individual com a
criança ou jovem.
• O que se passa no campo psicoterápico se assemelha a um quebra-cabeça de múltiplos
encaixes, no qual as mesmas peças agrupadas de uma forma original criam um cenário
em que vão se criando novas compreensões.
A RELAÇÃO TERAPÊUTICA

• A constante relação envolvendo terapeuta e paciente.


está no cerne de toda psicoterapia psicanalítica. A relação terapêutica é um vínculo
genuíno e com características próprias e discriminadas dos relacionamentos comuns da
vida do paciente. Configura-se numa relação que é singular e intransferível, norteada
pelos princípios teórico-clínicos que fundamentam a prática
A RELAÇÃO TERAPÊUTICA

• Alguns aspectos importantes.

Diferenciam a relação terapêutica das demais na vida do paciente, fora do consultório.


Em primeiro lugar, não é uma relação natural e espontânea; ela vai sendo construída no
vínculo, baseada num contrato com algumas normas a serem seguidas Com a criança ou
com o adolescente combina-se sobre a frequência e duração das sessões, faltas, férias e
também sobre as questões de pagamento dos honorários pelos seus responsáveis legais.
Enfatiza-se a questão do sigilo e confidencialidade dos dados das sessões.
A RELAÇÃO TERAPÊUTICA

Um terceiro aspecto, que discrimina esse vínculo em relação aos demais é que não
existe a reciprocidade que encontramos em outras formas de relacionamento.
Importante é estarmos atentos ao jogo de identificações projetivas e interjetivas que
moldam os fenômenos transferenciais/contratransferenciais
           OS FENÔMENOS TRANSFERENCIAIS E CONTRATRANSFERÊNCIAS 

• O fenômeno transferencial com crianças e adolescentes, em um sentido estrito do


termo, é semelhante ao observado com pacientes adultos e visa repetir protótipos de
relações e desejos infantis que se reatualizam no setting e no vínculo.o (Laplanche e
Pontalis, 1970)

• O senso da criança de quem ela é e de como outros vão reagir é muito afetado por
expectativas baseadas em seu passado, mas também matizado pelos relacionamentos
familiares recentes
         INTERVENÇÕES NA ATUALIDADE: COMO E QUANDO INTERPRETAR

• espaço psicoterápico pode ser compreendido segundo alguns modelos da teoria


psicanalítica : 
• Modelo Freudiano.
• Modelo de Kleiniano
• Modelo de Bion.
                                    CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Como descrevemos anteriormente, a criança e o adolescente, por estarem em


transformações físicas e psíquicas, requerem de nossa mente flexibilidade e continência
e um constante acesso ao nosso próprio material inconsciente. 
• Tornamos nossas as palavras de nosso querido mestre David Zimerman, quando refere
que, para ser psicoterapeuta de crianças e adolescentes, devemos gostar dessas faixas
etárias, manter a espontaneidade e autenticidade, além de ser “gente como a gente”, um
ser humano comum, sujeito às mesmas grandezas e fragilidades de qualquer outra
pessoa o que nos tornará mais próximos e empáticos com nossos pacientes
(Zimermann, 2004, p.459). NOTA

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