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MEDICINA PRÉNVENTIVA
PSICOLOGIA
Estudante: Turma: 1
Chókwè, Setembro,2018
Índice Paginas
1.Introdução...................................................................................................................3
1.1.Objectivo.................................................................................................................3
1.1.1.Geral.....................................................................................................................3
1.1.2.Especifico.............................................................................................................3
2.Fundamentação Teórica..............................................................................................4
Conclusão....................................................................................................................11
Referências..................................................................................................................12
Fases de Desenvolvimento Segundo Erik [2018
Erickson ]
1.Introdução
Erik Erikson (1972) descreve o desenvolvimento psicossocial do ser humano com base
em 8 etapas que se distribuem do nascimento a idade do adulto maduro. No entanto, a
adolescência é por ele a etapa mais destacada por se configurar como o momento em
que o sujeito passa pela “crise de identidade”. Nesse caso, a palavra “crise” deixa de ter
uma conotação de catástrofe, passando a designar um ponto decisivo e necessário, isto
é, um momento crucial no qual o desenvolvimento deve optar por uma ou outra direção,
mobilizando recursos de crescimento, recuperação e nova diferenciação.
Neste trabalho, serão destacadas cada uma dessas etapas desenvolvimentais e sua
importância para a constituição da identidade na adolescência, a qual é entendida como
a criação de um sentimento interno de semelhança e continuidade sentida pelo indivíduo
e reconhecida pelo outro (ABERASTURY & KNOBEL, 1981), e sua posterior
reposição durante a idade adulta, uma vez que a base da personalidade adulta é o
conceito que a pessoa possui do seu “eu”. Se essa base for forte, resultará uma sólida
identidade pessoal; do contrário, a consequência será uma identidade difusa
(SPRINTHALL & COLLINS, 1988).
1.1.Objectivo
1.1.1.Geral
Debruçar sobre o desenvolvimento humano na visão de Erik Erickson.
1.1.2.Especifico
Mencionar o ciclo vital de Erik Erickson e a constituição da identidade;
Descrever as 8 etapas que se atribuem ao nascimento.
Destaca-se que cada uma das etapas depende do desenvolvimento da etapa anterior, no
entanto, os conflitos de cada fase já existem, de uma forma mais amena, antes da
chegada “normal” de sua fase, da mesma forma que se mantém depois de seu tempo
decisivo.
O bebê, dessa forma, está receptivo a tudo o que lhe é oferecido, na mesma medida em
que espera receber, minimamente, o que necessita. Quando a relação materna é de
qualidade o bebê aprende a confiar na continuidade dos provedores externos, o que se
estende em uma confiança em si próprio. A criança desenvolve o sentimento de
esperança, já que percebe que nunca foi abandonado em suas necessidades. Caso isso
não ocorra tem-se o desenvolvimento da desconfiança, ocasionada quando os
provedores não conseguem ser previsíveis nos cuidados ao bebê.
Todo esse poder que a criança adquire em reter e eliminar se converte no que Erickson
chama de uma batalha pela autonomia. No entanto, um treino demasiado rígido ou
prematuro acaba privando a criança da sua livre tentativa de controle. Tal fato faz com
que a criança necessite se defender e, para isso, ela se utilizará da regressão (um mais
primitivo controle oral), ou passará a utilizar as fezes como munição agressiva,
tornando-se uma pessoa hostil e perigosa. Outra alternativa será fingir uma autonomia, a
qual, realmente, ela nunca conquistou. Esse sentimento de perda de autonomia, bem
como o sentimento de um supercontrole parental resulta numa duradoura propensão
para o desenvolvimento de sentimentos de dúvida e vergonha. Somente o apoio do meio
No entanto, o oposto também pode acontecer, sendo que a criança pode não se sentir
preparada para a convivência escolar, preferindo ficar junto de seus cuidadores a obter
conhecimentos fora do âmbito familiar. “O perigo desta fase é o desenvolvimento de
uma alienação de si mesma e das suas tarefas – o tão conhecido sentimento de
inferioridade.” (ERIKSON, 1972, p.124). Tal sentimento implica em a criança não se
considerar capaz de fazer e, consequentemente, de ser reconhecido, estruturando o
sentimento de que “nunca prestará para nada” (ERIKSON, 1972. p.126).
Socialmente, esta fase é uma das mais decisivas, já que a diligência envolve fazer coisas
com outras pessoas, desenvolvendo-se, assim, um primeiro sentido de divisão do
trabalho. O resíduo dessa fase para as etapas posteriores é a seguinte aquisição: “Eu sou
o que posso aprender para realizar trabalho”.
Este é o período em que os seres humanos se mostram “preocupados com o que possam
parecer aos olhos dos outros, em comparação com o que eles próprios julgam ser, e com
Neste período, o sujeito se define para uma vida adulta, tendo assim uma identidade
constituída. O que fica de resíduo para as fases posteriores é o que Erickson chamou de
“para além da identidade”, se referindo a uma vida depois da adolescência e o retorno
de crises de identidade nas fases ulteriores do ciclo vital.
“O jovem que não está seguro de sua identidade furta-se à intimidade ou lança-se em
atos de intimidade que são ‘promíscuos’, sem uma verdadeira fusão ou real entrega de si
O que fica agora de resíduo para as fases posteriores não se baseia mais no “eu sou”,
mas sim, devido ao incremento da intimidade, se torna “nós somos”, sendo colocado na
seguinte aquisição: “Nós somos o que amamos”.
Vale destacar que o simples fato de ter filhos não significa o desenvolvimento da
generatividade, já que essa implica em um desvelo nos cuidados da criança, o que nem
todos os sujeitos conseguem desenvolver. As conseqüências desse comportamento
acabam repercutindo nas gerações seguintes, em que a falta de desvelo dos pais não
permite o desenvolvimento identitário satisfatório do filho em cada etapa.
O resíduo dessa fase para as etapas posteriores continua a ser a seguinte aquisição: “Nós
somos o que amamos”.
O que fica como resíduo dessa fase para a geração seguinte (e não mais para a fase
seguinte, já que não há uma fase posterior a essa) é a adaptação de seu único ciclo vital,
já que a preocupação dos sujeitos nessa fase é a “conservação do mundo”. Dessa forma,
uma nova edição da crise de identidade se dá ao final da vida, podendo ser expressa nas
seguintes palavras: “Eu sou o que sobrevive de mim.”
COLES, R. The Erik Erikson reader. New York. W.W. Norton & company. 1978.