Você está na página 1de 13

República de Angola

Ministério da Educação
Liceu 9026 Sapú II Talatona

TRABALHO DE PSICOLOGIA

TEMA:

OS ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO
PSICOSSOCIAL SEGUNDO ERIKSON

Grupo n° 4
12ª Classe
Sala n° 2 Docente
Turno: Manhã
_____________________________

LUANDA, 2023
INTEGRANTES DO GRUPO

1. Delfina José
2. Miranda Miranda
3. Nelson Papusseco
4. Raina Luís
5. Rita Caizer
6. Rosária Venâncio
7. Vicente Hebo
8. Vilma Ferino

1
Índice

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 2
1. Definição de termos e conceitos ................................................................................... 2
1.1. Características da Teoria Psicossocial (Modelo de Erikson) .................................... 3
1.2. Estádios Psicossociais do Desenvolvimento ............................................................. 3
2. Teoria do Plano de Vida ............................................................................................... 6
2.1. Inovação da Teoria Eriksoniana ................................................................................ 7
2.2. A educação na Teoria Psicossocial ............................................................................ 8
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 10
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa aborda sobre „„Os Estádios do Desenvolvimento
Psicossocial Segundo Erikson”. Com base a biografia deste autor, podemos dizer que
Erikson foi um importante psicanalista e teórico da Psicologia, pesquisou muito sobre o
desenvolvimento humano e a formação da personalidade, fortemente influenciado por
conceitos e métodos elaborados por Sigmund Freud. Sua maior contribuição ao campo
da Psicologia e outras áreas foi à a criação da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial,
que reside na compreensão de que o desenvolvimento humano é um processo contínuo
que não se encerra na adolescência, mas perpassa a vida adulta até a velhice e que ele
não é resultado apenas de factores biológicos, da articulação com factores sociais e
individuais. Diante do exposto buscamos conhecer as contribuições da Teoria do
Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson para o campo da Psicologia.

1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Definição de termos e conceitos

Entende-se por desenvolvimento psicossocial a capacidade de aquisição


progressiva do ser humano de interagir com seu meio ambiente. A Teoria Psicossocial
surgiu no seio da corrente psicanalítica, compartilhando importantes conceitos e
fundamentos psicanalíticos, o desenvolvimento psicológico do indivíduo depende da
interação que mantêm com outras pessoas num ambiente social, Erikson mudou o
enfoque desta para o problema da identidade e das crises do ego, ancorado em um
contexto sociocultural. O estudo da identidade tornou-se estratégico para o autor, que
viveu em uma época onde a Psicanálise deslocava o foco do id e das motivações
inconscientes para os conflitos do ego.

Em meados do século XX, Erikson começa a construir sua teoria psicossocial do


desenvolvimento humano, repensando vários conceitos de Freud, sempre considerando
o ser humano como um ser social, antes de tudo, um ser que vive em grupo e sofre a
pressão e a influência deste. A partir desta consideração, Erikson formula sua teoria de
forma a deixar duas importantes contribuições à Psicanálise, uma teoria na qual o ego
tem uma concepção ampliada e realiza estudos psico históricos, exemplificando sua
teoria psicossocial no curso de vida de algumas figuras famosas.

Essa metodologia é totalmente nova para a Psicanálise da época e na própria


psicologia, pois estudos longitudinais eram muito raros e complexos de serem
realizados (ainda o são hoje), embora se mostrem como um excelente método de validar
teorias como a de Erikson, que trabalham o clico vital como um contínuo onde cada fase
influencia a seguinte. A teoria psicossocial compreende que a identidade se desenvolve
durante toda a vida, sofrendo mudanças mesmo após a adolescência.

Esse desenvolvimento se dá em estádios e cada um envolve o que Erikson


chamou de crise na personalidade. A proposta os estádios psicossociais envolvem outras
artes do ciclo vital além da infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma
negação da importância dos estágios infantil (afinal, neles se dá todo um
desenvolvimento psicológico e motor), mas Erikson observa que o que construímos na
infância em termos de personalidade não é totalmente fixo e pode ser parcialmente
modificado por experiências posteriores.
2
1.1. Características da Teoria Psicossocial (Modelo de Erikson)

A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas
também das exigências do meio em que vive, sendo, portanto essencial a análise da
cultura e da sociedade em que vive o sujeito em questão. Em cada estádio o ego passa
por uma crise (que dá nome ao estádio), esta crise pode ter um desfecho positivo
(ritualização) ou negativo (ritualismo), da solução positiva, da crise surge um ego mais
rico e forte, da solução negativa temos um ego mais fragilizado, a cada crise a
personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências
vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracasso.

Erikson criou alguns estágios, que ele chamou de psicossociais, onde ele
descreveu algumas crises pelas quais o ego passa, ao longo do ciclo vital. Estas crises
seriam estruturadas de forma que, ao sair delas, o sujeito sairia com um ego (no sentido
freudiano) mais fortalecido ou mais frágil, de acordo com sua vivência do conflito, e
este final de crise influenciaria diretamente o próximo estádio, de forma que o
crescimento e o desenvolvimento do indivíduo estaria completamente imbricado no seu
contexto social, palco destas crises.

1.2. Estádios Psicossociais do Desenvolvimento

Algumas vezes nos surpreendemos divagando se seria possível reinventarmos ou


se somos condicionados a uma armadura de personalidade desenvolvida no passado,
principalmente na infância. O psicanalista e pesquisador do desenvolvimento
psicossocial Erik Erikson não somente argumentava que era possível mudanças pessoais
como também mapeou esses estádios, a descrever:

1. Confiança vs Desconfiança: até 2 anos.


Nesse estádio, o bebê interage com seus cuidadores próximos, desses primeiros
atos de socialização surge um sentimento de segurança que desenvolverá a confiança
nas pessoas e no ambiente. Os comportamentos de insegurança, desconfiança e
ansiedade seriam efeitos colaterais de negligência nessa fase.

3
2. Autonomia vs Vergonha e Dúvida: entre 2–3 anos

A fase de aquisição da linguagem coincide com o senso de autonomia, a criança


começa a entender que é um ser social dentre outros e a aprender a manipular objetos,
ser ela própria é aceitável nesse círculo social desenvolvendo sua autonomia. Portanto,
críticas repressivas tendem a causar sentimentos de dúvida ou vergonha, a vergonha
seria uma raiva de si mesmo pela exposição à censura.

3. Iniciativa vs Culpa: entre 4 - 5 anos.


Uma vez desenvolvida a autonomia, a criança parte para a iniciativa, aplica suas
capacidades físicas e mentais para expandir em outras áreas de forma criativa e social,
amplia sua rede social além da família imediata, alfabetiza-se e desenvolve a
imaginação. Os mesmos brinquedos ganham funções diferentes e o mundo ao redor é
mais explorado intensamente, a iniciativa (ou falta dela) gera a responsabilidade,
internalizada na forma de culpa.

4. Diligência vs Inferioridade: entre 6 - 11 anos.

A liberação da criatividade é um verdadeiro dique se abre, surge então, a


necessidade de controlar a imaginação e direcionar o foco criativo para processos de
socialização formal, principalmente a educação. A industriosidade, a diligência e a
perseverança são recompensantes. Contudo, se há muita cobrança ou inadmissão de
falhas, pode surgir uma desmotivação e sentimento de inferioridade.

5. Identidade vs Confusão de Identidade: entre 12 - 18 anos.


Já na adolescência domina a demanda pela identidade, a tensão entre ser
diferente e se conformar às normas de algum grupo para ser aceito gera a crise de
identidade. Há pressão para assumir um papel na sociedade tais como: Qual carreira
seguir? Quem sou na minha família? Quem sou? Como quem vou me relacionar?
acompanhado pelas drásticas e autoconscientes transformações biológicas, o
adolescente muda rapidamente muito de seus traços de personalidade, às vezes, não se
reconhece nos novos papéis, resultando em uma confusão.

4
6. Intimidade vs Isolamento: entre 19 - 40 anos

Uma vez estabelecida à identidade, a pessoa aproxima-se de outras conforme os


valores, gostos e interesses que em conjunto formam essa mesma identidade, essa
socialização em faculdades, trabalho ou relacionamento íntimo requer uma identidade
forte, “saber o que quer”. A incompreensão (mútua ou não) de outros sujeitos ou a
dificuldade em forjar relações íntimas podem empurrar a pessoa para o isolamento.

7. Generatividade vs Estagnação: entre 40 - 60 anos.

A socialização adulta anterior pode resultar em uma carreira, família ou


amizades duradouras. Aqui começa uma atividade reflexiva de transmissão dos bastões,
é o tempo de educar seus filhos. Socialmente, é quando se torna comum engajar-se em
causas com uma articulação maior e menos com improvisos ou paixões espontâneas, o
papel profissional requer tanto reconhecimento quanto influência em seu meio,
inclusive além das recompensas meramente utilitárias. Se os projectos frustram ou sua
auto-avaliação não é satisfatória, há um estagnação e auto-sabotagem.

8. Integridade x Desespero: entre 60 anos e resto da vida.

É a fase do balanço em que uma pessoa madura reflete sua vida, sua história e
legado são avaliados, quer por arrependimento ou gratidão, a pessoa pode se tornar mais
doce quer por revolta ou indiferente, uma pessoa amarga que liga menos para a opinião
alheia, se não houver um sentimento de realização, a tendência é ao desespero e não
conformidade com o fim da vida. A não resolução satisfatória de uma fase afetaria as
fases subseqüentes, entretanto, Erik Erikson acreditava que a terapia poderia encontrar
meios para superar e compensar um estágio deficiente.

A pessoa sente a sensação de dever cumprido, experimenta o sentimento de


dignidade e integridade, e divide sua experiência e sabedoria, existe ainda o perigo do
indivíduo se julgar o mais sábio, e impor suas opiniões em nome de sua idade e
experiência. Erikson fala de principais possibilidades tais como: procurar novas formas
de estruturar o tempo e utilizar sua experiência de vida em prol de viver bem os últimos
anos ou estagnar diante “do terrível fim”, quando desaparecem pouco a pouco todas as
fontes de carícia se vão e o desespero toma conta da pessoa.

5
2. Teoria do Plano de Vida

Segundo Erikson (1987), durante o ciclo vital construiríamos o que ele


denomina plano de vida, um curso, um roteiro segundo o qual as crises do ego vão se
desenrolar de certa maneira, que parece ter sido determinada pela infância, pelas
primeiras crises do sujeito. Percorrendo a literatura eriksoniana, é possível identificar
alguns marcos de passagem e montagem do plano de vida. Uma delas é a construção da
confiança básica. Outra fase importante é a iniciativa, onde ficam arraigados os ideais e
os propósitos, importante elemento da formação da identidade, e montagem do plano
certamente conta com esta convicção por parte da criança.

A indispensável contribuição da fase da iniciativa para o desenvolvimento


ulterior da identidade consiste, pois, obviamente, na libertação da iniciativa e sentido de
propósito da criança para as tarefas adultas que prometem (mas não podem garantir) a
realização plena da gama de capacidades do indivíduo. Isso é preparado na convicção
firmemente estabelecida e invariavelmente crescente, não intimidada pela culpa, de que
eu sou o que posso imaginar que serei.

Óbvio que um desapontamento geral dessa convicção por uma discrepância


entre as ideais infantis e a realidade adolescente pode conduzir a um desencadeamento
de culpa e violência, tão característico do homem, tão perigoso para a sua própria
existência. (Erikson, 1987, p. 122).

Outro marco fica na fase da diligência, período onde, pela escolarização,a


criança se insere no mundo social e lida com os papéis que este envolve. Neste processo
de socialização, importantes mensagens são passadas à criança, que, combinadas com
sua disposição interna, tornam-se mais um elemento na construção de um plano de vida,
é neste período que a sociedade maior torna-se significativa para a criança ao admiti-la
em papéis preparatórios.

Aqui vemos a importância clara das relações sociais na montagem do plano de


vida, porque, é através da aprendizagem de determinados papéis, que a criança vai
antecipando e exercitando alguns características e habilidades para seus futuros papéis.
(Erikson, 1987).

6
Na fase da adolescência, cada vez mais antecipada pelas culturas ocidentais, há a
preocupação (mórbida, segundo Erikson) com o que os outros estão pesando. Na teoria
eriksoniana, a importância desta etapa é crucial porque nela são revivenciados todos os
conflitos das fases anteriores, seus bons ou maus desfechos, e os sentimentos gerados ao
longo da infância pelas chamadas crises do ego. Ao definirmos quem somos, pensamos
juntamente o que faremos de nossa vida, consolida-se então o plano de vida.

Outra etapa importante para o plano de vida, desta vez para a passagem deste, é
a fase da generatividade. Para Erikson, “a própria natureza da generatividade sugere que
a sua patologia, minimamente circunscrita, deve ser agora procurada na geração
seguinte”. Esta é a força propulsora da passagem da cultura humana, ainda que com
todas as patologias, pré-conceitos e preconceitos e também os medos e as fantasias.
(Erikson, 1987, p.139).

2.1. Inovação da Teoria Eriksoniana

Erikson (1987) fala da importância de se considerar o contexto histórico e


cultural, utilizando estas informações como instrumento de análise, afinal, são elas que
vão nos dar indicativos da formação de uma identidade, que é construída e mantida pela
sociedade, pelo que Erikson chama de “ego grupal” (1987, p. 69). Aliás, esta é uma
crítica feita constantemente pelo autor: a falta de integração ente o social e o individual,
ao estudar qualquer assunto que se refira à subjetividade humana. Naturalmente, a
negligência geral desses fatores na psicanálise não favoreceu uma aproximação com as
Ciências Sociais.

Os estudiosos da sociedade e da história, por outro lado, continuam ignorando


alegremente o simples fato de que todos os indivíduos nasceram de mães, de que todos
nós já fomos crianças, de que as pessoas e os povos começaram em seus berçários e de
que a sociedade consiste em gerações no processo de desenvolvimento de filhos em
pais, destinados a absorver as mudanças históricas durante suas vidas e a continuar
fazendo história para seus descendentes. Somente a Psicanálise e as ciências sociais
unidas poderão finalmente proceder ao levantamento do curso de vida individual no
contexto de uma de uma comunidade em permanente mudança. (Erikson, 1987, p. 44).

7
2.2. A educação na Teoria Psicossocial
Diferente de outros teóricos do desenvolvimento humano, Erikson não teorizou
sobre um modelo ideal de educação. Contrário a esse pensamento, o pesquisador
avançou ao compreender que a cultura influencia diretamente no desenvolvimento
humano e que cada sociedade elabora um modelo educacional com conhecimentos e
técnicas mais adequados para sua manutenção e sobrevivência. Entretanto, mesmo não
apresentando um modelo educacional, a educação está presente na Teoria Psicossocial,
sendo apresentada como uma ferramenta a serviço da cultura que não se restringe à
escola, ocorrendo nas interações sociais desde o nascimento. Podemos percebê-la tanto
nos estádios iniciais correspondentes à infância, na adolescência e nos estágios
posteriores, correspondentes à fase adulta. (Carpigiani, 2010).

Partindo da compreensão de que a educação não é uma, mas muitas, de que ela
não se limita ao ambiente escolar, mas existe fora dele nas interações sociais e com o
meio ambiente, trouxemos para o nosso trabalho uma ênfase sobre os estudos
interculturais desenvolvidos por Erikson que corroboram com essa percepção da
educação, em sua teoria. Os estudos interculturais foram o motor para a sua teoria,
reconhecendo a importância da cultura como um factor determinante para o
desenvolvimento saudável dos sujeitos e de suas personalidades. Tese comprovada a
partir de uma pesquisa realizada em tribos indígenas norte-americanas. (Veríssimo,
2002).
A pesquisa foi realizada durante a segunda metade do século XX, consistindo
em observação participante e entrevistas com índios dos povos Sioux e Yoruk. Erikson
conversou com idosos, adultos e crianças, ouviu relatos espontâneos sobre suas
memórias, suas culturas e a maneira como educavam suas crianças, a fim de se
adequarem aos ideais de homem e de mulher necessários à sobrevivência da
comunidade. A construção da identidade individual pode sofrer profundas marcas,
quando ocorre um trauma ou uma sequência de traumas, ao longo do desenvolvimento
da cultura à qual a pessoa pertence. Isso reforça a importância do meio social para o
desenvolvimento saudável do Ego, compreendido como central para a Teoria
Psicossocial. (Bee, 2003).

8
Erikson compreendeu que em qualquer sociedade, a educação infantil é o
instrumento sensível de uma síntese cultural até que uma nova síntese se revele mais
convincente e inevitável. No caso dos índios, os antigos princípios da educação infantil
ainda eram atuantes, sobrepujando a educação infantil apresentada pelo homem branco,
para os indígenas norte-americanos, a criança deveria agir de forma individualista já na
primeira infância e os pais não podiam interferir nem questionar esse comportamento,
aprovando a autodeterminação, principalmente nos meninos. (Feldman, 2013).

Não há nenhuma condenação aos hábitos infantis, somente quando a criança


estava forte fisicamente e confiante em si mesma, era exigido que ela iniciasse sua
adequação à tradição do grupo. As classes dominantes da civilização ocidental, em
contrapartida, apresentam uma forma de educação mais burocratizada, que regula
sistematicamente as funções e os impulsos na primeira infância, em busca de uma
proteção na atuação da criança em momentos posteriores na sociedade. Desenvolvem
uma rotina para a criança, regulando suas primeiras experiências com seu corpo e com
seu ambiente físico imediato. (Carpigiani, 2010, p. 9).

Concordando com o pensamento de Erikson, faz-nos lembrar que a capacidade


de aprendizagem é uma característica predominantemente humana, o homem possui
instintos, entretanto, “pode adquirir uma série de conhecimentos que ele não traz por
hereditariedade”. Segundo eles, a aprendizagem se dar a partir de duas fontes básicas: a
experiência individual, que leva a uma aprendizagem independente e a transferência de
conhecimentos de individuo para individuo. Evolutivamente, a segunda forma de
transferência de conhecimento tornou-se a grande arma do homem na luta pela
sobrevivência. (Cotrim, 1982, p. 13).

Erikson ao reconheceu que a cultura é determinante para o desenvolvimento


humano, sendo imprescindível para nossa evolução enquanto espécie, acrescenta ainda
que a capacidade de aprendizagem do homem de aprender com as experiências de seus
antepassados deu origem ao processo que chamamos de educação, que por sua vez,
pode ser compreendida como o processo pelo qual o homem, através de sua capacidade
para aprender, adquire experiências que atuam sobre a sua mente e o seu físico, algumas
destas experiências terão a capacidade de influenciar o seu comportamento em termos
de idéias ou de acções, enquanto outras poderão ser rejeitadas ou não assimiladas.

9
CONCLUSÃO

Em suma, feito este estudo concluímos que a Teoria do Desenvolvimento


Psicossocial nos oferece um olhar ampliado para o desenvolvimento humano,
estendendo nossa compreensão sobre a identidade e a personalidade para além da
adolescência. O desenvolvimento de estádios do desenvolvimento psicossocial, são
características da corrente psicanalítica, tem seu foco desviado para a importância das
interações sociais e da cultura em cada estádio, fazendo surgir comportamentos que
satisfaçam as necessidades individuais e coletivas dos sujeitos. O deslocamento do ego
para o centro do desenvolvimento e as crises que vivenciamos são responsáveis pelas
mudanças que contribuem para a formação da personalidade e da identidade de cada
individuo.

10

Você também pode gostar