Você está na página 1de 24

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DA SAÚDE

CURSO DE LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA

O DESENVOLVIMENTO DA
PERSONALIDADE
TEORIA DA PERSONALIDADE

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

➢ 1° ANO
➢ MANHÃ

DOCENTE

__________________________

Leonor Chiringutura

BENGUELA, 2023
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DA
SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA

O DESENVOLVIMENTO DA
PERSONALIDADE
TEORIA DA PERSONALIDADE

ESTUDANTES:

➢ Aldagiza Rita D. Cahango


➢ Adélia Wessy
➢ Celma Casimiro Chinguavo
➢ Delfina Lussati Sala
➢ Adriana Maria J. E. David
➢ Maria Luisa Tch. Tchitangui

BENGUELA, 2023
ÍNDICE

INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 4

DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................... 5

ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE ........................................................ 6

FATORES QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE ............... 12

O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE INFANTIL ..................................................... 13

O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE NA ADOLESCÊNCIA.................................... 13

TEORIA DA PERSONALIDADE ................................................................................................... 14

CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................. 24
INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se ao Desenvolvimento da Personalidade. Embora


nenhuma definição seja consenso entre todos os teóricos, podemos dizer que a
personalidade é um padrão de traços relativamente permanentes e de características
singulares, que confere, ao mesmo tempo, consistência e individualidade ao
comportamento de uma pessoa. Os traços contribuem para a existência das
diferenças de comportamento, de consistência comportamental ao longo do tempo e
de estabilidade de comportamento em meio às situações. Os traços podem ser
únicos, comuns para alguns grupos ou compartilhados por espécies inteiras, mas seu
padrão é diferente para cada indivíduo. Dessa forma, cada pessoa, embora
semelhante a outras em muitos aspectos, possui uma personalidade exclusiva. As
características são qualidades singulares de um indivíduo, que incluem atributos
como temperamento, psique e inteligência.

A maior parte dos primeiros teóricos da personalidade não utilizava inventários


padronizados para avaliação. Embora Freud, Erik Erikson e Jung tenham
desenvolvido uma certa forma de instrumento de projeção, nenhum deles utilizou
a técnica com suficiente precisão para estabelecer sua confiabilidade e validade.
Contudo, as teorias de Freud, Erik Erikson e Jung ensejaram inúmeros inventários
de personalidade, à medida que pesquisadores e clínicos buscaram mensurar as
unidades de personalidades propostas por estes teóricos. Os teóricos da
personalidade que se seguiram, especialmente Julian Rotter, Hans Eysenck e os
teóricos dos Cinco Fatores desenvolveram e utilizaram diversas medidas de
personalidade e basearam-se fortemente nelas para a construção de seus modelos
teóricos.

4
DESENVOLVIMENTO

A Personalidade é um conjunto de caracteristicas psicologicas que determinam os


padrões de pensar, sentir, agir ou seja a individualidade pessoal e social de alguém e
encapsuladas pelos traços: Neuroticismo, Extroversão, Abertura a experiência e
Amabilidade.

Personalidade provem do latim Personare, Persona, que se refere a uma Máscara.

O desenvolvimento da personalidade engloba a construção e desconstrução dinâmicas


de características integrativas que distinguem um indivíduo em termos de traços
comportamentais interpessoais. O desenvolvimento da personalidade está em constante
mudança e sujeito a fatores contextuais e experiências que alteram a vida. O
desenvolvimento da personalidade também é dimensional na descrição e de natureza
subjetiva. Ou seja, o desenvolvimento da personalidade pode ser visto como um
continuum que varia em graus de intensidade e mudança. É de natureza subjetiva
porque seu conceito está enraizado em normas sociais de comportamento esperado,
auto-expressão e crescimento pessoal.

O ponto de vista dominante na psicologia da personalidade indica que a personalidade


emerge cedo e continua a desenvolver-se ao longo da vida. Acredita-se que os traços
de personalidade do adulto tenham uma base no temperamento infantil, o que significa
que as diferenças individuais de disposição e comportamento aparecem cedo na vida,
potencialmente antes do desenvolvimento da linguagem de autor-representação
consciente. O modelo de cinco fatores de personalidade mapeia as dimensões do
temperamento infantil. Isso sugere que as diferenças individuais nos níveis dos traços
de personalidade correspondentes (neuroticismo, extroversão, abertura à experiência,
amabilidade e consciência) estão presentes desde a tenra idade.

Então, de um modo geral, a personalidade é o que nos permite diferenciar uma pessoa
das outras. Por que temos uma personalidade e não outra? Como a personalidade é
formada? E acima de tudo, do que isso depende?

5
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE

As duas teorias da personalidade mais conhecidas que enfatizam nas diferentes etapas
que moldam seu desenvolvimento são, por um lado, a teoria de Sigmund Freud e, por
outro lado, a teoria de Erik Erikson.

Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud

De acordo com a teoria da personalidade de Freud, o desenvolvimento da


personalidade é dividida em cinco etapas ou fases que são identificadas com as zonas
erógenas, os órgãos nos quais o prazer sexual, a energia e a libido das pessoas são
focalizados.

Além disso, cabe destacar que, devido à experiência de algum trauma, uma fixação ou
uma regressão pode ocorrer no processo de desenvolvimento, portanto, se ocorrer uma
alteração em uma das etapas específicas, a personalidade da pessoa será determinada
por isso. As etapas de Freud são:

Etapa oral (0-1 ano)

É a primeira etapa do desenvolvimento que começa no nascimento e dura até o


primeiro ano de vida das pessoas. Nesta etapa ou fase, o prazer é encontrado na boca e
é obtido com atividades de sucção, de chupar, de comer ou de morder. Normalmente é
relacionada com o ato de mamar, morder objetos, entre outros. A correta evolução
dessa etapa depende das experiências agradáveis e seguras que as crianças
experimentam durante esse período. Assim, segundo Freud, um grande exemplo de
trauma vivenciado nessa situação que pode provocar uma fixação nessa etapa é o fato
de interromper a amamentação antes do previsto ou amamentar por mais tempo que o
necessário. Os resultados de uma fixação nessa etapa podem ser vícios em tabaco, roer
as unhas, entre outros.

Etapa anal (1-3 anos)

Essa etapa começa ao um ano e termina aos 3 anos. É caracterizada por ser a etapa na
qual a fonte de prazer é encontrada no ânus, portanto, está relacionada com atividades
agradáveis do controle dos esfíncteres (incluindo também a bexiga), como reter e/ou
expulsar fezes. Segundo Freud, nessa etapa podem surgir dois inconvenientes se a
6
evolução adequada não for seguida: por um lado, as crianças podem apresentar uma
grande retenção de fezes, levando a constipação e, consequentemente, desenvolver um
caráter teimoso. Por outro lado, as crianças podem se rebelar e expulsar as fezes em
momentos inoportunos e, consequentemente, desenvolver um caráter mais destrutivo.

Etapa fálica (3-6 anos)

A terceira etapa do desenvolvimento, de acordo com Freud, começa aos 3 anos e


termina aos 6 anos, e a fonte de prazer é focada nos órgãos genitais (no caso da mulher,
no clitóris, comparada à etapa clitoridiana). Essa etapa está relacionada com o prazer
que as crianças sentem com o exibicionismo dos seus genitais e o interesse pelos
genitais do sexo oposto e o próprio. No início dessa etapa, as pessoas mostram um
grande interesse auto-erótico, mas com o passar do tempo, o foco de interesse muda
para os pais, levando em consideração o complexo de Édipo.

Assim, o complexo de Édipo é caracterizado pela busca de satisfação no progenitor do


sexo oposto, embora também apareça um interesse para o progenitor do mesmo sexo,
em relação à superar sua rivalidade. É comum que as crianças, nessa etapa, busquem
contato corporal, carícias, se masturbem ou criem fantasias em relação ao que as
pessoas mais velhas fazem. No entanto, chega um momento em que o complexo de
Édipo entra em um estado de liquidação, onde pequenas diferenças são encontradas
entre meninos e meninas.

Por um lado, no caso dos meninos, a hostilidade que mostram em relação ao pai,
concebido como um rival, e o interesse sexual pela mãe fazem com que o menino
espere ser castigado com a castração. Além disso, as fantasias de castigo não satisfeitas
podem provocar sintomas neuróticos na personalidade do menino. E é nessa fase do
complexo de Édipo em que o menino se identifica com o pai e quer adotar sua imagem,
a agressividade rival desaparece e perde o interesse pelo falo.

Por outro lado, no caso das meninas, inicialmente, do mesmo modo que os meninos,
mostram amor pela mãe (progenitor do mesmo sexo). Mas diferente dos meninos,
chega um momento em que as meninas descobrem a falta do pênis, como resultado do
clitóris menor em sua comparação e, portanto, imaginam que foram mutiladas. Assim,
atribuem à mãe a culpada de sua mutilação e, diante de sua situação de ambivalência

7
sexual, decidem escolher o pai (progenitor do sexo oposto) como objeto de amor,
devido à inveja ou desejo de seu pênis.

Etapa de latência (5-12 anos)

Essa etapa começa aos cinco anos e termina aos doze, a idade aproximada em que a
puberdade começa. Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou
seja, há uma supressão temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período.
Nesse sentido, essa etapa é caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer
está focalizado.

Etapa genital (puberdade e maturidade)

Essa é a última etapa do desenvolvimento, segundo Freud, e é acompanhada por


mudanças físicas, psíquicas e emocionais próprias da idade. A zona erógena na qual o
prazer é focado é novamente os genitais, embora, neste caso, as pessoas já tenham a
capacidade de expressar a sexualidade em função do consenso e do vínculo com as
outras pessoas. Em outras palavras, poderíamos dizer que se trata da sexualidade adulta
e madura. Essa etapa é caracterizada pelo surgimento, novamente, dos interesses
sexuais e de satisfação, atividades sexuais começam e a organização e a maturidade
sexual são produzidos. Além disso, a identidade sexual das pessoas é reafirmada.
Finalmente, cabe destacar que nessa etapa são desencadeados aspectos como a
amabilidade, afetuosidade, receptividade, segurança, aptidão, capacidade de
compreensão e apreciação do bem-estar dos outros, a inclinação para colaborar com
outras pessoas, etc.

Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Erikson

De acordo com a teoria da personalidade de Erik Erikson, o desenvolvimento da


personalidade é dividido em oito etapas diferentes, que vão desde o nascimento das
pessoas até sua morte. Essas etapas consistem na busca e adaptação das pessoas no
ambiente e, em cada uma dessas etapas existem conceitos opostos que entram em
conflito. Além disso, o objetivo das pessoas é conseguir um equilíbrio entre ambos
conceitos opostos e obter uma conquista ao finalizar cada etapa. As etapas de Erikson
são:

8
Confiança vs desconfiança (0-18 meses)

O primeiro conflito que as pessoas encontram ao nascer é aquele entre a confiança e a


desconfiança, e dura até, aproximadamente, os 18 meses. Nessa idade, as crianças
recebem os cuidados de seus progenitores em relação às necessidades dos filhos, como
a comida, a proteção, a atenção, entre outros, portanto, as crianças esperam formar
um vínculo com seus pais de acordo com a satisfação de suas necessidades.

Assim, nessa etapa, as crianças devem lutar contra o conflito entre a confiança e a
desconfiança de gerar um vínculo de confiança com seus pais. Pois, a sensação de
confiança, a vulnerabilidade, a frustração, a satisfação, a segurança,
etc., determinarão a maneira de estabelecer relações e a qualidade dessas relações
com outras pessoas ao longo de sua vida, ao mesmo tempo que a criança também deve
aprender a confiar em si mesma. Ou seja, os relacionamentos futuros da criança com o
exterior dependerão do vínculo que foi criado com seus pais nessa etapa.

O objetivo a ser alcançado nessa etapa é chegar ao ponto de equilíbrio entre a


confiança e a desconfiança, fato que permite à criança um adequado ajuste entre sua
autonomia e sua vida social. Além disso, outra conquista que deve ser obtida ao
finalizar a etapa é a esperança, ou seja, a criança deve compreender que os
progenitores nem sempre estarão ao seu lado, nem sempre poderão satisfazer todas
suas necessidades, de modo que a criança deve ser capaz de ter a esperança de
sobreviver quando ninguém puder satisfazer suas necessidades.

Autonomia vs vergonha (18 meses-3 anos)

Nessa etapa, as crianças começam a desenvolver suas capacidades de movimento e


excreção, fato que requer um aprendizado e um controle por parte dos progenitores.
Nesse sentido, a autonomia se reflete nas crianças, pois o desenvolvimento dessas
novas capacidades lhes causa um sentimento de liberdade, porque sentem que já não
dependem de seus cuidadores para poder se movimentar e, com o passar do tempo, as
crianças se tornam mais independentes, graças às suas capacidades desenvolvidas. No
entanto, a vergonha se reflete nas crianças devido a sua maneira inexperiente de se
mover ou de controlar seus esfíncteres e também se deve, de certa forma, à liberdade
que os pais proporcionam à seus filhos, que envolve duvidar de suas capacidades, ou
seja, do que os pais consideram que os filhos podem fazer ou não.

9
A conquista a ser obtida ao finalizar essa etapa é a determinação ou a vontade de fazer
ou não fazer as coisas que as crianças querem, levando em consideração a confiança
que tenham em si mesmas. Assim, com o passar do tempo, as crianças realizarão testes
de suas ações para poder conhecer os efeitos e as consequências que cada uma de suas
ações acarreta, deste modo, desenvolverão sua autonomia ao mesmo tempo que
necessitarão de limites marcados do que podem e do que não podem fazer. Neste
sentido, chegarão a um equilíbrio entre a autonomia e a vergonha, o que levará a
um autocontrole e auto-gestão de seus próprios comportamentos.

Iniciativa vs culpa (3-5 anos)

Nessa etapa, as crianças desenvolverão suas capacidades de maneira mais autónoma do


que anteriormente. Portanto, graças ao descobrimento de suas capacidades, as crianças
percebem todas as possibilidades que estão ao seu alcance em comparação com a etapa
anterior, fato que promove a iniciativa das crianças, pois testam suas capacidades e
habilidades realizando novas atividades. No entanto, se os pais reagirem
negativamente diante da iniciativa de seus filhos, como por exemplo repreendê-los,
provavelmente gerará um sentimento de culpa nas crianças.

Em relação à conquista a ser obtida ao finalizar essa etapa, devemos levar em


consideração que é necessário um equilíbrio que permita que as crianças sejam capazes
de reconhecer a responsabilidade de seus atos e que, ao mesmo tempo, possam se
sentirem livres sob essa responsabilidade. Assim, as crianças devem conhecer quais
são as consequências de seus comportamentos para poder saber o que devem e o que
não devem fazer, levando à conquista chamada “propósito”. O propósito é o que
permitirá que as crianças aprendam as limitações que suas ações têm em relação a
tudo aquilo ao seu redor.

Laboriosidade vs inferioridade (5-13 anos)

Durante essa etapa, as crianças continuam amadurecendo e aprendendo sobre suas


ações, por qual coisa precisam agir e experimentar. Quando não conseguem o que
querem, realizando essas ações, pode gerar um sentimento de inferioridade e
frustração. Pois o objetivo dessa etapa é que as pessoas possam alcançar
um sentimento de competência que lhes permita se sentirem capazes de agir de

10
maneira equilibrada e realizarem o que se propõem, sem estabelecer objetivos
inatingíveis que estão fora do lugar, sem desistir ou atribuir o fracasso à inferioridade.

Pesquisa da identidade vs difusão da identidade (13-21 anos)

O conflito que as pessoas encontram nessa etapa do desenvolvimento da personalidade


é encontrar sua identidade, ou seja, quando uma pessoa está nessa etapa, ela luta
para descobrir quem é, encontrar a si mesma e saber o que quer. Por esse motivo,
durante essa etapa, as pessoas geralmente experimentam e exploram novas opções que
estão longe do que já conheciam anteriormente. Nesse conflito, é comum viver
inseguranças, ter dúvidas sobre os papéis sociais, duvidar da preferência sexual,
questionar aspectos da independência e da adesão à grupos, experimentar dúvidas
ideológicas e de valores, etc. Pois uma alteração nessa etapa pode fazer com que a
identidade das pessoas não seja desenvolvida sob sua liberdade e leve à problemas de
personalidade em um futuro próximo.

Intimidade vs isolamento (21-40 anos)

Nessa etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas geralmente


buscam relacionamentos pessoais e estabelecer vínculos emocionais para que
possam compartilhar suas experiências, afetos, emoções e intimidade. É nessa etapa
que as pessoas se relacionam com outras de uma maneira diferente, procuram
relacionamentos mais íntimos das que esperam um compromisso e reciprocidade.
Além disso, esperam que esses relacionamentos lhes permitam compartilhar suas
experiências, afetos, emoções e que lhes permitam se sentirem seguros e confiantes.
Portanto, se esse tipo de intimidade for evitado, as pessoas podem se encontrar em uma
situação de isolamento. Assim, o objetivo dessa etapa é conseguir receber o amor de
outras pessoas, levando em consideração o equilíbrio entre a intimidade e o
isolamento, respeitando os limites que cada um estabelece em relação à sua intimidade
e a facilidade com que a compartilha.

Generatividade vs estagnação (40-60 anos)

Durante esse período, as pessoas geralmente se veem em conflito com o fato de se


sentir produtivo em seu dia a dia e se sentir estagnada e inútil. As pessoas desejam se
sentirem produtivas e que seus esforços tenham sentido, geralmente em relação a terem
a responsabilidade e o cuidado de algo ou alguém. Por outro lado, as pessoas podem se

11
sentirem estagnadas pelo fato de não se sentirem produtivas, por exemplo, por não
conseguirem um cônjuge romântico, por não terem um emprego, entre outros. Por esse
motivo, o objetivo dessa etapa é se preparar para a vida e envolver-se no cuidado
pessoal, de modo que é preciso buscar um equilíbrio entre a produtividade e a
estagnação.

Integridade vs desespero (60-morte)

Na última etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas, segundo Erikson,


chegam ao ponto em que sua produtividade começa a diminuir ou deixa de existir,
portanto, devem olhar para trás e prestar atenção às realizações das etapas anteriores.
As pessoas procuram não se estagnar socialmente e transmitir seus conhecimentos às
próximas gerações, de modo que é nesse momento que as pessoas estão carregadas de
sabedoria. Tudo isso leva as pessoas a cuidar da sua saúde física e mental. Assim, as
pessoas que estão nessa etapa buscam avaliar o sentido de sua existência e aceitá-la
como foi vivida, sempre levando em consideração o equilíbrio entre a integridade das
pessoas e seu desespero.

FATORES QUE INFLUENCIAM NO DESENVOLVIMENTO DA


PERSONALIDADE

O desenvolvimento da personalidade pode ser influenciado por vários fatores ou


aspectos, tanto ambientais como da própria pessoa. Os fatores que influenciam no
desenvolvimento da personalidade são:

Por um lado, as situações ambientais externas podem levar as pessoas a adaptarem


seus comportamentos e pensamentos a tais situações. Assim, em relação aos fatores
ambientais que influenciam no desenvolvimento da personalidade, podemos
contemplar a cultura, as experiências, entre outros.

Por outro lado, os aspectos internos da pessoa podem ser combinados para influenciar
no comportamento dos indivíduos. Referindo-nos a esses fatores internos das pessoas,
devemos levar em consideração os fatores biológicos e hereditários,

12
as necessidades (por exemplo, de realização, de afiliação), os pensamentos, o
temperamento, caráter, etc.

O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE INFANTIL

Na infância, o desenvolvimento da personalidade está intimamente ligado à relação


do temperamento com a realidade que cerca as crianças, ou seja, em função de como o
temperamento das crianças interage com seu entorno, a personalidade será influenciada
de um modo ou outro. Essa estreita relação se deve aos padrões de comportamento que
as crianças adquirem em correspondência com as situações em que geralmente se
encontram.

Deixando de lado as etapas de Freud e Erikson comentadas anteriormente, que se


encaixam com as idades compreendidas na infância, as crianças desenvolvem
gradualmente diferentes capacidades e habilidades, tanto cognitivas como físicas, que
lhes permitem entrar em contato e interagir com a realidade e o ambiente que os
rodeia. É nesta etapa quando as crianças começam a desenvolver os vínculos
afetivos e o apego com seus progenitores e pessoas próximas.

Além disso, o desenvolvimento da personalidade infantil é influenciado pelos valores,


crenças e normas que as crianças começam a adquirir e que são instigados
externamente pelas autoridades, pais, professores, irmãos mais velhos, entre outros.

O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE NA
ADOLESCÊNCIA

As mudanças físicas que ocorrem na puberdade influenciam muito o desenvolvimento da


personalidade na adolescência, principalmente em termos da autoestima, da segurança, da
confiança, da socialização e da sexualidade.

Trata-se de uma etapa na qual os rapazes e moças tendem a experimentar muito, porque
querem descobrir quem são, o que querem, quais são suas preferências sexuais, o que
esperam deles mesmos, entre outros. Tudo isso implica que em muitas ocasiões, os rapazes
e moças se sentem inseguros e desconfiados porque não se encontram, fato que pode levar
à uma baixa autoestima. Além disso, estão em uma idade na qual o aspecto físico assume
13
grande importância, portanto, se eles não gostam ou aceitam a eles mesmos, também
influenciará em uma baixa autoestima, um medo da socialização, uma insegurança, etc.

Assim, por se tratar de uma etapa na qual a experiência predomina, o desenvolvimento da


personalidade pode ser bastante influenciado, pois como comentamos anteriormente, a
experiência é um dos fatores ambientais que podem atrapalhar o desenvolvimento da
personalidade.

TEORIA DA PERSONALIDADE

A palavra “teoria” apresenta a particularidade ambígua de ser um dos termos mais

malutilizados e mal compreendidos da nossa língua. Algumas pessoas crêem que a

teoria se opõe a uma verdade ou a um fato, mas essa antítese demonstra a total falta

de compreensão acerca dos três termos. Em ciência, as teorias são instrumentos

utilizados para produzir pesquisa e organizar observações, mas nem “verdade” ou

“fato” tem lugar na terminologia científica.

A teoria da personalidade tem por objetivo organizar o conhecimento a respeito da

personalidade de tal maneira que a grande quantidade de informação gerada pela

pesquisa científica seja organizada de maneira sistemática e coerente e novas

hipóteses possam ser geradas para uma futura comprovação.

A personalidade é uma construção pessoal que decorre ao longo da nossa vida, e

uma elaboração da nossa história, da forma que sentimos e interiorizamos as nossas

experiências, acompanha e reflecte a maturação psicológica. Em suma, a

personalidade é um processo activo e que intervém em diferentes factores.

Diversos autores se dedicaram à pesquisa da personalidade, cada um com ênfases

teóricas e metodológicas diferentes, o que os levou muitas vezes a resultados

completamente distintos. Encontrando assim diversas Perspectiva, como:

14
Perspectiva Psicanalítica

A perspectiva psicanalítica é única, cujo seu autor é Freud. Os elementos mais

importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâmico constituído

por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes e a sexualidade

tem um papel crucial nesta teoria. Refere também a existência da primeira tópica e

da segunda tópica, sendo o Inconsciente, o Pré- consciente, Consciente e o Ego,

ID, Superego, respectivamente.

• Consciente: é o nível mais visível dos nossos pensamentos, podemos acessá-

lo através de um exercício de reflexão, a parte consciente da nossa mente

engloba os nossos desejos e ideias mais explícitas.

• Pré-consciente: este extrato da mente humana é considerado a ponte entre os

pensamentos diretos e os impulsos mais subconscientes. Neste nível,

encontramos pensamentos um pouco mais difíceis de acessar. Uma das

ferramentas da terapia psicoanalítica é baseada em levar os conteúdos do

inconsciente ao pré-consciente para poder acessá-los.

• Inconsciente: para Freud, o inconsciente é o desconhecido inacessível da

mente humana, não sabemos com certeza o que ocorre nessa cama da nossa

mente. No entanto, a psicanálise defende que influencia enormemente a

nossa personalidade. O inconsciente engloba os conteúdos relacionados com

as experiências vividas, os traumas pessoais e os impulsos animais.

• ID: Definimos o ID como a parte mais primária e instintiva do ser humano, o

objetivo principal do ID é satisfazer os impulsos (também chamados de

pulsões). A agressividade, o desejo sexual, a busca de prazer... todos esses

sentimentos são gestionados através do ID e graças ao princípio de prazer.

15
Este elemento da psique humana acompanha-nos desde que nascemos e tem

como objetivo cobrir nossas necessidades mais básicas.

• Ego: Este elemento é responsável por nos conectar com a realidade que nos

rodeia, entendemos pois que o Ego funciona graças ao princípio de realidade.

O objetivo do Ego é satisfazer os desejos do ID, usando como ferramentas a

realidade da qual dispomos. O princípio de realidade analisa a situação e

toma decisões com base nos custos e benefícios de cada ação. O Ego regula

os instintos e desejos do ID.

• Superego: O último elemento do modelo estrutural de Freud é o Superego.

Este nível inclui as ideias éticas e morais de cada indivíduo. O Superego

também controla os impulsos do ID, no entanto, esse controlo é feito através

do Ego e da consciência moral. Segundo Sigmund Freud, este elemento não

nos acompanha desde que nascemos, sendo algo que aprendemos através dos

pais e outras figuras de autoridade.

Perspectiva Neo-analítica

Jung rejeita a teoria da sexualidade e realiza uma interpretação dos sonhos de forma

diferente. Um dos pontos essenciais da teoria de Jung é o de o inconsciente ser

dividido em duas entidades diferentes: o inconsciente pessoal e o inconsciente

colectivo, sendo este último constituído por arquétipos.

Segundo Jung (1933, cit in Hansenne, 2003), considerou duas atitudes distintas, a

introversão e a extroversão e paralelamente a isto, definiu 4 funções psicológicas: o

pensamento, as impressões, as sensações e as intuições. Fomentou também que o

desenvolvimento da personalidade é encarado segundo 4 fases: a infância, a

juventude, a middle age e a fase old age.


16
Segundo Adler (1927 cit in Hansenne, 2003), considerava o indivíduo como uma

pessoa inteira, cuja vida passa da imaturidade para a maturidade. O autor refere que

os indivíduos decidem o rumo que as suas vidas vai tomar e que independentemente

da direcção tomada, procuram alcançar a perfeição dentro do que eles próprios

estabeleceram.

Um dos aspectos fundamentais da sua teoria, assenta no facto de que o homem deve

cumprir 3 tarefas na vida: inserir-se na sociedade, consagrar tempo a um trabalho e

desenvolver relações amorosas. E sendo assim, é através destas 3 tarefas que a

criança vai desenvolver os seus interesses sociais.

Segundo Horney (1945 cit in Hansenne, 2003), não considerava que a

personalidade fosse exclusivamente determinada por pulsões inconscientes, nem que

a líbido constituísse a fonte energética das pulsões. A autora defende também que o

desenvolvimento normal da personalidade apenas se evidencia se os factores

presentes no ambiente social da criança lhe permitirem adquirir confiança em si

mesma e nos outros. Deste modo, quando as condições não se evidenciam, a criança

vai desenvolver uma ansiedade e poderá apresentar necessidades neuróticas.

Horney descreveu 3 tendências que os indivíduos verificam perante si próprios e

diante dos outros para reduzir a ansiedade. São 3 maneiras de viver, pensar e

comportar que desta maneira constituem 3 tipos de personalidade: o tipo submisso, o

tipo agressivo e o tipo desligado.

Para Sullivan (1953 cit in Hansenne, 2003), a personalidade é constituída pela

configuração duradoira das situações interpessoais recorrentes que caracterizam uma

vida humana. O conjunto destas relações a “dois” começa com a relação com a mãe

e termina com a escolha do parceiro. Relata também que existem 2 tipos de tensões

17
provenientes das experiências que vivemos: as necessidades físicas e a ansiedade

interpessoal.

Sullivan considerava que a personalidade se desenvolvia segundo 6 estádios de

desenvolvimento da infância à adolescência, encontrando-se cada um centrado numa

relação interpessoal única.

Erikson (1968 cit in Hansenne, 2003), criou a ideia de desenvolvimento da

personalidade segundo 8 estádios psicossociais (relação existente entre o

desenvolvimento psicológico do indivíduo e o contexto social). As referidas etapas

compreendem 4 fases na infância, 1 durante a adolescência e 3 no decorrer da vida

adulta.

Segundo o autor Fromm (1976 cit in Hansenne, 2003), a personalidade resulta da

interacção dinâmica entre necessidades inerentes à natureza humana e as forças

exercidas pelas normas sociais e pelas instituições. Refere que existem 8

necessidades e atribui relativa importância aos caracteres, que podem ser do tipo

individual ou do tipo social.

Perspectiva Humanista

De acordo com Rogers (1961 cit in Hansenne, 2003), considerava o sujeito na sua

totalidade, atribuindo grande importância à criatividade, intencionalidade, livre -

arbítrio e espontaneidade. Rogers concede um lugar importante à noção de “si”, e

define o modo como as experiências são vividas e a forma como se apreende o

mundo. Tendo isto como base, criou um teste intitulando-se Q-sort, e segundo o

autor, a personalidade desenvolve-se se no ambiente constar 3 factores primordiais:

a empatia, a visão positiva e as relações congruentes.

18
Maslow (1962 cit in Hansenne, 2003), considerava os indivíduos como

fundamentalmente bons, racionais e conscientes. E que estes eram os actores dos

seus próprios destinos e evolução. Para além disso, considerava que existiam

factores motivacionais que sustentam a personalidade. E tendo isto como base,

Maslow elaborou uma hierarquia das necessidades, que são organizadas em função

da sua importância.

Perspectiva da Aprendizagem

Skinner considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e

que em função das suas consequências, as mesmas serão ou reproduzidas ou

eliminadas. Refere ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível

controla-los através de manipulações do ambiente (Skinner, 1971 cit in Hansenne,

2003).

Para Bandura, os factores mais importantes são os sociais e cognitivos. Insistindo

no facto de que a maioria dos reforços são de natureza social, como a atenção dos

outros, a aprovação, os sorrisos, o interesse e a aceitação. Ponto fulcral da teoria da

aprendizagem de Bandura é o facto de que com base na observação do

comportamento de outrem, construímos uma ideia de como os novos

comportamentos são produzidos (Bandura, 1971 cit in Hansenne, 2003).

A teoria de Rotter (1966 ci in Hansenne, 2003), considerava que o ambiente podia

controlar os comportamentos, sendo um dos aspectos fundamentais na sua teoria a

ideia de expectativa, ou seja, uma situação idêntica não ser considerada pela mesma

maneira por 2 indivíduos. Com isto, o autor demonstrou que os indivíduos

manifestam 2 tipos de expectativas gerais que se podem qualificar como 2 formas de

representar a relação entre comportamentos e reforços: trata-se do locus of control.

19
Perspectiva Cognitiva

Kelly (1955 cit in Hansenne, 2003), considerava que os processos cognitivos

representam a característica dominante da personalidade. Para tal, o indivíduo

formula expectativas às quais chamou de construtos pessoais. Com base nisto criou

o REP Test que visa apreendê-los.

Mischel (1995 cit in Hansenne, 2003), rejeitou desde logo a noção de traço de

personalidade. Com isto, o autor sugeriu que uma teoria adequada da personalidade

devia ter em conta 5 categorias de variáveis cognitivas: as competências, as

estratégias de codificação, as expectativas, os valores subjectivos e os sistemas de

auto-regulação.

No caso da depressão, Beck (1972 cit in Hansenne, 2003) postulou que os doentes

deprimidos têm distorções cognitivas, que fazem com que eles descodifiquem a

realidade de maneira inadequada. Derivado disto, o autor elaborou a terapia

cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem as distorções cognitivas.

Perspectiva das Disposições

Allport (1937 cit in Hansenne, 2003), foi o primeiro a utilizar a noção de traço de

personalidade. Na sua opinião, cada indivíduo é único em função de uma

configuração específica de traços. Assim, o autor distingue traços comuns de traços

individuais, definindo 7 fases que terminam no final da adolescência.

Cattell (1965 cit in Hansenne, 2003), baseou-se na observação com principal foco

na predição da personalidade. Na teoria deste autor, os traços constituem a dimensão

de base da personalidade. Estes traços são herdados e desenvolvem-se ao longo da

vida do indivíduo. Com isto, desenvolveu um questionário 16-PF para apreender a

personalidade.

20
Segundo Eysenck (1990 cit in Hansenne, 2003), bastam 3 super traços ou

dimensões para descrever a personalidade: extroversão versus introversão,

neuroticismo versus estabilidade emocional e psicoticismo versus força do Eu. O

autor faz também referência a 4 níveis: os tipos, os traços, as respostas habituais e as

respostas específicas. Eysenck, desenvolveu assim, o EPQ que permite medir as 3

dimensões desta teoria.

Derivado à longa discussão de um grande número de psicólogos da personalidade,

consideraram que as diferenças individuais podem determinar-se por 5 factores (Big

Five): a extroversão, a agradabilidade, a conscienciosidade, o neuroticismo e a

abertura à experiência. Devido a isto, foi desenvolvido um questionário para avaliar

as 5 dimensões fundamentais da personalidade: o NEO PI (Hansenne, 2003).

Perspectiva Psicobiológica

De acordo com Gray (1982 cit in Hansenne, 2003), a sua teoria surge a partir de

observações de comportamentos animais, colocados em condições particulares de

recompensa e de punição. Assim sendo, esta teoria fomenta-se em 3 factores: a

ansiedade, a impulsividade e o sistema fight/flight.

O modelo proposto por Tellegen (1985 cit in Hansenne, 2003), compreende 3

dimensões preponderantes: a emoção positiva, a emoção negativa e o

constrangimento. Foi desenvolvido um questionário para apreender estas dimensões:

o Questionário Multidimensional da Personalidade. A emoção positiva está

relacionada ao sistema de facilitação comportamental, a emoção negativa está

associada com a actividade do locus coeruleus e o constrangimento com a

serotoninérgica.

Zuckerman (1994 cit in Hansenne, 2003), substituiu o modelo dos 5 factores por

um modelo alternativo. Modelo este de 3 factores compreendendo os factores de

21
sociabilidade, de emocionalidade e de procura impulsiva de sensações de carácter

anti-social.

Cloninger (1988 cit in Hansenne, 2003), propõe um modelo biossocial da


personalidade, que se articula com temperamentos e caracteres. Cujos
temperamentos são geneticamente determinados, estando associados a variáveis
biológicas específicas, ao passo que os caracteres correspondem à aprendizagem e
aos efeitos do ambiente. Com tudo isto, os temperamentos são: procura da novidade
(activação), o evitamento do perigo (inibição), a dependência da recompensa
(manutenção) e a persistência. Por outro lado, os caracteres são: a autodeterminação
(maturidade individual), a cooperação (maturidade social) e a transcendência
(maturidade espiritual). Foi desenvolvido o questionário TCI com 226 itens que
permite medir as 7 dimensões do modelo. Hoje em dia existe o TCI-R que veio
substituir o anterior para diagnosticar perturbações da personalidade.

22
CONCLUSÃO

Com este trabalho pode-se constatar e avançar na ideia que a personalidade é um


conjunto de processos cognitivos e automáticos que nos fazem reagir sobre uma
determinada forma, tendo em conta os diversos contextos. Penso que actualmente, a
personalidade deve ser entendida como um misto de factores biológicos e ambientais,
estando ambos intimamente relacionados.

É não menos importante de referir que ao longo dos tempos a personalidade começa a
ser considerada importante noutros domínios da psicologia, como na inteligência e nas
emoções (Hansenne, 2003).

23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cloninger, S.C. (2002). Teorías de la personalidad. 3ª Edición. Pearson: Prentice


Hall.

Murguía, D.L., y Reyes, J.M. (2003). El psicoanálisis. Freud y sus


continuadores. Revista de Psiquiatría del Uruguay, 67(2), 127-139.

Seelbach, G.A. (2013). Teorías de la personalidad. México: red tercer milenio


S.C.

Tous, J.M. (2008). Personalidad, desarrollo y conducta anormal. Papeles del


Psicólogo, 29(3), 316-322.

S.R. Maddi, Teorias da Personalidade: Uma Análise Comparativa (Homewood,


III.: Dorsey, 1980), p. 10.

C. Kluckhohn e H. Murray, Personalidade na Sociedade e na Natureza, (Nova


York: Knopf, 1953).

P.H. Mussen, O Desenvolvimento Psicológico da Criança (Englewood Cliffs, NJ:


Prentice-Hall, 1963).

Bernaud, J. (1998). Métodos de avaliação da personalidade. Lisboa: Climepsi.

Hansenne, M. (2003). Psicologia da Personalidade. Lisboa: Climepsi.

13

Você também pode gostar