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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR “PITABEL”

TEMA:
A TEORIA DE CARL ROGERS ENTRADA DA PESSOA SOBRE A
PERSONALIDADE.

Nome: Eliane de Castro e Ivanildo Pontes


Turma: B
Curso: Econômicas e Jurídicas
Sala: 21

O professor
___________________
Sleny Solene
Índice

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO........................................................................................................4
CONCLUSÃO....................................................................................................................7
INTRODUÇÃO

Carl Rogers (1902-1987), psicólogo norte-americano, é precursor da psicologia


humanista. Ao contrário de outros psicólogos que partiam do pressuposto da existência
de uma neurose básica, Rogers defendia uma ideia positivista, de que o núcleo da
personalidade humana tendia à saúde e ao bem-estar. Esta conclusão não era,
entretanto, uma ideia pré-concebida, mas uma conclusão de um meticuloso processo de
investigação científica ao longo de sua atuação profissional.
Para Rogers, a personalidade é um contínuo estado de fluxo, em contínua mutação.
Assim, uma personalidade saudável é aquela que pode confiar em sua própria
experiência e aceitar o fato de que as outras pessoas são diferentes. Existe uma
tendência inata para a autorrealização, porém os sujeitos estão sob influência do
ambiente social.
Quando as pessoas agem livremente, estão abertas para experimentar e realizar a nossa
natureza básica como animais sociais positivos. Entretanto, em alguns casos as pessoas
podem se comportar de maneira irracional, antissocial, destruindo o próprio self e o self
dos outros. Desta forma, estão sendo neuróticos e não agindo como seres humanos
plenamente desenvolvidos.
DESENVOLVIMENTO

TEORIA DA PERSONALIDADE DE CARL ROGERS


Para Rogers, a personalidade é um contínuo estado de fluxo, em contínua
mutação. Assim, uma personalidade saudável é aquela que pode confiar em sua própria
experiência e aceitar o fato de que as outras pessoas são diferentes.
Campo da experiência
Também chamado de “Campo Fenomenal”, abarca tudo o que ocorre no
organismo em qualquer momento, e que está potencialmente disponível para a
consciência. O campo da experiência é único para cada indivíduo, é um mundo
particular e individual que pode ou não corresponder à realidade objetiva.
Self
Para Rogers, Self é o autoconceito que a pessoa tem de si mesma, que é baseada
em experiências passadas, estímulos presentes e expectativas futuras. Self é o contínuo
processo de reconhecimento. Rogers enfatiza muito as possibilidades de mudança e a
flexibilidade que são conceitos que fundamentam sua teoria e sua crença de que as
pessoas são capazes de crescimento, mudança e desenvolvimento pessoal.
Neste sentido, a personalidade saudável é aquela que está mais plenamente
consciente do self contínuo. A ideia de “funcionamento ótimo” preconizada por Rogers
é sinônimo das noções de adaptação psicológica perfeita, da maturidade e da abertura
total à experiência. Todas essas características têm caráter de um processo dinâmico.
O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características, dentre
elas:
 Abertura à experiência: Implica na pouca utilização dos sinais de alerta, que
restringem a perceção consciente do momento presente. Assim, a pessoa fica
mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver
completamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de
alcançar a consciência.
 Viver no Presente: É a busca por realizar-se completamente a cada momento.
Confiança nas exigências internas e no julgamento intuitivo. Consiste na confiança
sempre crescente na capacidade de tomar decisões.

Self ideal
Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo
gostaria de ter, isto é, uma visão ideal de si mesmo. A extensão da diferença entre o Self
e o Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas, por
isso o self ideal pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal.
A aceitação de si mesmo como se é na realidade, e não como se quer ser, é um sinal
de saúde mental. Esta aceitação de si mesmo não implica em resignação, mas sim como
meio de estar mais próximo da realidade, pois é somente a partir do reconhecimento de
suas características reais é possível buscar meios eficazes para o desenvolvimento.

Congruência e incongruência
“Congruência é definida como o grau de exatidão entre a experiência da
comunicação e a tomada de consciência. Ela se relaciona às discrepâncias entre
experienciar e tomar consciência. Um alto grau da congruência significa que a
comunicação (o que se está expressando), a experiência (o que está ocorrendo em nosso
campo) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes.
Nossas observações e as de um observador externo seriam consistentes.”
A congruência é bem descrita por um Zen-budista ao dizer: “Quando tenho fome,
como; quando estou cansado, sento-me; quando estou com sono, durmo”.
A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a
experiência e a comunicação desta.
É definida não só como inabilidade de perceber com precisão, mas também como
inabilidade ou incapacidade de comunicação precisa.

Quando a incongruência está entre a tomada de consciência e a experiência, é


chamada repressão. A pessoa simplesmente não tem consciência do que está fazendo. A
maioria das psicoterapias trabalha sobre este sintoma de incongruência ajudando as
pessoas a se tomarem mais conscientes de suas ações, pensamentos e atitudes na medida
em que estes as afetam e aos outros.

Quando a incongruência é uma discrepância entre a tomada de consciência e a


comunicação a pessoa não expressa o que está realmente sentindo, pensando ou
experienciando. Este tipo de incongruência é muitas vezes percebido como mentiroso,
inautêntico ou desonesto, mas a experiência mostra que nem sempre esta conclusão é
verdadeira, aludindo mesmo uma inabilidade em expressão ou até em tomar
consciência.

A incongruência pode ser sentida como tensão, ansiedade ou, em circunstâncias


mais extremas, como confusão interna. Um paciente internado em hospital psiquiátrico
que declara não saber onde está, em que hospital, qual a hora do dia, ou mesmo quem
ele é, está exibindo alto grau de incongruência.
A discrepância entre a realidade externa e aquilo que ele está subjetivamente
experienciando tomou-se tão grande que ele não é capaz de atuar. A maioria dos
sintomas descritos na Literatura psiquiátrica pode ser vistos como formas de
incongruência. Para Rogers, a forma particular de distúrbio é menos crítica do que o
reconhecimento de que há uma incongruência que exige uma solução.
As psicoterapias trabalham sobre este sintoma de incongruência, na medida em que
ajudam as pessoas a se tornarem mais conscientes de suas ações, pensamentos e
atitudes.
CONCLUSÃO

Depois da investigação chegamos a concluir que Para Rogers, a personalidade é um


contínuo estado de fluxo, em contínua mutação. Assim, uma personalidade saudável é
aquela que pode confiar em sua própria experiência e aceitar o fato de que as outras
pessoas são diferentes.

Os obstáculos ao crescimento aparecem na infância e são aspetos normais do


desenvolvimento. Quando a criança começa a tomar consciência do self, desenvolve
uma necessidade de amor ou “consideração positiva”. Esta necessidade é universal e
existe em todo ser humano.

Como já antes mencionado, Rogers confere aos relacionamentos sociais importância


central. Os relacionamentos mais precoces podem ser congruentes ou servir como foco
de condições de valor, enquanto os relacionamentos posteriores podem restaurar a
congruência ou mesmo retardá-la.

É através da interação com o outro que o indivíduo pode descobrir encobrir,


experienciar ou encontrar seu self real de forma direta, posto que seja a partir da relação
com o outro que nossa personalidade se manifesta. Dessa forma, para Rogers, os
relacionamentos oferecem a melhor oportunidade de estar “funcionando por inteiro”.

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