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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI - UFPI

CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB


PSICOLOGIA APLICADA A ADMINISTRAÇÃO - 1° PERÍODO 2022.2
PROFESSOR (A): MARIA DE LOURDES RUFINO LEAL

CIBELY DA SILVA MOURA

ARTIGO CRÍTICO SOBRE A OBRA:


“O QUE É PSICOLOGIA”

PICOS-PI
08 de janeiro de 2023
A obra “O que é Psicologia” foi escrita pela autora brasileira Maria Luiza Silveira
Teles, trata-se de um pequeno livro com menos de cem páginas e dividida em seis capítulos,
possui linguagem simples e objetiva na informação que pretende passar ao leitor. Apesar de
sua simplicidade, o livro referido é de suma importância para aqueles que se interessam em
conhecer a relação da psicologia com o mundo atual e principalmente com o que leva os seres
humanos a se comportarem diante de diversas situações.

Acredita-se que desde o inicio da humanidade, a procura por entender a sua natureza
é praticada, isso antecede a história, filosofia e, a mais recente, Psicologia, o modo de agir,
sentir, se comportar do Homem sempre foi objeto de estudo para procurar entender o mundo e
o porquê do desenrolar de certas situações. A Psicologia, portanto, surge diante dessa falta de
um campo de estudo que se dedicasse apenas a compreender o comportamento e o agir do
homem, e a partir disso poder ajudar a conciliar diversas questões do cotidiano, a fim de
tornar a relação interior do Homem mais concisa e com isso poder refletir no externo ações
mais sensatas e racionais, portanto, resumidamente a psicologia pode ser definida como a
Ciência do Comportamento.

No entanto, apesar de ser classificada como uma ciência, ela se diferencia das demais
por preocupar-se com o Homem em si, por compreender que ele é um ser social e deve ser
levado em conta tudo aquilo que está envolto a ele, pessoas, relações, necessidades e
principalmente o estado da sociedade na qual ele está inserido, a partir desse ponto de vista a
psicologia não pode ser enquadrada apenas como uma ciência experimental, pois ela estuda
com individualidade o comportamento de cada ser humano. E esse diferencial provém do
Homem ser algo diferente de qualquer outro objeto presente no mundo, isso não só por
sermos seres racionais, diferentes dos animais, mas também por não sermos movido por
instintos já estereotipados em nós, ao nascer o homem já se encontra inserido em uma
sociedade “pronta” que não reinicia cada vez que uma nova pessoa nasce para que ela possa
acompanhar, ele já nasce com a capacidade de aprender a se adaptar a realidade que ele
encontra ao nascer, isso o torna especial na natureza. E, para conseguirmos esse
desenvolvimento na sociedade utilizamos um instrumento que não é único para nós, mas que
em sua maior complexidade o entendimento da Linguagem está ligada ao homem, e através
desse meio de comunicação podemos transmitir nossos costumes culturas e assim formar
novos seres sociais.
Como já foi citado, em contra posição aos animais, nós não somos movidos por
instintos e sim pela necessidade, de se alimentar, relacionar, comunicar... e sempre que
sentimos essa precisão é gerado em nosso corpo a tensão, e é sempre em busca de aliviar ela
que agimos para sobreviver. Durante a busca de atender nossas necessidades prevalece a
individualidade do Eu de cada ser, com isso procuramos nos desenvolver e ajustar na
sociedade sem perder nossa essência, o que se torna um grande desafio, visto que, já
encontramos um mundo com padrões de comportamentos pré-definidos ao nascer. Nessa
busca em nos ajustarmos estamos sempre sujeitos a frustação, que se dá em não conseguirmos
aquilo que tanto almejamos, e também estaremos sempre diante de conflitos, no qual teremos
sempre ter que escolher uma situação em detrimento a outra.

Na tentativa de solucionar esses conflitos gerados, a autora cita que há uma elevação
no nível de tensão sobre o nosso corpo, e isso não é saudável para nós, ao ponto de, por não
sabermos lidar com a frustação e o fracasso gerados por isso, podemos desenvolver
transtornos e certas patologias, entre elas a Ansiedade, doença cada vez mais comum entre as
pessoas, que provém do medo de algo que pode nem acontecer ou de uma ameaça não
definida, mas que é capaz de limitar e apavorar o indivíduo. Estes três fatores citados, a
frustração, conflito e ansiedade, estarão sempre presentes na vida do homem e a maneira
como ele irá lidar com isso é o que aos poucos vai formando o seu comportamento e sua
personalidade.

Desse modo, na tentativa de conciliar o sentimento de estar só no mundo, sentir-se


estranho e deslocado no seu contexto social, sem saber conciliar suas questões internas e suas
relações externas que se faz necessário o profissional da Psicologia. O psicólogo diante de
suas diversas áreas de atuação tem como sua principal função ser um agente desse
relacionamento do interno e externo do paciente, alguém que procura descrever e entender a
razão de determinado comportamento e assim poder dar auxilio ao individuo, para que ele
possa moldar seu comportamento com o intuito de se expressar melhor, de demonstrar suas
potencialidades, compreender-se e aprender a lidar com seus próprios conflitos, e assim poder
usufruir do bem-estar e da liberdade de ser ele mesmo com suas particularidades.

Portanto, no desenrolar de toda a obra buscou-se compreender um pouco do que seria


a psicologia, e se pôde concluir com certeza que ela é uma ciência em constante estado de
desenvolvimento e de suma importância, principalmente na sociedade atual que vivemos. Pois
ao tomarmos consciência de nós mesmos e do efeito dos nossos comportamentos sobre o eu e
sobre o outro talvez possámos conviver em um contexto mais sensato.

Referências

Teles, Maria Luiza S. O que é Psicologia. 1° ed. de 1989. São Paulo:


Brasiliense,2006.

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