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Significa lidar com os preconceitos, hábitos e atitudes das pessoas e dos grupos, tanto
em situações complicadas como, doenças, acidentes, como nas atividades rotineiras
como alimentação, infância, adolescência, velhice.
Bleger irá propor uma relação entre o psicólogo, o psicanalítico, o social e o científico.
Esclarecer sua função como um psicólogo consultor, delimitando seu tempo, cobrando
honorários, não sendo pressionado com prazos para executar suas tarefas.
Não assumir postura arrogante frente ao grupo, não ser superior por achar que sabe-
tudo.
A instituição deve ser capaz de possibilitar soluções para os problemas que surgirem.
A distinção entre os dois tipos de ego só será possível pela clivagem dos processos mais
primitivos da sociedade. Essa clivagem é o mecanismo de cisão do ego que permite a
coexistência de duas atitudes psíquicas em relação a realidade.
É dentro desse contexto que se caracteriza a identidade para Bleger, ela jamais será
totalmente individualizada, ela será uma soma do sincretismo, da indiscriminação e a
ambigüidade.
O grupo, para Bleger é a possibilidade da formação de um vínculo e da relação desse
vínculo com a personalidade do sujeito. A comunicação desse grupo é um movimento.
A organização é um conjunto desses grupos, distribuídos em um organograma, e que se
relacionam em um espaço físico, como uma empresa, um hospital. As organizações
funcionam pois nelas existem as normas de condutas que fazem com que tudo se
relacionem. Sendo assim a organização é parte da personalidade, pois esta é também
organizada.
Para o observador, o indivíduo, o grupo e a organização são como entidades separadas e
isoladas, que existem na articulação de duas instâncias, a sincrética e a organizada.
Ainda falando da personalidade, Bleger afirma que uma mudança nela, mudaria todo o
grupo, já que para alguns, o grupo e a organização formam toda a sua personalidade.
Como exemplo de grupos, o autor expõe o exemplo da mãe e do filho vendo TV, eles
não se comunicam, porém quando a mãe deixa a sala, o filho a segue, existe aí uma
relação pré-verbal que não precisa de palavra, isso seria a sociabilidade sincrética.
Esse sincretismo, Bleger diz que está presente na ansiedade que um participante novo
demonstra diante de um grupo novo. Para ele o indivíduo tem receio do que irá
encontrar no grupo a respeito da forma como ele está organizado, podendo assim ter que
perder sua própria identidade ao se inserir nesse grupo.
Para Bleger a instituição e organização têm relação com a intensidade da clivagem, da
flexibilidade dos grupos, e da ansiedade que essa flexibilidade desperta.
Sobretudo o grupo é uma instituição complexa que a partir do momento em que as
normas se formam dentro dele, este vai se burocratizando