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Se alguém lhe perguntasse se

você é uma pessoa egoísta,


qual seria sua resposta?
Sim?
Não?
Depende?

Depende do que?
PARTE SEGUNDA
Do mundo espírita ou mundo dos espíritos
CAPÍTULO I – Dos espíritos
Diferentes ordens de Espíritos
Escala espírita
Espíritos
imperfeitos

Bons
Espíritos

Espíritos
puros
Às vezes confundimos um pouco sobre o
que vem a ser o EGO e o que significa o
EGO-ísmo.
Creio que podemos de forma simples
descrever um pouco sobre o que é um e o
que é outro.
Ego significa o EU de cada um, é o defensor da
personalidade, é um termo muito utilizado na psicanálise e
na filosofia. A principal função do ego é procurar
harmonizar os desejos e a realidade, e posteriormente,
entre esses e as exigências; os valores da sociedade.

É uma energia densa formada de ignorância


que envolve a nossa Essência Divina.
O Ego em si mesmo não é negativo, é
simplesmente ignorância a ser
gradativamente transformada, em nós, por
meio do processo do AUTOENCONTRO...
Jung nos apresenta o ego como o centro da consciência,
que deve estruturar-se para lidar tanto com os desafios
externos que a vida nos apresenta quanto com os
conteúdos inconscientes que vão sendo incorporados
em nossa vida consciente.
Além disso, é o ego quem
fornece à personalidade a ideia
de identidade e continuidade.
Só podemos ter consciência
de nós mesmos se formos
capazes de lembrar o que
fizemos ontem e planejar o que
iremos fazer amanhã.
O desejo e a realidade são características dos
seres humanos, sim, todos nós temos desejos
que na realidade são vontades, que aparecem
muitas vezes sem que tenhamos um real
entendimento do que são, mas aparecem, isso
é fato.
E as realidades são os
contrapontos dos desejos.
Mais ou menos assim:
Eu tenho o desejo de
comprar um carro
novo (desejo),
mas, não tenho
dinheiro para
comprar (realidade),
logo, vou deixar
para depois esse
desejo.
Na maioria das
situações na vida
acontecem assim.
O EGO é quem administra os
desejos e as realidades de
nossas vidas e, tanto um como
o outro, estão muito mais
relacionados com o consciente
do que com o inconsciente,
claro que o EGO também
está até um determinado
“espaço” atuando no
inconsciente, porém é no
consciente onde o EGO mais
atua e administra os desejos e
as realidades.
Psicologia Profunda
A
ponta do GO
. E
iceberg
(10%)
O Ego é a soma total
dos
pensamentos, ideias,
sentimentos,
lembranças e
percepções sensoriais.
É a parte mais
superficial do
indivíduo.
DÚVIDA!!! MEDO CENSURA

Por: “Joanna De Angelis”


De forma normal o
EGO faz seu papel de
forma simples e fácil,
ou seja, os desejos
aparecem e, as
realidades são
demonstradas e aí
decidimos o que fazer.

O problema começa quando


o “ISMO” ou “CENTRICO”
entram em ação.
Para falarmos um pouco
sobre isso - vamos avaliar o
que significa o “ISMO”.
Segundo o conceito do dicionário – “ ‘Ismo’, sufixo de
origem grega que exprime a ideia de fenômeno
linguístico, sistema político, religião, doença, esporte,
ideologia etc”.
Assim, “ismo” é um sufixo e que é colocado na
sequência de uma palavra relacionada como:
Marx, fica Marxismo, Islã – Islamismo, Cristão –
cristianismo, EGO – Egoísmo, e por aí vai.
Bem, quando colocamos esse sufixo
na maioria das vezes é porque nos colocamos a
frente de tudo, ou seja, um “ismo” é na
realidade o que EU quero antes de tudo.
Falando especificamente sobre Egoísmo
(ego + ísmo) é o hábito ou a atitude de uma
pessoa colocar seus interesses, opiniões,
desejos, necessidades e realidades em primeiro
lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e
das demais pessoas com que se relaciona.
Neste sentido, é o antônimo de
Quando não controlamos nosso EGO, podemos correr
o risco de nos contaminarmos pelos “ismos”, e isso
pode ser muito prejudicial para nossas vidas e para as
vidas daqueles que nos rodeiam.
O controle do EGO pode ser feito sobre nossos
“desejos” e sobre nossas “realidades”, quando consigo
administrar essas duas em minha vida consigo
capacitar meu EGO a diminuir o “ismo”.
Quando não consigo controlar meus “desejos” e
minhas “realidades”, abro brechas para que o “ismo”
invada meu EGO, e aí podem acontecer muitos
processos desagradáveis na minha vida e na vida dos
que me rodeiam.
Dr. Paulo Bregantin
Psicanalista Clínico e escritor
Professor das Teorias de Freud e
Lacan na SBPI.
Palestrante e Escritor - Livros em E-
Book no site: http://portugues.free-
ebooks.net/search/Paulo+Bregantin
A nossa responsabilidade…
Desde pequenina, a criança manifesta os
instintos bons ou maus que traz da sua
existência anterior.
A estudá-los devem os pais aplicar-se.
Todos os males se originam do egoísmo e
do orgulho.

A Ingratidão
dos Filhos e os
Laços de
Família
(Cap. 14, 9).
O CONTO ÁRABE DO TESOURO

Três viajantes encontraram, certa vez, um tesouro.


Depois, sentiram fome e um dos três foi comprar-
lhes comida.
No caminho, pensou: "por que não colocar veneno
na comida?
Comerão e morrerão, e eu ficarei com todo o
tesouro".
Entretanto, seus companheiros também decidiram
matá-lo e dividir entre si sua parte.
Quando voltou, assassinaram-no, comeram a
Madre Teresa
Quase sempre, quando se menciona o
egoísmo, nos vêm à mente os que
acumulam grandes riquezas e a quem
nada de material falta.
São vistos em manchetes
constantes, em viagens
internacionais, festas
elegantes, banquetes luxuosos,
iates e aviões particulares.
Ou então cogita-se das nações civilizadas,
excessivamente ricas que tanto têm e não
repartem com as nações pobres.
Essa é a nossa
visão.
Mas, convenhamos,
um tanto distorcida.
Se pensarmos bem,
acabaremos por
descobrir que todos
somos um pouco ou
um tanto egoístas.
Observemos no lar como funcionam as coisas.
Levantamo-nos da mesa e não nos preocupamos em
retirar o nosso prato e talheres, ou sequer recolocar
a cadeira no lugar.
Quando nos vamos servir, não
pensamos em divisão, mas em encher
e muito o nosso prato.
Quando nos dispomos a assistir televisão, é tal o
egoísmo que sequer cogitamos de combinar uma
espécie de escala para que cada componente da
família escolha, em um dia, a programação de sua
eleição e juntos assistamos ora um, ora outro
programa, a todos satisfazendo.
Nosso egoísmo é tamanho que preferimos
logo ter uma televisão para cada um, em
seu próprio quarto, para nunca ter que
ceder ou deixar de ter atendida a sua
vontade.
Quando andamos pelas
ruas, em dias de chuva,
somos tão egoístas que,
mesmo estando com o
guarda-chuva, desejamos
andar debaixo das
marquises, em vez de
deixá-las para aqueles que
foram apanhados
desprevenidos pela
intempérie.
• Quando os smarthpfones entraram em
nossas vidas...
Quando tomamos o coletivo para os deslocamentos
urbanos, nosso egoísmo é tão grande que nem
olhamos para o lado, a fim de não descobrirmos que
alguém idoso, ou com criança ao colo ou deficiente,
precisaria muito mais do que nós do assento em que
nos acomodamos.
E pensamos tanto em nós mesmos, que
nem esperamos que os passageiros desçam
do ônibus e já vamos entrando,
empurrando.
Que importa se os demais precisam
sair? Nós desejamos entrar e logo, às
pressas, para conseguirmos um lugar
para sentar.
No ambiente de
trabalho, fala alto
também o egoísmo.
Quando alguém nos
deve substituir
durante um período
de férias, preferimos
não ensinar tudo ao
substituto, para que
ele, por sua dedicação
e competência,
não venha a suplantar-
nos e nós acabemos
sobrando.
Em matéria religiosa, não somos
diferentes.
Cada qual deseja ter a exclusividade da
verdade, do conhecimento e merecer, por
Quantos nos afirmamos os exclusivos filhos
de Deus, esquecidos de que Deus é um só.
O único Criador. De todos. De tudo.
E com o mesmo amor que nos ama,
ama a todos os demais – nossos irmãos!
Desde o
momento da
fissão
(separação)

do Self com o
ego, que o
eixo do
equilíbrio
ficou
fragmentado.
SELF significa “Eu Superior”,
Superior nossa mente
original, a soma das nossas experiências, sem limitações.
O Eu Superior é a nossa CONSCIÊNCIA (Espírito),
Espírito é
quem nós realmente somos, nossa consciência maior,
nossa parte divina ou o “Si-mesmo”, que é o centro de
toda a personalidade. Dele emana todo o nosso
potencial.
EGO (Eu) - É a representação do
espírito no mundo externo.
Ele é, de um lado, a síntese
momentânea da personalidade integral ,
do outro, uma função que permite a
ligação da consciência com os
conteúdos inconscientes.
Através dele o espírito se realiza,
transformando milhões de anos de
evolução na efemeridade de um
instante.
A existência do ego é fundamental ao
espírito, visto que sua manifestação
direta no mundo sem esse intermédio
Adenáuer Novaes
tornar-se-ia impossível dada a natureza
de sua essência.
As diversas abordagens psicológicas nos
relatam a existência de duas estruturas em
nosso psiquismo:

EGO SELF
O esforço de crescimento intelecto-moral
do ser humano deve ser o logro (conquista) da
perfeita identificação desses dois
arquétipos
com a sua consequente fusão harmônica
proporcionadora do equilíbrio emocional.
Segundo os lúcidos assertos de Joanna de
Ângelis,

“A palavra “ARQUÉTIPO” se origina


do grego “arke”, que significa:
marca, cunho, modelo;
sendo, por isso mesmo,
as marcas ou modelos primordiais,
iniciais, que constituem o
arcabouço psicológico do indivíduo,
facultando a identificação da
criatura humana.
Existem no ser como herança,
como parte integrante do seu
processo de evolução”.
“O ser humano é
herdeiro das suas
próprias realizações
através dos tempos,
que permanecem
armazenadas nos
refolhos do ser
eterno que é.”
Deixai Vir a Mim Os
Pequeninos
...“Ao aproximar-se-lhe a encarnação, o Espírito entra
em perturbação e perde pouco a pouco a consciência de
si mesmo, ficando, por certo tempo, numa espécie de
sono, durante o qual todas as suas faculdades
permanecem em estado latente. Sobre ele, no entanto,
reage o passado (arquétipos).
É assim que renasce maior, mais forte, moral e
intelectualmente, sustentado e secundado pela intuição
que conserva da experiência adquirida.
A partir do nascimento, suas ideias tomam gradualmente
impulso, à medida que os órgãos se desenvolvem, pelo que se
pode dizer que, no curso dos primeiros anos, o Espírito é
verdadeiramente criança, por se acharem ainda adormecidas
as ideias que lhe formam o fundo do caráter (arquétipos).
Durante o tempo em que seus instintos se conservam
amodorrados, ele é mais maleável e, por isso mesmo,
acessível às impressões capazes de lhe modificarem a
natureza e de fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa
que incumbe aos pais”.
A cada nova experiência reencarnatória,
quando ainda criança, por força da
convivência social, a psique vai formando uma
identidade pessoal que permite o
aparecimento do ego.
As fases estabelecidas por Piaget para o
desenvolvimento cognitivo, sinalizam para a
maturação de estruturas psíquicas, portanto Adenáuer Novaes
perispirituais, no processo de aprendizagem.
Psique é a palavra com origem no grego
psykhé e que é usada para descrever
a alma ou espírito.

Também é uma palavra relacionada com


a psicologia, e começou a ser usada com
a conotação de mente ou ego por
psicólogos contemporâneos para evitar
ligações com a religião e espiritualidade.
Psique humana
De acordo com Carl Jung, a psique
humana consiste nos processos psíquicos
que podem ser
conscientes ou
inconscientes.
Sigmund Freud, o pai da psicanálise,
defendeu a noção que a psique humana
está divida em três partes:
id (parte inconsciente),
ego (parte consciente) e
superego.
Psique e Eros
Psique e Eros são duas figuras da mitologia
grega, que conta a famosa história de amor
entre os dois.
Psique era uma mulher com beleza exemplar,
tanto que despertou a inveja de Afrodite (mãe
de Eros). Depois de sofrer bastante por causa
da deusa do amor (Afrodite), Eros transformou-
a em imortal, com a ajuda de Zeus.
Eros é a palavra que remete para um tipo de
amor, um amor romântico.
Desta forma, é possível concluir que o amor
entre Eros e Psique é uma história da aliança
entre o amor (Eros) e a alma (Psique).
Inconsciente
. E
GO

Pessoal
(todo iceberg)

Inconsciente
Coletivo
(oceano)
Inconsciente
Pessoal GO
. E
(todo iceberg)
GO
. E

Inconsciente
Coletivo
(oceano)
INCONSCIENTE PESSOAL X INCONSCIENTE COLETIVO
INCONSCIENTE PESSOAL
Consiste de coisas que foram reprimidas da
consciência do indivíduo.
Estas podem ser uma variedade de lembranças
e emoções que o indivíduo tem reprimidas ou
rejeitadas, e geralmente não podem ser
recuperadas de forma consciente de forma
muito clara.
Memórias de amargura, ódio, momentos
embaraçosos, dor e desejos proibidos podem
ser reprimidos no inconsciente pessoal de um
indivíduo.
Jung acreditava que essas coisas poderiam ter
um grande impacto sobre o indivíduo.
Por exemplo, imagine uma pessoa que passou por uma
experiência traumática em sua infância. Após a passagem
de muitos anos, a pessoa pode ter se recuperado
completamente.
Seus tormentos emocionais, memórias desagradáveis e
dolorosas da experiência podem ter sido sombreados.
Isso ocorre porque o indivíduo tem reprimido essas
emoções e memórias.
No entanto, esta repressão não denota que elas estão
perdidas.
Pelo contrário, estes sentimentos são armazenados no
inconsciente pessoal.
Mesmo que a pessoa seja incapaz de recuperá-los, eles
podem se manifestar na forma de sonhos e reações
incomuns para eventos diários.
Isso enfatiza que o inconsciente pessoal é exclusivo para
o indivíduo, dependendo de suas experiências de vida.
INCONSCIENTE COLETIVO

O inconsciente coletivo é um reservatório


de imagens latentes, chamadas de
arquétipos ou imagens primordiais, que
cada pessoa herda de seus ancestrais.
A pessoa não se lembra das imagens de
forma consciente, porém, herda uma
predisposição para reagir ao mundo da
forma que seus ancestrais faziam.
Sendo assim, a teoria estabelece que o ser
humano nasce com muitas predisposições
para pensar, entender e agir de certas
formas.
Por exemplo, o medo de cobras pode ser
transmitido através do inconsciente
coletivo, criando uma predisposição para
que uma pessoa tema as cobras.
No primeiro contato com uma cobra, a
pessoa pode ficar aterrorizada, sem ter
tido uma experiência pessoal que causasse
tal medo, e sim derivando o pavor do
inconsciente coletivo.
Mas nem sempre as predisposições
presentes no inconsciente coletivo se
manifestam tão facilmente.
Nascimento do ego (eu)

Instintos
ID
Sensações
Sentiment
os
EGO NASCE PARA SOBREVIVÊNCIA
CONSCIENTE DO SER
Em razão dessa
governança
perturbadora o ego está
sempre vigilante e
dominador,
em luta contínua
para manter-se,
dominado pelo medo
de perder a posição
de que desfruta.
Disfarçando-se com habilidade, torna-se agressivo,
porque é receoso,
exibe as qualidades que não possui,
exatamente para superar o complexo de
inferioridade para voos mais altos no conhecimento
e na emoção,
atribuindo-se direitos e privilégios que teme lhe
sejam retirados, pouco, no entanto, preocupando-
se com os deveres que lhe dizem respeito.
É o ego que se cerca de
presunção e de avareza,
de ciúme e de desfaçatez (Ausência ou falta de vergonha),
de suspeitas constantes e de
censuras aos outros,
de forma que não se torne conhecido,
permanecendo na obscuridade dos seus
propósitos enfermiços.
avareza

desfaçatez

ciúme

suspeitas

censuras
Pode manifestar-se gentil com certa
autenticidade, ocultando, porém,
interesses mesquinhos, quais os de
autopromoção e de exibicionismo,
reagindo sempre quando não recebendo a
resposta a que aspira nas suas artimanhas.
Faz-se, então, adversário soez e
persistente de todos aqueles que
lhe não concedem o valor que se
atribui, podendo tornar-se
violento e insano.
Identificado, logo se permite exteriorizar
todas as mazelas que lhe são peculiares,
tecendo redes de intrigas,
fomentando a maledicência,
pugnando pela divisão dos grupos,
quando então mais fácil se lhe torna o
domínio.
CONSCIÊNCIA SEM LIMITES
"A PESQUISA DA MENTE ATINGE O PONTO ONDE A
CIÊNCIA ENCONTRA A ESPIRITUALIDADE"
- Revista Galileu No. 94
Quando se fala em pesquisa da consciência, o
primeiro nome a ser lembrado é o de
Stanislav Grof.
Nenhum cientista tem feito mais na área do que
esse psiquiatra checo radicado nos Estados
Unidos.

Stanislav Grof, criou a palavra


"transpessoal"
para caracterizar os
fenômenos e experiências que
vão além do ego e
transcendem os limites do
tempo e do espaço.
Transpessoal é o
que fica por trás
das máscaras da
pessoa,
o que transpassa a
personalidade,
o que fica além dos
nossos
condicionamentos e
crenças.
A Terapia Transpessoal facilita o reconhecimento
do nosso verdadeiro ser,
aquele que para se defender do que acredita ser
ameaçador,
esconde seu brilho por trás das máscaras.
Esse reconhecimento o liberta.
Para entendermos
O tormento do (nosso)
egoísmo
Precisamos
entender
Os mecanismos do
ego.
Agir de forma egoísta
é agir
tomando decisões
que partem do ego.
Então, o que seria o
ego?
É um falso senso de identidade
que temos dentro nós.
O Ego em si mesmo não é
negativo, é simplesmente
ignorância a ser gradativamente
transformada, em nós, por meio
do processo do
AUTOENCONTRO...
O Que é, na Verdade, ser Uma Pessoa Egoísta?
Carregamos vários sentimentos e pensamentos que
vêm sendo passados de geração em geração, e
muitos deles são bem negativos.
O ego é a percepção errônea de que somos esses
pensamentos e sentimentos.
Os pensamentos e
sentimentos criam
uma estrutura interior
que pensa e age por
nós sem que a gente
tenha plena
consciência disso.
Achamos que somos nós quem
está tomando a decisão, mas é
o nosso ego; um monte de
energia acumulada em forma
de pensamentos e
sentimentos que brotam na
nossa mente sem parar.
É uma energia velha,
condicionada.
Quando agimos baseados na
culpa, medo, raiva, mágoa,
frustração, ódio e qualquer
outro sentimento negativo ou
pensamento velho
condicionado, estaremos
agindo sob o domínio do ego
e estaremos, portanto,
tomando uma ação egoísta.
Uma mãe que não consegue dar limites ao filho, seja
porque sente culpa, medo ou um misto desses
sentimentos, está agindo de forma egoísta, pois é seu
ego quem está dizendo o que ela deve fazer.
Uma pessoa que não consegue terminar um
relacionamento porque sente “pena” do outro ou medo
de ficar só, está agindo de forma egoísta.
Para se fortalecer, o ego
precisa sentir que está certo,
que tem razão, e ele faz isso
julgando outra pessoa.
Quando ele julga, o outro está
errado e automaticamente ele
está certo.
Assim, o ego se fortalece. Ele precisa diminuir o outro para se
sentir maior.
A mesma coisa ocorre com o religioso que quer converter os
outros a todo custo. Tudo isso também é ação egoísta. Podem
até ter uma boa intenção, mas são ações egoístas.
E toda ação egoísta acaba causando sofrimento para a pessoa
que toma a ação, ou para outras pessoas ou, ainda, para
ambos.
A ação que vem do ego não tem um poder real de
transformação.
Pode até parecer que tem, mas a longo prazo vemos que não.
A "Persona" é a forma pela qual nos
apresentamos ao mundo e nos
relacionamos com os outros.
A persona inclui nossos papéis sociais,
nosso estilo de vestir e da nossa expressão
social. O termo persona é derivado da
palavra latina que quer dizer ”Máscara”.
Aqueles que se identificam com sua persona tendem a se
ver apenas nos termos superficiais de seus papéis sociais
e sua fachada.
Jung chamou também a persona de Arquétipo da
conformidade.
Ela serve para proteger o ego das diversas forças e
atitudes sociais que nos invadem.
Entre os símbolos usados pela persona, incluem-se as
peças de vestuário, símbolos de um papel ocupacional,
social e símbolos de status, e podem ser encontrados em
sonhos como representações da persona.
Amor

Poder Intuição

Sabedoria
Boa vontade
Bons sentimentos

Potencial ilimitado
A máscara tem certa semelhança com o fariseu da época de
Jesus - uma exibição de falsa bondade, poder ou
respeitabilidade.
Cristo sentia uma atração muito melhor pelos pecadores, em
quem percebia a autenticidade.
As imperfeições deles não eram nem negadas nem
justificadas; seus defeitos e sua dor eram muito mais visíveis
e, assim seu coração era mais acessível.
Jesus sabia que é preciso
reconhecer o eu inferior, ou o
pecador, antes de ser possível
transformar seu potencial
criativo.
Nosso Eu - superior, nossa
consciência de Cristo,
também aprenderá a acolher
o “pecador” interior, depois
de tirar a máscara hipócrita
do fariseu.
Um dos maiores empecilhos para a evolução humana é
o mascaramento do ego.
Muitas vezes, Jesus se referiu às máscaras no
Evangelho, colocando-as com todas as letras, de uma
forma muito clara, bastante enérgica, por serem
extremamente nocivas à criatura.
O ser humano pode utilizar vários mecanismos de
mascaramento do ego.
Alírio de Cerqueira Filho
É médico, biólogo com ênfase em ecologia, pós-graduado em psiquiatria, psicologia e
psicoterapia transpessoal e medicina homeopática.
Com formação em Terapia Regressiva a Vivências Passadas, bem como Master na Arte
de Programação Neolinguística. Como expositor espírita, realiza palestras e seminários
por todo o Brasil e o Exterior.
Possui larga experiência no trabalho com o psiquismo humano, tanto como
psicoterapeuta quanto como educador transpessoal.
Obras do autor publicadas pela Ebm Editora
Suicídio: Falsa Solução!A Obsessão e o Movimento Espírita
Energia Mental e Autocura
Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação
Medite e Viva Melhor Vl. 2
Fora da Caridade Não Há Salvação
Saúde da Relação Pais e Filhos
Parábolas Terapêuticas
Medite e Viva Melhor Vl. 1
Saúde Existencial
Psicoterapia a Luz do Evangelho de Jesus
Jesus e Kardec
Saúde Espíritual
Cura Espíritual da Depressão
Saúde das Relações Familiares
AS MÁSCARAS DO EGO

Alírio Cerqueira Filho


2 estruturas dentro psiquismo
Representação Didática da Psique Humana
(Abordagem Transpessoal)

Representamos a psique
humana sendo formada por
três esferas concêntricas.

1 - Máscaras do Ego
oriundas do pseudo-amor

2 – Negatividades do Ego
formadas pelo desamor

3 – Ser Essencial , Essência


verdadeira. Ser que é
resultado do amor
verdadeiro, essencial
EGO - É a camada de ignorância que envolve o Ser
Essencial, onde ficam registradas todas as
experiências equivocadas, nas quais não
colocamos em prática o amor essencial.
É o nosso Eu menor, inferior.

É composto de duas
partes:

1 – Negatividades do Ego
(desamor)
É a parte do Ego onde ficam registrados todos os
sentimentos que representam a ausência do valor
essencial correspondente.
Se originam nas
energias de DESAMOR
(ausência do amor) que
compõem o Ego.
Exemplo: ódio, egoísmo,
orgulho, revolta, raiva,
mágoa, ressentimento,
angústia, depressão,
ansiedade, desespero,
medo, pânico, violência,
cólera, ciúme, etc
“Nessa aparente
dicotomia dos dois eus
EU SUPERIOR
EU INFERIOR
a ocorrência se dá
porque
um não toma
conhecimento do outro
de forma consciente,
podendo mesmo
Joanna de Ângelis
negar-se um ao outro.
Divaldo P. Franco
in “O Despertar do Espírito“, Cap.2
Trata-se do
eu inferior
que representa um
perigo para o
indivíduo,
e que deve ser
identificado, a fim
de ser combatido
com a luz do
discernimento e do
amor.
Joanna de Ângelis
Divaldo P. Franco
in "Dias Gloriosos“,
pág. 215
Aí permanecem os impulsos da violência
e da agressividade, as paixões
escravizadoras, os instintos indomados
que respondem pelo retardamento da
auto iluminação.

Joanna de Ângelis -
Divaldo P. Franco
in "Dias Gloriosos“,
pág. 215
Eu
Inferior

Ser
Essencia
l
(AMOR)
AMOR
(DESAMOR)

(PSEUDO-AMOR)
É a parte disfarçada, mascarada, onde o Ego lança
mão dos seus instrumentos de defesa e de fuga.
Originam-se na energia de
PSEUDOAMOR, onde o
indivíduo, consciente ou
inconscientemente,
mascara as negatividades
do Ego (DESAMOR) com
sentimentos aparentemente
positivos.
Exemplo:
euforia, auto-piedade,
perfeccionismo, pseudo-perdão,
martírio, puritanismo, etc.
No processo de estruturação da psique
humana, o indivíduo realiza, consciente ou
inconsciente, um movimento de repressão,
bloqueando as negatividades do ego,
devido ao fato desses sentimentos
gerarem uma aversão muito grande,
tanto por parte dele próprio, quanto de
outras pessoas.
Essa é uma atitude pouco
inteligente
emocionalmente, pois o
indivíduo mascara os seus
sentimentos, originando as
máscaras do ego,
caracterizadas pela
tentativa do ego parecer
aquilo que não é.
Há um movimento criado
pelo ego para se defender,
gerando a energia do
pseudoamor, portanto,
para parecer que é amor,
característica própria do
Ser Essencial.
Esse fato retarda o processo do
autoencontro, isto é, do encontro do
indivíduo consigo mesmo, em
Essência.
Na maioria das vezes, o indivíduo utiliza os
mecanismos de defesa de forma
inconsciente ou involuntária, numa
tentativa de se proteger, tentativa que
redunda numa falsa proteção.
Outras vezes, utiliza-os de forma bastante
consciente, sabendo que está fugindo de
alguma coisa.
Podemos encontrar várias modalidades de
mecanismos de defesa do ego, nos quais as
negatividades egóicas são mascaradas.
Vamos analisar os mecanismos mais
comuns, buscando perceber as
negatividades do ego por trás delas.
As máscaras podem, quando
vitalizadas, impedir o contato mais
profundo com o Ser Essencial, pois,
ao parecer que cultiva os valores
essenciais, o indivíduo cristaliza
estes sentimentos falsos.
Assume variadas formas de
manifestação.
Existem pessoas que buscam o
prazer ligado às questões biológicas
instintivas.
São aquelas que assumem atitudes
puramente fisiológicas:
comem, fazem sexo, dormem, usam
drogas estimulantes ou anestesiantes
– conforme o momento –
se divertem, trabalham apenas para
auferir os recursos para manter essas
atividades e não por prazer de serem
úteis.
Outras nutrem paixões e o Ego se
manifesta, além das práticas
anteriormente citadas, também
através das negatividades como:
o orgulho, o egoísmo, a vaidade, a
vingança, a inveja, entre outras.
O prazer que sentem se manifesta,
por exemplo,
na bajulação que adoram receber,
ou no sofrimento pelo qual um
desafeto passa, por aqueles que a
estão perseguindo, por vingança,
etc.
não obstante gerem um
prazer momentâneo,
exaurem o Ser.
Diferentemente do prazer
essencial portador de energias
sutis refazedoras,
as energias egóicas são
demasiado grosseiras e acabam
por desvitalizar e danificar o
perispírito e o corpo físico.
é pior para o indivíduo, do que vivenciar as
negatividades.
A máscara gera aquilo que denominamos, em
psicologia, de “Zona de Conforto Psicológica”.
É por isso que o processo de retorno ao
Essencial fica difícil, pois é necessário
primeiro, fazer cair a máscara, reconhecer as
negatividades ocultas por ela,
processo que é muito doloroso, porque fere o
orgulho.
Somente a partir daí, com exercícios
gradativos de humildade, retornar ao amor
verdadeiro (Essencial).
Ser
Eu Eu
Essencia Inferior
Superior
l
(AMOR)
AMOR
(DESAMOR) ódio, egoísmo,
orgulho, revolta, raiva,
mágoa, ressentimento,
(PSEUDO-AMOR) angústia, depressão,
ansiedade, desespero,
Mascara a negatividade com medo, pânico,
Sentimentos aparentemente violência, cólera,
positivos ciúme, etc
OUTRAS MÁSCARAS
Compensação
-Puritanismo
- Mecanismos
Fanatismo - de
Martírio defesa
-Vitimização
-Perfeccionismo
 Projeção
-Euforia
 Racionalização
 Identificação
 Deslocamento
 Negação
Mecanismo de defesa pelo qual se procura
compensar um comportamento negativo,
substituindo-o por um comportamento
aparentemente positivo.

O indivíduo busca, consciente ou


inconscientemente, camuflar,
reprimir os seus defeitos e
fraquezas pessoais, que podem
ser reais ou imaginários.
Caracteriza-se pelo exagero, pelo
excesso das manifestações
aparentemente positivas.
Mas, como esse comportamento é
baseado na repressão das
negatividades do Ego não trabalhadas,
o que surge é apenas uma máscara que
parece, mas não é, o valor essencial que
se deseja.
Alguns exemplos práticos desse
mecanismo:

Puritanismo, Fanatismo,
Martírio, Vitimização,
Perfeccionismo, Euforia.
Puritanismo
O indivíduo puritano exige de si mesmo e
dos demais, uma pureza que está distante
de internalizar.
Tende a dar ênfase muito grande às
questões sexuais.
Coloca essas manifestações naturais do ser
humano como algo pecaminoso, impuro.
Por isso exige de si e dos outros uma
conduta impoluta.
Está sempre pronto a acusar os outros.
Analisando a questão com profundidade, percebe-se que
esse fenômeno é pura compensação por desejos sexuais
reprimidos e vontade de levar uma vida promíscua,
originados nas profundezas do ego, que a própria
pessoa, consciente ou inconscientemente, se recusa a
aceitar.
Fanatismo
O indivíduo fanático caracteriza-se pelo excesso
de devotamento a uma causa ou ideia.
Quem observa apenas o exterior, acha que é uma
pessoa muito devotada à sua causa ou ideal.

Mas é apenas aparência, pois se


percebe, em uma análise
profunda, que esse devotamento
é apenas uma compensação
inconsciente, resultado da
insegurança interior sobre a
veracidade daquilo em que se
pensa acreditar.
Martírio
É aquele que faz o papel do bom moço. Está sempre disposto a
“sacrificar-se para ajudar” os outros, mesmo que para isso
tenha que passar por cima de suas necessidades. Não é capaz
de dizer não. Por isso, todo mártir está, quase sempre,
envolvido com uma ou mais “vítimas” para serem socorridas,
atendidas por ele.
Quem observa apenas a aparência, acha que ele é uma pessoa
carismática, muito boa, sempre disposta a ajudar os outros.
Mas, analisando a situação sem máscaras, percebe-se que o
mártir bonzinho é apenas um indivíduo buscando compensar
os sentimentos negativos que detêm e, por se sentir inferior
aos demais devido a esses sentimentos, procura disfarçá-los
fazendo tudo para os outros, para com isso ser aceito e
querido por eles.
Para sermos realmente bons, é necessário aceitar e transmutar
as negatividades do ego, e não simplesmente escondê-las
atrás de uma máscara.
Vitimização
Apresenta um sentimentos de autopiedade muito
grande. Coloca-se como coitada, necessitando do
auxílio dos outros.
Quase sempre está associada com os mártires.
A autopiedade surge como um movimento de
compensação ao profundo sentimento de culpa e
autopunição que a caracteriza.

Analisando-se profundamente, percebe-se que a


pessoa que assim age, acha-se indigna do amor,
devendo ser punida pelos seus erros e, ao mesmo
tempo, coloca-se como coitadinha para conseguir
migalhas de atenção para si.
Perfeccionismo
Procura fazer tudo perfeito.
Exige essa perfeição de si mesmo e das
outras pessoas também.
Quando algo sai errado, como é comum
acontecer, pois ainda estamos muito
distantes da perfeição, o perfeccionista
não aceita o erro.
Culpa-se e pune-se por isso, quando é ele
mesmo a errar, ou culpa e pune a outrem,
quando outra pessoa praticou um ato
errado.
Perfeccionismo
Observando-se as aparências, poderemos achar
que ter perfeccionismo é algo bom, pois a pessoa
está sempre procurando fazer as coisas perfeitas .
Mas isso é muito diferente da virtude da busca do
aperfeiçoamento constante que provém do Ser
Essencial,
pois quem está nesse caminho, aceita que ainda
não é perfeito e, portanto, admite o erro,
analisando-o como um processo de aprendizado e
crescimento.
A pessoa que está em busca de aperfeiçoamento
constante, torna-se alguém flexível, aceitando os
erros, seus e dos outros, como experiências
geradoras de aprendizado.
ativo, aplicado, zeloso, cuidadoso
Euforia
É utilizada para compensar sentimentos
de tristeza ou depressão.
Para mascarar esses sentimentos, as
pessoas utilizam recursos como álcool,
drogas, festas, compras, sexo, etc. para
fugir da tristeza ou depressão que
sentem.
Dizem que esses recursos lhes dão
alegria, tirando-as do estado de
depressão.
Euforia
Mas, se observarmos
atentamente, perceberemos
que essa alegria é falsa;
é apenas euforia, pois uma vez
cessado o efeito do álcool e
das drogas ou terminada a
festa, feitas as compras,
voltam a sentir uma depressão
ainda maior que a anterior,
até que novamente fazem uso
do mesmo expediente.
Todas as vezes que o indivíduo atuar
através de atitudes exageradas, em
qualquer área, estará camuflando
desejos inconscientes opostos.
A compensação leva o ego a
mascarar esses desejos, ignorando o
desequilíbrio que fica bloqueando e
reprimindo no inconsciente.
SÉTIMA PARTE
A CONQUISTA DO SELF
Cap 25 = A Conquista do Self
Cap 26 = Mecanismos de fuga
do ego
Cap 27 = Medo e morte
Cap 28 = Referenciais para a
identificação do si
Habituado ao não
enfrentamento com o
self, o ego camufla a
sua resistência à
aceitação da realidade
profunda, elaborando
mecanismos
escapistas, de forma a
preservar o seu
domínio na pessoa.
Desse modo, podemos
enumerar alguns desses
instrumentos do ego, para
ocultar-lhe a realidade,
facultando-lhe a fuga do
enfrentamento com o eu
profundo, tais como:
compensação,
deslocamento, projeção,
introjeção e racionalização.
OUTRAS MÁSCARAS
Compensação
-Puritanismo
- Mecanismos
Fanatismo - de
Martírio defesa
-Vitimização
-Perfeccionismo
 Projeção
-Euforia
 Racionalização
 Identificação
 Deslocamento
 Negação
Projeção
É também chamada de Transferência.
Mecanismo de defesa que leva o indivíduo a
interpretar os pensamentos, sentimentos e as
atividades de outras pessoas em função de suas
próprias tendências.
O Ego reprime os seus conflitos de personalidade,
projetando-os em outras pessoas, fugindo da
aceitação de seus próprios erros e da
responsabilidade por eles.
A projeção dos sentimentos interiores no mundo
exterior, comumente significa ver no outro, aquilo
de que não se gosta em si mesmo.
Projeção
Uma das formas mais comuns de projeção é a
necessidade de culpar os outros pelas próprias
atitudes, transferindo para outrem a
responsabilidade sobre si mesmo.
Por exemplo: uma mãe que não dedica
todo o tempo que é necessário para
ajudar seu filho com o dever de casa,
pode projetar a professora como
culpada pelo insucesso de seu filho na
escola.
A única forma de se libertar da projeção é
interromper esse mecanismo de transferência,
aceitando os seus defeitos e responsabilizando-se
pelos seus erros e acertos e, com isso, tornar-se uma
pessoa melhor.
Sigmund Freud
Racionalização

É um processo pelo qual o indivíduo busca


justificar quaisquer pensamentos, sentimentos
ou ações que julgou inaceitáveis, mediante
motivos justos aparentes, que são mais
toleráveis do que os verdadeiros.
As razões reais de sua conduta são mascaradas por
alegações falsas.
A pessoa não admite que aquela ação que ela quer
realizar é errada, embora em sua consciência isso
esteja bem claro.
Racionalização

Por exemplo:

Uma pessoa que explora uma empregada doméstica


que recebe um salário baixo, não podendo suportar a
angústia de se perceber como exploradora da outra,
justifica a sua atitude dizendo:
“Ela é muito incompetente e não merece ganhar mais
do que isso” ; “Se fosse trabalhar na casa de outra
pessoa, ela ganharia menos, porque é muito burra.”
Racionalização
Esse mecanismo de fuga torna-se um
desequilíbrio psicológico grave, se for
utilizado continuamente.
Ninguém pode mudar um mal em bem,
apenas porque se recusa a aceitar,
conscientemente, esse mal.

Deve-se trabalhar esse mecanismo,


a fim de ser transmutado, ao invés
de ser ignorado ou justificado
através da racionalização.
A continuidade desse processo
culmina na perda do sentido
existencial.
Deslocamento
É o mecanismo pelo qual se
desloca um sentimento negativo
de uma pessoa ou situação para
uma outra pessoa ou situação.
Quando experimentamos, por exemplo, um
sentimento de revolta ou de animosidade contra
alguém ou alguma coisa, mas as circunstâncias
não permitem expressá-lo,
deslocamos esse sentimento para reações de
violência contra objetos que são quebrados ou
outras pessoa que nada têm a ver com o
problema.
Deslocamento
Exemplificando:
Uma pessoa tem uma
dificuldade com o chefe no
trabalho e, ao chegar em casa,
desloca a sua raiva brigando
com a mulher ou com os filhos.
Outra situação comum é
quebrar objetos como pratos,
dar murros na parede, quando
encolerizados.
A pessoa desloca a vontade
de bater em quem é o motivo
da sua cólera para os objetos
que destrói.
Negação
É a recusa em
reconhecer aquilo que
não se quer ver.
Negação
Por exemplo: fingir não se
preocupar se o cônjuge está
sendo infiel, é um tipo de
negação muito comum.
Outro tipo de NEGAÇÃO, é a evidente recusa do
reconhecimento dos malefícios do alcoolismo e do
tabagismo.
Por mais que se conheçam todos os problemas
causados por esse vícios, as pessoas continuam
bebendo e fumando.
O que comumente se diz:
“Esse problema não vai acontecer comigo”, como
se os problemas só acontecessem com os outros.
Identificação
Também chamado de INTROJEÇÃO.
INTROJEÇÃO
É o mecanismo pelo qual o
indivíduo se identifica com valores
observados em outra pessoa e que
passam a ser vistos como sendo
seus valores.
É comum, em virtude desse mecanismo, as
pessoas se identificarem com heróis ou ídolos e
se acharem parecidas com eles, assumindo-lhes
a forma, os hábitos, os traquejos e trejeitos, o
modo de falar e de comportar-se, etc.
Identificação
Por exemplo:
esquerdistas que se
identificam com Che
Guevara ou Fidel Castro e
passam a se vestir como
eles, usando barba, boina,
etc.
Cultuadores de Elvis
Presley que se vestem,
penteiam-se como o ídolo.
Identificação
Hoje é muito comum a identificação com
personagens fictícios de telenovelas, filmes
e outros programas de televisão, criando-se
uma verdadeira dependência, um vício, haja
vista o número de revistas que se dedicam
exclusivamente ao tema, relatando o que
acontece com as personagens e os seus
respectivos intérpretes.

Isso resulta numa fuga da realidade da vida, por


parte dessas pessoas, que passam a viver numa
ilusão, identificando-se com ídolos que só
existem em sua imaginação.
Identificação
A identificação é uma tentativa do indivíduo
de substituir o vazio interior, através de
modelos, ou ídolos, para servirem de
referência e, com isso, tentar buscar o
preenchimento desse vazio.
O resultado é totalmente ineficaz, pois só se
consegue preencher esse vazio através do amor.
Isso só será possível quando cada um assumir a sua
realidade interior, identificando-se consigo mesmo
em essência, mantendo o equilíbrio emocional pelo
autoconhecimento, eliminando as ilusões de ser uma
outra pessoa que, embora proporcionem um prazer
imediato, terminam por alienar o ser.
A utilização desses mecanismos denotam
processo de imaturidade psicológica,
assemelhando-se ao comportamento de uma
pessoa que,
possuindo na pele, muitas feridas com
aspecto asqueroso, cheias de pus, exalando
mau cheiro,
não coloca o medicamento correto para
fazer com que as feridas se curem.
Simplesmente as cobre com uma roupa impecável
– de preferência de tecidos nobres como a seda ou
linho – passa um perfume francês dos mais caros,
para disfarçar o mau cheiro, enganando, com isso,
a si própria e aos outros.
Dr. Paulo Bregantin
Psicanalista Clínico e escritor
Professor das Teorias de Freud e
Lacan na SBPI.
Palestrante e Escritor - Livros em E-
Book no site: http://portugues.free-
ebooks.net/search/Paulo+Bregantin
•Fundador e Presidente da ABLL (Associação Beneficente Livre Louvor) com
mais de 15 anos trabalhando com pessoas carentes por todo o Brasil, sendo
também Co-Fundador do Caminho da Graça – Estação São Paulo, onde
desenvolve trabalhos espirituais.
Introjeção, Identificação e Projeção –
Dr. Paulo Bregantin
"Toda percepção de inimigo é projeção do ego
como inimigo".
Isso nos faz crer que
a maior parte dos nossos inimigos nós é que
criamos.
Criamos um inimigo que na verdade é uma
ameaça para o ego.
Todas as pessoas que alimentam o
EGOCENTRISMO
por algum motivo precisam de holofotes,
de reconhecimento excessivo, de
autoafirmação.
E não suportam que isso aconteça com o outro
ao lado.”
•Sigmund Freud
•Faculdade São Camilo – Rio de Janeiro – RJ - Psychology & Cognitive Science
O ego vai se transformar em inimigo pessoal
quando limitar e bloquear qualquer atitude que
seja autêntica e verdadeira de qualquer pessoa.
Você provavelmente já esteve em uma festa ou em
uma reunião informal qualquer onde uma pessoa
se passa por "melhor que todos” a noite toda.
Conhece todos, sabe de tudo, já leu e estudou tudo
e tem a vida que o pessoal aí fora sonha em ter.
Ela é referência em todos os tipos de assuntos (para
si mesma, claro).
Essa é uma situação onde o EGO se transforma em
inimigo pessoal, já que a cegueira não vai deixar
enxergar o quanto aquilo não é um diálogo saudável.
É meio que “Pelo amor de Deus, eu preciso da
aprovação de alguém”.
Outra situação em que o lado obscuro do ego grita
“Oi, estou aqui!” é quando a autoconfiança vem sem
o restante da fórmula:

a humildade.
O vídeo mostra uma metáfora desse processo.
Esse feito aconteceu em um jogo turco e ilustra melhor o que chamamos
de cegueira . É literalmente uma cegueira. Não que a pessoa não consiga
ver, mas na verdade não quer ver.
CONHECER A SI MESMO
Revista Espírita 06/1863 La Fontaine

• O que impede, por vezes, que vos


corrijais de um defeito, de um vicio,
é, certamente, que não vos
apercebeis que o tendes.
Astrofísica que trabalhou na NASA
Criada como reação à dor e á rejeição, a MÁSCARA se
destina a tentar agradar, afastar ou controlar outras
pessoas.
Quando estamos no EU-MÁSCARA, nossa atenção se
volta para a forma como vamos reagir aos outros, e
assim cortamos a ligação com a fonte interior.

O EU - MÁSCARA nos separa da energia do EU REAL e


espontâneo, tanto negativo como positivo.

Quando estamos no EU - MASCARA, culpamos os outros


pelas nossas desgraças, em vez de assumirmos a
responsabilidade pelo que sentimos.
Assim a MÁSCARA produz a crença na nossa vitimização,
o falso conceito de que outra pessoas é responsável pela
nossa felicidade ou infelicidade.
Em outros
Essa lugares
figura mostraainda, tanto oque
a realidade EU
INFERIOR comopersonalidade,
existe em toda o EU SUPERIOR estão
onde há
locais em quemascarados.
o EU SUPERIOR brilha, e
A MÁSCARA
outros em que e o EU INFERIOR nãopodem
foi
estar presentes
encoberto, em maior ou menor
e a NEGATIVIDADE não
extensão do que
diluída pode sermostrado, conforme o
vista na superfície.
grau de purificação da alma.
Podemos perguntar que aspecto
teria uma personalidade evoluída.
Minha ideia é que seria algo
assim:
No
Naentanto,
figura
Mas, daenquanto
personalidade
também, a personalidade
aprendemosevoluída, aexiste,
a nãomaior ou
negarparte
seja,
o da enquanto
queMÁSCARA
resta ainda
dafoi
eliminada,
estamos naa maior
encarnação
parte do
humana,
EU INFERIOR
os três aspectos
foi liberada
doeEUas estão
áreas até
restantes
certo
MÁSCARA e do EU INFERIOR,
da MÁSCARA e do EU INFERIOR ponto
estão
sempre
presentes.
que eles aparecem.
impregnadas de CONSCIÊNCIA – EU
Aprendemos aSUPERIOR
acolher
Aprendemos a deslocar bondosamente
a auto-identificação
(portanto, são menos
paranaoCONSCIÊNCIA
densas). todos
centro do EU SUPERIOR.
Aprendemos aos aspectos
saber que ainda
quem realmente precisam
somos de cura.
e a canalizar essa energia para o
exterior a serviço dos outros.
Essas pessoas, com personalidade
evoluída, inspiram as outras pelo
pouco caso que fazem do status e
da fama que possuem - em
resumo, de seu EGO.

Nunca se preocupam que o


mundo lhes reconheça a posição
ou importância.
Essa ausência de
EGOCENTRISMO
causa total perplexidade do
ponto de vista psicológico,
e as outras pessoas
instintivamente querem
estar junto delas e, mesmo
sem saber explicar por quê,
consideram a sua presença
enriquecedora.
Em essência, elas irradiam

bondade.
Tais qualidades oferecem um notável
contraste com os campeões do EGO,
cuja presença é no mínimo entristecedora,
quando não desagradável.
Tendo de um lado a teatralidade
grandiloquente, as ostentações e a
ocasional ferocidade do EGO rei,
e de outro
a calorosa simplicidade daqueles que não
têm EGO,
não é muito difícil escolher.
Francisco Cândido Xavier
Francisco Cândido Xavier
Também os psicopatas, que são
incapazes de sentir qualquer empatia
pelos outros ou qualquer
arrependimento pelo sofrimento que
infligem a eles, são adeptos da
supremacia do EGO.
Como observa Aaron Beck, o fundador
da terapia cognitiva:

Aaron Temkin Beck “Os profissionais que trabalham com


18 de julho de 1921 (95 anos), psicopatas ficam impressionados
é um psiquiatra norte-americano e com o extremo EGOCENTRISMO
professor emérito do
departamento de psiquiatria na
encontrado neles.
Universidade da Pensilvânia. São totalmente voltados a servir a si
Considerado um dos cinco
psicoterapeutas mais influentes
mesmos e, acima de tudo, pensam
de todos os tempos, Aaron Beck que têm direitos inatos e
transformou a psiquiatria e prerrogativas que transcendem ou se
psicologia ao redor do mundo.
adiantam às das outras pessoas”.
A ideia de que um EGO poderoso é necessário
para ser bem-sucedido na vida,
sem dúvida vem da confusão entre o apego
ao EGO,
à nossa própria imagem,
e a determinação indispensável à realização
das nossas aspirações mais profundas.
O fato é que quanto menos influenciados
formos pela ideia de que o nosso EU é
importante,
mais fácil será adquirir uma força interior
duradoura.
A razão para isso é simples:

o sentimento de auto
importância é um alvo exposto
a todo tipo de projéteis
mentais
– ciúme, medo, ganância,
repulsão –
que não cessam de
desestabilizá-lo.
CONHECER A SI MESMO
Revista Espírita 06/1863 La Fontaine

• Enquanto vedes os menores defeitos do


próximo, do irmão, nem mesmo
suspeitais de que tendes as mesmas
falhas, talvez maiores que as deles.
Francisco de Assis era sombra e luz, mas
escolheu o caminho de luz;

Hitler era sombra e luz, mas escolheu o


caminho da sombra.
http://www.humaniversidade.com.br/boletins/encontro_com_sombra.htm
Francisco
trabalhou sua
sombra
e tornou-se um
Mestre,
que é ícone de
compaixão,
tolerância e amor à
vida
O grande problema é que todo conflito
recalcado não fica mascarado por muito
tempo.
Termina por aflorar com força, gerando
distúrbios muito graves, dos quais a
pessoa não poderá fugir.
As máscaras do Ego devem ser
lentamente liberadas de nossa
personalidade,
pela aceitação das negatividades
do Ego e da sua consequente
transmutação através dos
sentimentos de amor originários do
Ser Essencial.
É necessário que cada indivíduo aceite as suas
negatividades do EGO, trabalhado pelo seu
crescimento interior através de ações que, ao
invés de mascará-las, venham a transmutá-las
com a energia do amor.
Quanto mais cedo assim
fizermos, melhor para nós,
pois ao invés de virtudes
falsas,
buscaremos desenvolver
as verdadeiras.

Quanto mais as
cultivarmos, mais as
teremos, ao contrário
das máscaras, que
cedo ou tarde cairão.
Memórias Sonhos e Reflexões
O SER CONSCIENTE

Eu
-
Adoecido
INCS EGO
Eu
+ Superior
Identificado (o EGO), logo se permite
exteriorizar todas as mazelas que lhe são
peculiares, tecendo redes de intrigas,
fomentando a maledicência,
pugnando pela divisão dos grupos,
quando então mais fácil se lhe torna o
domínio.
O egoísmo é virose perigosa
que ataca a sociedade
contemporânea, qual ocorreu
em todas as épocas da história
da humanidade.
“ Capitulo 11 – Amar o próximo como a ti
mesmo- Instruções dos Espíritos ll”
O Egoísmo
Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio
Pilatos o do egoísmo.
Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas
estações do seu martírio,
Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me
importa! Disse mesmo aos judeus:
Esse homem é justo, por que quereis
crucificá-lo?
E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.
(EMMANUEL, Paris, 1861).
O momento do encontro trouxe grande emoção ao senador
romano, que chorou e sentiu-se incapaz de falar.
Jesus lhe disse:
“Não venho buscar o homem de Estado, superficial e
orgulhoso, que só os séculos de sofrimento podem
encaminhar ao regaço de meu Pai;
Venho atender às súplicas de um coração desditoso e
oprimido e, ainda assim, meu amigo,
não é o teu sentimento que salva a filhinha leprosa e
desvalida pela ciência do mundo,
porque tens ainda a razão egoística e humana;
é, sim a fé e o amor de tua mulher, porque a fé é divina...
Combatido pela ética e pela moral, tem sido
motivo de cuidados especiais por todas as
doutrinas religiosas,
especialmente pelo Cristianismo,
que nele encontra um perverso adversário
da solidariedade, do amor e da lídima
caridade.
O Espiritismo, na sua condição de
restaurador do pensamento de Jesus,
tem, no egoísmo, a condição de
bafio pestilencial, que necessita de terapia
preventiva muito bem elaborada e
tratamento persistente depois que se
encontra instalado.
“Capitulo 11 – Amar o próximo como a ti mesmo-
Instruções dos Espíritos”
O Egoísmo
11 – O egoísmo, esta chaga
da humanidade, deve
desaparecer da Terra,
porque impede o seu
progresso moral. É ao
Espiritismo que cabe a
tarefa de fazê-la elevar-se
na hierarquia dos mundos.
Não ceder-se espaço ao egoísmo,
sob qualquer forma em que se
manifeste,
deve ser a atitude do cristão sincero,
do espírita consciente das suas
responsabilidades.
Evitar agasalhá-lo em qualquer
dos seus disfarces,
é uma forma segura de
precatar-se da sua vigorosa
constrição.
Não foram poucos os missionários do
bem que se permitiram
tombar nas artimanhas nefastas do
egoísmo,
conforme hoje sucede em todos os
segmentos da sociedade.
PARTE SEGUNDA
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
Cap 10 – Ocupações e Missões dos
Espíritos
578. O Espírito pode falir na sua
missão, por sua culpa?
— Sim, se não for um Espírito
superior.

578. a)- Quais são para ele as


consequências?
— Terá de reiniciar a tarefa; está
nisso a punição. Depois
sofrerá as consequências do
mal que tenha causado.
579. Pois que o Espírito recebe a sua
missão de Deus, como Deus pode confiar
uma missão importante e de interesse
geral a um Espírito que poderia falir?

— Deus não sabe se o seu general será


vitorioso ou vencido?
Ele o sabe, estais certo, e seus planos,
quando importantes, não dependem
desses que devem abandonar a obra em
meio do trabalho. Toda a questão está,
para vós, no conhecimento do futuro, que
Deus possui mas que não vos é dado.
580. O Espírito que se encarna para
cumprir uma missão tem as mesmas
apreensões daquele que o faz como
prova?

— Não; ele tem


experiência.
581. Os homens que são os faróis do gênero
humano, que o esclarecem pelo seu gênio, tem
certamente uma missão. Mas no seu número há
os que se enganam e que, ao lado de grandes
verdades, difundem grandes erros. Como
devemos considerar a sua missão?
— Como falseada por eles. Estão abaixo
da tarefa que empreenderam. É necessário
entretanto, tomar em conta as
circunstâncias; os homens de gênio devem
falar segundo o tempo, e um ensino que
parece errôneo ou pueril para uma época
avançada poderia ser suficiente para o seu
século.
Alcione: — Anjo amigo, tenho tanto desejo de acariciar
aquela que me foi mãe desvelada em outros tempos!... Não
será justo procurar assistir aos que, noutras eras, me
auxiliaram a penetrar as sendas da redenção?
— Ouve, porém, Alcione observou Antênio solenemente —,
tuas rogativas são louváveis e tuas aspirações são mais que
justas; mas, assim como te aconselhei advertir Pólux, devo
também exortar-te por minha vez. Deves saber o volume
dos trabalhos e responsabilidades que solicitas do
Mestre.
— Sim, replicou a jovem sem hesitação, estou disposta a
procurar minhas dracmas perdidas, se mo permitires em nome
do Senhor.
Antênio: — Já ponderaste nos obstáculos imensos?
Lembra que o próprio Jesus, penetrando na região
terrena, foi compelido a se aniquilar em sacrifícios
pungentes.
Recorda que as leis planetárias não
afetam somente os espíritos em
aprendizado ou reparação, mas, também,
os missionários da mais elevada estirpe.
Fácil elencar os obstáculos que nos desafiam
no planeta em que vivemos, nestes instantes
de perturbação generalizada.

As labaredas do sexo sem compromisso vão


consumindo corpos e mentes.
Crimes passionais e doenças venéreas em
suas negras estatísticas assustam autoridades
médicas e policiais.
O EGOÍSMO, pelos braços sufocantes da
ambição, vem desencadeando injustiças
sociais identificadas pela ONU,
que nos fala em quase 1 bilhão de famintos,
em sua maioria crianças.
Mas, há males sutis que a humanidade,
ainda espiritualmente grosseira, não
considera.
Pelo contrário, costuma incentivar
como agentes de progresso material.
São sentimentos condenáveis que se
insurgem como flores mal cheirosas.
Agradam na aparência e se tornam
insuportáveis, quando a proximidade nos
faz respirar seus fétidos odores.

Quantos de nós, religiosos ou não,


vestimos as coloridas fantasias do nosso
exibicionismo,
para agradar nos aspectos exteriores,
seduzindo os que convivem no universo
dos nossos interesses pessoais?
Na ânsia incontida de aparecer,
orgulhosos e vaidosos descontrolados,
tudo fazem para eliminar os que lhe fazem
sombra pela competência e dedicação.
Não suportam os que
despontam pelo
espírito de serviço,
pelo alto nível de
suas contribuições,
que se fazem
superiores às suas
pretensões.
Atuam sem respeito
aos limites impostos
pela fraternidade que
deve ordenar as
relações entre seres
e povos.
Esses flagelados da alma, no
absurdo de suas posições, optam
por
decidirem sozinhos,
desvalorizarem o conjunto,
buscam o auto-relevo,
sufocam o esforço alheio,
quando não caluniam ou fazem
uso da força, menosprezando o
que não lhes pertence.
Foram desatinos
desse teor que
levaram ao fracasso
de suas missões
personalidades como:
o rei Davi, que nos deu os Salmos;
o rei Salomão, conhecido por
sua sabedoria;
Judas Iscariotes, hábil negociante;
Constantino, o imperador-vidente…
Um dos mais clamorosos, foi a
retumbante queda de
Napoleão Bonaparte.
Emmanuel, em
“A Caminho da
Luz”,
psicografado
pelo amoroso e
“o velho corso estava
humilde Chico
destinado a uma grande
Xavier, informa
tarefa na organização social
que
do século XIX (…)”.
“No entanto, bastaram as vitórias de Árcole e
de Rívoli, com a paz de Campo-Fórmio, em
1797, para que a vaidade e a ambição lhe
ensombrassem o pensamento.”
Lamenta, Emmanuel, acrescentando:
“verdade é que ele foi um missionário do Alto,
embora traído em suas próprias forças.”
Mais tarde, derrotado e humilhado, ralado de
intensos sofrimentos, amargou a solidão na
fatídica Ilha de Santa Helena, aguardando a
morte, para novos e intensos sofrimentos.
A história relaciona centenas, milhares de
casos menos conhecidos, mas igualmente
dramáticos.
Em se tratando de espíritas, a gravidade
ganha contornos preocupantes,
pelo amplo conhecimento que adquiriram
com as luzes da Doutrina Consoladora,
que projeta nossas consciências para as
gloriosas dimensões da vida eterna.
Aí melhor se aplica
“a quem muito foi dado, muito será
pedido”,
consoante a sábia advertência do Cristo.
Obras da literatura espírita chamam
nossa atenção para os relatos dolorosos
de
médiuns oradores,
dirigentes desencarnados
que caíram nas ciladas da vaidade e do
orgulho.
Depois de estágios angustiantes nas
camadas mais densas da Espiritualidade,
sofrem o desespero de terem que
reencarnar em situações bem mais
difíceis.
Basta-nos consultar
“Os Mensageiros”, “Instruções
Psicofônicas”, “Vozes do Grande Além”,
entre outras, da lavra de Chico Xavier.
Psicografadas por Divaldo Franco,
“Tormentos da Obsessão”, impressiona pela
veemência dos fatos.
Quando o Mestre Jesus subiu ao monte das
bem-aventuranças, para afirmar que somente
os humildes terão o reino dos céus, excluiu
propositalmente os orgulhosos, por estarem
psicologicamente adoentados.
Capítulo 9 “Mensagem aos Médiuns”, do Livro Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier
O altruísmo, que lhe é oposto,
constitui-lhe estímulo vigoroso para a
união do eixo psicológico fragmentado,
fazendo que o bem e o mal encontrem a
emoção comum do amor que lhes é a
meta a conquistar.
Desde o
momento da
fissão
(separação)

do Self com o
ego, que o
eixo do
equilíbrio
ficou
fragmentado.
Das nascentes do ser brotam as
emoções, a princípio violentas,
como resultado das experiências
afligentes, tornando-se, a pouco e
pouco, equilibradas e propiciadoras de
felicidade.
Na razão direta em que o Espírito desabrocha a
consciência e a perfeita lucidez em torno dos
objetivos essenciais da sua existência na Terra,
o EGOÍSMO vai-se diluindo e cedendo lugar à

por facultar a vivência das emoções mais


elevadas, aquelas que santificam o ser no
exercício da lídima caridade.
(Religião dos Espíritos -
Emmanuel -
Francisco Cândido Xavier)
Passa a reconhecer o seu real valor de
aprendiz da vida,
facultando-se a solidariedade de que
necessita, a fim de mais amplamente
penetrar nas razões profundas do
existir.
Não se jacta (ostenta, vangloria), nem se
subestima,
permanecendo identificado com a
realidade que o cerca e procurando
alcançar os patamares mais nobres
da evolução.
O Primeiro Ministro
da Dinastia Tang era
um herói nacional
pelo seu sucesso
tanto como homem
de estado quanto
como líder militar.
Mas a despeito de
sua fama, poder e
riqueza, ele se
considerava um
humilde e devoto
Budista.
Frequentemente ele visitava seu mestre Zen
favorito para estudar com ele, e eles pareciam se
dar muito bem.
O fato de que ele era primeiro ministro
aparentemente não tinha efeito em sua relação,
que parecia ser simplesmente a de um reverendo
mestre e seu respeitoso estudante.
Um dia, durante sua visita usual, o Primeiro Ministro
perguntou ao mestre,
"Mestre, o que é o egoísmo de acordo com
o Buddhismo?"
O rosto do mestre ficou vermelho, e num tom de voz
extremamente desdenhoso e insultuoso ele gritou em resposta:
"Que tipo de pergunta estúpida é esta?!?"
Tal resposta tão inesperada chocou tanto o Primeiro Ministro
que este tornou-se imediatamente arrogante e com raiva:
"Como ousa me tratar assim?"
Neste momento o mestre Zen sorriu e disse:
"ISTO, Sua Excelência, é EGOísmo..."
A humildade surge-lhe naturalmente
enquanto compreende a grandeza
da vida
e o seu papel de cooperador na obra
magnífica da Criação.
A alegria de viver adorna-o,
dando-lhe um suave
encantamento em tudo quanto faz
e sente, porque se reconhece
membro efetivo do conjunto
universal.
Enquanto se atormenta nas sensações do medo,
da incerteza e das suspeitas,
a prepotência alucina-o, porém,
quando percebe que a sua segurança encontra-se
no ser e não no poder,
nos valores internos e não nas aquisições de fora,
passa automaticamente para os comportamentos
pacíficos e pacificadores.
http://slideplayer.com.br/slide/85282/
Mundo espiritual, influi sobre demais chacras, desenvolvimento
mediúnico, desdobramentos/consciência no sono; ligação com
Epífise

Intelecto, vidência; ligação com Hipófise

Personalidade/palavra; influi audição mediúnica

Emoções e sentimentos;
circ. Sanguínea.

Manipulação e assimilação dos alimentos orgânicos; influi sobre


emoções e sensibilidade, a apatia leva disfunções vegetativas.

Captação e distribuição energética, vitalidade nervosa e circulação


sanguinea/linfático/imunológico.
GENÉSICO
Sexualidade, libido, esgotamento,desequilíbrio, vampirismo.

Capta e distribui “Kundalini”; reativação


demais chacras
Pessoa com vibração
negativa
O nervo vago realiza uma ponte entre cérebro e
coração. é um nervo do sistema nervoso
parassimpático, isto é, o sistema responsável
por nos acalmar e tranquilizar.
O “Centro Cardíaco” está O “Centro Cardíaco” está
ligado a “Glândula Timo”. situado no centro do peito
Bem desenvolvido, torna-se e é responsável pela
um canal de amor para o energização do sistema
trabalho de assistência cardiorrespiratório.
espiritual. É considerado o canal de
Por isso é o centro mais
Toda cura, todo
afetado pelo desequilíbrio
movimentação dos
toque terapêutico sentimentos.
emocional.
e toda assistência
espiritual vibra
nesse centro.
É um Chakra capaz
Quando ativado de abraçar
humanidades Esse Centro é um sol
desenvolve todo o
peitoral que jamais poderá
potencial para o amor situadas em outros ser envenenado pelas
ALTRUÍSTA. orbes. péssimas vibrações da
Quando enfraquecido vingança.
indica a necessidade de O ódio gera uma energia
se libertar do viscosa e escura que adere
EGOÍSMO no Centro peitoral como
e de cultivar maior uma espécie de “piche
dedicação ao próximo. consciencial”.
Colocando-se a serviço do Bem,
é dúctil à verdade e ao dever,
não elegendo postos nem lugares de
destaque,
mas dispondo-se a trabalhar em qualquer
setor em que seja colocado,
aí dando mostras da felicidade de produzir.
Prejuízos
do
egoísmo

Matéria publicada na Revista Internacional de Espiritismo


edição de junho de 2004.
Na edição de setembro de
1865, Kardec publicou uma
matéria intitulada
Um Egoísta,
Egoísta
apresentando um estudo
espírita moral, como ele
mesmo qualificou.
Trata-se de um relato
apresentado por um de seus
correspondentes que comenta
sobre a existência de um moço
que morava com sua velha tia,
que muito o amava.
Ocorre, porém, que o comportamento do moço, em
relação à tia, era de completa indiferença quanto a
poupar-lhe esforços e sacrifícios, pois que
“Ele não arredava um móvel em casa, como se
tivesse criados às suas ordens; até se previsse
algum penoso serviço excepcional, arranjava um
pretexto para se abster, temeroso que lhe
pedissem uma ajuda, que não poderia recusar.
(…) era insensível (…)”,
como consta do texto original da Revue.
Apesar do comportamento,
“Era espírita e, sob o domínio dessa
crença se melhorou, posto não a tivesse
aproveitado tanto quanto poderia tê-lo
feito, devido à sua inteligência (…)”.
Devido, porém, aos esforços contínuos e
sacrificiais, a velha tia adoeceu,
desenvolvendo uma hérnia muito grave,
que aumentou seu sofrimento.
Após relativo tempo, porém, o moço sofreu
um acidente e desencarnou.
Kardec, após tomar
conhecimento do fato pelo
relato recebido pelo
correspondente, resolveu
evocar o moço e não conseguiu,
devido às precárias condições
do espírito, mas recebeu valiosa
orientação assinada por Vosso
Guia Espiritual, que está na
íntegra publicada na edição
referida.
O texto é de uma clareza
meridiana (claridade máxima que há no
meio-dia). Transcrevemos trechos
parciais:
a) “(…) Neste momento está muito perturbado pelos
pensamentos que o agitam. Vê sua tia e a doença
que ela contraiu devida às fadigas corporais e da
qual morrerá. Eis o que o atormenta, pois se
considera o seu matador.
Como efeito o é, pois podia poupar-lhe o trabalho que
será a causa de sua morte. É para ele um remorso
pungente que o perseguirá por muito tempo, até que
tenha reparado a sua falta.(…)”
b) “(…) Para seu castigo, deve vê-la
morrer em consequência de sua
indiferença egoísta, porque sua
conduta é uma variedade de
egoísmo (…)”
O Espírito sugere e mesmo
solicita que o grupo ore pelo
espírito, para ajudá-lo a superar
o desespero em que se
encontrava.

Mas, Kardec pondera se será


levado em conta a correção de
outros defeitos,
que o moço conseguiu por força
do conhecimento espírita,
e se isto não abrandaria sua
situação.

Eis trechos parciais da resposta:


a) “Sem nenhuma dúvida, essa melhora lhe é
levada em conta, pois nada escapa ao olhar
perscrutador da divina providência.
Mas eis de que maneira cada boa ação ou má
ação tem suas consequências naturais,
inevitáveis, conforme a palavra do Cristo:
‘A cada um segundo as suas obras’,
ou seja, o que se corrigiu de algumas
falhas se poupa da punição que as
mesmas teriam acarretado e recebe, ao
contrário, o prêmio das qualidades que as
substituíram;
mas não pode escapar às consequências
dos defeitos que persistem. (…)”
b) “(…) Meus amigos, o EGOÍSMO é o que melhor
se vê nos outros, porque a gente sente o seu
contragolpe e porque o egoísta nos fere; mas o
egoísta encontra em si mesmo sua satisfação,
razão por que dele não se apercebe.
O EGOÍSMO é sempre uma prova de secura do
coração; estiola a sensibilidade para os
sofrimentos alheios. (…)”
c) “(…) do egoísta não espereis
senão a ingratidão (…)
Só age por outro quando forçado;
nunca espontaneamente (…)”
d) “(…) o egoísmo é o
verme roedor da sociedade
(…)”.
É notório considerar como de grandes prejuízos
para a alma humana e para a sociedade em
geral, os efeitos do egoísmo.

Conforme os próprios espíritos declararam,


O EGOÍSMO É O VÍCIO QUE SE PODE
CONSIDERAR COMO O MAIS RADICAL
(questão 913 de O Livro dos Espíritos).

E vão além, declarando que


“DAÍ DERIVA TODO MAL. ESTUDAI TODOS OS
VÍCIOS E VEREIS QUE NO FUNDO DE TODOS
HÁ EGOÍSMO (…)”
(transcrição parcial* da resposta à questão citada neste parágrafo).
O exemplo trazido por Kardec é localizado,
envolveu duas pessoas.
A velha tia era obrigada a cortar lenha
para sobreviver e tudo mediante a
indiferença do sobrinho.
Embora seja um exemplo do passado (hoje
dificilmente é preciso cortar lenha),
ele pode ser trazido para os dias atuais e
servir como parâmetro para uma
automedição de como estamos agindo no
relacionamento.
Até como forma de avaliarmos os
progressos neste campo, para não
carregarmos conosco o arrependimento
doloroso de um comportamento egoísta e
indiferente.
Desafio para todos nós, espíritos em
aprendizado.
Colocando-se a serviço do Bem,
é dúctil à verdade e ao dever,
não elegendo postos nem lugares de
destaque,
mas dispondo-se a trabalhar em qualquer
setor em que seja colocado,
aí dando mostras da felicidade de produzir.
O exemplo trazido por Kardec é localizado,
envolveu duas pessoas.
A velha tia era obrigada a cortar lenha
para sobreviver e tudo mediante a
indiferença do sobrinho.
Embora seja um exemplo do passado (hoje
dificilmente é preciso cortar lenha),
ele pode ser trazido para os dias atuais e
servir como parâmetro para uma
automedição de como estamos agindo no
relacionamento.
Até como forma de avaliarmos os
progressos neste campo, para não
carregarmos conosco o arrependimento
doloroso de um comportamento egoísta e
indiferente.
Desafio para todos nós, espíritos em
aprendizado.
Prejuízos
do
egoísmo

Matéria publicada na Revista


Internacional de Espiritismo
edição de junho de 2004. Orson Peter Carrara
Jesus, na carpintaria
de Seu pai,
aprendeu o ofício
modesto
e o exerceu, quando era
possuidor do conhecimento
universal.
Podendo expressar a Sua mensagem com o verbo
profundo e complexo que decifrasse os enigmas
do universo,
optou pela singeleza e poesia da linguagem do
povo modesto, compondo poemas insuperáveis
com os grãos de mostarda, peixes e pães,
semeadura e sega, redes e moedas, ovelhas e
azeite, ultrapassando todos os pensadores do
passado e mesmo do futuro.
Ninguém falou com a destreza e magia
com que Ele narrou as maravilhas do Seu
reino,
estimulou os alquebrados a levantar-se e
prosseguir, amparou os tíbios e os
fortaleceu, recuperou os perdidos e
mortos, dando-lhes significados
existenciais.
Enfrentou o farisaísmo com sabedoria,
mas sem presunção, embaraçou os
jactanciosos não os humilhando,
e pairou acima do biótipo comum pela
grandeza de que era portador,
não em decorrência de homenagens e
honrarias mentirosas.
Recebeu com naturalidade o carinho e
o destaque merecido, por meio das
lágrimas de uma mulher recuperada
do processo obsessivo e destacou que,
naquele gesto, ela o embalsamava por
antecipação...
A honraria foi maior para
aquela que Lhe beijou os pés e
os ungiu com perfume do que
para Ele próprio...
...E, no entanto, é o Rei Solar!
Recorda-te que a pérola pálida
e preciosa
é uma defesa do organismo da
ostra à agressividade do grão
de areia no seu organismo.
Silenciosa e continuamente, o
animálculo envolve o invasor
na exsudação da sua mucosa
ferida e abençoa-o com
deslumbrante beleza.
A humildade realiza o
mesmo, quando o egoísmo
tenta espezinhá-la, submetê-
la e destruí-la.
Examina as nascentes da alma e
extirpa o egoísmo no seu nascedouro,
trabalhando sem cansaço pela tua
ascensão na obra de amor que tens
pela frente, mantendo-te altruísta e
solidário em tudo.
Com esse poder defluente do esforço de
ser melhor,
alcançarás a emoção afetuosa da alegria
de autossuperação das tendências
infelizes,
logrando as bênçãos da verdadeira
fraternidade.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco,
na noite de 9 de julho de 2010, em Moscou, Rússia.
A melhor religião do
mundo...
É o AMOR.

A melhor filosofia...
É a CARIDADE.

E a melhor ciência
Éo
DISCERNIMENTO.

Espírito: Miramez – Psicografia: João Nunes Maia

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