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Tema 2

Personalidade, Essência e
Ego
O que de fato é a Personalidade ? Vulgarmente dizem-nos e induzem-
nos a pensarmos que é um conjunto de características que nos definem e que
moldam quem somos. Mas seria isto a Personalidade ?
A personalidade, na realidade, é um Veículo de Expressão; é criado até
a idade dos 7 anos, e é através desse Veículo que nos expressamos no
mundo. Sendo um Veículo de Expressão, tem o objetivo de transmitir para fora
aquilo que carregamos dentro, de nos expressarmos. Assim como nossos
hábitos, costumes, vícios...
Nossa personalidade é moldada com base nas experiências que
vivenciamos durante a primeira infância, e robustecida, fortificada, através das
experiências posteriores, justamente quando aspectos internos se afloram.

- Personalidade como meio de expressão -

Há duas manifestações possíveis através do Veículo de Expressão da


Personalidade, uma é a manifestação do Ego, a ilusão e nossas próprias
convicções sobre nós mesmos. Ego, em latim, significa Eu, este Ego faz parte
das Teias de Ilusões de Mara. Estes são nossos defeitos de tipo psicológico,
nossa natureza inferior que aprisionam as virtudes, são criados por equívocos
de interpretação dos eventos que nos ocorre, ou seja, nossos erros... A outra
manifestação possível é a da Essência, está que possuí as Virtudes, Dons, que
em síntese é a nossa real parte Divina enfrascada e adormecida em nosso
interior, são os valores espirituais que carregamos e se desenvolve por si
apenas até a idade dos 3 ou 5 anos. Depois dessa idade, é necessário realizar
certos esforços para que esta Essência continue a se desenvolver, algo que
veremos mais à frente no Tema de Número 11 – Educação Fundamental.
Portanto, compreendamos que a Personalidade é um Veículo de
Expressão, servindo tanto para a expressão de nossa Real Essência quanto do
Ego, a Ilusão sobre nós mesmos. De acordo com a Psicologia Gnóstica,
existem três aspectos que se manifestam através de nosso Corpo Físico,
sendo estes a Personalidade, a Essência e o Ego. Se observarmos
meticulosamente nossa vida, veremos que nossos hábitos e costumes têm
relação com um local, com um período, uma cultura. Por exemplo: nossas
vestimentas, nossa maneira de alimentarmo-nos, hábitos, forma de portar-se,
dentre outros. É verdade que quando vamos a um templo de oração, temos
uma forma de nos comportarmos, de falarmos, de agirmos, totalmente diferente
de um momento descontraído em uma roda de amigos, de acordo com os
amigos e com os ambientes nos quais nos encontramos. Um encontro de
amigos em casa para um jantar não é a mesma coisa que um encontro de
amigos em um bar!
Nunca somos os mesmos, sempre demonstramos aspectos diferentes
para pessoas diferentes, as vezes tratamos com maior cortesia algumas
pessoas enquanto outras, com desdenho. Um dia tudo isso se perde,
desaparece... nossos vícios, hábitos, costumes, tais quais possuem relação
com nossa Personalidade. A Personalidade é um Veículo Energético da Quarta
Dimensão, nasce no tempo, permanece nele e por consequência, não é eterno.
Se decompõe após perdermos o corpo físico.
A Personalidade é criada dos 0 aos 7 anos de idade, mediante os
exemplos que recebem, sejam dos pais, nas escolas, dos amigos, do que vê
na televisão, nos celulares, dentre outros... e a qualidade da mesma vai
depender do Material Psicológico que foi alimentado. Uma vez criada, temos
que trabalhar sobre a mesma e eliminar o que não nos serve, pois ela serve de
VEÍCULO ou para a Essência ou para o Ego, logo adiante citados.
Devemos compreender que a Personalidade é um produto das
influências sociais, tudo aquilo que o meio nos fornece, nasce com os hábitos,
costumes, ideias, durante a infância e se fortificam com as experiências da vida
e lentamente vai se desintegrando depois da morte. Toda pessoa aprende mais
com o exemplo do que com o preceito, ES IMITATUS, nós imitamos e
copiamos, tendo o exemplo absurdo como forma equivocada de viver, os
costumes degenerados dos maiores vêm a caracterizar a personalidade
durante a infância.
Temos como exemplo nos dias de hoje os produtos de conotação
lasciva sendo apresentado a jovens cada vez mais novos, tendo a infância
sexualizada e comportamento reforçado através de aprovação e incentivo
social e algoritmos mais e mais viciantes. Vemos comumente em uma criança
uma beleza indescritível, uma força que atrai, esta energia que ali está
presente é a Essência, nossa parte Divina. São Virtudes, atributos, Dons. A
Essência por si só, desenvolve-se entre os 3 e 5 anos, após isso precisa de
alimentos para desenvolver-se, esses são: Carinho, Ternura, Amor, Boa
Música, Flores, Beleza e Harmonia.
A Essência atuando tem a capacidade de não se equivocar em suas
decisões, pois é objetiva e atua conscientemente e tem valores como
Harmonia, Compreensão, Paciência, Amor, Bondade, Inteligência, Altruísmo,
dentre outros aspectos. São realmente um conjunto de Virtudes, Valores
Espirituais que carregamos, é inata, utiliza este veículo físico que possuímos
para manifestar-se e adquirir a experiência necessária para seu
desenvolvimento.
Toda criança é Clarividente até os 4 anos de idade pois possuí
Autoconsciência, a Essência liberta está atuante e permite que vejam os
adultos como são, suas maldades, seus Eus. Esta relação começa a se
dissipar, os olhos e ouvidos humanos dedicam-se cada vez mais à Terra e os
sentidos ligados ao além se fecham, passando a criança a ter apenas
consciência das coisas materiais.
Muitas vezes cometemos erros e isto se dá a nossa natureza inferior que
carregamos dentro. Analogamente, o Ego são os Demônios Vermelhos de
Seth dos Egípcios, Agregados Psíquicos no Tibet, Papapurusha na Índia, Ego
para os povos ocidentais. São os Sete Pecados Capitais conhecidos como
Cobiça, Inveja, Orgulho, Ira, Preguiça, Gula e Luxúria, nos salmos bíblicos são
os Ímpios, os quais se pede a destruição, pede-se o castigo. O Ego são nossos
defeitos do tipo Psicológico, que aprisionam nossa essência interior, são estes
defeitos que causam nossas enfermidades físicas, psicológicas, causam
guerras, brigas, estados negativos e todo tipo de equivoco que tenhamos, são
esta multiplicidade dentro de nós.
Estes defeitos são eliminados mediante a compreensão e arrependimento
sincero, juntamente com os 3 Fatores da Revolução da Consciência,
apresentado no tema anterior, Morrer Psicológico, Nascimento Alquímico – a
criação dos corpos solares, e o Sacrifício pela humanidade.

Atualmente estamos em summa maioria condicionados a 3% de


Essência e 97% de Ego.

Também chamamos esta Essência de Consciência, pois lembramo-nos


que a Essência em expressão possui Autoconsciência, sendo o restante
discrito em termos da Psicanálise como Inconsciente, a parte obscura de nossa
Psique onde estão enraizados todos os nossos defeitos, traumas, desejos
ocultos, impulsos momentâneos desconhecidos...O que resta quando
morremos são a Essência e o Ego, por este motivo se torna indispensável o
trabalho sobre nós mesmos. Podemos ver esta luta entre Essência e Ego em
diversas obras descritas de diversas formas, nas mais diversas épocas, como
por exemplo:
Na bíblia, segundo a narrativa do livro 1 Samuel 17, a luta do pequeno herói
com o grande monstro, Davi e Golias.
Em contos de fadas como A Bela Adormecida, onde bela e virtuosa donzela
adormecida deve ser despertada, pois foi adormecida pela maldade e é
libertada pelo príncipe.
Nos mitos Gregos na descrita luta de Perseu contra a Medusa para libertar
Pégaso, o Cavalo Alado, utilizando o escudo, sua consciência e a Espada,
símbolo da Vontade.
Para que possamos tornarmo-nos pouco a pouco Autoconscientes de nós
mesmos, devemos aprender a encarar os momentos como se estivéssemos
vendo um filme, observando a cena, sendo o expectador e observando a
atuação para identificar a figura por trás do ator.
Devemos dividir nossa atenção em 2 partes, a Essência como espectador e o
ego como o ator sendo observado. Em dado momento, quando estamos
atuando, damos psicologicamente um passo para trás, logo vemos nossas
reações internas e externas. Em dado instante fazemos esta pratica e
observamos o que nos vem à mente, quais ideias, quais reações físicas,
estamos irados? Temos raiva de alguém? O que está acontecendo? QUEM
está tendo estas ideias?

O nome desta prática se chama, o Observador e Observado

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