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CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE PSICOPATOLOGIA II
INTELIGÊNCIA”
2023
Como se forma o Eu da criança?
No início do desenvolvimento psíquico da criança, não existe distinção entre o Eu e o
mundo exterior, o Eu da criança estaria quase que fundido com o da sua mãe. È somente no
final do seu primeiro ano de vida que a imagem do Eu se torna mais nítida, a criança se torna
apta a perceber e a representar objetos autônomos e estáveis em sua mente. O autoconceito
vai gradativamente ficando mais claro e consistente. Aos 4 anos, o autoconceito já é mais
abrangente, pois a criança identifica-se com um conjunto de características mais numeroso e
diversificado.
Quais as características do Eu de acordo com Jaspers?
Consciência de atividade do Eu, consciência de unidade do Eu, consciência da
identidade do Eu no tempo e consciência da oposição do Eu em relação ao mundo. A
consciência de atividade do Eu se refere à uma consciência de que, em todas as atividades
psíquicas que ocorrem, é o próprio Eu que as realiza e presencia, tudo o que o Eu faz é
vivenciado como pertencente a este Eu. Na consciência de unidade do Eu, o Eu é sentindo, a
cada momento, como algo indivisível, algo uno e indivisível, essa é uma qualidade da
vivência do Eu sentida como natural e espontânea. Na consciência da identidade do Eu no
tempo trata-se da consciência de ser o mesmo na sucessão do tempo. Mudam aspectos da
personalidade, mas o Eu é vivenciado como o mesmo ao longo do tempo. E com relação ao
Eu no mundo é a percepção clara sobre a relação do Eu em relação ao mundo externo, onde
fica evidente a separação dos mesmos, o indivíduo sente que seu eu se expande para o mundo
exterior e não mais se diferencia deste.
Quais são as acepções do termo “narcisismo”? Quais são suas relações com a auto-
estima?
No que se refere ao desenvolvimento psicosexual da infância, o narcisismo é um
termo no qual o indivíduo o toma pra si mesmo, ao seu Eu, um objeto de amor. No entanto,
atualmente usa-se o termo narcisismo para se referir ao amor que temos a nós mesmos, ondeo
investimento libidinal se direciona para o seu próprio Eu e deixado de ser investido nas
pessoas e no mundo exterior. Dessa forma, o narcisismo não seria necessariamente positivo
ou negativo, patológico ou saudável. Todo indivíduo necessita investir amorosamente no seu
próprio Eu para sobreviver, para cuidar de si mesmo e, também, para poder amar outras
pessoas.
REFERÊNCIAS
Dalgalarrondo, P. (2018). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.
Artmed Editora.