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FACULDADE EVOLUÇÃO ALTO OESTE POTIGUAR

CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA DE PSICOPATOLOGIA II

DOCENTE BÁRBARA OLEGÁRIO

DISCENTE ANA CAROLINA DE FREITAS OLIVEIRA

QUESTÕES DO CAPÍTULO “FUNÇÕES PSÍQUICAS COMPOSTAS E SUAS

ALTERAÇÕES: CONSCIÊNCIA E VALORAÇÃO DO EU, PERSONALIDADE E

INTELIGÊNCIA”

PAU DOS FERROS/RN

2023
Como se forma o Eu da criança?
No início do desenvolvimento psíquico da criança, não existe distinção entre o Eu e o
mundo exterior, o Eu da criança estaria quase que fundido com o da sua mãe. È somente no
final do seu primeiro ano de vida que a imagem do Eu se torna mais nítida, a criança se torna
apta a perceber e a representar objetos autônomos e estáveis em sua mente. O autoconceito
vai gradativamente ficando mais claro e consistente. Aos 4 anos, o autoconceito já é mais
abrangente, pois a criança identifica-se com um conjunto de características mais numeroso e
diversificado.
Quais as características do Eu de acordo com Jaspers?
Consciência de atividade do Eu, consciência de unidade do Eu, consciência da
identidade do Eu no tempo e consciência da oposição do Eu em relação ao mundo. A
consciência de atividade do Eu se refere à uma consciência de que, em todas as atividades
psíquicas que ocorrem, é o próprio Eu que as realiza e presencia, tudo o que o Eu faz é
vivenciado como pertencente a este Eu. Na consciência de unidade do Eu, o Eu é sentindo, a
cada momento, como algo indivisível, algo uno e indivisível, essa é uma qualidade da
vivência do Eu sentida como natural e espontânea. Na consciência da identidade do Eu no
tempo trata-se da consciência de ser o mesmo na sucessão do tempo. Mudam aspectos da
personalidade, mas o Eu é vivenciado como o mesmo ao longo do tempo. E com relação ao
Eu no mundo é a percepção clara sobre a relação do Eu em relação ao mundo externo, onde
fica evidente a separação dos mesmos, o indivíduo sente que seu eu se expande para o mundo
exterior e não mais se diferencia deste.

Estabeleça uma comparação entre despersonalização e desrealização.


A despersonalização é um sentimento de perda ou de transformação do Eu, é um
estranhamento consigo mesmo, a despersonalização abarca tanto o Eu psíquico como o Eu
corporal. Já a desrealização é a transformação e a perda da relação de familiaridade com o
mundo comum, no sentido de uma relação de profunda estranheza daquilo que, no dia-a-dia, é
comum e familiar.

Defina esquema corporal e descreva suas alterações.


O esquema corporal é a representação que cada indivíduo faz do seu prórpio corpo,
essa percepção do próprio corpo é construída e organizada tanto pelos sentidos corporais
externos e internos como pelas representações mentais referentes ao corpo fornecidas pela
cultura e pela história individual de cada sujeito. Com isso, a imagem corporal está sempre
ligada à experiência afetiva, imposta pela relação com o outro. A relação com o Eu corporal
possuem duas dimensões, no que se refere à intimidade e à sexualidade, O Eu corporal é,
antes de tudo, um Eu corporal sexuado, o Eu que busca a sua realização com o outro não é
outra coisa que o corpo atuando como ser sexuado.
Como se apresenta o esquema corporal nos pacientes depressivo, maníaco,
esquizofrênico, histérico e anorético?
O depressivo vive seu corpo como algo pesado, lento, difícil, fonte de sofrimento e
não de prazer. Sente-se fraco, esgotado, incapaz de fazer frente às exigências da vida, o
paciente maníaco vive seu corpo como algo extremamente ativo, poderoso e vivo. Sente-se
forte e ágil, não conseguindo parar e repousar por período mais longo. Os esquizofrênicos
experimentam diversas e profundas alterações do esquema corporal, pode ter a sensação de
que alguém, algo ou uma força externa desconhecida age sobre seu corpo, manipulando-o ou
controlando-o. Os pacientes histéricos tem a tendência a erotizar demasiadamente o corpo
todo, dessa forma, podem sentir seus genitais como insensíveis ou perigosos. E, por fim, os
pacientes com anorexia nervosa possuem uma alteração marcante com o seu Eu corporal,
mesmo que com o copo emagrecido, a percepção contrária sobre ele, se submetem a dietas e
atividades fisicas rigorosas.

Quais são as acepções do termo “narcisismo”? Quais são suas relações com a auto-
estima?
No que se refere ao desenvolvimento psicosexual da infância, o narcisismo é um
termo no qual o indivíduo o toma pra si mesmo, ao seu Eu, um objeto de amor. No entanto,
atualmente usa-se o termo narcisismo para se referir ao amor que temos a nós mesmos, ondeo
investimento libidinal se direciona para o seu próprio Eu e deixado de ser investido nas
pessoas e no mundo exterior. Dessa forma, o narcisismo não seria necessariamente positivo
ou negativo, patológico ou saudável. Todo indivíduo necessita investir amorosamente no seu
próprio Eu para sobreviver, para cuidar de si mesmo e, também, para poder amar outras
pessoas.

O que é identidade psicossocial? Explique seu caráter dinâmico.


o sentimento que proporciona a capacidade para experienciar o próprio Eu como algo
que tem continuidade e unidade, permitindo que o indivíduo se insira no meio sociocultural
de forma coerente. Dessa forma, o indivíduo se sente pertencente ao meio que se está
inserido, pois permite que o indivíduo se oriente em relação aos outros, estabeleça e consiga
delinear fronteiras do seu Eu corporal e Eu mental.

Descreva o que é crise de identidade segundo Erik Erikson.


Para erikson, a crise de identidade se refere às dificuldades intensas e ao surgimento,
em curto período, da sensação de insegurança e confusão que pode englobar questões
relacionadas à identidade sexual, à escolha e aos padrões de amizade, ao papel com relação á
pais e professores, etc.
Caracterize os estados de possessão.
Os estados de possessão podem ocorrer tanto em pessoas com transtornos mentais
como em pessoas desprovidas de transtornos mentais, sendo estes configurado de acordo com
o contexto histórico-cultural do indivíduo. Ao entrar nesse estado, o indivíduo perde
temporariamente sua identidade pessoal, que é substituída por uma entidade que toma conta
do mesmo, em alguns casos ele ainda se torna consciente com relação ao ambiente, podendo
durar minutos ou horas. Nesses casos é comum que o sujeito apresente estados de tremores,
gestos e atitudes alteradas.

REFERÊNCIAS
Dalgalarrondo, P. (2018). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.
Artmed Editora.

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