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- FAFIRE -
Alana Barros
Juliana Mariano
Priscila Medeiros
Viviane Silveira
1. Processos de Identificação do adolescente e o aparelho psíquico primitivo
Consoante dispõe LEVISKI, o processo de identificação da criança e do
adolescente na sociedade contemporânea é complexo e, provavelmente, mais
ansiógeno do que em outras gerações. Para o autor, ordinariamente, o
adolescente passa por uma desidentificação de seus objetos e valores advindos
da infância. Por sua vez, o adolescente carece se desidentificar do objeto
cultural intrafamiliar para, a partir daí, conseguir se (re)identificar com novos
objetos externos àquele nicho.
É extremamente comum o interesse dos meninos e das meninas por crianças da mesma
idade durante o período de latência, o que ocasiona no natural afastamento e distância em
relação aos adultos que agora são vistos com outros olhos, sendo recalcadas as fantasias
infantis ligadas a eles. Esse período também é marcado por uma maior estabilidade emocional
e melhor desempenho das funções psíquicas reguladoras. Ao mesmo tempo em que o
desenvolvimento do ego se encarrega inconscientemente de prolongar a permanência nesse
período, ele também pode sofrer regressão diante de todas as angústias e mudanças abruptas
causadas pela transição da latência para a puberdade. Isso se dá pelo fato dos impulsos
ressurgirem e invadirem o ego que se mostra incapaz de controlá-los trazendo à tona afetos e
expressões comportamentais que acarretam no desequilíbrio do ego, uma vez que, o superego
ainda não introjetou novos modelos adultos de identificação. É como se o jovem passasse a ter
comportamentos de algo que ainda não se tem referência.
4. A saída/superação da latência
Por outro lado, pais que apoiam seus filhos neste percurso, demonstrando
boa capacidade de continência, conseguem oferecer suporte suficiente (uma
releitura do holding winnicottiano) a adolescência de seus filhos.