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Dominando

o invisível
Seu inconsciente
como guia para
evolução

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Quem sou eu?
Sou, acima de tudo,
uma buscadora.
Médica neurologista, neurofisiologista, e te-
rapeuta junguiana, minha busca é entender
o que nos faz e nos transforma. Surda profun-
da de nascença, desde cedo na vida entrei
em contato com esse nosso mundo interior,
e suas forças ocultas. Hoje, dedico minha vida
a transformar milhares de pessoas.

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O movimento decisivo que me trouxe até aqui hoje
aconteceu há uns 7 anos. Eu tinha alcançado tudo o
que queria aos 17: era médica, estava com consultório
cheio, concursada pública num hospital de prestígio,
assumindo a chefia de um novo departamento (neu-
rologia do comportamento).

E estava bem estressada e infeliz.

Mas eu estava tão imersa na minha infelicidade, que


nem percebia. Todo mundo ao meu redor estava igual,
então me parecia ser “normal”.

Nesse ponto, houve um mergulho profundo para den-


tro. Para assumir que, no fundo, eu não estava vivendo
a minha vida. Só estava “tocando”. Pagando boletos e
escovando os dentes. A partir daí, comecei a trilhar ou-
tros caminhos, da filosofia à psicologia profunda, e se-
gui para uma formação como terapeuta de linha jun-
guiana.

Acredito estarmos vivendo um momento em que o


conhecimento científico e a visão mística da vida se
encontram. São recursos de que dispomos para en-
frentar nossas sombras: bloqueios, autossabotagens,
procrastinações.

O contato com o inconsciente permite que a energia


da vida volte a fluir. Nossa criatividade, nossas intuições
e insights. Nosso sentimento de realização e propósi-
to. Meu trabalho é atuar como uma facilitadora nessa
jornada de encontro com a própria sombra.

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É o chamado Caminho da Maestria: a busca pelo au-
todomínio e o autoconhecimento. Ele se apresenta a
nós na forma de questões pessoais, desafios e estig-
mas profissionais. O mundo externo e a nossa realida-
de interna estão profundamente interconectados.

Afinal, como dizia Jung:

Quem olha para fora


sonha,quem olha para
dentro desperta.

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Seu inconsciente está
ditando sua vida – e você
não faz ideia.
Em termos de inconsciente, temos diversas instâncias
internas. Animus, anima, Self, pequena gente... A par-
tir do momento que passamos a compreender essas
nossas instâncias internas, percebemos que o incons-
ciente não apenas influencia nossa vida externa. Ele
determina nosso meio externo.

“Hã, como assim?”

Todos nós enfrentamos desafios. Cada jornada tem


seus pontos únicos, cada um de nós tem seu calca-
nhar de Aquiles. Para mim, pode ser uma questão afe-
tiva. A Joana pode ter uma questão com a mãe. O Luís
pode estar sempre às voltas com a saúde... Por aí vai.

Tudo certo até aqui. Só que não somos nós que es-
colhemos essas questões. Mesmo assim elas se apre-
sentam como cruciais na nossa jornada e no nosso
aprendizado. Então, se não somos nós, quem escolhe
os desafios que se mostram nos nossos caminhos?

Ah, é aqui que entra o inconsciente!

Mas antes de entrarmos nisso, precisamos decifrar: afi-


nal de contas, o que é o inconsciente? Para ficar mais
fácil, vamos nos imaginar como um iceberg. Aquela
pontinha que fica fora da água, aquela parte sua que
você percebe, Jung fala que é seu consciente.

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Por outro lado, todo o gelo
enorme que fica debaixo da
água, a parte que você não
vê, é seu inconsciente. Isso
aqui é 99% da realidade. São
os padrões ocultos, as cren-
ças e os comportamentos in-
conscientes que definem sua
vida. E é aqui que tudo de
mais importante acontece.

Agora que temos tudo isso em


mente, podemos voltar aos
nossos desafios e o papel do in-
consciente em tudo isso: por que
eles aparecem para nós, por que o
inconsciente coloca cada um deles nas nossas vidas?

Veja, nada acontece à toa ou ao acaso. Esses desafios


cruzam nossos caminhos porque o inconsciente tem
um propósito muito bem definido: nossa evolução.
Para Jung, o nosso principal instinto é o crescimento.

E como nós lidamos com tudo isso é que é deter-


minante. A vida se reorganiza de acordo com nossa
consciência.

Quanto mais nós conhecemos esses “assuntos psíqui-


cos”, mais poder nós temos sobre nós mesmos e sobre
a vida. Mais nos tornamos atentos ao que o inconscien-
te quer nos dizer, que dicas ele está nos dando para o
nosso crescimento.

Só que nesse ponto pode surgir uma pergunta:

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Como o inconsciente se
comunica conosco?
Podemos dizer que seu inconsciente fala com
você através do que nós chamamos de 3 S:

sintomas
Você sentiu uma dor de barriga terrível
ao pensar na viagem que precisa fazer?
Você teve dor de cabeça ao lembrar da
montanha de tarefas que te esperam
no trabalho? Há tempos você tem uma
alergia que nada resolve?

situações
Copos e pratos quebrando? Infiltração
no teto? Bateria do carro acabando
mesmo quando não é época de precisar
trocá-la? Batidas e multas de trânsito?
Eletrônicos “pifando”? Pisou na m3rd@
enquanto caminhava na rua? O saco do
lixo rasgou enquanto o tirava de casa?

sonhos
Essa é a linha mestra que o inconsciente
usa para falar com você. Há sonhos que
são conselhos, orientações, alertas, curas,
e até treinamento de habilidades e dons
psíquicos/emocionais.

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E para ajudar a lidar com as informações que o incons-
ciente nos passa quando ele se comunica conosco em
cada uma dessas esferas (e, assim, realmente aprovei-
tar a ajuda dele para resolver os BOs do dia a dia), pre-
cisamos conhecer nossa real estrutura interna.

Conhecendo nossa
hierarquia interior
Imagine que você está entrando numa empresa nova,
e esse é seu primeiro dia de trabalho. Você vai lá, todo
animado, conhecer a hierarquia do negócio, desde o
chefão, o CEO, até a galera que pega pesado, o chão
de fábrica.

Pois bem, você é essa empresa. E, pasme, você não é o


CEO. Nem mesmo um dos diretores.

Na verdade, você está mais para um subgerente den-


tro dessa grande organização.

CEO
Self/Eu Maior

Diretoria Diretoria Arquétipos


Mentores Mentores Deuses/Deusas

Departamento de defesa Animus e Anima


Guardiões

Subgerente Ego
Você

Pequena gente

Chão de fábrica Chão de fábrica Chão de fábrica

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E agora vamos conhecer cada uma dessas estruturas:

1. Self
O Self é o Eu Maior, o Eu Superior, Centelha Divina,
Imago Dei. Essa é a estrutura que manda.

Somos nós, mas numa oitava muito superior de


consciência. O Self é quem realmente conduz a
nossa vida, quem toma as “grandes decisões” do
caminho de vida.

O Self é a Luz nossa que reflete e pertence à Grande


Luz, o Criador. Afinal, temos o Criador dentro de nós.

2. Arquétipos (deuses e deusas)


Deusas e deuses são os “diretores” da empresa,
são expressões da alma. Eles são nossos mentores,
guias. Essa é a função dos arquétipos.

A ideia de conhecer deusas e deuses é


um caminho para aumentar nosso nível
interno de consciência, nos ajudar a tra-
balhar a “pedra no sapato” de todos nós:
as sombras.

Por exemplo, como lidar com a síndrome


de impostora de uma Atena, o ciúme de
uma Hera, a insegurança de uma Coré,
ou a raiva mais reprimida de um Ares?
Para isso, o material de deuses é sensa-
cional.

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Nesse departamento você vai encontrar correlações
em todos os sistemas mitológicos de conhecimen-
to. Mas aqui vamos trabalhar principalmente com a
mitologia grega, porque essa é uma religião “mor-
ta”. Então todo mundo vai entender que é simbóli-
co. Sem falar que essa mitologia é a que tem mais
registros escritos, logo é a mais bem documentada.

Só que com o tempo vieram as alterações impostas


pelo patriarcado, que foi ganhando muito espaço
nas sociedades como um todo, e isso enfraqueceu
nosso feminino.

E aí, sem o conhecimento sobre nosso real poder in-


terno, a gente acabou se enfraquecendo. E agora é
chegou o momento de nos reconectarmos com es-
sas forças internas para recuperarmos nosso poder.

A boa notícia é que existe uma estratégia bem mon-


tada para trabalharmos nossos deuses e deusas, o
que nos permite tratar na “vida real” as sombras de
cada um deles, que pegam no nosso pé nos relacio-
namentos, no trabalho, na família e por aí vai.

3. Animus e anima
Animus e anima são o departamento de defesa,
o nosso oposto energético.

Se somos mulheres, esse é o homem interior, o ani-


mus. Se somos homens, essa é a mulher interior, a
anima.

Eles conduzem os nossos relacionamentos e o


nosso potencial na vida como um todo (e apare-
cem o tempo todo nos nossos sonhos).

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Eles começam nos desafiando, quando estão em seu
lado negativo. Mas se nos mantemos firmes, eles se
mostram em seu lado positivo e se tornam guias es-
pirituais, guardiões, companheiros. Eles nos defen-
dem, nos protegem do perigo.
Chapeuzinho Vermelho retra-
ta bem isso. O lobo é o animus
negativo. O caçador é o ani-
mus positivo.

E existem alguns pontos es-


tratégicos para nos conectar-
mos ao animus/anima posi-
tivos e acessar seu aspecto
mais luminoso.

4.Ego
Nós temos aquilo que nós percebemos: tudo que
é consciente. Meu nome é Fulana, tenho RG, CPF,
adoro chocolate e por aí vai. Nenhum mistério.

E aí, o centro da consciência está no Ego. Quem


é o Ego? Somos nós, naquilo que a gente CON-
SEGUE se definir. Tudo aquilo que você consegue
falar de si, se definir e se enquadrar dessa ou da-
quela forma, é o seu Ego. Seu “eu” cotidiano, pe-
quenininho.

Essa parte sua chamada Ego é boa em tomar de-


cisões. Mas não qualquer decisão. Só as simples e
moderadamente simples.

Porque veja, nós somos uma espécie de sub-ge-


rente de nós mesmos. Não somos nem os mais im-
portantes, e também não somos o chão de fábrica.

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O problema é que nós sofremos da síndrome do
pequeno poder. Achamos que é só “mandar” em
nós mesmos que dá certo. “Alimente-se direito.
Faça exercícios. Pare de procrastinar.”

Funciona? Não, não funciona. O que vai te ajudar


nessas horas é uma outra estrutura interna sua
que você precisa conhecer:

5. Pequena gente
Esse é o “chão de fábrica”. Aqui está a força, aqui
está a potência, aqui está o motor do trabalho. São
aspectos autônomos do inconsciente, fontes de
energia que vêm em nosso auxílio quando acha-
mos que “não vamos dar conta”.

Esses pequenos e misteriosos seres, Jung chamou


de pequena gente, e eles aparecem nos contos de
fada e nos mitos de quase todas as culturas do pla-
neta.

São as fadas, os duendes, os anões da Branca de


Neve, os passarinhos que ajudam a Cinderela a ar-
rumar a casa, as formiguinhas que auxiliam Psiquê
no mito Eros e Psiquê.

A pequena gente é que faz TODO o trabalho invisí-


vel e diário.

Veja, quem faz a cura de um mal de amor ou uma


gripe? Você? Não. A pequena gente. Quem tra-
balha duro para você terminar seu doutorado, ou

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aquele projeto super difícil no trabalho? Você? Er-
rou de novo. A pequena gente.

O segredo é ter uma boa relação com a pequena


gente. Cuidar deles, dar atenção, ter um bom rela-
cionamento com os pequeninos. E aí você começa
a ver como eles estão dispostos a te ajudar e a de-
senrolar os nós da vida.

O melhor de tudo? Você pode fazer pedidos para


pequena gente. E isso vai facilitar um bocado a
sua vida. Você só precisa saber a maneira CERTA
de pedir para seus pequeninos.

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Percebe o tanto de coisa que tem dentro de você,
quantas figuras psíquicas que participam do seu dia
a dia? Existem verdadeiros aliados internos que te aju-
dam e te guiam nessa vida.

Mas quando a gente não conhece essa hierarquia in-


terna, acaba achando que está mandando na vida, que
decide tudo, faz tudo. Sendo que, na verdade, a gente
é só o subgerente.

E aí, no nosso modo de viver atual, a gente acaba ig-


norando essa parte do inconsciente. E é justamente
quando essas estruturas psíquicas são ignoradas
que aparecem os problemas.

Então percebe a importância de nos familiarizarmos


com essas estruturas internas e saber como lidar com
cada uma delas? Porque só assim conseguimos ex-
trair todo o potencial dos nossos aliados – que não é
pequeno, diga-se de passagem.

E sim, eles nos ajudam, porque o propósito do incons-


ciente é a nossa evolução.

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Conhecer todas essas estruturas energéticas é sim-
plesmente incrível. Um novo mundo se abre diante
de nós. E aí nós passamos a ter acesso a ferramentas
de trabalho interno que nem imaginávamos que exis-
tiam.

A boa notícia é que, sim, elas existem. E estão à nossa


disposição. Porque o inconsciente quer o nosso cresci-
mento. À medida que passamos a ouvir as mensagens
que ele nos passa, a entender os recados que ele nos
dá nas mais diversas situações da vida, as coisas come-
çam a fluir. Você se torna cada vez mais você mesmo.

E assim as mudanças significativas de vida vêm.

Mas para isso você precisa dar o primeiro passo. Pre-


cisa fazer uma escolha consciente por você mesmo.
Cuidar mais de si e de suas estruturas internas. Afinal,
uma casa mal cuidada uma hora pode desabar.

Sou suspeita para falar, mas esse assunto é extraordi-


nário. E olha que essa foi só uma palhinha do mundo
incrível que é o aspecto psíquico do inconsciente nas
nossas vidas. Preparado para mais?

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Quer continuar descobrindo como seu
inconsciente vem impactando sua vida
de formas que você nem imagina? Me
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