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Sumario

Tema 1 - O que é
gnosis ?................................................................................................................................
........ Pag 02
Tema 2 - Personalidade, essência e
ego............................................................................................................. pag 09
Tema 3 - O despertar da
consciência ................................................................................................................ pag
13
Tema 4 - O eu
psicológico...........................................................................................................................
.......... pag 17
Tema 5 - Luz, calor e
som.....................................................................................................................................
pag 21
Tema 6 - A máquina
humana.................................................................................................................................
pag 28
Tema 7 - O mundo das
relações...........................................................................................................................
pag 31
Tema 8 - O caminho e a
vida..................................................................................................................................
pag 34
Tema 9 - O novel de
ser.........................................................................................................................................
pag 37
Tema 10 – o
decalogo...............................................................................................................................
............. pag 41

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Tema 1º

O que é Gnosis
Desde o momento em que nascemos. Somos envolto em mistérios,
duvidas e questionamentos, tanto sobre o universo quanto sobre nós mesmos.
Dê onde viemos ? Para onde vamos ? Porque estamos aqui ?
Basta que nos recordemos de uma criança que busca saber a origem de
sua vida, de onde vem os bebês ? Como pode ele ter saído de sua mãe, como
foi posto lá ? Porem, são perguntas que fazemos mas nem sempre
encontramos uma resposta satisfatória ou ao menos uma orientação para que
cheguemos a ela. Como sabemos, às crianças são dadas diversas versões
sobre a origem de sua vida no ventre de sua mãe.
Mas, será que existe um conhecimento, uma ciência ou uma filosofia
que possa nos conduzir até essas respostas ou aos meios de como obtê-las ?
A resposta para essa pergunta é sim, existe! E é o que vamos estudar a
seguir...
Os antigos, através de estudos da natureza, conseguiram obter grandes
avanços tecnológicos, científicos e que nos levaram a grandes civilizações
materialmente desenvolvidas.
“Chega-se um ponto do conhecimento onde não se pode ir além se não
por meio do invisível.”
Em todas as gerações, o homem procurou por encontrar respostas
satisfatórias para a incógnita de sua própria origem, assim como das coisas e
dos mundos que o rodeiam.
As chaves de que se serviu para dar respostas satisfatória a essas
dúvidas estiveram nas mãos das religiões, as quais, antes de instaurar seus
códigos de Moral e Ética, estatuíram a “Gênese” do cosmos e do Homem.
Analisando-se com relação à Terra em que habita, aos seres que a
povoam, a tudo aquilo que está abaixo de seus pés e acima de sua cabeça, o
homem sente-se diferente e estranho. Experimenta sua solidão... e teme-a;
observa sua pequenez e acovarda-se; sente sua debilidade ante a magnitude e
a força dos elementos; movimenta-se, goza de independência e, no entanto,
reconhece-se como um prisioneiro da terra.
“Ante tal miragem, volta-se para si mesmo e, desse modo, encontra-se”
Seja pelas diferentes condições climáticas ou topográficas, ou pelas
diferentes formas de alimentação; seja por força de vidas sociais distintas, fatos
estes que o influenciam física e mentalmente, o giro do pensamento individual,

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olhava por ângulos diversos e expunha suas conclusões de modo diferente
ante os fenômenos siderais, terrestres ou humanos. Esta “Gênese”, porém,
objeto de suas duvidas e incertezas, ainda que de maneira diversa, expunha
uma mesma conclusão: o homem era uma resultante e não uma causa. Por
analogia dedutiva, compreendeu que o planeta em que habitava era também
uma resultante e não uma causa ou princípio.
A Causa ou Princípio gerador dessas “resultantes” situava-se além do
alcance dos sentidos e de suas faculdades. Essa “Causa” era Deus na síntese
do deduzido ou eram deuses da observação das “Causas”
A observação dos diferentes fenômenos cósmicos, naturais e humanos
deu origem aos diferentes ramos. Desse modo, o céu foi plasmando na
consciência do homem a Astronomia, a Natureza plasmou a agricultura e sobre
o próprio homem ele plasmou a sociologia, a filosofia, etc. a Gênese plasmou a
Teogonia e a Teologia.
O aforisma de Hermes e a Tábua de Esmeralda chegaram, em seu
tempo, a ser o compêndio de todas as ciências, a resposta lógica e
esclarecedora ás incógnitas do homem e a síntese do conhecimento que a
mente humana, geração por geração, havia acumulado.
Os sábios antigos, a fim de conhecer o homem, o Cosmos e suas leis,
velaram-se da introspecção. O homem conheceu-se a si mesmo e, assim, ao
Universo. Os antigos não deixaram instrumentos, mas conhecimentos. A
Caldéia, uma fonte de saber! Egito, eis as tuas pirâmides! Joia perene que
visou perpetuar a conquista do gênio da Antiguidade.
O termo “Gnosis” é uma palavra que tem sua origem no idioma Grego e
que significa “Conhecimento”. Entretanto, este termo não é empregado para
definir o conhecimento de modo geral, superficial e subjetivo mas sim, que
define um certo tipo especifico de “Conhecimento” do qual nos foi deixado por
gerações de sábios e estudiosos dos antigos tempos e que muitas vezes eram
passados apenas entre mestre e discípulo, de lábios a ouvidos, e que,
possuem alguns fragmentos de anotações desses estudiosos espalhados pelo
mundo e que vem sendo descobertos ano após ano.
Gnosis é a ciência que estuda todas as coisas: A Natureza, a Vida, o
Universo e suas leis, com o objetivo concreto de empreender a natureza
humana e descobrir de fato quem nós somos, de onde viemos, para onde
vamos e qual o propósito de nossa existência.
A Filosofia Gnóstica nos apresenta dois tipos de Doutrinas existentes, A
Doutrina do Olho e a Doutrina do Coração.
Primeiramente vamos deixar claro o que é Doutrina, e que muitos podem
relacionar essa palavra com conceitos religiosos já existentes.
'Segundo José Pedro Machado, no seu Dicionário Etimológico da Língua
Portuguesa; vem da palavra em latim Doctrina, «ensino, formação teórica; arte,
ciência, doutrina, teoria, método».

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Pode se resumir que Doutrina é um conjunto de regras e orientações
que servem de base para o aprendizado dos praticantes, seja por crenças
filosóficas, políticas ou religiosas
A primeira doutrina que nos é apresentada é a Doutrina do Olho, para
aqueles que se contentam com as teorias pertencentes a todos e quaisquer
membros das chamadas escolas ou religiões. São variados os seus conceitos,
preceitos daqueles que escrevem sobre a Doutrina. Essa é atingida através da
Dedução, portanto de caráter humano.
A Segunda Doutrina é a do Coração, como podemos dizer em termos
mais antigos, se era atingido pelos Reais Iniciados Autênticos.
“Iniciado é aquele que inicia, que começa.”
Dentro dessa Doutrina do Coração, se encerra As Primitivas Verdades
da Sabedoria Única, que é atingida por meio da Intuição, junto com a
Comprovação Cientifica, lembrando que Gnosis é a Ciência que busca estudar
a natureza e todos os seus devidos aspectos.
Um cientista testa por diversas vezes uma teoria, desenvolve uma tese
até que se comprove na pratica o real resultado de sua experiência, sua
síntese.
Podemos colocar por este aspecto a Doutrina do Coração como de
caráter Divino, que também deriva do latim, “Divinus” ou seja, que expressa
excelência.
A Doutrina do Olho, nos leva a conceitos errôneos uma vez que
buscamos fazer tudo com a mente, e a mente, se podemos assim dizer, é a
morada do desejo. Ela pensa, raciocina, analisa, tira conclusões e nos conduz
a ações erradas e que muito nos pena no arrependimento de nossas ações.
A Doutrina do Coração nos abre as portas da Sabedoria, uma vez que
nos permitimos ouvir a voz da razão, a voz de nossa consciência.
Essa voz da razão, essa consciência que nos pesa está ligada a
Doutrina do Coração, que nos leva a um discernimento maior sobre nossas
atitudes, afim de que nos libertemos das amarras que nos prendem nos
dramas do dia a dia, é como dizer que nos conectamos com nosso Mestre
Interior para que possamos aprender a fazer melhores escolhas.
A Doutrina Gnóstica é um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos
que tem por objetivo o despertar da Chispa. Todo homem possui dentro de si
uma Chispa Divina, um Pensamento do Absoluto, que através da prática e
vivência destes ensinamentos poderá despertar, se autoconhecer, e caminhar
rumo à sabedoria e a autorrealização do Ser.
Há de se ter em mente que a Doutrina Gnóstica não é a Gnosis em si e
sim o caminho ou método utilizados para adquiri-la. A verdadeira Gnosis não
pode ser simplesmente ensinada através de textos e discursos, pois é um

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conhecimento que está além das palavras. A verdadeira Gnosis não é
ensinada e sim compreendida pelo discípulo que busca o autoconhecimento.
Através da Vicência dos ensinamentos deixados pelos Grandes Mestres da
Humanidade, podemos aprender a buscar o conhecimento por nós mesmos.
A Doutrina Gnóstica é apenas um guia para que possa encontrar a
verdadeira sabedoria.
A finalidade deste conhecimento, ou da Gnosis é a Autorrealização
íntima do Ser, ou seja, o desenvolvimento de todas as possibilidades
latentes no interior ser humano, sendo este o objetivo do mesmo.
Através do Autoconhecimento podemos despertar possibilidades até
então adormecidas e caminhar rumo à Autorrealização do Ser, esta
Autorrealização também pode ser entendida como a conexão do ser humano
com a sua divindade interior. Todo ser humano nasce com o anelo a algo além
de si próprio, de se desenvolver, porém, a maioria das pessoas por falta de
conhecimento utiliza este impulso para buscar coisas externas como dinheiro,
status, realização profissional, etc. não que a busca por estas coisas seja um
erro, mas o fato de querer substituir conquistas internas por conquistas
externas é como tapar o Sol com a peneira, e por isso muitos em seu leito de
morte descobrem de forma trágica que nada fizeram de valor nesta vida, pois
não conquistaram e nem sequer buscaram aquilo que em essência todo ser
humano anela: a auto realização intima do Ser.
Nos templos de conhecimentos da antiga Grécia estava escrito: “Nosce
te Ipsvm” que significa “Conheça-te a Ti mesmo” é uma das máximas délficas e
foi escrita no pronau do Templo de Apolo, em Delfos de acordo com o escritor
Paisânias.
Sócrates dizia; “Conhece-te a Ti mesmo e conhecerás todo o universo e
os deuses, porque se o que procuras não achares primeiro dentro de ti
mesmo, não acharás em lugar algum”
É possível dizer que nos conhecemos?
Se perguntarem a um de nós “Quem é você?” Rapidamente responderemos
nosso nome, idade, graus acadêmicos, cargos, profissões. Mas sem nada
disso, sem todos os rótulos que carregamos, o que somos ?
Só podemos nos conhecer através de nós mesmos e para isso temos
que voltar a nossa atenção para o que está dentro de nós.
Se pararmos um momento para de fato nos observarmos, veremos que tudo
está dentro de nós, nossos pensamentos os temos dentro, nossas emoções as
temos dentro, nossas vontades, princípios e valores estão dentro, até mesmo o
que enxergamos fora de nós, enxergamos porque através de nossos olhos,
que captam a refração da luz nos objetos, são convertidos em imagens em
nossa mente.

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Se não há luz, não enxergamos nada, ou é possível ver os objetos em
uma sala que não entra luz alguma?
Por isso este filosofo já dizia que não encontraremos fora de nós, aquilo
que não vemos dentro.
As antigas civilizações possuíam este Conhecimento Gnóstico, civilizações
como os Egípcios, Maias, Astecas, Incas, os Gregos, Romanos, Persas e
muitas outras, ou vocês realmente acreditam que os Egípcios, construtores de
obras perenes como as esfinges e as pirâmides realmente eram como nos
dizem os livros de história ?
Podemos afirmar então que é um funcionamento natural da própria consciência
humana, uma Philosophia Perennis et Universalis ou, Filosofia Perene e
Universal. Algo que não se pode morrer com o tempo, como naturalmente
acontece com as coisas nesse mundo, que nascem, crescem, se reproduz e
padece.

A Gnosis está constituída em 4 pilares fundamentais que são


Filosofia;
Arte;
Ciência;
Religião.

Filosofia - Quando nos referimos a filosofia não estamos falando da


matéria de filosofia das escolas nos tempos atuais nem aos cursos de filosofia
das universidades modernas. Já perceberam que nas escolas nunca nos é
ensinado como esses filósofos chegaram a tais conclusões? Onde estudaram e
de que lugar vieram seus conhecimentos?
Isso porque não se pode ensinar filosofia, mas sim a filosofar. Por
exemplo. Podemos filosofar sobre “O que é filosofia”, sendo isso uma pergunta
filosófica. A filosofia é o que leva o ser humano a indagar, a questionar sobre si
mesmo e tudo o que existe à sua volta. O gnóstico deve ser um filósofo, que
busca indagar e analisar a realidade a sua volta. É preciso refletir sobre tudo
para poder adquirir a compreensão e sabedoria das coisas à nossa volta bem
como sobre nós mesmos. Durante a história da humanidade o ser humano vem
questionando sobre diversas coisas e é graças a estes questionamentos que
nos movemos rumo à uma evolução. Devemos questionar e refletir sobre tudo
a fim de alcançar uma luz, uma compreensão direta sobre o objeto analisado
A Filosofia tem sua origem atribuída a Pitágoras, no latim, Philosophĭa a
partir do Grego contemplado em Philosophía. Segundo as referências de
Platão e Aristóteles, o primeiro Homem que se autodenominou Filósofo foi
Pitágoras de Samos no século VI a. C. Quando perguntaram a ele se ele se
considerava um sábio, disse que não, pois na realidade era um amante da
Sabedoria. Com esta afirmação sobre si mesmo, Pitágoras expressou uma
ideia fundamental: o conhecimento verdadeiro deve ser entendido como uma
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relação de amor entre o Indivíduo e aquilo que quer conhecer. A Palavra
Filosofia, em Latim Philosophĭa, é a junção de duas palavras, Philos, que
significa Amor e Sophia, que significa Sabedoria. Sendo assim a palavra
filosofia pode ser entendida como Amor a Sabedoria.
Arte – Pode se denominar como expressão, do Latim ars,artis – Maneira
de ser ou de agir, habilidade natural ou adquirida. Já pensaram no porque
quando uma criança faz bagunça ou uma travessura se diz que ela está
fazendo arte? A arte é a expressão e toda e qualquer ação que venha a se
manifestar, tem sua origem da própria natureza e convenhamos, não existe
nenhuma tela pintada a óleo que contenha mais beleza do que a que os olhos
podem contemplar da própria natureza já criada.
Belos lugares montanhosos, com rios e pássaros, belas damas com sua
beleza retratada em telas ou esculturas. Na arte encontramos grandes
ensinamentos milenares através de seus simbolismos. Encontramos símbolos
nas músicas, pinturas, esculturas, literatura, etc. símbolos estes que nos
passam grandes ensinamentos, grandes verdades cósmicas imutáveis. Além
das obras artísticas, o pilar da arte também nos guia para que possamos nos
tornar verdadeiros artistas, porém artista de nossa obra interior, na qual vamos
pouco a pouco construindo, transformando a pedra bruta que somos com
nossos defeitos e vícios em verdadeiras e perfeitas obras de arte. No pilar da
arte aprendemos a nos auto lapidar para eliminar nossos defeitos, vícios,
manias e polir nosso caráter, moral e virtudes.
Ciência - através da ciência buscamos a comprovação direta da
realidade, sendo que esta ciência deve ser praticada individualmente, pois não
basta que um grupo de pessoas comprove algo se nós mesmos não
conseguimos experimentar e comprovar por nós mesmos a realidade das
coisas. Todos devem torna-se cientistas afim de buscar comprovar por si
mesmos, pois crer ou não crer são apenas faces opostas de uma mesma
moeda. A comprovação vai além da crença e da origem a verdadeira fé, a fé
daqueles que experimentaram e comprovaram por si mesmos. Não devemos
duvidar e nem acreditar nas coisas, e sim buscar comprovar a realidade por
nós mesmos. A Gnosis como Ciência não busca provar algo para alguém ou
para um grupo de pessoas, e sim incentivar a comprovação particular,
Individual e Interna pois cabe a cada um experimentar e tirar suas próprias
conclusões e para que devemos ser práticos.
Religião - A palavra Religião vem do termo em Latim “Religare” que
significa “Tornar a Ligar” ou “Ligar Novamente” É aquilo que reata os laços
entre o Micro e o Macro, o Homem com a Divindade. Hoje em dia o termo
Religião é utilizado para designar um grupo de pessoas ou crenças que
cultuam uma certa divindade, porém esta designação está equivocada, pois
religião nada mais é do que o ato de se religar, ou seja, toda ação que nos
conecte com a divindade, portanto, as pessoas não têm religião e sim, fazem a
religião já que religião é o ato e não a Doutrina, grupo, etc. Dentro de todo o ser
humano há uma parte do divino, uma Chispa Divina, na qual devemos nos

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conectar. A Gnosis como religião não é dogmática, pois as crenças ou
descrenças fazem parte de um estado de ignorância humana, o que é oposto à
Gnosis. A Gnosis como Religião nada mais é do que o ato de Viver em Busca
do Autoconhecimento, da Autorrealização, é produzir o Religare.

Para que seja possível a criação deste religare, a Gnosis nos apresenta as
Bases fundamentais para que possamos atingir esse estado de conexão com
nossa parte divina, adormecida em nosso interior. As bases da Doutrina
Gnóstica são: Morrer, Nascer e o Sacrifício pela Humanidade

1. Morte - Talvez esta palavra possa até mesmo assustar algumas pessoas
de início, porém não nos referimos a uma morte física e literal mas sim a
morte de nível psicológico, na qual morrem nossos defeitos, vícios,
manias, ou seja, a morte do Ego, de nossa natureza inferior, o falso que
nos aprisionam nas teias da ilusão de Maya.
2. O verdadeiro Gnóstico busca sempre a sua morte psicologia, busca
eliminar suas debilidades, seus vícios e defeitos, para que assim possa
brotar suas virtudes latentes de sua porção Divina em seu interior.
Muitas culturas utilizaram símbolos referentes à morte para simbolizar
este aspecto da morte mística. O trabalho de auto lapidação na qual
vemos na famosa figura de um homem se esculpindo nada mais é do
que uma alegoria do trabalho de morte psicológica que o aspirante deve
fazer em busca da perfeição.

3. Nascer - Este é o Nascimento Espiritual, na qual o aspirante deve


passar para se conectar com a Divindade ou para se Autorrealizar, é o
Nascimento da Água e do Fogo tão falado nas Sagradas Escrituras,
porém compreendido por poucos. O Nascimento é o trabalho alquímico
que o aspirante faz para construir o seu templo interior, o templo de
Salomão. Grandes mistérios se encerram no Fator Nascer, pois foi um
Fator ensinado de forma Oculta e Simbólica para que apenas os
Verdadeiros Aspirantes pudessem compreender. É um Conhecimento
Oculto, guardado à sete chaves e que ao longo do tempo foi passado de
lábios à ouvidos e que desvelaremos em uma lição mais à frente neste
curso de Gnosis.

4. Sacrifício pela Humanidade – A palavra Sacrifício remete-nos a algo


difícil e doloroso, porém este é um conceito equivocado, pois a palavra
Sacrifício nada mais é do que Sacro = Sagrado e Oficio = Trabalho, ou
seja, um Trabalho Sagrado na qual fazemos em prol de nossos
semelhantes, a Humanidade. O sacrifício pela Humanidade é diferente
de Caridade, pois Caridade é dar aquilo que nos sobra em prol de
nossos semelhantes, sendo inclusive uma obrigação de todo o ser
humano, enquanto o Sacrifício vai mais além, pois é dar aquilo que
temos em prol de uma Causa Maior, ou seja, se doar. Quando deixamos
de lado o nosso Orgulho em prol de uma pessoa querida, estamos
exercendo o Sacrifício, quando deixamos de fazer algo na qual
gostamos para ajudar nossos semelhantes também estamos nos
doando à Humanidade e isso nos faz crescer como seres humanos.

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Tema 2

Personalidade, Essência e
Ego
O que de fato é a Personalidade ? Vulgarmente dizem-nos e induzem-
nos a pensarmos que é um conjunto de características que nos definem e que
moldam quem somos. Mas seria isto a Personalidade ?
A personalidade, na realidade, é um Veículo de Expressão; é criado até
a idade dos 7 anos, e é através desse Veículo que nos expressamos no
mundo. Sendo um Veículo de Expressão, tem o objetivo de transmitir para fora
aquilo que carregamos dentro, de nos expressarmos. Assim como nossos
hábitos, costumes, vícios...
Nossa personalidade é moldada com base nas experiências que
vivenciamos durante a primeira infância, e robustecida, fortificada, através das
experiências posteriores, justamente quando aspectos internos se afloram.

- Personalidade como meio de expressão -

Há duas manifestações possíveis através do Veículo de Expressão da


Personalidade, uma é a manifestação do Ego, a ilusão e nossas próprias
convicções sobre nós mesmos. Ego, em latim, significa Eu, este Ego faz parte
das Teias de Ilusões de Mara. Estes são nossos defeitos de tipo psicológico,
nossa natureza inferior que aprisionam as virtudes, são criados por equívocos
de interpretação dos eventos que nos ocorre, ou seja, nossos erros... A outra
manifestação possível é a da Essência, está que possuí as Virtudes, Dons, que
em síntese é a nossa real parte Divina enfrascada e adormecida em nosso
interior, são os valores espirituais que carregamos e se desenvolve por si
apenas até a idade dos 3 ou 5 anos. Depois dessa idade, é necessário realizar
certos esforços para que esta Essência continue a se desenvolver, algo que
veremos mais à frente no Tema de Número 11 – Educação Fundamental.
Portanto, compreendamos que a Personalidade é um Veículo de
Expressão, servindo tanto para a expressão de nossa Real Essência quanto do
Ego, a Ilusão sobre nós mesmos. De acordo com a Psicologia Gnóstica,
existem três aspectos que se manifestam através de nosso Corpo Físico,

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sendo estes a Personalidade, a Essência e o Ego. Se observarmos
meticulosamente nossa vida, veremos que nossos hábitos e costumes têm
relação com um local, com um período, uma cultura. Por exemplo: nossas
vestimentas, nossa maneira de alimentarmo-nos, hábitos, forma de portar-se,
dentre outros. É verdade que quando vamos a um templo de oração, temos
uma forma de nos comportarmos, de falarmos, de agirmos, totalmente diferente
de um momento descontraído em uma roda de amigos, de acordo com os
amigos e com os ambientes nos quais nos encontramos. Um encontro de
amigos em casa para um jantar não é a mesma coisa que um encontro de
amigos em um bar!
Nunca somos os mesmos, sempre demonstramos aspectos diferentes
para pessoas diferentes, as vezes tratamos com maior cortesia algumas
pessoas enquanto outras, com desdenho. Um dia tudo isso se perde,
desaparece... nossos vícios, hábitos, costumes, tais quais possuem relação
com nossa Personalidade. A Personalidade é um Veículo Energético da Quarta
Dimensão, nasce no tempo, permanece nele e por consequência, não é eterno.
Se decompõe após perdermos o corpo físico.
A Personalidade é criada dos 0 aos 7 anos de idade, mediante os
exemplos que recebem, sejam dos pais, nas escolas, dos amigos, do que vê
na televisão, nos celulares, dentre outros... e a qualidade da mesma vai
depender do Material Psicológico que foi alimentado. Uma vez criada, temos
que trabalhar sobre a mesma e eliminar o que não nos serve, pois ela serve de
VEÍCULO ou para a Essência ou para o Ego, logo adiante citados.
Devemos compreender que a Personalidade é um produto das
influências sociais, tudo aquilo que o meio nos fornece, nasce com os hábitos,
costumes, ideias, durante a infância e se fortificam com as experiências da vida
e lentamente vai se desintegrando depois da morte. Toda pessoa aprende mais
com o exemplo do que com o preceito, ES IMITATUS, nós imitamos e
copiamos, tendo o exemplo absurdo como forma equivocada de viver, os
costumes degenerados dos maiores vêm a caracterizar a personalidade
durante a infância.
Temos como exemplo nos dias de hoje os produtos de conotação
lasciva sendo apresentado a jovens cada vez mais novos, tendo a infância
sexualizada e comportamento reforçado através de aprovação e incentivo
social e algoritmos mais e mais viciantes. Vemos comumente em uma criança
uma beleza indescritível, uma força que atrai, esta energia que ali está
presente é a Essência, nossa parte Divina. São Virtudes, atributos, Dons. A
Essência por si só, desenvolve-se entre os 3 e 5 anos, após isso precisa de
alimentos para desenvolver-se, esses são: Carinho, Ternura, Amor, Boa
Música, Flores, Beleza e Harmonia.
A Essência atuando tem a capacidade de não se equivocar em suas
decisões, pois é objetiva e atua conscientemente e tem valores como
Harmonia, Compreensão, Paciência, Amor, Bondade, Inteligência, Altruísmo,
dentre outros aspectos. São realmente um conjunto de Virtudes, Valores

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Espirituais que carregamos, é inata, utiliza este veículo físico que possuímos
para manifestar-se e adquirir a experiência necessária para seu
desenvolvimento.
Toda criança é Clarividente até os 4 anos de idade pois possuí
Autoconsciência, a Essência liberta está atuante e permite que vejam os
adultos como são, suas maldades, seus Eus. Esta relação começa a se
dissipar, os olhos e ouvidos humanos dedicam-se cada vez mais à Terra e os
sentidos ligados ao além se fecham, passando a criança a ter apenas
consciência das coisas materiais.
Muitas vezes cometemos erros e isto se dá a nossa natureza inferior que
carregamos dentro. Analogamente, o Ego são os Demônios Vermelhos de
Seth dos Egípcios, Agregados Psíquicos no Tibet, Papapurusha na Índia, Ego
para os povos ocidentais. São os Sete Pecados Capitais conhecidos como
Cobiça, Inveja, Orgulho, Ira, Preguiça, Gula e Luxúria, nos salmos bíblicos são
os Ímpios, os quais se pede a destruição, pede-se o castigo. O Ego são nossos
defeitos do tipo Psicológico, que aprisionam nossa essência interior, são estes
defeitos que causam nossas enfermidades físicas, psicológicas, causam
guerras, brigas, estados negativos e todo tipo de equivoco que tenhamos, são
esta multiplicidade dentro de nós.
Estes defeitos são eliminados mediante a compreensão e arrependimento
sincero, juntamente com os 3 Fatores da Revolução da Consciência,
apresentado no tema anterior, Morrer Psicológico, Nascimento Alquímico – a
criação dos corpos solares, e o Sacrifício pela humanidade.

Atualmente estamos em summa maioria condicionados a 3% de


Essência e 97% de Ego.

Também chamamos esta Essência de Consciência, pois lembramo-nos


que a Essência em expressão possui Autoconsciência, sendo o restante
descrito em termos da Psicanálise como Inconsciente, a parte obscura de
nossa Psique onde estão enraizados todos os nossos defeitos, traumas,
desejos ocultos, impulsos momentâneos desconhecidos...O que resta quando
morremos são a Essência e o Ego, por este motivo se torna indispensável o
trabalho sobre nós mesmos. Podemos ver esta luta entre Essência e Ego em
diversas obras descritas de diversas formas, nas mais diversas épocas, como
por exemplo:
Na bíblia, segundo a narrativa do livro 1 Samuel 17, a luta do pequeno herói
com o grande monstro, Davi e Golias.
Em contos de fadas como A Bela Adormecida, onde bela e virtuosa donzela
adormecida deve ser despertada, pois foi adormecida pela maldade e é
libertada pelo príncipe.

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Nos mitos Gregos na descrita luta de Perseu contra a Medusa para libertar
Pégaso, o Cavalo Alado, utilizando o escudo, sua consciência e a Espada,
símbolo da Vontade.
Para que possamos tornarmo-nos pouco a pouco Autoconscientes de nós
mesmos, devemos aprender a encarar os momentos como se estivéssemos
vendo um filme, observando a cena, sendo o expectador e observando a
atuação para identificar a figura por trás do ator.
Devemos dividir nossa atenção em 2 partes, a Essência como espectador e o
ego como o ator sendo observado. Em dado momento, quando estamos
atuando, damos psicologicamente um passo para trás, logo vemos nossas
reações internas e externas. Em dado instante fazemos esta pratica e
observamos o que nos vem à mente, quais ideias, quais reações físicas,
estamos irados? Temos raiva de alguém? O que está acontecendo? QUEM
está tendo estas ideias?

O nome desta prática se chama, o Observador e Observado

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Tema 3

O Despertar da Consciência
Neste ponto é importante recordarmos do que foi estudado anteriormente, de
acordo com a Psicologia Gnóstica, existem Três Aspectos que se manifestam através
de nosso Corpo Físico, sendo estes a Personalidade, a Essência e o Ego.
A Consciência é a Essência Atuando, em movimento, atualmente encontra-se
em um estado de adormecimento, este adormecimento é causado em Três Etapas,
Identificação, Fascinação e Sonho.
A Consciência em estado de adormecimento, encontrasse recorrentemente
passando por estes Três Aspectos constantemente. Vejamos da seguinte forma, uma
rapaz recém formado na faculdade, andando em seu carro modesto pela rua é
ultrapassado por um carro esportivo de uma marca renomada, o som produzido pelo
motor e a aparência do objeto é o suficiente para atrair e reter a atenção do jovem
rapaz que se imagina num futuro próximo dirigindo aquele mesmo carro, rodeado das
conquistas que sonha em ter quando estiver bem sucedido em sua carreira. Algo
semelhante ocorre quando uma moça vê um lindo vestido em uma loja e se imagina
em uma festa de gala, exuberante, atraindo olhares e elogios das pessoas no
ambiente.
Dizem-nos que: “A Consciência foi adormecida pela maldade e desperta com a morte
de nossos defeitos”
É necessário compreender que a humanidade vive com a consciência
adormecida. Comumente, vivemos em estado de sonho, andamos pelas cidades
sonhando, vivemos e morremos sonhando e não é à toa que nossas vidas são tão
complicadas, é por tal motivo que tanto sofremos.
Quando chegamos à conclusão de que todo mundo, ou a grande maioria das
pessoas vivem de fato adormecidos. Torna-se urgente que compreendamos a
necessidade de Despertar, que precisamos do Despertar da Consciência. Com o
despertar advém o novo, somos capazes de encontrar soluções para os mais
adversos problemas, ao invés de encontrar mais problemas.
Mas, o que é a Consciência?
Estamos acostumados a interpretar que estar consciente é fazer uso dos
sentidos físicos, como por exemplo, ao desmaiarmos dizem-nos que perdemos a

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consciência ao perdermos os sentidos, ou ainda, saber informações sobre alguma
coisa; que é necessário nos “conscientizarmos sobre tal ou qual tema”..., porém a
Consciência é a percepção direta da Verdade, é a captação da realidade de todas as
coisas, é reflexão sobre os Conhecimentos, é a ação de nossa autentica Essência.
Não se pode definir o que é Consciência, assim como não se pode definir o
que é a Verdade, pois, estaríamos limitando o que é infinito, limitado ao finito homem o
que é eterno.
“Certa vez, quando questionaram a Jesus sobre o que é a Verdade, este
manteve silencio, ao questionarem Buddha, este retirou-se em absoluto silêncio.”

Existem 4 Estados de Consciência, O Primeiro Estado de Consciência


denomina−se Eikasia. O Segundo Estado de Consciência é Pistis. O Terceiro Estado
de Consciência Dianóia. O Quarto Estado de Consciência é Nous.
Eikasia é ignorância, a crueldade humana, a barbárie, o sono demasiado
profundo, mundo instintivo e brutal, estado infra−humano.
Pistis é o mundo das opiniões e crenças. Pistis é crença, preconceitos,
sectarismos, fanatismos, teorias, nas quais não existe nenhum gênero de percepção
direta da verdade. Pistis é a consciência do nível comum da humanidade.
Dianóia é revisão intelectual de crenças, análises, sintetismo conceitual,
consciência cultural−intelectual, pensamento científico, etc. O pensamento dianoético
estuda os fenômenos e estabelece leis. O pensamento dianoético estuda os sistemas
indutivo e dedutivo com o propósito de utilizá−los de forma profunda e clara. Nous é a
perfeita consciência desperta.
Nous é o estado de Turiya, a perfeita iluminação interior profunda. Nous é a
legítima clarividência objetiva. Nous é a intuição. Nous é o mundo dos arquétipos
divinos. O pensamento Noético é sintético, claro, objetivo, iluminado.
Quem alcançar as alturas do Pensamento Noético, ou o 4º Estado de
Consciência despertará totalmente. A parte mais baixa do homem é irracional e
subjetiva e se relaciona com os cinco sentidos ordinários. A parte mais elevada do
homem é o Mundo da Intuição e Consciência Objetiva Espiritual. No Mundo da
Intuição desenvolvem−se os Arquétipos de todas as coisas da Natureza. Só aqueles
que penetram no Mundo da Intuição Objetiva, só aqueles que alcançaram as alturas
solenes do pensamento Noético, estão verdadeiramente despertos e iluminados.
Por outro lado, temos a Mente, que pode ser instrumento da Consciência ou do
Subconsciente, onde estão enraizados nossos defeitos de tipo psicológico, nossos
traumas e desejos impulsivos.
Quando a Mente expressa nossa Inteligência, Criatividade, Iniciativa,
Inspiração, Produção, demonstra estar sob o comando da Consciência. Mas em geral,
temos a tendência a agir mecanicamente. Imitar, copiar, repetir tudo aquilo que nos
disseram, trocando nossa identidade pelo conhecimento que foi expresso com
autoridade e convencimento. Essa é a Mente Sub-consciente, onde possuímos a
Memória, que grava dados, os elabora entre si por meio do Intelecto e os exprime.

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É claro que, diante disso, ser consciente dá trabalho, mas isso é porque
estivemos muito tempo acostumados a nos contentar com as maravilhas do
subconsciente.
Ao depositar muita informação em nossa memória podemos responder
habilmente a muitas circunstâncias da vida, mas isso é condicionamento e não
consciência.
Estamos comum e correntemente identificados com os problemas de todas as
espécies, a causa do sono da humanidade se chama Fascinação, as pessoas estão
fascinadas por todas as coisas da vida. Encantada com os prazeres dos sentidos, que
é Maya, a ilusão. Esquecemos de nós mesmos por estaremos fascinados com os
prazeres dos sentidos, uns por estarem fascinados pela bebida, pelos amigos, pelas
mulheres, alguns fascinados até com o espelho, encantados consigo mesmo.
Vejamos nossos sonhos, quanto tempo perdemos durante a noite sonhando
com coisas vãs, problemas do dia que nos mantiveram fascinados, problemas do dia
seguinte pelo qual buscamos por toda uma noite de sono resolver em sonhos, medos
que nos levam a sonhar com fantasias, monstros e tantas outras coisas.
Quem desperta a consciência deixa de sonhar, não sonha nem em corpo físico,
nem durante as horas de repouso, se converte em um investigador consciente deste
mundo correspondente ao mundo dos sonhos, ao mundo Astral.
As vantagens da Revolução da Consciência são a iluminação Verdadeira, a
própria capacidade de Ser um só, sem a possibilidade de mudar de ideia, de estarmos
condicionados a fatores externos, se nos alegramos ou entristecemos devido ao que
nos dizem, ao que nos fazem.
Imaginemos neste momento uma luz azul e radiante, pura e inocente. Uma
forma opaca se aproxima e a induz a falar algo que não é verdade. A Luz ao fazer
isso, tem uma parte de si retirada pela forma opaca e enfrascada por ela em uma
ânfora, a qual coloca o rótulo de Mentira. Assim o Eu da mentira acabou por
engarrafar um pouco desta luz, a mantendo mais distante de si mesma.
A Consciência é desengarrafada mediante a morte psicológica associada de
outros dois fatores, que são o Nascimento Alquímico, ou seja, Criação dos Corpos
Solares do Ser e o Sacrifício pela Humanidade que por uma lei de recompensa nos
ajuda nesta obra.

Os Três fatores Básicos da Revolução da Consciência são:

- Morrer
- Nascer
- Sacrifício pela Humanidade.

Devemos despertar e aprender a viver alertas de momento em momento, de instante


em instante. É indispensável dividir sempre a atenção em três partes. Anteriormente
passamos a prática do observador e observado, onde se observa a atuação de si

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mesmo, aqui, nos dedicaremos a tripartir a atenção, Primeiro ao Sujeito, segundo ao
Objeto e terceiro ao Lugar.
Sujeito: Não esquecer de nós mesmos, auto vigiar-nos em cada segundo, m
cada momento. Isto implica no estado de alerta em relação aos nossos pensamentos,
gestos, ações, emoções, hábitos, palavras etc.
Objeto: Minuciosa observação de todos aqueles objetos ou representações
que, por meio dos sentidos, chegam à mente. Não devemos nos identificar jamais com
as coisas, porque assim é como caímos na fascinação e no sonho da Consciência.
Lugar: Observação diária de nossa casa, de nosso quarto, como se fosse algo
novo. Perguntemo-nos diariamente a nós mesmos “Porque cheguei aqui, a este lugar,
a este mercado, a este escritório, etc...
Em resumo, a aplicação da chame SOL, junção das primeiras letras de Sujeito
Objeto e Lugar, deve ser feito da seguinte forma:
Quem sou? Auto recordação de Si
Onde estou? Análise no ambiente em que se encontra
Como vim parar aqui?
Esta prática deve ser feita de instante a instante, buscando trazer a consciência
para o momento presente.
A parir deste momento, todo estudante deve ter consigo um caderno que sirva
para anotações pessoais sobre as análises e observações diárias, buscando anotar os
processos e avanços.
Junto a isso, devemos buscar observar nossos sonhos, a fim de replicar em
nossos sonhos as práticas do dia a dia, para que enquanto dormimos, nos tornemos
capazes de nos localizar dentro do sonho, trazendo a consciência para o momento
presente afim de despertar de nosso sonho, assim ocorre os sonhos lúcidos, quando
nos damos conta que estamos em um sonho.
Indiscutivelmente necessitamos nos auto estudarmo-nos, auto observarmo-nos
de instante a instante, se é que de verdade queremos descobrir nossos próprios
defeitos psicológicos, pois na relação com nossos semelhantes, os defeitos
escondidos se afloram espontaneamente, naturalmente.
Não se trata meramente de estar auto-observando os passos que damos, nem
as formas do corpo. A Vigilância sobre nós implica no estudo silencioso e sereno de
todos os nossos processos psicológicos íntimos, emoções, paixões, pensamentos,
palavras, etc.
A observação das coisas em a identificação nos permite conhecer os
processos da cobiça, do apego, da ambição, etc... é irrefutável que a um cobiçoso
custará muito trabalho não se identificar com um anel de diamantes ou com umas
quantas notas bancárias, etc.
A observação sobre os lugares nos permitirá conhecer até onde chegam
nossos apegos e fascinações em relação a lugares diversos.
É, pois, este triplo jogo de atenção um exercício completo para auto
descobrirmo-nos e ‘despertarmos nossa consciência.

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“A que lograr o despertar da consciência para conhecer os segredos da vida e da
morte.”

Tema 4

O Eu Psicológico
Nos temas anteriores, aprendemos que através de nosso corpo físico,
manifestamos externamente 3 aspectos, a Personalidade, a Essência e o Ego, porém,
devido ao adormecimento de nossa Consciência, a Essência encontra-se enfrascada
no interior do Eu, o qual utiliza da Personalidade para expressar-se.
O Eu Psicológico, Ego, Mim Mesmo, os Agregados Psíquicos, como são
chamados no Tibet, é um conglomerado de Eus, eles são a raiz de todos os nossos
problemas.
O Eu tem sua raiz em 7 forças primárias, conhecido pelos cristãos católicos
como os 7 Pecados Capitais, de onde se ramificam outros aspectos internos inferiores
em diversos níveis do nosso inconsciente, dizem-nos que possuímos 49 níveis da
mente.

De acordo com o Cristianismo, os 7 pecados são:


Luxuria
Ira
Orgulho
Cobiça
Inveja
Preguiça
Gula

Segundo os Cabalistas, há 10 Sephirots ou 10 Mundos da manifestação do Ser, dos


quais constitui a Anatomia Oculta do Homem, neste momento, abordaremos 4 desses
mundos, dos quais, a consciência encontra-se enfrascada:

Vital – Jesod (Yesod) – Corpo Vital


Astral – Hod – Mercúruio – Corpo Astral
Mental – Netzah – Venus – Corpo Mental
Físico – Malkut – Planeta Terra, Corpo Físico.

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O nosso mundo físico e mental são compostos pela Dualidade, pela Lei dos
Opostos, onde um igual é dividido em dois opostos. Um círculo se desdobra em uma
linha onde as extremidades se tocam.
No campo da física, temos conhecimento dessas polaridades como Positiva e
Negativa.
Dentro dos princípios Herméticos, que são 7, encontramos o princípio da
polaridade, do o posto, sendo assim, de forma análoga, concluímos que havendo o
negativo, o pecado, deve-se haver uma força oposta que busca o equilibro na balança,
no caso dos pecados, esse oposto tem o nome de Virtude.
Dentro de cada pecado está encerrado uma virtude humana, são elas:
Castidade
Amor
Humildade
Caridade
Alegria pelo bem alheio
Diligência
Temperança

“Cada vez que eliminamos um defeito, uma virtude surge em seu lugar” – Samael Aun
Weor

Vemos que existem guerras, problemas sociais de toda índole e certamente


tudo isso que ocorre fora é um reflexo do que levamos dentro. Os nossos defeitos que
quando manifestado fisicamente, causam todo o tipo de problema, discórdia, brigas,
guerras e afins...

Dizem as sagradas escrituras que o Homem foi feito a imagem e semelhança


de Deus, com domínio sobre a natureza, porém que por um delito, uma desobediência
foi expulso do paraíso, perdeu seus poderes, sua consciência e tudo de divino que
possuía.

Atualmente o homem carrega em si, defeitos psicológicos, agregados


psíquicos, que aprisionam nossas virtudes divinas. Vemos estes elementos negativos
atuando em nossa parte psicológica, a nível emocional e também a nível físico. Para
que um agregado se expresse, ele deve ter passado pela mente, pelo clivo da
consciência e isso ocorre em milésimos de segundos e se aplica a todas as legiões.
Quando permitimos que qualquer falatório passe do centro intelectual, ele se
manifesta através do centro motor em forma de fala normal, gritaria, sussurros,
digitações...

Estes agregados psicológicos são conhecidos como Os Sete Pecados Capitais,


entre os Egípcios são chamados Os Demônios Vermelhos de Seth, conhecidos como
Cabeças de Legião:
Luxuria, Ira, Orgulho, Preguiça, Gula, Cobiça, Inveja, porem que estes elementos se
desdobram em elementos menores que nos atacam de forma mais direta e especifica.
Por exemplo, da Preguiça temos a desordem, desatenção, dormir demais,
impontualidade, má vontade, buscar desculpas...

Os Estudos sobre o Ego, o Eu, o Mim Mesmo, ou simplesmente Agregados


Psíquicos remontam as antigas civilizações e seus mitos, como é o caso das:
Mitologia grega, representado pela Medusa; a Hidra de Lerma
Mitologia Cretense: o Minotauro

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Mitologia Egípcia: Seth e os Demônios Vermelhos
Mitologia Persa: Arimã
Judaísmo: o gigante Golias
Cristianismo: A Legião de demônios expulsa pelo Cristo
Hinduísmo: A Saga do Bhagavad Gita – A luta entre Arjuna e seus parentes
Budismo: os Agregados Psíquicos; os Três Venenos da Mente (Ignorância, Apego e
Aversão).

Cada um desses defeitos enfrasca parte de nossa consciência. Conforme


vamos eliminando cada um deles, extraímos as virtudes que aprisionam, e
despertamos nossa consciência nos tornando novamente a imagem e semelhança do
criador e com domínio de nossa natureza interna para que posteriormente ocorra
externamente por um reflexo do interior.

Estes defeitos psicológicos encontram citados biblicamente em Marcos, 16-9:


”Depois de ressuscitar na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu
primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulso Sete Demônios.”

Conforme progredimos na eliminação de nossos defeitos, vamos criando um


Centro Permanente de Consciência, deixamos de ser inconstantes, em um instante
desejamos algo e em outro deixa de ser assim. Atualmente temos muitas
contrariedades e confusões, o que é eliminado conforme o ego deixa de existir, então
vem a autêntica Paz e a Felicidade Plena.

O causador de todos os nossos problemas é o Ego, o Eu Psicológico o que nos


leva a cometer todas as classes de equívocos, delitos e erros. Faz com que
desagrademos aquém mais amamos. É este elemento o causado das doenças, vemos
por exemplo, que uma pessoa que fica muito nervosa ou pensa muito, tem dores de
cabeça, dores de estomago. A Ira, a irritação e o nervosismo podem causar úlceras,
problemas de pele, doenças psicossomáticas. Isto tudo devido a que estes agregados
psicológicos se manifestam em nossa mente, em nossos sentimentos.

Devemos passar pela Aniquilação Budista, quer dizer, pela eliminação de todo
e qualquer defeito psicológico, este trabalho constitui dos Três Fatores da Revolução
da Consciência, o Fator Morrer. O Fator Morrer constitui na eliminação de tudo quanto
é prejudicial, negativo, ruim, dentro de nós.

Ao identificar a atuação do Ego mediante a auto observação, no aqui e agora,


devemos aplicar a Morte em Marcha imediatamente, para impedir a atuação em outros
centros e fortalecimento do ego.

A Morte em Marcha se faz da seguinte forma:

Ao perceber a atuação do Ego, tranque o cóccix, tire todo o ar do pulmão e


peça com venerável devoção “Mãe, elimine isso!”

Lembre-se, aquele que se esquece de sua mãe, se extravia no caminho.

Assim como possuímos uma mãe externa, também temos uma mãe interna,
pois “o exterior é apenas o reflexo do interior”

Diversas culturas dão nomes diferentes a este princípio divino, que se


desdobra nos aspectos de mãe, Maria, Maya, Ísis, Stella Maris ou Devi Kundalini...

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Trabalhar com a Mãe Divina Devi Kundalini particular é a chave para que se
elimine qualquer Eu descoberto e compreendido. Essa integração com a Mãe se dá de
forma espontânea e natural, pois ali está representada a contraparte feminina de
Deus. O Trabalho com a Mãe Divina para eliminação do defeito está profundamente
relacionado com o manejo das energias sutis. Trataremos disso com mais detalhes em
temas posteriores deste curso.

A pratica é continuar com as duas anteriores, Observador e Observado


juntamente com a Chave SOL..

Exemplos de Agregados relacionados às Cabeças de Legião

Luxuria – Adultério: deseja unir-se sexualmente com uma mulher que não seja
sua esposa.
Morbosidade: se expressa através do verbo com contos vulgares
relacionados a sexo.

Ira – Agressividade: ataque violento om a palavra, ação ou pensamentos.


Crueldade: sente satisfação por ver alguém sofrer.
Impaciência: não tem calma ao esperar.

Orgulho – Autoconsideração: sentimento de ser vítima ou sofrido


Desamor: Falta de amor por presunção
Complexo de Superioridade – Crer-se mais que todos, sempre quer
ser notado.

Preguiça – Apatia: Pessoa pouco produtiva, estancada, não se interessa por


avançar, indagar
Indecisão: Uma pessoa as vezes é indecisa por preguiça de
averiguar
Desordem: Reflexo de uma desordem interior

Gula – Devorador: não mastiga para comer


Excesso: Busca ter mais do que precisa
Cobiça – Especulado: faz planos para ganhar com algo, o dobro, o triplo
Excessivo: Ser excessivo em algo

Inveja – Competitivo: Quer sempre ganhar


Mentiroso: mente por temer algo

20
Tema 5

Luz, Calor, Som


Todo movimento é coexistente ao som. Onde quer que exista o movimento,
existe o som. O ouvido humano só consegue perceber um limitado número de
vibrações sonoras, que variam de 16Hz a 32.000Hz. Porém, por cima e por debaixo
destas vibrações que o ouvido registra, existem múltiplas ondas sonoras que ninguém
consegue perceber. Os peixes do mar produzem seus sons peculiares. As formigas se
comunicam por sons inaudíveis para nossa percepção física. As ondas sonoras, ao
atuar sobre as águas, produzem movimentos de elevação e de pressão das águas. As
ondas sonoras, ao atuar sobre ar, produzem movimentos concêntricos...Os átomos, ao
girar ao redor de seus centros nucleares, produzem certos sons imperceptíveis para o
homem. O fogo, o ar, a água e a terra têm suas notas sonoras particulares.

Dispomos de ultrassons e infrassons, que não excitam nossos ouvidos, mas


que um cachorro pode perceber, como fica evidente. Assim como na luz dispomos da
ultravioleta e do infravermelho que não são afetam nossos órgão visual.

Todos os sons, audíveis ou não, provocam reações que, repetindo-se, vão,


com o tempo, modelando nossa personalidade e sugestionando-nos para sentir e
pensar conforme a índole dos mesmos.

Todos os corpos são sensíveis a vibrações sonoras, sendo que cada um deles
tem sua própria frequência vibratória e nem todas as frequências são ouvidas pelo
ouvido humano.

O Dr. Knudsen, da Universidade da California, dispondo-se de uma câmara


subterrânea e de aparelhos adequados para a geração de frequências mais baixas e
mais altas, obteve grandes fenômenos, dentre eles:

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- Atacando com certas frequências ultrassônicas um recipiente de vidro
contendo agua, entrou em ebulição sem produzir calor.
- Com a mesma frequência e por meio de determinados sons, o azeite, que
normalmente flutua na agua, converteu-se num liquido que se homogeneizou com a
mesma.
- Assim como uma varinha metálica no interior de um circuito e fazendo incidir
sobre ela certas frequências ultrassônicas, houve um aumento de temperatura
comprovado por termômetro e produzindo queimaduras intensas se tocado com o
dedo.

Podemos compreender que o som produz certa influência sobre a matéria, de


acordo com as frequências e circunstâncias as quais são expostas.

A combinação fonética feita com sabedoria produz os Mantras. Assim, pois, um


Mantra é uma sábia combinação das letras cujos sons determinam efeitos espirituais
anímicos e também físicos.

“Dixitque Deus: Fiat Lux; Et facta este Lux”


“Deus disse: Faça-se a luz! E a luz foi feita”

“In principio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum.”
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o verbo era Deus.”

O número 3 está presente em toda criação, a dimensão física é composta por:


Altura, Largara e Profundidade. Ao analisarmos a constituição da matéria a níveis
microscópicos, veremos que é composta por átomos, e estes, divididos em 3 partes
temos: Prótons, Elétrons e Nêutrons, ou seja, Positivo, Negativo e Neutro.

Assim nos dizem as ciências atuais, responsáveis por estudar a origem do


universo; que existem na natureza 3 forças responsáveis pela Criação, Positivo,
Negativo e Neutro.

As diversas vertentes religiosas nos apresentam a criação sempre em três


aspectos, Pai, Mãe, Filho, ou Espirito Santo como no caso do Cristianismo, no Egito
foram retratados como Osiris, Isis e Houros, no Hinduísmo os chamaram de Brahama,
Vishnu, e Shiva.

Essa tríade a chamamos de A Santa Trindade, e onde se manifesta?

Façamos esta pergunta sabendo que, segundo o aforisma de Hermes “o que


está em cima é como o que está embaixo, assim como é o grande, assim é o
pequeno” analogamente como é fora, também é dentro, então, onde encontramos a
Santa Trindade dentro de nós?

Para entendermos isso é necessário voltarmos para um ponto muito antes de


nossa existência, para um ponto antes do início.

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Este ponto é chamado em sânscrito e pelos teosóficos de Pralaya, Noite
Cósmica, ou Caos Imanifestado,

Existe um conhecimento, que segundo nos contam as tradições, um anjo


chamado Enoch, também conhecido como Metatron, o Escriba de Deus, entregou a
humanidade um conhecimento de 22 letras, o Hebraico, e junto a este conhecimento
também deixou os Números.

O nome deste conhecimento é Cabala, ou em termos mais próximos ao


Hebreu, Qabbalah. Nela existem 3 níveis da manifestação antes da criação dos
mundos, nela é chamado de Ain, Ain Soph e Ain Soph Aur

Ain é o Absoluto, o Imanifestado. Podemos exemplificar de uma forma didática


como sendo um pequeno ponto, onde dentro deste ponto estão todas as
possibilidades. Este ponto, quando se expande torna-se um grande círculo, ou uma
grande bola. O momento em que este ponto começa a se expandir é chamado de
Mahavântara. Ou, Dia Cósmico.

Porém, devemos parar para nos atentarmos na seguinte situação:

Suponhamos que pegássemos todas as peças e componentes de um automóvel e os


joguemos no chão, eles não vão simplesmente se montar sozinhos, assim podemos dizer que
uma sopa de aminoácidos no vácuo de espaço não vai simplesmente darem formas a si
mesmas a partir do nada.

Havia uma força existente, havia uma consciência existente dentro daquele
pequeno ponto onde ainda não havia se manifestado fisicamente. Antes da criação do
Universo, estas Três Forças primárias da natureza estavam contidas nisto que
chamamos de Absoluto, ou Ain pelos Cabalistas, além dos homens, dos mundos e dos
Deuses. Essas três forças primarias dentro do absoluto são uno, apenas uma.

A partir do momento em que se inicia a criação, este ponto se divide em dois,


dali saem o polo positivo e o negativo, o princípio Masculino e o princípio Feminino,
onde a partir da junção de ambos a terceira força pode se manifestar através do Filho.

Assim temos a manifestação Do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Em princípio


sendo UNO, não existem subdivisões entre si, cada um possui a mesma possibilidade
das outras duas.

O Gênsis se dá quando, o Primeiro Logos, o Pai, Cabalisticamente


representado pelo Sepher Kether, Ordena ao Terceiro Logos, o Espirito Santo,
representado pelo Sepher Chokmah que se una a sua esposa, a Materia Caótica, o
Caos, criando assim o Segundo Logos, o Filho, representado por Binah.

A partir da Criação, estas Três Forças foram as primeiras a serem criadas e


tudo se dá a partir delas, assim é nas cores, onde temos as Três Cores Primárias e
todas as demais se originam a partir delas.

O Absoluto, o Ain é representado pela cor Lilás, esta cor é o resultado das Três
que a original, sendo elas:
Azul: sendo a cor da manifestação do Pai
Amarelo: sendo a cor da manifestação do Filho
Vermelho: sendo a representação do Espirito Santo

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Tudo o que existe possui estes três aspectos, que são Luz, Calor e Som. Uma
cadeira é formada por átomos, e estes átomos tem movimento de certas partes ao
redor de seu núcleo e todo movimento produz Som. O movimento também produz
calor, ou quando corremos sentimos frio ? e com a produção do calor, produz certa
luz, que neste caso é imperceptível ao olho humano.

Luz, calor e som são as expressões físicas destas Três Forças Primárias, ou
Três Princípios Divinos e Criadores do Universo.

Kether – Som
Binah – Calor
Chokmah - Luz

Agora podemos observar nitidamente fora de nós como se manifesta a criação


divina através de todas as coisas, Através das Formas, das Cores, do Som, do
Movimento, e tudo isso temos ciência de existirem através dos nossos sentidos, que
nos proporciona experienciar tudo o que é criado de momento a momento,
percebemos que somos parte integral da natureza e a nuvem da obscuridade
ignorância nos impede de experienciar isso que é a realidade.

A Luz nos transmite alegria, ânimo de viver, e sabendo bem como a Luz
influência em nós, os cinemas utilizam tons de iluminação diferente para cada cena, a
fim de criar no espectador uma emoção.

A Variação da intensidade e tonalidade da Luz, é a variação da intensidade do


calor sobre a cor, dando a uma cor, diversas tonalidades.

Cores frias normalmente são utilizadas em cenas onde o tom da mensagem é


melancólico, enquanto crianças correndo com cachorros em um parque transmite
felicidade ao utilizarem cores mais quentes e vibrantes, o verde da grama mais
intenso, a cor do céu mais azulada e livre de nuvens, onde pássaros voam e cantam.

O Calor é a atuação do Espirito Santo, ou o Terceiro Logos, é a atuação física


deste Princípio, por isso não o vemos, apenas o sentimos. O calor atua dando a vida
e pondo em atividade a biologia e o funcionamento do organismo.

O calor faz com que haja a vibração, e a vibração nada mais é do que a
oscilação de ondas através de canais de frequência. Imaginemos uma corda de um
violão que é tocada, quanto mais lento a velocidade e mais baixa a frequência, mais
grave será o som, e quanto mais rápido for a velocidade de sua vibração, maior seria
sua frequência e mais agudo.

O Som é resultado da vibração, e esta atua estabilizando e organizando toda a


criação relacionando -se com a lei dos Sete ou das oitavas musicais, possibilitando
assim a criação.

Toda a matéria vibra e nossos ouvidos são capazes de captar a partir de


determinada frequência, por isso não ouvimos o som de uma cadeira, porém, é
possível ouvir quando há uma variação de temperatura, proporcionando uma
expansão com compressão dos átomos, fazendo com que estralem, este é o motivo
de ouvirmos o som de certas corsas estalando durante a noite, quando a temperatura
cai.

A vibração é responsável por manter as coisas como são, a agua com seus
átomos vibrando lentamente faz com que se agrupem devido à queda de temperatura

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e ausência de calor, causando a proximidade de solidificação do liquido, e vibrando
mais livremente quando exposta ao calor, tornando-as mais leves que o ar fazendo
com que evaporem.

Se neste exato momento toda a vibração fosse suspensa, reduzida a zero, tudo
deixaria de existir fisicamente e a matéria não se sustentaria.

Podemos identificar isso acontecer quando atingimos a frequência vibracional


determinada frequência vibracional fazendo com que uma taça de cristal estoure, ela
vibrou a um nível que não e capaz de suportar e dado a isso, estourou e se
descompôs da forma de taça para cacos espalhados.

Em nós, o Som flui em nossa psiquê, sobre o sistema nervoso e por


consequência influi sobre nossos órgãos físicos, auxiliando ou prejudicando o mesmo,
de acordo com a harmonia ou desarmonia do conjunto de sons, no caso, as músicas.

Aqui está a importância da qualidade musical nos ambientes que


frequentamos, as lojas utilizam músicas que causam a sensação de impulsividade,
fazendo as pessoas comprarem por impulso.

A máxima musical em sua forma de excelência é a música clássica, sua


complexidade de composição e sensações transmitidas pelos instrumentos. As notas
ecoam como belos contos e nos proporciona um estado vibracional de sutileza,
harmonia.

Para cristalizarmos a Luz em nós, devemos trabalhar com o Sacrifício pela


Humanidade, Com o Calor cristalizamos, com o trabalho da Alquimia o fator nascer,
afim de sutilizarmos nossos corpos internos, nossos corpos do pecado em corpos
solares, corpos de Luz, este trabalho se faz mediante o Terceiro Fator.

Entender a importância deste trabalho é urgente, tendo em mente que algo que
vibra mais grosseiramente, não consegue comportar uma vibração mais sutil em seu
interior, temos de trabalhar arduamente para transformar os corpos lunares em corpos
capazes de comportar a Luz. Aqui entendemos a diferença entre a Lua e o Sol, a Lua,
o máximo que consegue fazer é refletor a luz do Sol e jamais mostrar sua própria luz,
pois se o fizesse, explodiria.

Os Corpos Solares são os Reais Corpos Autênticos do Ser e o Ser não pode
habitar em um corpo que não o suportaria.

Com a morte psicológica, cristalizamos por fim o Som.

O Filho nos pede que nos sacrifiquemos, o Espirito Santo pede que nascemos
e o Pai, que morremos para que estes possam habitar e se cristalizar dentro de cada
um de nós, como seres autênticos. Homens no real sentido da palavra.

Assim nos tornamos novamente a imagem e semelhança do Criador, ou


Grande Arquiteto, como é conhecido por estudiosos maçônicos.

No dia em que uma pessoa seja capaz de aproveitar sua Luz para iluminar-se,
despertará sua consciência.

No dia que uma pessoa seja capaz de aproveitar sabiamente suas energias, com este
calor, o fogo, se transformará de Lunar a Solar.

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No dia que uma pessoa seja capaz de desenvolver sua própria nota musical mediante
uma transformação física e interna, se unirá com Deus.

Recordemos de três passagens nos textos bíblicos:

João 1-1 No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus, e
por ele todas as coisas foram criadas, e sem ele nada existe e teria sido criado

Salmos 19-7 Ele sai de um extremo do céu, e o seu percurso vai até o outro lado;
nada escapa ao seu calor”

1 João 1-5 Esta mensagem que dele ouvimos e que agora lhes anunciamos: Deus é a
Luz e nele não há trevas”

O som produz calor e o calor, coloca em atividade aquilo que estava adormecido
dentro de nós. Através do som, é possível regenerar nosso corpo físico e os corpos
internos para que assim possamos lograr êxito no despertar de nossa consciência e a
criação dos corpos solares para a expressão do ser.

Necessitamos de um corpo físico que esteja apto para o trabalho espiritual e


através do verbo conseguimos colocar em harmonia e equilibro os 7 centros do corpo
Astral, com os mantras, os Chakras vibram e passam a operar de forma harmônica.

Cada Chakra está relacionado com um poder latente adormecido no interior do


homem.

Para ativar o funcionamento desses centros e regenera-los bem como ao corpo


físico, deve se pronunciar de acordo com sua vibração particular, as 7 vogais da
natureza, cada vogal deve ser pronunciada de forma alongada, sem pressão sobre o
pulmão e mantendo o ritmo através do diafragma. Quando se trabalha com o
diagrama, sente-se a região da barriga.

Recomenda-se a realização da pratica pelo menos uma vez ao dia,


pronunciando cada vogal por 7 vezes, se não puder fazer em voz alta, mentalmente já
serve. As vogais são

Mantra I – Sahasrara - Chakra Coronário – Situado no topo da cabeça;


Mantra I – Ajna - Chakra Frontal – Situado entre os olhos no topo do nariz;
Mantra E – Vishuddha – Chakra Laríngeo – Situado na garganta;
Mantra O – Anahata – Chakra Cardíaco – Situado no Coração;
Mantra U – Manipura – Chakra Umbilical/Plexo Solar – Situado no Plexo solar;
Mantra A – Ananda Kanda – Chakra Pulmonar – Situado nos pulmões;
Mantra M – Swadhisthana – Chakra Prostático/Uterino – Situado na região prostática
ou uterina
Mantra S – Muladhara – Chakra Básico – Situado na região do Coccix

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Significado das 9 Sinfonias de Beethoven

Ludwig Von Beethoven, célebre compositor de música erudita, por seu talento
extraordinário foi elevado a um dos expoentes máximos dessa arte. Nasceu em
17/12/1770 e morreu em 26/03/1823.
No esoterismo gnóstico aprendemos que esse grande ser é considerado como
um grande hierarca das regiões musicais celestiais (Sexta Dimensão).
Cada uma de suas sinfonias foi idealizada para agir nas estruturas psicológicas
mais intimas do ser humano, enaltecendo os valores intrínsecos superlativos do
homem.

Primeira Sinfonia – é a do “Gênesis Psicológico” – Deve ser escutada para motivar-


nos em tudo o que queremos iniciar.

Segunda Sinfonia – é a da “Revolução Psicológica” – “Um complexo monstruoso, um


horrível dragão ferido contorcendo-se, que se nega e expirar e, ainda, que sangrando
no final, segue revolvendo-se e dando golpes com a cauda para todos os lados”
(Resenha publicada em maio de 1804por Zeitung Für Die Elegante Wait, de Viena)

Terceira Sinfonia – é a da “Buscado Equilibro”. – Deve ser ouvida para motivar-nos a


sair de estados de nervosismos excessivo, desânimo, descontrole, ansiedade,
pessimismo.

Quarta Sinfonia – é a “Sinfonia do Amor” – Nos motiva a sair dos estados de irritação,
egoísmo, vingança, ódio.

Quinta Sinfonia – é a do “Destino do Homem” – Nos estimula a traçar as estruturas do


que queremos ser na vida, ou seja, criar nosso destino.

Sexta Sinfonia – é a da “Heurística” – nos motiva a toda ação criadora, a todo


movimento que tenda a solucionar problemas.

Sétima Sinfonia – é a da “Exploração do Subconsciente” – para motivar a nossa


própria autoanalise, o nosso estudo axiológico”

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Oitava Sinfonia – é a da “Emancipação Psicológica” – deve-se escuta-la para motivar-
nos a mudança, à transformação, à transvalorização.

Nona Sinfonia – é a da “Sublimação” – para motivar-nos a escalar degraus dos


sentidos místicos, de espiritualidade, de devoção.

Tema 6

A Máquina Humana
O homem ao decorrer de toda sua história tem criado máquinas desde as mais
simples engenhocas até as mais complexas, e bem sabemos que para servir-se bem
de uma máquina é preciso estudar seu funcionamento, muitas vezes dedicando-se
anos afundo em estudo e aprendizado, uma vez que a tecnologia evolui, deve-se
aprimorar seus conhecimentos afim de operar maquinas cada vez mais evoluídas e
complexas. Porém, quando se trata de si mesmo, esquece totalmente deste fato,
ainda mesmo que seja a dele a máquina mais complexa de todas.

A Máquina da qual nos referimos é nosso próprio corpo. não nos ensinam a
como comandar esta maquina ficando-nos assim de tal forma, presos em seu
funcionamento mecânico e automatizado.

Um bebe se desenvolve sozinho, com força e dedicação afim de tomar controle


de seus movimentos buscando se sustentar, tornar-se funcional, depois que
aprendemos a andar, nada muito significativo é ensinado a nós sobre o funcionamento
desta belíssima máquina. A qual de fato sem ela não seria possível estarmos aqui e
estando aqui, foi constituída adequadamente para o cumprimento do propósito para o
qual foi criada.

Tal máquina não surge finalizada, nos é entregue de tal forma que podemos
fazer pequenos ou grandes ajustes, moderniza-la e torná-la uma versão mais evoluída
da de si mesma.

A Máquina humana não tem liberdade, funciona unicamente por múltiplas e


variadas influências e choques exteriores. Pode-se levar esta maquina da alegria à
tristeza em segundos, com uma palavra bela, toca-se o orgulho e esta sorri satisfeita,
ao ouvir uma palavra que desagrada, logo se entristece ou enfurece, como se
apertássemos um botão e assim vem a tristeza, o desanimo.

28
Uma máquina é formada por sistemas, onde cada parte cumpre com uma
função especifica, os quais todos estão interligados.

Possuímos Cinco Centros na máquina humana, são estes:

 Centro Intelectual – encontra-se no cérebro;


 Centro Motor – encontra-se na parte superior da espinha dorsal;
 Centro Emocional – encontra-se no plexo solar;
 Centro Instintivo – encontra-se na parte inferior da espinha dorsal;
 Centro Sexual – encontra-se nos órgãos sexuais.

O Centro Intelectual tem como função processar os pensamentos e raciocínios


tendo como dualidades opostas a Afirmação e a Negação, Tese e a Antítese, Sim e
Não. É desgastado por leituras prologadas, excesso de pensamentos e ociosidade. É
equilibrado pela Meditação, leitura de algo útil, que se possa praticar.

“O Uso prolongado de cada centro por mais de 2 horas faz com que a energia
acumulada neste centro se esgote e leve-o a puxar a energia de outros centros, que
possuem vibrações energéticas diferentes, hora mais sutil, hora mais densa, o que
danifica seu funcionamento uma vez que utiliza de energia de outro centro que de
certa forma é incompatível. Recomenda-se a variação do uso dos centros a cada duas
horas.”

O Centro Motor tem como função coordenar os movimentos, as ações físicas, sua
dualidade é Movimento e Repouso. É desgastado pelo excesso de movimentos, a
inércia, bem como por hábitos nocivos e mecânicos. É equilibrado quando fazemos
caminhadas, relaxamento, natação e exercícios equilibrados. Vemos que muitas
pessoas utilizam o centro motor de forma exagerada, fazendo em alguns casos que
deixe de funcionar, da mesma forma o sedentário que atrofia músculos e causa uma
serie de danos ao organismo.

O Centro Emocional tem como função processar os sentimentos e emoções,


tem como dualidade a Alegria e a Tristeza. É desgastado por emoções negativas,
conflitos, sentimentalismos, músicas desarmônicas. É equilibrado com músicas
harmônicas, inspiração, paisagens naturais, correta respiração. Vemos casos de
pessoas que de tanto receber fortes estímulos a nível emocional, deixarem de sentir
emoções, cada vez precisam de aventuras mas perigosas, alguns chegam a expor a
vida em busca de algo que lhe de alguma sensação, eis a morte do cetro emocional.

O Centro Instintivo coordena as funções de assimilação, digestão, circulação e


outros no organismo, tem como dualidade as sensações de Prazer o Dor, agradáveis
ou desagradáveis que estão relacionadas com os cinco sentidos:

 Visão
 Audição
 Tato
 Olfato
 Paladar

É desgastado pelo excesso de toda índole, desequilíbrio alimentar e de sono,


descontrole dos impulsos instintivos. É equilibrado com a alimentação balanceada,
bom descanso, exercícios equilibrados, dentre outras coisas.

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O Centro Sexual tem como função a criação e regeneração, tendo como
dualidade a Atração e Repulsão. É desgastado pelo desequilibro dos centros
anteriores, abuso sexual, má utilização das energias criadoras. É equilibrado através
do equilibro dos demais centros, exercícios respiratórios e sábio manejo das energias
sexuais. Bem vemos que uma pessoa que tem preocupações a nível intelectual,
problemas a nível emocional, cansaço no centro motor, alguma doença que influa no
próprio instinto, ou abusos no centro sexual, não conseguem utilizar o centro sexual,
demonstrando que o mal uso dos centros influência diretamente na parte sexual. Os
outros centros chegam a roubar energia do centro sexual quando a deles se esgota,
mas por ser uma energia de voltagem muito diferente, vem a causar dano a estes
centros.

Um centro não deve ser usado por mais de duas horas seguidas, pois vem um
desgaste e este deixa de atuar de forma adequada. Bem vemos uma pessoa que de
tanto pensar e raciocinar sobre um problema não consegue resolve-lo, e uma pessoa
que chega, não estando anteriormente usando este centro, resolve o problema com
tamanha facilidade. Quando um centro tá cansado, devemos utilizar os outros centros.
Por exemplo, se uma pessoa está emocionalmente abalada, pode utilizar do centro
motor e instintivo, fazendo uma caminhada forçada. Caso o problema for o cansado do
centro Pensante, pode utilizar os centros Emocional e Motor, ouvindo uma música ou
quem sabe caminhando e admirando a paisagem.

Centros – Funções – Localização – Características Opostas

Intelectual – Pensamento e Raciocínio – Cérebro – Afirmação / Negação


Motor – Movimento e Hábitos – Parte superior da espinha dorsal – Movimento /
Repouso
Emocional – Emoções e Sentimentos – Plexo Solar – Alegria / Tristeza
Instintivo – Orgânicas e Vegetativas – Cóccix – Prazer / Dor
Sexual – Criação e Regeneração – Órgãos Criadores – Atração / Repulsão

Comumente nossos agregados psicológicos manejam esta máquina humana,


fazendo com que a mesma sofra uma série de desgastes que fazem com que o
homem venha a ter menos tempo de vida, já que uma vez esgotado totalmente o
capital vital que possui determinado centro, este deixa de atuar. Por exemplo, existem
pessoas que perdem o movimento, relacionando-se ao uso extremo deste centro;
quantos loucos abundam nos manicômios, fruto do uso indevido do centro pensante.

30
Tema 7

O Mundo das Relações


Podemos dividir determinados campos do conhecimento como “Mundo” devido
sua vastidão. Assim é com as relações, onde vemos diversas vertentes diferentes
tratando do assunto, onde a discordância torna-se um complemento que liga cada um
dos aspectos que movem as Relações, tais como a psicologia, para compreensão de
nós mesmos, como nos portamos, o controle das emoções em situações extremas, a
filosofia, dentre tais existem muitas outras dentro desse Mundo.

Vemos aqui a exemplificação real do axioma hermético que nos diz: “Assim
como é encima, é embaixo, assim como é dentro, é fora”

Neste Mundo de Ralações, podemos manifestar apenas aspectos que


carregamos interiormente, criando assim o mundo ao nosso redor baseado na forma
como nos relacionamos com as pessoas e eventos que acontecem. Podemos ver que
existem dois mundos, o mundo exterior e o mundo interior. O primeiro é percebido
pelos sentidos de percepção externa, já o segundo só é percebido mediante o sentido
de auto-observação interna.

Atentamos ao fato de que, nossos pensamentos, emoções, anelos,


esperanças, desenganos, etc. são percebidos somente em nosso interior, invisíveis
para os sentidos ordinários, comuns e correntes, todavia são mais reais que a mesa
de refeições ou as poltronas da sala.

Todos os nossos sentidos estão voltados para o nosso interior, até mesmo as
expressões externas quem “nos chega através dos sentidos” ou seja, são percebidos
por nós em nosso interior, todas as informações são processadas em nosso mundo
interno.

31
Neste mundo secreto, amamos, desejamos, suspeitamos, bendizemos,
maldizemos, anelamos, sofremos, somos premiados, etc., etc.
Assim como existe um país com seus estados, cidades, internamente também,
porém que a nível psicológico. Nestas cidades existem áreas mais afastadas, onde se
encontram agregados psicológicos terríveis, Eus malvados, vilões, reflexo do que
existe no mundo externo, recordamos que: “Como é em cima é embaixo, como é
dentro é fora”

Sendo um mundo interno, analogamente podemos imaginar a divisão de


territórios, estes chamados de continentes, contendo países, sendo constituídos por
estados e municípios, nestes municípios existem suas divisões e assim
consequentemente.

Não é exagero afirmarmos a este ponto que cada um desses países falam-se
diferentes línguas, possuem diferentes leis e seus cidadãos agem de acordo com suas
necessidades individuais, não conversando muitas vezes entre si, falando línguas
diferentes e lutando para terem o domínio daquele país, consequentemente,
influenciar ativamente no funcionamento deste mundo, controlando esta máquina, a
qual está entregue a estes diversos cidadãos que habitam em nossa psique.

Nos contam que existem 49 níveis dentro de nossa mente, onde a partir de sua
origem, se ramifica em diversos traços psicológicos, conhecidos ou não.

Se tomarmos o corpo humano, veremos que este é formado por sistemas, e


que estes sistemas por sua vez são formados por órgãos, e que estes órgãos se
formam a partir de células e que as células, são a união de átomos. A sociedade da
mesma forma é composta por partes menores que tem como base o indivíduo. Muito
se fala que a humanidade vai mal, que a sociedade tem problemas, porém se a
sociedade vai mal, nós vamos mal, pois somos a própria sociedade. A sociedade é um
conjunto de indivíduos que coabitam simultaneamente em uma determinada região. O
indivíduo é a menor parte da sociedade, e se queremos ajudar a sociedade devemos
começar a ajudar a nós mesmos.

Como indivíduos, em verdade não temos individualidade, em verdade somos


um conglomerado de situações não resolvidas tanto pelos nossos familiares, amigos,
pessoas da sociedade quantos por nós mesmo. Não possuímos uma individualidade
única e sim, chamamos de individualidade o conglomerado de atributos dos quais se
somam em nós e damos um nome a ela, este é o nome que carregamos desde o
nascimento.

Se de fato, queremos ajudar a sociedade, devemos começar por nós mesmos,


fazendo uma mudança a nível interno, psicológico, emocional e físico, para que
mudando um átomo se mude uma célula, mudando uma célula muda-se um órgão,
mudando um órgão muda-se o organismo humano, sendo assim, mudemos a nós
mesmos.

O mundo das relações possui três aspectos muito diferentes, que


necessitamos aclarar de forma precisa. Primeiro, estamos relacionados com o corpo
planetário, melhor dizendo, o corpo físico. Segundo, vivemos no planeta terra e como
consequência lógica, estamos relacionados com o mundo exterior e com as questões
pertinentes a nós: familiares, negócios, finanças, questões profissionais, políticas, etc.
Terceiro, vem a relação do homem consigo mesmo. Para a maioria das pessoas este
tipo de relação não tem a menor importância, infelizmente se interessam apenas pelos
dois primeiros tipos de relações, vendo com tamanha indiferença o terceiro.

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Cuidar de nosso corpo é indispensável, e para isso devemos cuidar de ter
pensamentos adequados pois é algo que vai influenciar diretamente em nosso
funcionamento, não é por acaso que diversas pessoas sofrem de doenças
psicossomáticas. Saber respirar é algo fundamental para este corpo pois ninguém
consegue ficar mais que 4 minutos sem respirar, demonstrando a importância deste
alimento ao organismo humano, é mediante a oxigenação que levamos a vida a
nossas células e órgãos. O que comemos é algo que influência diretamente em nosso
organismo pois é a matéria que será usada para formar nosso corpo, é como uma
pessoa que vai fazer uma casa, se quer que dure, usará matéria prima de qualidade.

Temos que ter em conta que somos sempre vítimas das circunstâncias. É
lamentável que não saibamos organizar conscientemente as circunstâncias. Muitas
pessoas são incapazes de se adaptarem as coisas ou as pessoas ou ter verdadeiro
êxito da vida.
Devemos verificar em qual destes três tipos de relações estamos em falta, pois
pode ocorrer que estejamos mal relacionados com nosso corpo físico e que por
consequência disso estarmos enfermos. Pode ser que estejamos mal relacionados
com o mundo exterior e como resultado, tenhamos conflitos, problemas econômicos,
sociais e outros. Pode ainda, que estejamos mal relacionados conosco mesmos e
consequentemente sofremos muito por falta de iluminação interior.

Bem sabemos a importância dos Três Fatores da Revolução da Consciência,


estes são também a forma de equilibrarmos estes Três Tipos de Relações
anteriormente tratados.

Para equilibrar nossa relação com nosso corpo físico, precisamos viver o fator
Nascer, pois este nascimento alquímico, além da formação dos corpos internos,
permite a revitalização e regeneração do corpo físico, sendo este muito importante,
sendo o laboratório alquímico para a Grande Obra.

Para equilibrar nossa relação com a sociedade, necessitamos o sacrifício pela


humanidade, este nos permite conviver com as demais pessoas tendo sempre devida
harmonia, e o valor para podermos ajuda-los.

Para equilibrar nossa relação conosco mesmo, necessitamos morrer


psicologicamente, pois é a eliminação de nossos defeitos que as demais pessoas nos
impõe e nos levar a aflorar nossos defeitos de tipo psicológicos, sendo estes fatos que
nos permitem conhecer-nos de forma profunda. Na escola, jamais fugiríamos dos
professores que nos dão as melhores matérias a mesma forma não podemos fugir das
pessoas que nos mostram como os professores o que devemos eliminar de nosso
País Psicológico.

O uso da chave SOL nos trás para o momento presente, buscando voltar
nossa atenção para nós mesmos, Quem sou ? Onde estou ? O que estou fazendo
aqui ? assim, através do observador e observado, podemos voltar a atenção para a
situação na qual estamos e analisar o que se manifesta através de nós e como
portamos diante elas.

A noite filosoficamente representa a morte do dia e gesta o inicio de um novo,


quando vamos nos deitar, estamos nos preparando para o fim deste dia e o início do
próximo. Neste momento, devemos por sobre o veredito de nossa consciência como
nos portamos diante os eventos do dia que está se encerrando, para isso, usaremos o
exercício de retrospecção do dia. Assim como analisamos o ano que se encerra e
findamos planos para o próximo ano, isso ocorre diariamente a cada dia que se inicia.

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Deitado, relaxado, visualize seu dia de trás para frente, começando com o
momento que iniciou a pratica até o momento em que acordou. Não force ou avance a
memoria e nem se identifique com momentos, sente-se e observe em sua tela mental
como se assistisse a um filme e deixe fluir naturalmente, assim, junto com as
mentalizações, poderá regredir semanas, meses anos e até mesmo vida, uma vez que
temos um Chakra responsável pela recordação de nós.

Tema 8

O Caminho e a vida
O que é o caminho ?
O que é a vida ?

Necessitamos saber o que é a vida. Cada um é livre para opinar como quiser.
Mas, digam o que disserem, certamente ninguém sabe nada; a vida é um enigma que
ninguém entende

A Vida, podemos dizer que é uma Lei Natural caracterizada pela sucessão de
ventos que ocorrem em um determinado espaço de tempo em uma roda de
sucessões, onde termina um, inicia outro, formando uma corrente eterna de círculos e
repetições. A vida mecânica em que se encontra o ser humano, é uma sucessão de
eventos e estados psicológicos equivocados que conduzem a humanidade ao seu fim.

O Caminho, é sair das amarras que nos prendem a mecânica da vida através
de um trabalho verdadeiramente consciente para chegarmos à integração com Deus.
No caminho, nos libertamos das leis mecânicas da natureza, no caminho aprendemos
a eliminar de nós e termos domínio sob nossa natureza inferior e nos fusionamos com
a natureza superior que há em nós

A vida pratica é de onde tiramos o material necessário para que possamos nos
desenvolver e avançar no caminho. É na vida pratica que semeamos em um momento
e colhemos em outro. Colhemos sempre de acordo com o que plantamos e temos o
fruto de nossos esforços. O homem foi feito para a evolução e isso podemos perceber
observado os avanços sociais e científicos que a civilização alcançou, evoluiu
materialmente se distanciando ainda mais de sua natureza espiritual

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O caminho nos leva a libertarmo-nos de nossas angustias e aflições, nos
proporciona experienciarmos o sabor da alma ao invés de deleites passageiros entre
amarguras.

Enquanto a vida se move adiante, o Caminho nos eleva em estados interiores


da alma cada vez mais altos.

A Vida aparece em nós quando nascemos e se projeta na horizontal. Nos


primeiros anos, começamos a formar nossa personalidade, queiramos ou não
queiramos, é uma lei. Esta personalidade se forma de acordo ao exemplo que
recebemos das pessoas adultas que nos rodeiam e do meio ambiente em que nos
encontramos. A vida, como já dissemos, se relaciona nesta viagem de criança à adulto
e de adulto à velhice ou à morte. Esta vida se torna muito mecânica porque vai se
enchendo com as experiências negativas do que vivemos, dos costumes, dos
sofrimentos, dos complexos, colocando, a cada dia, a pessoa em situações mais
deprimentes e mais inconscientes.

O caminho é algo diferente, nele, saímos das leis mecânicas em que vida nos
tem trazido, colocado ou imposto. Nele, aprendemos a como dominar a nossa
natureza inferior e nos fusionarmos com a nossa natureza superior ou divina.
Aprendemos quais são e como cumprir as leis ou os mandamentos de Deus.
Aprendemos a produzir a Revolução da Consciência, que nos leva a um conhecimento
objetivo e real. No caminho, aprendemos a produzir um elemento de mudança para
mudar nossa forma de pensar, nossa forma de sentir e nossa forma de agir.
O Caminho segue pela vertical, tira-nos da mecânica horizontal pois
corresponde a um trabalho consciente, a vida continua a existindo porem, não mais de
forma mecânica mas sim consciente e dirigida pela Vontade. A Função da vida
mecânica é nascer, crescer, reproduzir-se e morrer, como vemos em todas as
espécies de animais, sem haver logrado nada objetivo para depois da morte.

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que
conduz a perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e
apertado o caminho que leva a vida, e poucos há que a encontrem” Matheus 7:13-14

Entramos na vida e com o desenvolver da personalidade, esquecemos de


nossa natureza, esquecemos qual é o objetivo pelo o qual viemos. Querer andar as
cegas por um caminho escuro certamente acarretara em erros, melhor seria termos
uma luz que nos guia, tal escuridão é nosso desconhecimento acerca da vida e a luz
que ilumina é a luz da consciência, que encontra-se adormecida, apagada, servindo
para iluminar a nós, tal qual faz uma pequena chama de uma vela em um ambiente
escuro. Devemos buscar por manter este fogo acesso e trabalharmos com ele afim de
que despertemos nossa consciência afim de que possamos recordar.

“Cavalga a Ave da Vida, se queres saber. Abandona a tua vida, se queres viver”

Três salas, conduzem ao fim dos trabalhos. Três salas, ó conquistador de


Mara, te trarão através de três estados até ao quarto, e daí até aos sete mundos, os
mundos do descanso eterno. Se queres saber os seus nomes, escuta-os e aprende-
os.
O nome da primeira sala é Ignorância - Avidya. É a sala em que viste a luz, em
que vives e hás de morrer.
O nome da segunda sala é a Sala da Aprendizagem. Nela a tua Alma
encontrará as flores da vida, mas debaixo de cada flor uma serpente enrolada.

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O nome da terceira sala é Sabedoria, para além da qual se estende o mar
sem praias de Akshara, a fonte indestrutível da onisciência.
Se queres atravessar seguramente a primeira sala, que o teu espírito não tome
os fogos da luxúria que ali ardem pela luz do sol da vida. Se queres atravessar
seguramente a segunda, não pares a aspirar o perfume das suas flores embriagantes.
Se queres ver-te livre das peias cármicas, não procures o teu Guru nessas regiões
mayávicas. Os sábios não se demoram nas regiões de prazer dos sentidos. Os sábios
não dão ouvidos às vozes musicais da ilusão.” H.P.B

“Uma pessoa é o que é a sua vida. Isso que continua além da morte é a vida. É
esse o significado do “livro da vida” que se abre com a morte. Olhada a questão deste
ponto de vista, estritamente psicológico, se tomarmos um dia qualquer da nossa vida,
veremos que ele é, de fato, uma pequena réplica da totalidade da nossa vida. De tudo
isso podemos inferir o seguinte: “Se um homem não trabalhar hoje sobre si mesmo,
não irá mudar nunca”. Quando alguém diz que quer trabalhar sobre si e não inicia
esse trabalho hoje mesmo, adiando-o para amanhã, sua decisão não passa de
simples projeto. Nada mais que isso, porque no hoje está a réplica de toda a nossa
vida. Existe por aí um ditado popular que diz: “Não deixe para amanhã o que pode
fazer hoje!” Se um homem diz: “Trabalharei sobre mim amanhã, nunca trabalhará
sobre si mesmo porque sempre haverá um amanhã”. Isso é muito parecido com
aqueles avisos que certos comerciantes colocam perto do balcão de seus negócios:
Fiado só amanhã! Quando algum necessitado chega para comprar fiado se depara
com o infeliz letreiro. Se voltar no dia seguinte, de novo encontrará a terrível frase.
Isso é o que, em psicologia, é conhecido como a “enfermidade do amanhã”. Enquanto
dissermos amanhã, nunca mudaremos. Necessitamos, com a máxima urgência,
começar a trabalhar sobre nós mesmos ainda “hoje” — e não ficar sonhando,
preguiçosamente, com um futuro próximo ou com uma oportunidade extraordinária.
Esses que dizem “primeiro vou fazer isto e aquilo e depois trabalharei sobre mim
mesmo”, jamais trabalharão sobre si mesmos. Esses são os “moradores da terra”,
mencionados nas sagradas escrituras. Conheci um grande fazendeiro que sempre
dizia: Primeiro preciso “me arrodear” [comprar as terras dos vizinhos]para depois
começar a trabalhar sobre mim mesmo. Quando adoeceu mortalmente, fui visitá-lo,
fazendo-lhe a seguinte pergunta: Ainda queres “te arrodear”? “Na verdade, lamento ter
perdido o tempo”, me respondeu. Dias depois morreu, após haver reconhecido seu
erro. Aquele homem tinha muitas terras, porém, ainda queria adonar-se das
propriedades vizinhas; queria “arrodear-se”, a fim de limitar sua fazenda exatamente
por quatro caminhos. “Para cada dia basta seus próprios afazeres”, dizia Jesus.
Devemos nos auto-observar hoje mesmo, no que diz respeito ao mesmo dia, que é
uma perfeita réplica de toda nossa vida. Quando um homem começa a trabalhar sobre
si hoje mesmo, quando observa seus desgostos e penas, segue pelo caminho do
êxito. Pensum de Estudos Gnósticos para Primeira Câmara V. M. Lakhsmi Sumário
184 Lição 8 - O Caminho E A Vida Não é possível eliminar o que não conhecemos.
Antes, devemos observar os nossos próprios erros. Necessitamos não só conhecer o
nosso dia, como também a nossa relação com ele. Há certo dia ordinário que cada
pessoa experimenta diretamente, exceto os acontecimentos insólitos e inusitados.
Torna-se interessante observar a recorrência diária, a repetição de palavras e
acontecimentos, nossa relação com as mesmas pessoas, etc. Essa repetição ou
recorrência de eventos merece ser estudada; ela nos conduz ao autoconhecimento” –
SAW

A Vida é Horizontal --- e o Caminho é Vertical e a junção destes, formam a Cruz do


Calvário onde Cristo se sacrifica por nós. Todos estamos vivos e percorremos nosso
caminho e Cristo se sacrifica sempre no encontro destes dois.

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Tema 9

O nível de ser
“Ser ou não Ser, eis a questão”

Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Para que vivemos? Por
que vivemos? Sem dúvida, Não só não sabemos, como nem se quer sabemos
que não sabemos. O pior de tudo é a situação, bastante difícil e bastante
estranha, em que nos encontramos. Ignoramos o segredo de todas as nossas
tragédias e, no entanto, estamos convencidos de que sabemos de tudo.

Porque nos ocorre estas situações da vida ?

Recapitularemos um pouco do que foi abordado nos temas anteriores.


Através de nosso corpo físico, se manifestam estes três aspectos: a
Personalidade, a Essência e o Ego.
Se formos observar cada Ego em ação, veremos que existem variações da
intensidade ou gravidade das ações dessa manifestação de acordo com o
indivíduo que o carrega e o quanto foi alimentado e robustecido.
De acordo com a Lei da Ressonância, a Vibração em um ponto faz com que,
em outro ponto faça vibrar aquilo que estiver afinado com esta mesma
frequência, como ao tocar uma nota de um piano em um canto da sala,
ressoará, inevitavelmente, no segundo piano no outro extremo da mesma sala,
na mesma nota. Assim, podemos dizer que; de acordo com a vibração de

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nossos egos, atrairemos para nós, situações e circunstancias favoráveis a
certos acontecimentos de vibrações semelhantes.

A soma dessas vibrações compõe a nossa egrégora particular, o que resulta


na atração das circunstancias favoráveis para que aquilo que interiormente
carregamos seja materializado, exteriorizado. Como no caso de uma pessoa
que tem por ódio, o desejo da vingança contra outra pessoa, que nutrirá este
desejo até que haja as circunstâncias favoráveis para que a trama ocorra.

Quanto mais baixa a vibração de nossa egrégora, ou do corpo Corpo Astral,


também chamado de Corpo dos Desejos, mais baixo será o novel dos
ambientes aos quais este corpo se submeterá, e lá, encontrará pessoas de
semelhante vibração. Assim, atraindo para sí as circunstâncias favoráveis. É
certo que uma pessoa honesta, não se sentará com desonestos para tramarem
um golpe ou atentarem contra a vida de outra pobre pessoa. Porém, além do
nosso Corpo Astral, possuímos outros Sete Corpos, os quais, também
possuem sua vibração particular. Devido ao estágio avançado da degeneração
em que nos encontramos neste momento da história humana, estes corpos
encontram-se “calcificados” , podemos dizer que funcionam como a lua, que
reflete a luz do Sol mas não são o sol em si, estes 7 Copos que encontram-se
em estágio Lunar não podem nem gerar luz por si mesmo quanto comporta-la
em seu interior, uma vez que não suportariam devido a incompatibilidade de
suas vibrações. Para lustrar e compreendermos melhor, um pensamento de
compaixão não surgirá na mente de um indivíduo que sente-se bem ao destruir
outras pessoas, uma vez que este pensamento é mais sutil, pode até surgir
porém não se sustentará e inevitavelmente, a mente se ocupará com novos
planos para destuir a vida de outras pessoas. Uma vez que estes corpos estão
em baixa vibrações, atraem apenas amargos prazeres e lamentações.
Podemos dizer que na mente, quando não está silenciada ou não há bons
pensamentos, nossas emoções ficam densas, amargas, assim também é com
nosso corpo Vital e corpo Causal.

É assim que nos nivelamos na vida, de acordo com nossas escolhas.


Inevitavelmente, no campo espiritual, estamos em um estágio avançado de
degeneração moral e deturpação dos valores e princípios divinos, deturpação
da linguagem e relativização dos reais significados que carregam, o que se
reflete na sociedade em que vivemos, como abordamos no tema 7.

“A única coisa importante é o modo de ser de cada pessoa. Alguns são


bêbados; outros, abstêmios; alguns são honrados e, outros, sem-vergonha. De
tudo há na vida... A massa é a soma dos indivíduos. Portanto, assim como é o
indivíduo assim será a massa, o governo, etc. Sendo a massa a extensão do
indivíduo não será possível a transformação das massas, do povo, enquanto o
indivíduo, cada pessoa, não se transformar. Ninguém pode negar que existem
distintos níveis sociais. Há pessoas de igreja e de prostíbulo, de comércio e de
campo, etc. Logo, há também distintos níveis de ser. O que internamente
somos — magníficos ou mesquinhos, generosos ou sovinas, violentos ou
pacíficos, castos ou luxuriosos — assim também serão as diversas
circunstâncias da nossa vida. O luxurioso sempre atrairá cenas, dramas e
tragédias de lascívia e luxúria, acabando por se envolver nas mesmas. O

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bêbado atrairá outros bêbados e sempre se verá metido em bares e cantinas.
Isso é óbvio! — Quê atrairá o usurário? O egoísta? Quantos problemas!
Desgraças! Cadeia! No entanto, as pessoas amarguradas e cansadas de
sofrer têm vontade de mudar, de virar a página de sua história. Pobre gente!
Querem mudar e não sabem como! Não conhecem o procedimento! Estão
metidas numa rua sem saída... O que lhes aconteceu ontem continua
acontecendo hoje e se repetirá amanhã. Sempre cometerão os mesmos erros.
Não aprendem as lições da vida nem a canhonaços. Repetem sempre a
mesma história: dizem as mesmas coisas, fazem as mesmas coisas e
lamentam as mesmas coisas. Esta repetição aborrecida de dramas, comédias
e tragédias continuará enquanto carregarmos em nosso interior os indesejáveis
elementos da ira, da cobiça, da luxúria, da inveja, do orgulho, da gula, da
preguiça, etc. — Qual é o nosso nível moral? Melhor diríamos, qual é o nosso
nível de ser?

O que é Ser ? Este é nosso Principio Divino, é a soma de todas as virtudes que
possuímos, é indefinível para a mente, pois esta não consegue compreendê-lo.
O ser é o Ser e a Razão de ser do Ser é o Próprio Ser. O Ser é o que sempre
foi e o que sempre será. É Deus dentro do Homem.”

Tratando de forma psicológica e alegórica, existe uma escada que


simboliza o quão próximos estamos de nosso Real Ser, isto determinado pelo
estado interior de nossa consciência. Imaginemos que esta escada se
apresenta com infinitos degraus que se estendem de baixo para cima
verticalmente, cada um destes degraus representam os distintos Níveis de Ser,
quer dizer, o quanto expressamos de nosso Real Ser.

Cabe a nós, analisarmos em qual degrau desta escada maravilhosa nos


encontramos mediante a observação das nossas ações, pensamentos e
relações para com as coisas humanas e divinas. Observando e anotando os
vícios e defeitos que manifestamos diariamente nesta vida para que; uma vez
reconhecidos, estudados tais quais como são, devemos chama-los pelos
nomes, nomear nossos vícios em nosso caderno de estudos particular,
devemos chamar pelo nome para que não nos enganemos e assim possamos
ser honestos para conosco. Se temos o vício da negligencia e buscamos a
disciplina e prudência, devemos nomear nossa preguiça e de fato vermos
realmente como são, uma vez que conhecemos o nome do demônio que
carregamos, adquirimos poder sobre ele e assim, torna-se mais fácil o seu
domínio.

Na história da vida, alguns nascem bem afortunados enquanto outros,


herdam dividas e misérias de seus antepassados. Assim como podemos
nascer em boas condições matérias e chegar ao fim de nossas vidas tendo
reduzido a pó todas as nossas oportunidades e deixarmos de herança uma
vida de lamentação e sofrimento, podemos ascender e superar as barreiras
materiais e financeiras e chegamos a velhice tendo nos superado
materialmente. Assim também podemos e devemos fazer em nosso mundo
espiritual.

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Devemos buscar, não somente a superação material, como também a
espiritual através de esforços e padecimentos voluntários. Não há delito em
nos desenvolvermos materialmente mas sim em buscar substituir as conquistas
perenes da alma com aquilo que pertence ao tempo e com o tempo se
encerrará.

Assim deve seguir o Ser em busca do caminho do Homem Equilibrado,


que ele nada possui mas tudo lhe é dado.

O equilibro da vida material e espiritual nos proporciona elevarmo-nos de


forma significativa, cada vez mais próximas ao ideal divino arquitetado para nós
pelo criador, ou, grande arquiteto do universo, quele que é nosso Real Ser, que
construímos em nós diariamente enquanto buscamos a revolução de nossa
consciência.

Em qual nível ou degrau desta escada nos encontramos ? Como são as


situações que nos são apresentadas e como agimos ao nos depararmos com
ela ? Como são nossos amigos e como somos nós, enquanto amigo dos outros
?

Continuemo-nos observando de instante a instante afim de nos que


encontrarmos no momento presente, buscando recordarmo-nos diariamente de
cada momento para que possamos ver e estudar cada falso aspecto sobre nós.

Buscamos ser livres e o preço da liberdade é a eterna vigilância, uma


vez despertos, curemo-nos para que não caímos novamente no
adormecimento de nossa consciência devido as seduções dos sentidos.

“São precisamente as virtudes os requisitos essenciais para o Despertar da


Consciência. Ela desperta à base de Purificação, Santificação, Vocalização e
Meditação”

Através do enriquecimento de nossas virtudes mediante o resultado da soma


de nossas ações diante de situações que nós é apresentada, elevamos nosso
espirito.

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Tema 10

O decálogo
“á afirmamos e repetimos que o Homem Espiritual é um trio de: Corpo,
Alma e Espírito; o confirmam as Sagradas Escrituras. (Tessalonicenses, 5 - 23)
Esse trio é a condensação das Sete Modificações da Energia Universal, Causa
Causorum de tudo quanto existe. O homem é de natureza divina e humana,
Espírito e Matéria; é o livro dos Sete Selos do Apocalipse de São João. O
corpo físico por sua densidade, serve de veículo à Alma, para sua evolução no
mundo da matéria. A Alma não é o Espírito, nem o Espírito é a Alma. A Alma
está constituída pelos valores conscientivos obtidos em cada encarnação. O
Espírito é a Faísca Divina, desprendida do Seio do Absoluto naquele
amanhecer da vida.”

A linguagem é um dom especial dado a nós, através dela, pensamos,


nos comunicamos, nos declaramos, nos expressamos.

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A linguagem não é nata do ser humano, como podemos ver,
desenvolvemos conforme o contato com a língua porém, a capacidade de
desenvolvimento da linguagem e da comunicação no indivíduo é algo de sua
natureza, sendo assim, estuda e aprende seus variados aspectos.

Tudo nesta criação é duplo, tudo tem seu oposto conforme o axioma
hermético de que, o que está em cima é como o que está em baixo, assim
como é dentro, será fora.

Na linguagem não é diferente, sabemos que existem várias formas de


linguagem e escrita, desde argumentativa dissertativa até as satíricas,
significado denotativo e conotativo.

A letra é uma forma que exprime em si, incontáveis conhecimentos e


estes vivem ao longo da história.

Mt 13, 10-17

“Os discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: Por que lhes falas
em parábolas?
Respondeu Jesus: Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino
dos Céus, mas a eles não.
Ao que tem se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem, será tirado
até mesmo o que tem.
Eis porque lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não
ouçam nem compreendam.
Assim se compre para eles o que foi dito pelo profeta Isaias: Ouvireis com
vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis,
porque o coração deste povo se endureceu: tamparam os seus ouvidos e
fecharam seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não
ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os
sare.
Mas quando a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque veem! Ditosos
os vossos ouvidos porque ouvem!
Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que
vedes e não viram, ouvir o que ouvis e não ouviram.
Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador.
Quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem
e arranca o que foi semeado no coração. Este é aquele que recebeu a
semente à beira do caminho.
O solo pedregoso em que ele caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra
ouvida, mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma
perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda.”

De forma semelhante foi dito:

“Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos vossas pérolas,
para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos
despedacem.

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Assim como existem duas doutrinas distintas, a doutrina do olho e a doutrina
do coração, na linguagem, existem duas vertentes, a da letra viva e a da letra
morta.

Aquele que segue a doutrina do olho, inevitavelmente interpreta e incorpora a


letra morta, uma vez que não consegue ver a verdade oculta em seus
simbolismos linguísticos. A Doutrina do Coração nos proporciona compreender
a letra viva, a real mensagem deixada pelos mestres, da forma qual, buscando
nos será dado as chaves dos mistérios que abrem as portas do conhecimento
afim de que possamos compreender os Mistérios do Reino dos Céus.

A Doutrina do olho, através da letra morta, bate a porta da relatividade e define


as coisas de forma subjetiva de acordo com seus preceitos individuais,
enquanto a doutrina do coração mediante a letra viva, proporciona observar as
coisas a partir de preceitos divinos encarnados em nós mediante a busca da
purificação de nosso corpo, coração e mente.

Para que possamos seguir fielmente neste caminho de retorno a casa do pai
como o bom filho pródigo que somos, nos foi dado 10 regras básicas,
fundamentais e universais, afim de que possamos sair vitoriosos em nossa
missão.

Para que possamos compreender este conhecimento de caráter divino,


precisamos aprender a identificar a letra viva, o que nos leva a identificar neste
caso a necessidade de não abordarmos literalmente as informações mas sim,
interpretarmos seu significado oculto.

Em certas épocas da humanidade surgem Homens que a eles são


dadas a missão de salvação de povos, como no fim do Antigo Egito surgiu
Moisés, para libertar o povo de Israel.
Moisés foi um Grande Iniciado, que ficou responsável por libertar do
Egito o Povo de Israel. Em época semelhante à nossa, onde havia grande
amor pelo dinheiro e pela satisfação dos prazeres dos sentidos externos.
“Então Deus pronunciou todas estas palavras; Eu sou o Senhor, teu
Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses
diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que
está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da
terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o
Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniquidade dos pais nos filhos,
nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia
até a milésima geração com aqueles que me ama e guardam os meus
mandamentos. Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em prova de
falsidade, porque o Senhor não deixa impune aquele que pronuncia o seu
nome em favor do erro.
Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás durante seis dias e farás
toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor,
teu Deus, não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem
teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que está de teus
muros.

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Porque em Seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há, e
repousou no sétimo dia; e, por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o
consagrou.

Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra o
Senhor, teu Deus, te dá.
Não matarás.
Não adulterarás.
Não furtarás.
Não darás falso testemunho contra teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo,
nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que
lhe pertença.

Estas são as 10 regras básicas, porém, fundamentais para aqueles que


buscam compreender os fundamentos da Alquimia deixada por Paracelso.

Em síntese:
1 – Amar a Deus obre todas as coisas;
2 – Não Jurar seu santo nome em vão;
3 – santificarás as Festas;
4 – Honrar Pai e Mãe;
5 – Não Matar;
6 – Não Fornicar;
7 – Não Furtar
8 – Não levantar falsos testemunho nem mentir;
9 – Não Adulterar;
10 – Não Cobiçar os bens alheios.

Traremos a Luz da Gnosis, de definir até onde possível seja, tais fundamentos:

Amar a Deus sobre Todas as Coisas

Sem lugar a dúvidas, este é o Mandamento mais complexo de definir. Para


amar a Deus, é necessário compreender e saber onde está.
É absurdo amar o que não compreendemos nem sabemos onde encontrar.
Deus está em todas as partes por essência, presença e potência, disse um
iniciado. Deus está nas alturas, dizem os Evangelhos Cristãos. Alturas
equivalem a Céus. É infantil pensar que alturas estão no espaço infinito.

Conhecemos seus atributos e vemos seus efeitos, mas desconhecemos a


causa. Manifesta-se pela simpatia e pela força de atração. É o sentimento mais
puro que se traduz em fatos e não em boas razões. É o impulso que infunde
vida, felicidade e harmonia. É a própria força criadora em ação.
Deus é, a máxima excelência suprema de todas as coisas, meios e ideais, é
nele que que atribuímos aquilo que, para nós, seres finitos e limitados, somos
incapazes de fazer ou atingir, de tal excelência que o que lhe define é a
divindade. São todos os valores mais puros e elevados que, dentre os homens,

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é impossível de existir devido a degeneração e distanciamento de nossos
princípios divinos.
Pensa o homem em compaixão, porém, incapaz de perdoas aos outros e a si
próprio.

Pensar em nós como seres divinos soa estranho a qualquer um que, julga a si
mesmo como pecador, o plano divino para muitos, existem apenas em outros
níveis, para alguns,

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