produção do sujeito, que lhe permite apresentar-se ao mundo e reconhecer-se como alguém único, a Psicologia construiu o conceito de identidade. Carlos R. Brandão diz que a identidade explica o sentimento pessoal e a consciência da posse de um eu, de uma realidade individual que torna cada um de nós um sujeito único diante de outros eus; É o conhecimento individual de minha exclusividade, a consciência de minha continuidade em mim mesmo. É na relação com o outro que nos constituímos e nos reconhecemos como sujeito único. Segundo o psicanalista André Green, o conceito de identidade agrupa várias ideias, como: A noção de permanência, de manutenção de pontos de referência que não mudam com o passar do tempo. Por exemplo;
O nome de uma pessoa, suas relações de
parentesco, sua nacionalidade, são aspectos que, geralmente, as pessoas carregam a vida toda. Assim, o termo identidade aplica-se à delimitação que permite a distinção de uma unidade. Várias correntes da Psicologia nos ensinam que o reconhecimento do eu se dá no momento em que aprendemos a nos diferenciar do outro. Eu passo a ser alguém quando descubro o outro e a falta de tal reconhecimento não me permitiria saber quem sou, pois não teria elementos de comparação que permitissem ao meu eu destacar-se dos outros eus. Dessa forma, podemos dizer que a identidade, o igual a si mesmo, depende da sua diferenciação em relação ao outro. Identidade:
O que sou e quero ser, sendo que, o que
quero ser (o futuro) já constitui o que sou (o presente). Mas, alguém é sempre igual a si mesmo? Há a possibilidade de mudança de identidade? Se a resposta for afirmativa, estará ocorrendo perda de identidade? Estas perguntas são importantes porque introduzem a ideia fundamental de que a identidade é algo mutável, em permanente transformação. Assim, chegamos a um ponto bastante interessante! Como é possível alguém mudar e continuar sendo igual a si mesmo? E é exatamente isso o que acontece. Pense em si até onde sua memória alcança e repare que você e as pessoas nunca duvidaram que você seja você mas, ao mesmo tempo, quantas mudanças ocorreram! No entanto, não somos aquilo que realizamos. Afinal não somos personagens inventados para roteiros preestabelecidos. SUBETIVIDADE HUMANA Construímos nossa identidade a parte de uma subjetividade. E como isto acontece? História de Vida Memória Emocional Valores intrínsecos Cultura Subjetividade Experiências pessoais Conhecimentos adquiridos Vivências afetivas Maneira como vemos a vida
Forma como reagimos à dor
Julgamento que damos aos fatos
Subjetividade Opiniões que formamos do outro
Compreensão que temos das relações
Prioridades que estabelecemos na vida
Visão que temos do futuro e dos sonhos
Por isto somos completamente diferentes uns dos outros... Teoria dos 4 EUs 1. Eu sei e os outros também 2. Só os outros sabem
3. Só eu sei 4. Nem eu nem os outros sabem.
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS Eu e os outros EU ABERTO conhecemos Menos erros de interpretação. Norma de franqueza. Espontaneidade. Menos gasto de energia. Confiança mútua. Criatividade. Corresponde a IMAGEM ABERTA ou SERENA Eu sei quem sou e os outros também. É a parte da janela que mostra a parte fundamental do nosso relacionamento com os outros, porque somos capazes de revelar-nos conscientemente. Esta parte se abre na medida em que a confiança e a verdade aumentam. O grupo EU CEGO conhece e eu desconheço Crítico. Egocêntrico. Exagerado nas convicções. Autoritário. Gera hostilidade. Corresponde à IMAGEM CEGA ou OLHAR DOS OUTROS. É o que não percebemos de nós mesmos mas que os outros percebem. O que os outros pensam de nós e não sabemos. Os outros também tiram conclusões a nosso respeito e não revelam com medo de magoar-nos ou até porque, às vezes, não permitimos. É difícil aceitar críticas, sugestões sobre o nosso modo de ser. Até as pessoas mais chegadas desistem de querer ajudar-nos, pois não aceitamos que os outros se intrometam em nossa vida. As pessoas bem sucedidas sempre souberam ouvir os outros. Eu conheço e o EU SECRETO grupo desconhece Pergunta sobre si. Sabe a posição dos outros. Sentimento de rejeição. Baixo risco. Controle dos outros. Desconfiança/reserva. Irritação/retraimento. Corresponde à IMAGEM SECRETA ou FACHADA É o que sabemos de nós mesmos mas não revelamos: é nossa parte secreta, a nossa intimidade. São aquelas coisas que pensamos ou fazemos e que não queremos revelar por medo, por insegurança, por vergonha e que temos medo de que os outros saibam e podem nos condenar, nos dominar e até cortar o relacionamento conosco. EU Eu e o grupo DESCONNHECIDO desconhecemos Potencial inexplorado. Criatividade reprimida. Relacionamento interpessoal. Comportamentos rígidos. Aversão a riscos. Observador. Burocrata. Corresponde à IMAGEM DESCONHECIDA ou SUBTERRÂNEA É a parte desconhecida de nós e dos outros. É tudo o que se passou em nossa história e que está inconsciente e que ainda não foi explorado.