Você está na página 1de 29

Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

ROSSANDRO KLINJEY 1
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

SUMÁRIO
Introdução ...................................................................................................................................... 3
Autoconhecimento sem julgamento .......................................................................................... 5
Aprender a conhecer-se .............................................................................................................. 7
Questionário de auto-observação ............................................................................................. 16

ROSSANDRO KLINJEY 2
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

INTRODUÇÃO

ROSSANDRO KLINJEY 3
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

A mente humana tem camadas de consciência. Por isso, organizamos as informações


externas e nossas demandas internas, funcionando como um grande arquivo.

Freud definiu como consciência tudo aquilo que é percebido em dado momento. Por
exemplo, neste momento você tem consciência de que está lendo um e-book que vai
abordar assuntos relacionados à autossabotagem.

Nós também temos uma pré-consciência, responsável por arquivar em nossa memória
algumas informações, como nomes de pessoas e lugares, o que aprendemos na escola,
o que gostamos e não gostamos, entre outras coisas.

Já no nosso inconsciente, constam questões que muitas vezes ainda não conseguimos
responder, como por exemplo: por que começamos uma atividade que consideramos
importante, mas não conseguimos terminá-la?

Por que traçamos planos, mas não executamos? Por que temos comportamentos que
sabemos que não são positivos, mas não conseguimos mudar? Todas essas respostas
se encontram no nosso inconsciente, inclusive os ciclos de autossabotagem que ainda
não conseguimos quebrar.

De que maneira podemos identificar a autossabotagem? À medida em que adquire


consciência dos processos, você passa a ter dimensões e noções de como resolver
essas demandas.

Imagine que você está em um quarto escuro. Em curtos períodos de tempo você sente
alguns impactos no corpo. São pedradas. Por estar escuro não há a possibilidade de
se esquivar. Um tempo depois você encontra um fósforo e a chama permite que você
enxergue de onde as pedras vêm, mas ainda não sabe quem está te jogando pedras. De
repente a luz do quarto se acende. Agora é possível saber de onde as pedras vêm, qual o
tamanho delas e quem está atirando essas pedras em você, sendo possível se esquivar
e se proteger.

No exemplo dado, você se assustaria ao perceber que você estava atirando pedras em si
mesmo?

A autossabotagem pode ser uma reação a crenças, traumas e experiências dolorosas


que passamos em algum momento da nossa vida.

ROSSANDRO KLINJEY 4
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

AUTOCONHECIMENTO
SEM JULGAMENTO

ROSSANDRO KLINJEY 5
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

Conhecer a si mesmo nem sempre é uma tarefa fácil e muitas pessoas não sabem como
fazer isso. Nós estamos tão condicionados à busca por perfeição em todas as áreas da
nossa vida, que acabamos deixando passar momentos e acontecimentos que não se
encaixam nesse conceito, mas que fazem parte da nossa história, logo, eles também
fazem parte da construção do nosso eu interior.

Se deixamos de perceber esses fatos e momentos, deixamos de viver as nossas


potencialidades de maneira integral. A busca pela perfeição em muitas áreas da vida
acaba nos levando a ocultar as nossas conquistas por sempre estarmos focados em um
objetivo ideal. Querer sempre dar o seu melhor não é ruim, mas é preciso desconstruir o
desejo de idealizar ações, relações e vidas perfeitas.

A culpa é uma emoção humana. Em alguns momentos, ela é importante para que
possamos identificar ações e palavras que machucam outras pessoas ou a nós mesmos.
O problema surge quando sentimos a culpa de forma compulsiva, descompensada, em
forma de pensamentos que muitas vezes não são reais.

Nós não podemos viver uma vida completamente livre e longe da culpa, mas é possível
mantê-la dentro dos limites saudáveis.

Imagine que você vai a um encontro consigo mesmo nesta noite. Nele você precisará
ouvir tudo o que o seu interior precisa te dizer, sem fazer nenhuma intervenção. Será
preciso que você tenha empatia consigo, além de precisar acolher e abraçar tudo aquilo
que a sua consciência julgar como um defeito. Somente assim será possível identificar
os motivos da sua autossabotagem e trabalhar para romper com esses ciclos.

ROSSANDRO KLINJEY 6
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

APRENDER A
CONHECER-SE

ROSSANDRO KLINJEY 7
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

A maior parte dos conflitos que experimentamos na vida surge por conta de algo que
ainda não acessamos: a parte da nossa personalidade que não nos é conhecida, o
inconsciente.

O inconsciente tem como objetivo filtrar parte do que não serve para estar o tempo
inteiro no consciente. Ele funciona como um mecanismo que nos protege de traumas e
processos difíceis de lidar. Por exemplo, muitos eventos traumáticos, que ocorrem na
infância, são relegados ao inconsciente, mas isso não os extingue. Eles permanecem
existindo e por vezes vem à tona em ciclos de autossabotagem.

“Reconhecer e acolher as sombras que temos nem


sempre é algo agradável, pois, às vezes, é melhor
que não tomemos ciência daquilo que foi jogado para
o inconsciente como um mecanismo de defesa.”

A sombra é uma parte de quem somos, que não queremos apresentar para o mundo, por
isso nós criamos mecanismos diferentes para escondê-las, disfarçá-las ou negá-las.
Por exemplo, a pessoa que somos em casa não é a mesma que somos no trabalho ou
entre amigos. E é claro que viver com muitos personagens dá muito trabalho. Quanto
mais coerência tivermos, mais equilibrados e saudáveis seremos. Porém, conquistar
essa coerência não é algo fácil, afinal, todos nós temos um lado que não queremos
demonstrar e, ao mesmo tempo, sofremos um conjunto de influências e pressões para
sermos quem nós somos.

Existe até um trecho poético de Fernando Pessoa que nos diz:

“Eu sou algo entre aquilo que eu quis ser e o que


quiseram fazer de mim.”

As pressões externas tentam nos encaixar em padrões e em rótulos que, às vezes,


precisamos ceder para que possamos nos relacionar bem com o nosso “eu interior” e
com as pessoas que convivem conosco.

A grande questão é a seguinte: Até que ponto nós podamos o nosso desejo, porque
acreditamos que seremos julgados pelos outros? Ou então, aceitamos no outro algo
que nos incomoda, pois pensamos que, talvez, expressar o que achamos pode tirar esse
alguém das nossas vidas?

ROSSANDRO KLINJEY 8
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

“É preciso entender que luzes e sombras não são


excludentes, mas devem tender ao equilíbrio.”

Conhecer essas sombras não é algo agradável. Isso significa dizer que estamos
conhecendo algo em nós que nem sempre queremos admitir que existe.

Há um sistema clássico dentro do desenvolvimento da psicanálise criado por Freud


quando ele escreveu Os Mecanismos de Defesa do Ego: A PROJEÇÃO.

Em resumo, a projeção é uma tendência nossa de transferir para o outro aquilo que é
meu, porque eu não quero sentir isso em mim. Eu decido projetar no outro porque é
mais fácil para o meu ego lidar com isso dessa forma.

Vez ou outra você antipatiza de maneira gratuita com uma pessoa sem nem
conhecê-la? Ela pode representar algo que há em você e que ainda não foi trabalhado
como deveria. Essa pessoa acabou nos revelando algo que nos pertence e que não
estamos dispostos a enxergar.

Essa projeção deve se revelar em nós para que seja possível trabalhá-la.Aquilo que não
gostamos, podemos mudar em nós, mas não no outro.Para mudar em nós precisamos
adquirir consciência de que parte do que projetamos no outro está em nós e por isso
merece nossa atenção.

Aconteceu uma cena comigo que é muito interessante. E eu gosto de falar sobre isso,
porque existem várias situações em que eu continuo num processo constante de
desenvolvimento pessoal e buscando saber quem eu sou, entendendo a dinâmica da
minha personalidade. Esse desenvolvimento elucidará também quais são os pontos do
meu inconsciente que podem estar me impedindo de seguir a minha rotina e vida.
Vamos à história.

Um colega de trabalho me chamou num estacionamento para mostrar algo, era final
de sexta-feira a tarde, gosto de dizer exatamente a hora e o dia, porque ele acabou
com o meu final de semana. Na verdade eu acabei, mas vocês vão entender por que
estou dizendo isso.

Chegando ao estacionamento ele me mostra o carro novo que ele comprou. Primeiro,

ROSSANDRO KLINJEY 9
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

fiquei desconcertado, porque o carro que ele me mostrou era exatamente o mesmo que
eu gostaria de comprar. Pensando: “Por que não eu?”.

Vamos entender a persona: o colega me mostrando o carro e todos os seus itens, o que
ele fazia e as suas tecnologias e ao mesmo tempo eu estava completamente irritado,
porque no fundo eu queria o carro para mim, mas o pior disso tudo é você fingir que
está feliz pela conquista do outro e por dentro irritadíssimo, pois queria que aquilo
estivesse acontecendo comigo.

Constatamos aí um lado muito infantil: Aquele carro tinha que ser meu.

Chego em casa totalmente sequestrado emocionalmente. A minha esposa me pergunta


o que aconteceu e eu respondo que estou normal, mas ela percebe pelo meu jeito que
há algum problema:

— Olha, você está chateado, o problema é seu e não é meu.

Fui para o quarto, sentei de frente ao computador e fiquei em vários sites de


simulação de financiamento de carros para saber se eu comprava um daquele. Àquela
época, depois de ficar o sábado inteiro e o domingo de manhã entrando em todos os
sites de bancos que você puder imaginar, cogitei pedir dinheiro emprestado a parentes
e cheguei a conclusão que eu só conseguiria comprar aquele carro se eu tirasse o
almoço da família por seis meses, ou seja, totalmente fora de cogitação.

A noite me senti mais tranquilo, era como se eu estivesse em um surto positivo, um


sequestro emocional, na verdade foi exatamente isso, não estava me conhecendo e ali
foi uma oportunidade muito rica de me conhecer melhor. Aquele sequestro emocional
me tirou do próprio eixo e eu fui para aquele lado mais infantil da minha personalidade
que queria aquele carro, depois eu percebi que eu já tinha um que funciona perfeitamente bem.

Mais calmo, minha esposa percebeu que eu estava bem.

Ela me perguntou o que eu tinha percebido.

— O que você percebeu?


— Não vou trocar de carro.
— Ai que bom que você saiu do surto.
— Mas eu não estou bem por isso, porque eu não vou trocar de carro. É porque me

ROSSANDRO KLINJEY 10
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

descobri invejoso. E ela não entendeu.


— Você está bem porque descobriu que é invejoso?
— Sim, mas antes eu não achava que fosse invejoso, eu achava que tinha um tipo de
inveja pequeno e não grande.
— Por que você está calmo em relação a isso?

Eu respondia que não posso mudar algo que eu não reconheço em mim. Como vou
amadurecer se eu não reconhecer aquilo em mim?

Então, parte do nosso problema em relação ao desenvolvimento pessoal que não


acontece é que gastamos energia para esconder de nós mesmos aquilo que nós
somos.

Sabe quando você coloca uma bola de pilates no fundo da piscina? Você até consegue
segurá-la no fundo, mas só por algum tempo. Após isso você percebe que não tem
energia para mantê-la lá e ela vai a à superfície muito rápido e volta a se revelar.

É importante perceber as características desse momento histórico que estamos


vivendo, percebam tudo que é secreto está se revelando? Ou seja, é um momento
necessário para que as demandas pudessem surgir e viessem à tona. Então por que nós
não fazermos o nosso processo de conhecer a si mesmo de uma forma, compassada,
pensada e planejada?

“Quando se reconhece uma oportunidade de


melhoria dessas, temos que tomar cuidado para não
cair em um perigo chamado autopunição.”

Sobre a história que contei acima, eu poderia me punir com pensamentos como: Poxa,
invejoso, como pode? Que coisa ridícula!

Mas também é possível seguir por outro caminho, mais positivo, integrando as nossas
sombras.Quando localizar as suas sombras, é preciso acolhê-las e compreendê-las para
enxergar as possibilidades que surgem junto a elas.

Você não precisa se acusar, se punir, se culpar, e se ver apenas como pecador e alguém
cheio de defeitos.

ROSSANDRO KLINJEY 11
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

Isso é perigoso. Toda essa autopunição pode te afundar!

Talvez seja por isso que muita gente tem dificuldade em identificar as sombras. É
bastante comum tomar um susto na primeira vez em que levantamos o tapete e
descobrimos o que tem embaixo dele. É por isso que muitas vezes ignoramos o que está
escondido.

Identificar comportamentos em mim que não acrescentam absolutamente nada naquilo


que eu sou é reconhecer a chance de tratá-los. Nós só poderemos romper com os ciclos
de autossabotagem quando observamos como eles acontecem e principalmente, por
que eles acontecem.

Eu sou capaz de comprar aquele carro? Sim, mas naquele momento não era viável. Não
poderia comprometer a alimentação da minha família, e o mais importante, naquele
momento ter um carro novo não iria suprir uma necessidade, apenas o meu ego.

Caso ficasse irritado dias e mais dias por não tê-lo, esse sentimento poderia afetar a
minha relação com o meu colega de trabalho e o meu emprego. Tudo isso estava em
jogo e eu não poderia me sabotar ao ponto de jogar tudo isso para o alto por um
capricho infantil.

Quando eu falo sobre isso, gosto de usar a seguinte analogia. Imagine que você precisa
fazer uma faxina geral na sua casa. Você precisa examinar e limpar tudo, trocando os
móveis de lugar, renovando a pintura das paredes e tudo mais. A faxina do ambiente
externo, a sua casa, é um exemplo para a faxina que precisamos fazer dentro de nós.
Essa faxina nos ajuda a perceber que há locais na casa que não estão limpos como deve-
riam estar. Você não precisa se culpar por perceber que seus livros ou sapatos estão sujos.
Se perceber que algo precisa ser limpo, não se culpe, simplesmente limpe e não se acuse.

Essa primeira etapa de perceber que a sombra existe é muito importante para
aprender a lidar com ela. É preciso perceber que temos uma demanda interna que deve
ser ouvida e que, normalmente, surge com um sintoma - pois quando não se percebe e
se entende a sombra, ela aparece como um sintoma - que pode se tornar uma doença
ou desaguar num comportamento infantil. Geralmente, quando a sombra surge, nos
leva a pensar: como eu fui capaz de ter agido assim? Talvez você não se reconheça, por
acreditar que não possuía aquela característica, ou seja, você não tinha consciência de
um lado seu que é extremamente importante e que precisa ser acolhido.

ROSSANDRO KLINJEY 12
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

Sem esse acolhimento você não vai se desenvolver plenamente e não vai se conhecer.

É importante que você saiba que no desenvolvimento da personalidade, essa etapa é


crucial para descobrir parte da nossa personalidade que não nos é conhecida. Quando
acessamos esse desconhecido, não precisamos entrar em um processo de culpa e de
autodestruição, pois esse é um dos fatores que podem levar alguém ao desenvolvimento
da depressão, por exemplo.

tornar uma doença ou desaguar num comportamento infantil. Geralmente, quando a


sombra surge, nos leva a pensar: como eu fui capaz de ter agido assim? Talvez você não
se reconheça, por acreditar que não possuía aquela característica, ou seja, você não
tinha consciência de um lado seu que é extremamente importante e que precisa ser
acolhido.

Sem esse acolhimento você não vai se desenvolver plenamente e não vai se conhecer.

Nos avaliar ao ponto de perceber comportamentos que precisam ser acolhidos e


trabalhados faz parte do desenvolvimento da nossa personalidade. Visitar e abraçar
as nossas sombras é uma etapa crucial, nós não precisamos entrar em um processo
de culpa e de autodestruição ao acessá-las, esse é um dos fatores que podem levar
alguém ao desenvolvimento da depressão, por exemplo.

Aqui eu não nego os ciclos genéticos da depressão, porque não tem a ver com isso.
Às vezes a pessoa está bem, a vida fluindo como se espera, mas existe uma demanda
interna que necessita de um tratamento medicamentoso. Porém, muitos de nós
entramos em um processo de autodestruição, de depressão e auto acusação quando
começamos a identificar os sinais de que alguns pontos da nossa personalidade não
são como gostaríamos que fossem.

Um dos aspectos positivos de conhecer-se melhor é que começamos a ter mais


coerência em relação aos nossos comportamentos e atitudes.

Sabe quando você é pego de surpresa quando alguém te acusa de algo que você sabia
que fazia ou de um comportamento que você não reconhece em si? Por exemplo, um
colega de trabalho chega até você e te chama de preguiçoso, dizendo que você enrola
para iniciar as tarefas e quando começa, não termina. Você é pego de surpresa com
aquela acusação e fica irritado com o seu colega, até faz daquela pessoa um inimigo,
mas no fundo ela apontou algo que você não estava querendo conhecer ou enxergar.

ROSSANDRO KLINJEY 13
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

Há algo de vantajoso nisso.

“As pessoas que não gostam de nós são


especialistas em mostrar aquilo que nós não
queremos conhecer.”

Precisamos entender que nessa hora não adianta ficar apenas na irritação. Nós
precisamos chegar em casa e nos perguntar com muita coerência e tranquilidade: será
se o que aquela pessoa diz, embora tenha dito da pior forma, na pior hora e lugar, não
tem algum sentido?

Será que o que ela está falando de mim, realmente doeu, mas doeu porque foi apontado
algo que eu nunca quis observar? E agora, além de ficar irritado ou chateado com o
que aconteceu, não seria importante observar esse comportamento em mim e tentar
trabalhá-lo de faorma positiva?

Como assim, o lado positivo de um defeito?

Todas as forças da alma são forças, quando elas não são conhecidas e percebidas,
sendo negligenciadas, elas se tornam um defeito que pode nos prejudicar bastante.
Quando elas são conhecidas, eu posso fazer com fazer com que a direção seja alterada,
seguindo rumo ao caminho mais adequado.

Por exemplo, eu lembro de uma conversa que tive com uma mãe que tinha um filho com
transtorno opositivo desafiador e ela muito angustiada me perguntou se havia alguma
salvação para aquela criança.

Aquilo que na infância foi caracterizado como patológico, se reverte na fase adulta,
porque foi trabalhado positivamente. Aquele indivíduo que não aceita injustiças e
desigualdade, lutará por um mundo melhor.

As sombras, num primeiro momento, incomodam por serem reconhecidas, mas em um


segundo momento, elas podem ser usadas como uma força que muda de direção e vira
um potencial importante.

Na verdade, todo potencial nosso, deve ser acolhido para o que Young Jung vai chamar
de processo de individuação, assim, por mais desagradavel que possa parecer, conhecer

ROSSANDRO KLINJEY 14
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

a si mesmo é uma etapa essencial e é a primeira das etapas necessárias para melhorar
relações, evitar conflitos e mágoas, facilitando o perdão a si mesmo e ao próximo.

Nós fazemos isso durante o processo de autoconhecimento. Fazemos isso convivendo


com as pessoas e é isso que torna o processo rico, por que se fosse algo individual, se
tornaria algo técnico ou só teórico e quando chegar o momento da prática, não ia ter
funcionado, pois é preciso que a cada descoberta, a vida nos teste.

Assim, sem esperar que seja mágico. Que não tenha idas e vindas, que não tenham
etapas a serem vencidas, precisamos nos preparar para essa viagem e para esse
mergulho fundamental em si mesmo.Às vezes, é assustador, tenebroso, e até lembra um
filme de terror; outras vezes, parece um filme de comédia.

Ora causa espanto, outrora nos faz rir.

O importante desse processo todo é que entre risos e lágrimas vamos nos conhecendo e
conhecer a si nos torna mais plenos, mais capazes e mais desenvolvidos.

Aceite esse convite para fazer essa viagem dentro de você e espero poder te ajudar com
isso.

quando chegar o momento da prática, não ia ter funcionado, pois é preciso que a cada
descoberta, a vida nos teste.

Assim, sem esperar que seja mágico. Que não tenha idas e vindas, que não tenham
etapas a serem vencidas, precisamos nos preparar para essa viagem e para esse
mergulho fundamental em si mesmo.Às vezes, é assustador, tenebroso, e até lembra um
filme de terror; outras vezes, parece um filme de comédia.

Ora causa espanto, outrora nos faz rir.

O importante desse processo todo é que entre risos e lágrimas vamos nos conhecendo e
conhecer a si nos torna mais plenos, mais capazes e mais desenvolvidos.

Aceite esse convite para fazer essa viagem dentro de você e espero poder te
ajudar com isso.

ROSSANDRO KLINJEY 15
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

QUESTIONÁRIO DE
AUTO-OBSERVAÇÃO

ROSSANDRO KLINJEY 16
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

Esse questionário de auto-observação foi desenvolvido para o workshop “2022 SEM


AUTOSSABOTAGEM”. Utilize este material aproveitando as orientações dadas pelo
psicólogo Rossandro Klinjey. E se você ainda não é aluno do curso APRENDENDO A SE
AMAR E PARAR DE SE SABOTAR, faça a sua matrícula.

Clique aqui.

Hábitos de Autossabotagem Relacionados


A VIDA PESSOAL
Leia as questões descritos abaixo e avalie o quanto cada um é aplicável a você, usando
uma escala de 1 a 7 no qual 1 = ”Não é um problema e 7 = “Este é um grande problema
para mim”.

1) Como você aborda a mudança:

a) Você espera ter sucesso em fazer mudanças em sua vida sem designar qualquer
tempo ou espaço mental para realizá-las.

b) Você vê sua capacidade de mudar como dependente do comportamento de outras


pessoas. Por exemplo, você se exercitaria mais ou faria melhores escolhas de gastos se
seu cônjuge fosse mais favorável e participativo.

ROSSANDRO KLINJEY 17
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

c) Você é um perfeccionista que despreza melhorias incrementais e só fica satisfeito


quando 100 por cento do problema é corrigido.

d) Você está muito tempo com coisa supérfluas, achando que está relacionado a sua
meta”. Você está muito ocupado para criar processos ou sistemas que o ajudem a
gerenciar melhor seu tempo.

2) Prazer e Autocuidado:

a) Sua abordagem do prazer é um ciclo de negação e farra. Você nega a si mesmo


simples prazeres e relaxamento, e então fica acordado assistindo a Netflix até as 3
da manhã.

b) Você ignora os sinais de aviso de que precisa de uma pausa.

c) Você não resolve obstáculos simples para o prazer. Por exemplo, você gosta de tirar
fotos, mas seu telefone está cheio e você ainda não fez backup dele.

d) Você se abstém de fazer as coisas que deseja devido ao erro “Não posso ...”
pensamentos. Por exemplo, você pensa “Não posso ter aulas de dança até perder

ROSSANDRO KLINJEY 18
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

peso”.

3 Drenos ocultos em seu tempo e energia:

a) Você perde muito tempo e energia emocional reinventando a roda, como escrever
uma nova lista de bagagem cada vez que faz uma viagem ou redefinir continuamente as
senhas que você esquece, em vez de perder tempo configurando um gerenciador de
senhas.

b) Você precisa de melhores rotinas que funcionem para você. Por exemplo, você vai às
compras a cada dois dias, porque está sempre ficando sem itens básicos.

c) Outras pessoas em sua vida transferem todas as decisões para você, em vez de
assumir parte desse fardo. Você permite esse padrão, em vez de capacitá-los a tomar
decisões.

d) Em situações em que você pode escolher ser feliz ou ser infeliz, você escolhe ser
miserável.

4) Procrastinação:

ROSSANDRO KLINJEY 19
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

a) Você cria regras autoimpostas que acionam e apoiam a procrastinação. Por exemplo,
você pensa: “Se eu não tiver tempo para passar o aspirador em toda a casa, não farei
nenhum trabalho doméstico”.

b) Você complica demais as soluções para os problemas. Você pensa e pesquisa sem
parar, tentando encontrar soluções perfeitas.

c) Você fica preso a padrões psicologicamente confortáveis, mas que não funcionam
para você. Por exemplo, trabalhar demais é mais confortável e familiar do que ter mais
equilibrio.

d) Você se permite ruminar ou se preocupar sem esperar que tome as medidas


adequadas para resolver os problemas. Por exemplo, você se preocupa com a
segurança de suas contas online, mas não faz nada para diminuir o risco.

Superando a Autossabotagem

Considere abordar qualquer hábito que você classificou como 5 ou superior.

Se você teve muitas experiências do tipo “sou eu” ao ler o questionário, escolha o
que é mais atraente para você trabalhar ou concentre-se nos padrões que têm o
maior impacto negativo em sua vida e relacionamentos.

Depois de ver seus padrões, faça planos comportamentais específicos sobre o que

ROSSANDRO KLINJEY 20
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

você começará a fazer.

Aqui está um exemplo: se a negatividade está afetando seus relacionamentos, você


pode usar duas estratégias. Você estabelece a meta de (1) deixar de querer fazer tudo
perfeito quando for arrumar a casa ou estudar e (2) você não irá mais deixar de fazer
ao menos uma coisa por dia querepresente autocuidado.

Qualquer plano de mudança de comportamento que você proponha precisa de


um gatilho contextual.

Em outras palavras, “Quando X acontecer, farei Y”, como em “Quando for arrumar a
casa, farei uma coisa de cada vez (um cômodo por vez)”.

Procure melhorar seus hábitos (digamos 1%, 10% ou 20%), em vez de eliminar de
sua vida todo comportamento autodestrutivo.

Esse tipo de perfeccionismo é contraproducente em si mesmo!

As melhorias graduais feitas ao longo do tempo vão somar mais do que o esperado e
ajudarão a reconectar suas mentalidades padrão para criar novos hábitos resilientes.

Hábitos de Autossabotagem Relacionados


A RELACIONAMENTOS
Leia as questões descritos abaixo e avalie o quanto cada um é aplicável a você, usando
uma escala de 1 a 7 no qual 1=”Não é um problema e 7= “Este é um grande problema
para mim”.

ROSSANDRO KLINJEY 21
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

1) Relacionamentos

a) Quando um relacionamento precisa ser melhorado, você se concentra demais em


diminuir as interações negativas, mas não se concentra em aumentar as interações
positivase as experiências compartilhadas

b) Você atira pedras de sua casa de vidro. Você reclama do comportamento de outras
pessoas quando precisa fazer a mesma mudança.

c) Você repete estratégias para tentar influenciar os outros que não são eficazes em
mais de 90 por cento do tempo.Por exemplo, você repreende seu cônjuge (parente ou
amigo) quando isso quase nunca funciona.

d) Você opera com base em como você acha que uma situação deveria ser, em vez de
lidar com a realidade. Por exemplo, você acha que seu cônjuge deve ser capaz de se
lembrar de fazer uma determinada tarefa, então você não escrever instruções, pois
escrever instruções e colocá-las à vista resolveria o problema.

e) Você não reconhece adequadamente os pontos válidos de outras pessoas. Você


ignora outras pessoas trazendo problemas genuinos sobre seu comportamento, por
exemplo, seu cônjuge (parente ou amigo) reclama que você gasta tempo em tarefas
minimamente produtivas e tem razão, mas você não reconhece isso adequadamente.

ROSSANDRO KLINJEY 22
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

f) Você tem pontos emocionais pouco maduros que, quando ativados, resultam em rea-
ções desproporcionais. Você não tem métodos eficazes para controlar suas
emoções e comportamento quando suas dores de infânciae traumas são
reativados.

Superando a autossabotagem

Considere abordar qualquer hábito que você classificou como 5 ou superior.

Se você teve muitas experiências do tipo “sou eu” ao lero questionário, escolha o que
é mais atraente para você trabalhar ou concentre-se nos padrões que têm o maior
impacto negativo em sua vida e relacionamentos.

Depois de ver seus padrões, faça planos comportamentais específicos sobre o que
você começará a fazer.

Aqui está um exemplo: se a negatividade está afetando seus relacionamentos, você


pode usar duas estratégias. Você estabelece a meta de (1) desenvolver mais
interações positivas no meu relacionamenote (2) garantir que a primeira coisa que
dirá ao ver seu cônjuge à noite seja algocom tom positivo.

Qualquer plano de mudança de comportamento que você proponha precisa de


um gatilho contextual.

Em outras palavras, “Quando X acontecer, farei Y”, como em “Quando estiver em uma
reunião, farei um comentário positivo”.

Procure melhorar seus hábitos (digamos 1%, 10% ou 20%), em vez de eliminar de
sua vida todo comportamento autodestrutivo.

Esse tipo de perfeccionismo é contraproducente em si mesmo!

As melhorias graduais feitas ao longo do tempo vão somar mais do que o esperado e

ROSSANDRO KLINJEY 23
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

ajudarão a reconectar suas mentalidades padrão para criar novos hábitos


resilientes.

Hábitos de Autossabotagem Relacionados


A TRABALHO
Leia as questões descritos abaixo e avalie o quanto cada um é aplicável a você, usando
uma escala de 1 a 7 no qual 1=”Não é um problema e 7= “Este é um grande problema
para mim”.

1) Trabalhos:

a) Você autogerou estresse . Por exemplo, você inicia mais projetos do que tem tempo
para terminar.

b) Você trabalha em tarefas de baixa prioridade, mas deixa as tarefas de alta prioridade
desfeitas.

c) Você trabalha demais quando o que realmente precisa é dar um passo para trás e ver

ROSSANDRO KLINJEY 24
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

o quadro geral.

d) Você é autocrítico quando a autoaceitação e a compaixão teriam um impacto mais


positivo em seu comportamento e emoções.

2) Dinheiro:

a) Você se abstem de investir ou assumir o controle de seu dinheiro por causa da


vergonha e da ansiedade sobre uma má decisão ou experiência de anos atrás. Por
exemplo, você fez uma má decisão de investimento na casa dos 20 anos. Agora você
está na casa dos 30 anos e com muito medo de investir novamente.

b) Você paga a mais por itens devido à aversão do risco. Por exemplo, você pode
comprar tinta de impressora genérica por uma fração do custo da tinta de marca,
mas paga a mais por uma sensação de segurança.

c) Você pagará a mais pelo ganho extra minimo. Por exemplo, você gastará mais por
um modelo top de linha quando os recursos extras que o modelo oferece não forem nem
mesmo particularmente importantes para você.

ROSSANDRO KLINJEY 25
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

d) Você toma decisões financeiras com base em ser sugado por incentivos de marketing
quando essas decisões nãofazem sentido lógico. Por exemplo, você pagará $40 a mais
para ficar em um hotel que pertence a uma nada rede, porque você acumula seus
pontos de fidelidade, quando realisticamente os pontos valem apenas $10-15.

f) Você continua pagando por assinaturas que raramente usa.

Superando a autossabotagem

Considere abordar qualquer hábito que você classificou como 5 ou superior.

Se você teve muitas experiências do tipo “sou eu” ao ler o questionário, escolha o
que é mais atraente para você trabalhar ou concentre-se nos padrões que têm o
maior impacto negativo em sua vida e relacionamentos.

Depois de ver seus padrões, faça planos comportamentais específicos sobre o que
você começará a fazer.

Aqui está um exemplo: se a negatividade está afetando seus relacionamentos, você


pode usar duas estratégias. Você estabelece a meta de (1) começar a ter mais foco
em seu crescimento profissional e (2) buscar investir seu dinheiro em cursos que lhe
proporcionem mais competência.

Qualquer plano de mudança de comportamento que você proponha precisa de um


gatilho contextual.

Em outras palavras, “Quando X aparecer, farei Y”, como em “Quando estiver em uma
reunião, farei um comentário positivo”.

Procure melhorar seus hábitos (digamos 1%, 10% ou 20%), em vez de eliminar de

ROSSANDRO KLINJEY 26
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

sua vida todo comportamento autodestrutivo.

Esse tipo de perfeccionismo é contraproducente em si mesmo!

As melhorias graduais feitas ao longo do tempo vão somar mais do que o esperado e
ajudarão a reconectar suas mentalidades padrão para criar novos hábitos resilientes.

ROSSANDRO KLINJEY 27
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

ROSSANDRO KLINJEY 28
Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey. Todos os direitos reservados.

Copyright© 2022 de Rossandro Klinjey.

Todos os direitos reservados. Este ebook ou qualquer parte


dele não pode ser reproduzido ou usado de forma alguma
sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor,
exceto pelo uso de citações breves em uma resenha do ebook.

ROSSANDRO KLINJEY 29

Você também pode gostar