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FORMAÇÃO EM CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR

MÓDULO IV
1. AUTOCONHECIMENTO
Às vezes, no silêncio do meu quarto, eu busco esvaziar minha mente e estabelecer
uma conexão entre meus hábitos e princípios, ao buscar identificar a existência de um elo de
bronze, prata ou ouro entre eles. Sob outra ótica, o que procuro fazer é identificar (medir) se
minhas atitudes são condizentes com meus valores intrínsecos. Eu pratico essa ação porque
preciso me conhecer intimamente (autoconhecimento).

Tenho observado que muitas pessoas sabem muito sobre os outros e nada sobre elas
mesmas. Isso é uma tremenda beligerância, pois a primeira busca do homem deve ser a de
moldar seu próprio caráter e criar suas singulares convicções, ao fazer com que suas ações
sejam pautadas naquilo que ele acredita que seja justo e bom para o universo.

Autoconhecimento é conhecer a própria essência, ou seja, é ter pleno domínio de si


mesmo: em pensamentos, em desejos, em esperanças, em frustrações e em crenças. Esse
conceito nos permite traçar um mapa pessoal que faz com que tenhamos oportunidade de
interpretar melhor quem somos e, principalmente, onde queremos chegar.

Assim, teremos um foco maior e também uma certeza do real motivo de estarmos
aqui. Reflita comigo: você realmente se conhece? Tem controle sobre as próprias emoções?
Sabe o que lhe causa inveja e ódio? Infere os estímulos que lhe causam prazer e
contentamento? Deduz as coisas que são benéficas para sua alma e maléficas para seu
espírito? Percebe as variáveis que influenciam negativamente sua força física e sua energia
existencial?

Certamente essas respostas somente podem ser conhecidas após uma autoanálise
minuciosa de nossa inerente particularidade pessoal, de modo que quando voltamos nossos
olhares para nossa casa, podemos facilmente captar toda a obra que edificamos: afinal de
contas, eu sou uma criatura cordial ou hostil? Sensível ou racional? Amorosa ou fria? Triste ou
alegre? Resistente ou frágil? Inteligente ou ignorante? Virtuosa ou estulta? Sábia ou insensata?
Avarenta ou pura? Autêntica ou bajuladora?

Precisamos registrar que essas questões machucam nossa vaidade e faz com que
sejamos seres menos preocupados com superficialidades e tabuleiros genéricos. Certamente,
essa nossa nova atitude fará com que as heresias propagadas pelos falsos mestres sejam
rapidamente apagadas de nossas vidas, porque quando destruímos nosso egocentrismo
passamos a ter humildade, a chave suprema para abrir todas as portas.

Em outras palavras, admitir nossa insapiência é o primeiro passo para sermos grandes
e para encontrarmos a excelência, ao fazer com que o caminho da verdade seja aberto para
podermos andar em estradas erigidas na rocha e não em pontes alçadas em cordéis delgados.

Devemos entender que tudo depende apenas de como lidamos com nosso espelho
pessoal, obviamente, não com o intuito fétido de reparar uma imperfeição na face e sim
buscando compreender aquilo que não está visível. É como costumava dizer Charles Chaplin:
“Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.”
Paulo Francis disse: “A ignorância é a maior multinacional do mundo.” Certamente, o
que o pensador quis defender é que o ser humano é atrasado não no sentido de não saber
realizar uma coisa e sim de não saber identificar suas limitações em determinadas ocasiões.
Em outras palavras, o problema não é ter um amontoado de defeitos e sim ter medo de olhar
para dentro de si e descobri-los.

Desta forma, o homem possui aversão à dúvida e não admite criticar a si mesmo, vez
que tem pavor e total angústia em identificar possíveis falhas morais e éticas em seu caráter, o
que pode estagnar a sua evolução e criar universos negativos simplesmente pelo receio de
tentar ser melhor. E é exatamente nessa esfera que se encontra a resposta para todas as
perguntas existentes. A essência da felicidade de uma pessoa está em trabalhar suas falhas e
em contemplar seu progresso, paulatinamente, de forma que um homem com autoestima alta
tem certeza absoluta que reuniu todas as suas forças em busca de uma evolução.

Precisamos mencionar também a importância da DOR para que esse desenvolvimento


possa se perpetuar sem que haja contratempos. Acredite. Se machucar de vez em quando é
uma coisa valiosíssima, tendo em conta que é nesse momento adverso que sua mente cria
novos atributos para se defender de tais complexidades, o que gera em você forças poderosas
que em circunstâncias normais jamais teriam sido geradas e tampouco utilizadas.

Sendo assim, comece a confrontar seus obstáculos e não se feche para eles, haja vista
que somente covardes e fracos agem dessa forma. Além disso, o que diferencia um ser comum
de um extraordinário é exatamente a capacidade que cada um tem de não perder seu foco
diante das calamidades alicerçadas. Deste modo, em primeiro lugar defina seus desejos:
comece respondendo as perguntas óbvias: qual seu objetivo profissional? É ser gerente de
uma grande corporação? É ser um empreendedor de sucesso? É ser um Constelador, para
desenvolver e ajudar pessoas? É ser um renomado palestrante? O que realmente te move? O
que te faz ter brilho nos olhos? Você precisa definir com clareza e objetividade esses conceitos
para que posteriormente você possa elaborar meios que possam fazer você atingir essas
realizações.

Em seguida, estabeleça um plano para sua carreira e trace metas para serem atingidas
cronologicamente. Trabalhe reunindo as ferramentas necessárias para atingi-las. Isso o ajudará
a montar um planejamento estruturado, cuidar da organização do mesmo e fazer com que a
visão inicial não seja transmudada (como já mencionado no parágrafo anterior). Nesse
contexto, é fundamental externar que é impreterível ter metas de curto, médio e longo prazo.

Para compreender melhor isto, pense em um jogador de futebol amador que busca
crescer em sua profissão e alcançar o topo. Ao usar o bom senso, sua meta de curto prazo
seria se tornar um jogador profissional de futebol e atuar em um clube modesto do país
(reconhecimento regional). Sua meta de médio prazo seria de atuar em um grande clube do
futebol brasileiro, vestindo uma camisa mais “pesada” (reconhecimento nacional) e, por fim, a
de longo prazo, seria jogar na Europa para em seguida vestir a camisa da seleção brasileira
(reconhecimento mundial).

Certamente uma pessoa que planeja suas passagens tem totais chances de vencer seus
medos e alcançar seus sonhos, ao elaborar uma gama variada de pontos fortes e gerar uma
força maior para seus projetos e alvos. Logo, como vimos nos parágrafos acima, essas três
questões o ajudarão a guiá-lo em sua entusiasmante e motivadora caminhada: admitir sua
ignorância (pontos fracos), otimizar sua capacidade de tolerância as adversidades (visão
futurista e estratégica) e elaboração de metas (foco).

Hoje os ciclos de mudança são muito curtos, o que nos obriga a sermos cada vez mais
voláteis, ágeis e adaptativos, de modo que possamos nos adequar mais rapidamente às
variáveis imprevistas que chegam ao nosso ambiente e para que saibamos responder com
mais eficácia a essas atmosferas tempestuosas.

Para tanto, é necessário aprendermos sempre, em um curso perpétuo, onde a busca


pela informação, seguida de sua correta interpretação, é algo impreterível para a nossa
sobrevivência. Além disso, precisamos potencializar nosso pensamento inovador, ao gerar
hábitos criativos para que tudo se transforme em soluções lucrativas e em respostas
inteligentes.

Aprendi com Peter Drucker que não devemos esperar as coisas acontecerem e sim
fazer com que elas aconteçam. Obviamente, quando voltamos nossos hábitos e pensamentos
para a inovação, estamos caminhando para um desenvolvimento constante que tornará nossa
organização uma instituição de qualidade total e excelência incomparável, ao fazer com que a
equipe seja geradora de conhecimentos ímpares e ideias fabulosas.

Precisamos mencionar também que, apesar do marketing pessoal estar em evidência


no mercado, não devemos procurar respostas apenas no lado de fora. O grande tesouro se
encontra dentro de nossos corações, como vimos ao longo do texto: nosso entusiasmo,
autoconfiança e talento são grandes triunfos para que tudo possa fluir ascendentemente em
nossa trajetória. Não permita, assim, que nada destrua essa inexorável e fatídica realidade.

Lembre-se: as pessoas sempre irão criticar aquelas que são melhores do que elas em
qualquer tipo de atividade, principalmente, se tal tarefa conceder algum tipo de destaque para
o ator em questão. Esses estultos tentarão ridicularizá-lo e colocá-lo para baixo, ao tentar
convencer os demais de sua “loucura” e de sua total falta de coerência nas ações executadas.

Por esse motivo, ser considerado lunático (surtado) no cenário empresarial é uma
grande qualidade. As pessoas não têm coragem de realizar algumas coisas e rapidamente
criticam (por inveja) aquelas que tiveram, ao fazer com que ninguém possa prosperar
intelectualmente diante delas, além de criar uma esfera negra de imbecilidade total. Por isso,
Oscar Wilde sabiamente disse: “Ser grande significa ser incompreendido.”

Seja livre e não queira ser modelo para ninguém, adaptando sua vida a conceitos
padronizados e a efeitos ultrapassados. Ao invés disso, seja um ser moderno, intrépido e
ousado para que o universo possa lhe proporcionar a potência singular de transformá-lo e de
germinar novas concepções dentro dele.

Em resumo, seja inconvencional, incorruptível e imparável para que a sociedade o


tenha como alguém que a nada teme e a nada se sujeita. Certamente, quem agir dessa forma
herdará automaticamente muitas glórias, porquanto perdeu o medo e o pânico alienador de
ser vítima da culpa e da rejeição humana, ao criar um núcleo com uma barreira impenetrável e
efetuando uma capacidade ímpar de transmitir e entregar novas observações e deduções para
o planeta.

2. DUALIDADE – LUZ E SOMBRA


Nossa dualidade não está escondida. Ao contrário. Ela está exposta e as pessoas a
vêem com muita clareza. Nós, no entanto, temos dificuldade em enxergar nossas
características. Alguns enxergam apenas a sua luz e vêem nos outros apenas sombras. Outros
enxergam em si apenas sombras e não conseguem encontrar seus potenciais, sua bondade,
sua luz.

Em ambos os casos, há um problema a ser enfrentado. Entenda que nossas sombras


fazem parte de nós. É muita ingenuidade das pessoas quererem se desligar de suas sombras,
acabar com elas, eliminá-las. Nossas sombras são parte de nós e da nossa personalidade.
Temos, antes, que aprender a lidar com elas e nunca deixar que sejam predominantes nas
nossas relações intra e interpessoais.

2.1 A Importância de Honrar e Respeitar sua Luz e Sombra


Sobre isso, há uma frase extremamente útil para pensarmos. No livro Efeito Sombra,
Deepak Chopra afirma que: “O primeiro passo para derrotar nossa sombra é abandonar todas
as expectativas de derrotá-la […] quem falar em vencer já perdeu”. Isso ocorre porque fomos
criados para acreditar que o “bem vence o mal”, mas quando falamos da constituição humana
esse “mal” não é uma figura a ser derrotada, vencida, e sim integrada, compreendida. Não há
vitória do bem contra o mal. Nesse caso, o bem jamais vencerá o mal, porque esse mal
também faz parte de nós e precisamos integrá-lo em nosso ser. É um conflito que só se vence
com a integração, nunca com a separação.

A alma humana é um lugar de ambiguidade, contradição e paradoxo. Por isso, o


inconsciente e o transcendente são tão cercados de mistérios, porque para compreendê-los é
preciso cessar todo o julgamento e encarar o que chamamos de “mal” de uma nova forma. Por
isso, o termo “sombra” é mais adequado, vez que “sombra” e “mal”, aqui, não são exatamente
sinônimos.

Todos nós temos sombras. Você já viu algum homem sem sombra? Assim, somos luz,
pois somos pessoas maravilhosas, incrivelmente capazes, bondosas, amáveis, inteligentes,
iluminadas. De outra forma, somos igualmente terríveis, cruéis, muito ruins e obscuros. São
nossas polaridades e tudo na vida é dividido em ambiguidades.

2.2 Viva em plenitude!


Por mais que tenhamos ao nosso lado pessoas que nos amem e tenham carinho por
nós, elas apenas imaginam tudo o que vivemos em nossa essência. Com isso, quero dizer, que
é nosso dever e nosso papel honrar tudo o que fizemos e passamos. Somente nós sabemos os
sacrifícios que tivemos de fazer, os sentimentos que se instalaram em nosso peito, os
pensamentos que surgiram em nossa mente, a vontade que tivemos de desistir de tudo, e
mais ainda, a vontade que tivemos de continuar, de vencer um desafio após o outro, para nos
tornarmos os melhores indivíduos que somos hoje.

Além disso, todas as experiências pelas quais passamos também foram fundamentais
para nos moldar, para nos transformar e para implementar as mudanças necessárias em favor
das melhorias que precisávamos para sermos ainda melhores. Foram nossos erros, fracassos e
frustrações, que nos ensinaram a levantar, a lidar com as adversidades e a dar a volta por cima
como nós mesmos merecemos.

Quando entendemos esta importância, passamos a nos enxergar com mais amor, com
mais carinho, sendo menos duros e nos culpando cada vez menos, já que passamos a saber
que tudo o que fizemos e fazemos é o que está ao nosso alcance com os recursos internos e
externos que temos. É por tudo isso e com muito mais motivos, que se faz importante honrar e
respeitar tudo o que foi vivido e o que ainda vai ser vivenciado ao longo de nossa história

2.3 A importância de respeitar sua própria história


Compreendida a importância de honrar e respeitar sua luz e sombra, vou compartilhar
algumas dicas de como você pode respeitar sua própria história para que assim você alcance a
plenitude que tanto almeja.

• Seja grato a todas as coisas que acontecem em sua vida diariamente;


• Lembre-se de honrar e respeitar a história de sua família e de onde você veio;
• Quando se sentir desanimado, pegue papel e caneta e escreva a sua história de vida
para que se lembre sempre de quem você é, o que fez até aqui e o que ainda vai fazer;
• Evite se culpar e julgar excessivamente suas próprias ações, comportamentos e
pensamentos;
• Procure honrar e respeitar a história das pessoas ao seu redor, ouvindo-as na essência
e evitando todo e qualquer tipo de julgamento;
• Olhe-se no espelho e pratique o amor-próprio;
• Lembre-se, a todo momento, do quanto você é vencedor;

3. 7 LEIS ESPIRITUAIS DO SUCESSO

1 - A LEI DA UNIDADE OU LEI DA POTENCIALIDADE PURA


Quando se fala em lei da unidade ou lei da potencialidade pura, estamos nos referindo a
sua consciência divina, sobre como ela retorna infinitas possibilidades a partir de sua
criatividade e inspiração divina. Ela é livre de qualquer forma de julgamento e não possui
dependência exterior. Assim é possível atingir a verdadeira realização, pois não existem
conflitos entre seus desejos e sua verdadeira essência.

Exercícios para ativar a potencialidade pura


Realize pequenas meditações, ao permanecer em silêncio e desacelerando todos os seus
pensamentos até que se atinja a paz e serenidade completas. Apenas alguns minutos por dia já
são excelentes.
2 - A LEI DA DÁDIVA
Toda a experiência humana tem como seu princípio a troca de energias, pois tudo o que
existe possui sua própria onda energética. Sua alma é capaz de vibrar e emitir várias energias
positivas ou não e somente será capaz de receber energias positivas e de amor se também
estiver disposto a entregá-las.

Exercícios para ativar a lei da dádiva


Pratique a compaixão em seu coração e ofereça seu auxílio ao próximo. O ato de ajudar
quem precisa enriquece sua alma e pode ser feito fisicamente ou até mesmo através de
orações. O importante é ser realmente sincero e bem intencionado.

3 - A LEI DA CAUSA E EFEITO


Todo caminho percorrido por você em sua vida é guiado por suas escolhas e decisões, de
modo que todas as suas ações produzem reações equivalentes em modo e proporção. Só
poderá ser próspero aquele que escolhe ser próspero, só poderá ter paz aquele que escolhe
ter a paz e só se sentirá ofendido aquele que assim o escolher.

Exercícios para ativar a lei da causa e efeito


Não é um exercício fácil de executar, mas é simples de aprender e se trata de se
habituar. Habituar-se a ter atenção às suas escolhas diárias, ao executar realmente uma
análise sobre elas que, até então, eram feitas de maneira inconsciente. É comum que não
preste atenção normalmente, vez que muitas destas escolhas são desconfortáveis e não há
orgulho sobre elas. Para mudar essa situação, é preciso trazê-las ao seu total controle e
consciência.

4 - A LEI DO MENOR ESFORÇO


A lei no menor esforço se trata de sua capacidade de aceitação de um modo geral, em
entender que algumas coisas fazem parte da existência humana e sua passagem por esse
plano. Tudo o que faz parte de sua vida, todos os fatos, situações, alegrias e desconfortos
servem a algum propósito e trazem consigo algum aprendizado. É inerente às suas
responsabilidades não se culpar e nem culpar alguém por determinada situação em sua vida.
Alcançado essa compreensão, será capaz de abrir a energia criativa do seu ser e ver com mais
clareza os caminhos corretos para seguir adiante.

Exercícios para ativar a lei do menor esforço


Dia após dia, procure aceitar o que lhe acontece sem ter de necessariamente culpar
alguém ou a si mesmo por isso. Não será de um dia para o outro e sim aos poucos será capaz
de enxergar uma oportunidade de crescer em cada problema que surgir.

5 - A LEI DA INTENÇÃO E DO DESEJO


Basicamente, tudo o que se enxerga é feito de energia e de informações que se
originaram de energia condensada. O universo é totalmente formado por um campo quântico
de infinitas possibilidades e, assim, são seus desejos e intenções que vibram para influenciar
esse campo energético a produzir sua própria energia. Cada ser é formado por energias e
informações diferentes formadas através de sua própria vontade.

Exercícios para ativar a lei da intenção e do desejo


Liste tudo aquilo que deseja de bom para sua vida e leia sempre antes de dormir e ao
acordar. Faça isso livre de expectativas específicas. Apenas leia com uma intenção criativa e
confie no universo, ao deixar que ele vibre em sintonia com você e produza o que deseja.

6 - A LEI DO DESPRENDIMENTO
Desenvolver o desprendimento significa aceitar que o universo e seu campo quântico
permitem infinitas possibilidades. Assim é preciso ter o entendimento da incerteza em que se
vive e que absolutamente tudo está aberto à sua frente. Não é necessário estar preso a apenas
um caminho, pois o infinito está ao seu alcance. Abra espaço em sua visão para que a
consciência aja com todas as possibilidades disponíveis.

Exercícios para ativar a lei do desprendimento


Não crie expectativas exageradas e não faça críticas ao dizer que as coisas deveriam
ser melhores do que são. Aceite seu dia como ele é e se permita ser livre para ser quem você é
agora e não desperdice seu tempo apenas pensando no que desejaria ser.

7 - A LEI DO DARMA OU DA FINALIDADE DA VIDA


A lei do Darma fala sobre os propósitos de sua vida e como sua existência pode servir
como uma missão de crescimento para a alma. Todos são formados por existências espirituais.
Ao habitar em um corpo físico para um propósito específico, cabe a você conhecer melhor seu
eu superior e descobrir qual o seu talento e objetivo nesse plano – isso é possível através de
um profundo e autoconhecimento.

Exercícios para ativar a lei do darma ou da finalidade da vida


Faça lista de atividades que lhe tragam paz e sensações agradáveis, principalmente,
aquelas que façam bem a outras pessoas. Dê tempo ao seu corpo, oferecendo-lhe paz e
procurando aprofundar em sua própria essência na serenidade do silêncio.

4. METÁFORA DO BONECO DE SAL


Era uma vez um boneco de sal. Após peregrinar por terras áridas,
chegou a descobrir o mar que nunca vira antes e, por isso, não
conseguia compreendê-lo. Perguntou o boneco de sal: “Quem és tu?”
E o mar respondeu: “Eu sou o mar.” Tornou o boneco de sal: “Mas que
é o mar?” E o mar respondeu: “Sou eu.” “Não entendo”. Disse o
boneco de sal. “Mas gostaria muito de compreender-te; como faço?” O
mar simplesmente respondeu: “Toca-me”. Então o boneco de sal
timidamente tocou o mar com a ponta dos dedos do pé. Percebeu que
aquilo começou a ser compreensível, mas logo se deu conta de que
haviam desaparecido as pontas dos pés. “Ó mar, veja o que fizeste
comigo!” E o mar respondeu: “Tu deste alguma coisa de ti e eu te dei
compreensão; tens que te dares todo para me compreender todo.” E o
boneco de sal começou a entrar lentamente mar adentro, devagar e
solene, como quem vai fazer a coisa mais importante de sua vida. E à
medida que ia entrando, ia também se diluindo e compreendendo
cada vez mais o mar. E o boneco continuava perguntando; “Que é o
mar?” até que uma onda o cobriu totalmente. Pode ainda dizer no
último momento, antes de diluir-se por completo no mar: “O mar sou
eu. Desapegou-se de tudo e ganhou tudo: O verdadeiro eu.”. -
Leonardo Boff

5. A CRÍTICA, O JULGAMENTO E A RAIVA INCONSCIENTE


Estou me pegando em uma fase de vida onde percebo em mim a crítica virulenta
contra os atos de algumas pessoas: julgo-as imaturas, inconsequentes, irresponsáveis,
arrogantes, sem ética e, então, as condeno. E não pára por aí: percebo surgir sempre uma
forte raiva contra estas atitudes.

Não condeno a raiva. Sempre digo que a raiva, bem direcionada, faz nos mover rumo
aos nossos objetivos. A questão é que, nestes casos, a raiva surgia em assuntos que não me
dizem respeito e diante dos quais não tenho nada a fazer.

Aprendi a julgar, a condenar e a executar com meus pais e com meus avós. Meu avô,
por exemplo, falava mal de tudo e de todos. Racista, condenava negros, nordestinos, judeus,
gays. Os únicos que prestavam eram os italianos, sua origem. Meu pai, anarquista, falava mal
dos patrões, dos líderes, dos políticos, dos ricos, dos espiritualistas desonestos. Minha avó,
cheia de moralismo, falava mal dos que traíam, dos que mentiam, dos que roubavam, dos que
agrediam, dos que mostravam sua sexualidade. Minha mãe falava mal das pessoas que
gritavam, que pressionavam, que eram duras e severas e falava mal principalmente dela
mesma.

Eu sou uma somatória destes padrões herdados da minha família. Com algumas
diferenças, sou imensamente crítico e julgador. Como Bert Hellinger, o pai da constelação
familiar, ensina somos frutos do sistema e, para nos sentirmos parte dele, precisamos seguir os
padrões. Somos fiéis, cúmplices àquilo que a família diz que é o correto. Se eu fosse originário
de um sistema de corruptos e ladrões, eu me sentiria parte da família, roubando. Portanto,
energeticamente, roubar significa inocência.

Os padrões escondem sentimentos, emoções e fatos antigos, que não temos a menor
consciência. O padrão da crítica, dentro de mim, esconde a raiva. Uma raiva não exposta, não
gritada, não exercitada. Sim, papai era uma pilha de nervos. Vovô também. Vovó, nem se fala.
Era tanta raiva não expressa, que virou depressão e crises intermináveis de fígado.
Só que tem um detalhe: neste momento, torno consciente minha raiva. E vejo o
padrão do julgamento e condenação como o estopim desta raiva. Percebo que não preciso
mais julgar e condenar estas pessoas, afinal, a vida é delas. Não me afeta em nada se elas não
têm ética, são infantis, imaturas, etc., etc., etc. Aprendo a colocar os limites na minha vida e
cuidar dos meus assuntos. Os assuntos que não são meus, que importam?

Tomo uma decisão: a cada vez que perceber minha mente julgando e condenando, irei
mentalizar: papai, mamãe, vovó, vovô… eu deixo os julgamentos que aprendi com vocês, para
vocês. Eles foram importantes para me tornar quem eu sou, mas, agora, não fazem mais
sentido. Aprendi a me posicionar, a tomar posse da minha raiva e agora vou usá-la do meu
jeito nos padrões que fazem sentido na minha vida. Vou cuidar somente dos meus assuntos e
deixar que os outros cuidem dos assuntos deles. E vocês cuidem de suas críticas e de seus
julgamentos e da raiva não expressa de vocês.

Eu os liberto. Eu me liberto.

6. Emoções, Sentimentos e Necessidades

O Surgimento das Emoções, Sentimentos e Necessidades


Pesquisas científicas já comprovaram que os sentimentos e emoções do ser humano
começam a existir ainda no útero da mãe. Então, tudo aquilo que é sentido ao redor daquele
bebê que está se desenvolvendo é absorvido por ele. Medo, insegurança, alegria, raiva,
rejeição são exemplos de sensações que o indivíduo pode sentir desde o início de sua
existência e que serão determinantes na formação de sua personalidade.

Na primeira fase da vida, que vai do útero até por volta de sete anos de idade, uma
pessoa irá registrar as emoções vividas, interpretá-las subjetivamente, de acordo com suas
experiências e, então, criar padrões de sentimentos e comportamentos. Um indivíduo que,
durante este período, foi encorajado pelos pais sobre suas qualidades, tem grandes chances de
se tornar um adulto mais seguro e consciente de seus talentos.

Por outro lado, aqueles que criaram seus padrões de comportamento com base em
sentimentos de repressão e rejeição, por exemplo, podem se tornar inseguros e ter problemas
de autoestima. A boa notícia é que é possível ressignificar esses sentimentos e encontrar
mesmo nestas experiências negativas aspectos que levem ao crescimento, o que se torna
possível através do autoconhecimento.

Já as necessidades surgem na raiz de nosso corpo e alma, desde as mais básicas como
alimentação, ar e sexo, como as secundárias como amor, evolução, paz. O fato é que cada vez
que não conseguimos contemplar nossas necessidades, novos sentimentos podem surgir de
forma negativa ou de forma positiva quando temos estas necessidades atendidas.

Diferença Entre Sentimento e Emoção


É bastante comum vermos o uso das palavras sentimento e emoção como sinônimos,
entretanto, no âmbito da psicologia, elas são consideradas diferentes, apesar de terem uma
forte relação. Digo isso, porque são as emoções que geram os sentimentos e eles, por sua vez,
podem despertar outros tipos de emoções. Veja a seguir o conceito de cada um para entender
melhor a diferença.

Emoções: ocorridas nas regiões subcorticais do cérebro, as emoções são capazes de


criar diversas reações no corpo através da liberação de hormônios, ao alterar o estado no qual
o indivíduo se encontra. Basicamente, são reações instantâneas que se tem perante os
acontecimentos da vida. Veja como elas ocorrem:

• São desencadeadas por fatos.


• Acontecem acompanhadas de reações orgânicas do corpo (suor ou choro, por
exemplo).
• São direcionadas para o exterior e têm relação com a comunicação, pois expressam
algo.
• Muitas vezes são intensas e de duração curta.
• É possível definir o que desencadeou a emoção.
Exemplos de Emoções:
• Primárias (Inatas): medo, tristeza e alegria.
• Secundárias (Sociais): culpa, ciúme e vergonha.
• Emoções de Fundo: bem-estar, calma e mal-estar.

Sentimentos: encontrados nas regiões neocorticais do cérebro, os sentimentos são


formados através de reações geradas de forma consciente pelas emoções. Eles são
influenciados, principalmente, pelo histórico de cada indivíduo, o que inclui suas crenças e
experiências vividas. Por isso, cada pessoa tem uma reação diferente perante emoções e
enquanto alguns perdem a calma facilmente, outros conseguem manter a tranquilidade,
mesmo perante situações consideradas graves.

• São resultados das experiências emocionais dos indivíduos.


• Acontecem no íntimo de cada pessoa e não podem ser percebidos pelo mundo
externo.
• São menos intensos que as emoções e possuem uma duração mais longa, o que pode
perdurar por toda a vida.
• Não têm uma causa imediata que pode ser definida.

Um bom exemplo para entender a diferença entre emoções e sentimentos é em relação


ao medo e ao pânico. A sensação que se tem ao encarar um animal feroz de forma repentina é
pânico, pois dura por alguns instantes, gera reações no corpo, logo é uma emoção. Já o que se
sente ao pensar no mesmo bicho é medo, ou seja, um sentimento que se tem em relação a
ele.

Com base nos dois conceitos, é possível identificar as principais diferenças. A primeira
delas é que as emoções dificilmente conseguem ser escondidas, pois costumam ser visíveis no
corpo de uma pessoa quando ela está sentindo raiva, medo, tristeza ou alegria, por exemplo.
Além disso, são sensações que têm uma duração mais curta. Quando se trata de sentimentos,
eles acontecem na mente, então podem passar despercebidos por outras pessoas e durar
muito mais tempo, como é o caso do amor.

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