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Krishna, Buddha, Jesus etc. foram Seres Superiores que nos deram
doutrinas eficazes para que nos redimíssemos com os nossos próprios
esforços. Nenhum deles fundou a religião confessional que se lhes é
atribuída. Logo, quem fundou todas elas foi o imperialismo psíquico de
seus pretensos discípulos, que, escravos do inerte dogma que criaram,
esqueceram não ser a religião uma crença, mas a dupla ligação de
fraternidade entre os homens, segundo a sua etimologia latina (de 'religo',
'religare', ou seja, tornar a ligar).
Sabe-se que, em meados do século XIX, durante uma reunião dos Mestres
pertencentes à Grande Fraternidade Universal Branca, emergiu a idéia de
revelar ao mundo, em especial ao ocidente, um mínimo, porém essencial,
da Sagrada Sabedoria Ancestral. A maioria dos Mestres estava em
desacordo, e com razão, pois Eles acreditavam que, como de fato sucedeu,
a maioria da Humanidade não estava preparada para tão elevados
conhecimentos, motivo pelo qual tais ensinamentos seriam rechaçados,
ridicularizados, pisoteados, mal avaliados e mal entendidos, desvirtuados e
profanados. Todavia, um pequeno número de Mestres, entre os quais se
encontravam os senhores Kut Hu Mi, Morya, Serapis Bey, Hilarion e
Rakoczi, defendeu a idéia em prol de auxiliar as poucas almas aptas a
compreender o Milenário Saber. E tudo ficou decidido e aceito, quando os
Mestres Kut Hu Mi e Morya tomaram para si as conseqüências kármicas
derivadas dos resultados negativos surgidos pela realização deste projeto,
para o qual, como é sabido, escolheram Helena Petrovna Blavatsky, a
quem ditaram grande parte de sua obra.
Ascendimento
O que de pior um homem pode fazer para tornar desagradável sua vida no
mundo astral é ter uma vida inútil, isto é, vazia de todo interesse razoável e
espiritual. Portanto, é o próprio homem quem cria seus próprios 'paraíso',
'purgatório' e 'inferno', que não são lugares separados, mas estados de
consciência.
Prometeu Acorrentado
(pintura de Dirck van Baburen, 1595 – 1624)
Androginia
Geralmente, todo homem que tem uma idéia fixa, seja ele vegetariano,
espiritualista, teósofo ou naturista, acaba sendo tido como extravagante
para os outros.
Neith
Ísis
Como ensina Plutarco, 'não há diferentes deuses nos diversos povos, nem
deuses estrangeiros nem deuses gregos, nem deuses do sul e do norte, mas,
do mesmo modo que o Sol e a Lua, o céu, a Terra e o mar são comuns a
toda espécie humana, os deuses, com diferentes nomes, são os mesmos,
segundo as diferentes raças.' Assim também, não existindo mais elo do que
uma Razão que põe em ordem estas coisas e, uma Providência (Karma)
que as administra, há diferentes honras e denominações nos diversos
países, e os homens, para se entenderem, se servem de símbolos sagrados –
uns obscuros, outros mais claros – encaminhando, deste modo, seu
pensamento ao Divino, embora não esteja tal proceder isento de
gravíssimos perigos, pois alguns, falseando o passo, se despenham na
superstição, e outros, não querendo cair neste lodaçal, despenham-se, por
sua vez, no precipício do ateísmo. Com razão, disse Franz Hartmann:
'Algumas pessoas possuem grandes poderes intelectuais, mas pouca,
espiritualidade; outras têm grande poder espiritual, com uma inteligência,
débil. Aqueles que possuem as energias espirituais equilibradas com uma
forte inteligência são os eleitos.' O verdadeiro Teósofo tem que se esforçar,
com todas as potências de sua alma, em ser destes últimos, não no sentido
cristão e egoísta de eleição e salvação só para ele, esquecendo os demais,
mas, no sentido humano de ser homem, e procurar que 'nada humano lhe
seja alheio' – à guisa da clássica sentença de Terêncio.
A Verdade e a Mentira
A moral dos árabes é diferente da nossa; seus costumes são outros e seu
caráter primitivo os faz ver como coisas naturais o que para outros povos é
motivo de escândalo.
A imoralidade não está tanto nas coisas chamadas imorais, mas nos
pecadores olhos dos que com repreensível deleite as olham.
Todo aquele que traz missão elevada, mas que, por um motivo qualquer,
não afina consigo mesmo, com a sua missão, morre! Não importa como,
porém, é forçado a deixar o mundo!5
Não há efeito sem causa nem causa sem efeito. No Universo, não existe o
acaso, salvo como uma fácil e cômoda explicação de nossa ignorância de
certas Leis e causas. O fato é que a vida jamais cessa, e cada causador
goza ou sofre a reação de seu pensamento, desejo e ato, segundo sua
índole, e nele se fecha o ciclo causal que ele mesmo abre.
Devemos sempre nos manter afastados das glórias e das honras mundanas.
O Nirvana não deve ser entendido como aniquilação, mas como superação
estática ou epóptica.7
'Antes que teus olhos possam ver, já devem ter perdido a sensibilidade, e
antes que possas elevar a voz na presença de teu Mestre, deverás trazer
lavadas tuas mãos no sangue de teu Coração.' (A Voz do Silêncio, Helena
Petrovna Blavatsky, apud Mario Roso de Luna).
Quando se fizer verdadeira luz nas recompilações poéticas dos cantos dos
bardos, tais como os chamados Eddas ou Vedas, será o Dia da Redenção.