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Desde que o ser humano se entende por gente, está fadado à vida em sociedade. Não
que isso seja algo ruim, pelo contrário, é o que, em grande parte das vezes,
traz motivação e força para encarar os desafios e desavenças que a vida coloca no
meio do caminho. O fato é que nós não nascemos para viver sozinhos. Rodeado de
muitas ou poucas pessoas, é o contato com outras pessoas que nos faz sermos quem
somos.
Esse contato, também conhecido como relacionamento, existe das mais diversas
maneiras. Seja no âmbito profissional, com clientes, empresas, colaboradores, colegas
de trabalho, stakeholders, instituições de ensino… seja no aspecto pessoal, com
a família, amigos, parceiros amorosos, grupos sociais, religiosos e tantos outros. Então
eu te pergunto, ou melhor, você deve se perguntar: como está o seu relacionamento
com a pessoa mais importante da sua vida – você mesmo?
Caso ainda não saiba ou essa ficha ainda não tenha caído, sim, você é a pessoa mais
importante da sua vida! Certa vez ouvi uma frase que, provavelmente, nunca mais vou
esquecer e que me ajuda – muito – a reforçar essa ideia, e talvez te ajude também: eu
me amo, eu me adoro, eu não consigo viver sem mim!
Observou como essa fala é verdadeira? Afinal de contas, como uma pessoa consegue
viver sem ter a si mesma? O problema é que com a rotina, com as preocupações e com
as obrigações, muitas vezes nos esquecemos ou, simplesmente, deixamos para depois
o cuidar de nós mesmos. Lembre-se, você é incrível, mas não é nenhum super-herói.
Esse conceito diz respeito à capacidade de se relacionar com suas próprias emoções e
sentimentos. Ou seja, se refere ao autoconhecimento e a automotivação de cada um
de nós enquanto indivíduos e a como aplicamos estas ferramentas em nossas vidas.
São elementos que se somados à capacidade de relacionamento intrapessoal, se
tornam fatores fundamentais para o alcance de resultados, pois influenciam
diretamente na capacidade de nos comunicarmos, nos relacionarmos positivamente
com outras pessoas e a alcançar a cooperação de cada uma.
O que é autoconhecimento?
Como a própria palavra explicita, o autoconhecimento é a capacidade de conhecer a si
mesmo. Nos mais diversos aspectos, desde emocionais até as pequenas atitudes. Isso
quer dizer, é se conhecer dentro de sua individualidade. Todos temos características
em comum com outras pessoas, alguns mais outros menos, mas o autoconhecimento
é saber quem somos de verdade. E esse é um estudo que nunca acaba, porque o ser
humano é mutável e adaptável.
Levando em consideração esse ponto de vista, a pessoa que se conhece bem melhor
pode usar esta maestria sobre si mesmo com o objetivo de ser um ser humano melhor
no trabalho, na vida social, nos estudos, nas relações amorosas, com a família e muito
mais.
É, também, uma forma de testar sua maturidade para diferentes desafios, como
começar um novo emprego, iniciar uma faculdade ou, até mesmo, mudar de país ou
sair por aí, para explorar o mundo e fazer novas descobertas sobre si mesmo e os
outros.
O psicólogo Howard Gardner, com sua célebre Teoria das Inteligências Múltiplas, foi o
responsável pela identificação da Inteligência Intrapessoal. E foi na obra Estruturas da
mente: a teoria das inteligências múltiplas, que criticou a ideia de que inteligência é
uma propriedade única e defende um conjunto mais amplo de competências
humanas.
Ele vai além da noção de inteligência como Q.I. e reconhece sete categorias de
capacidades totalmente independentes. Entre essas capacidades está a inteligência
intrapessoal, que se destaca por ser a mais introspectiva. Ou seja, uma pessoa com
boa inteligência intrapessoal deve ser capaz de acessar suas emoções e pensamentos
com bastante clareza.
Mas não adianta apenas olhar no espelho e reconhecer quem você vê. Para
desenvolver a capacidade intrapessoal, é preciso que a imagem de si mesmo seja
verdadeira e coerente. Com um reflexo efetivo e realista, você se torna capaz de
explorar seus pontos fortes, controlar suas emoções e se adaptar a qualquer situação.
Guarde isso: quem está no controle das próprias emoções direciona muito melhor suas
ações.
Por isso, o autoconhecimento só é possível quando você sabe exatamente o que está
sentindo, quais são suas emoções mais frequentes e porque as experiências dessa
forma. Depois de se conectar com as sensações, é preciso desenvolver um olhar crítico
sobre si mesmo. A crítica, diz respeito ao discernimento, pois é necessário que você
compreenda plenamente seus pontos fortes e fracos, seus erros e acertos.
Mas nem todo mundo tem que exaltar apenas seu lado positivo. Por exemplo, existem
pessoas que não conseguem assumir seus defeitos, mas também acontece com as
qualidades. Por isso a autoestima é fundamental neste processo. Você precisa ser
capaz de reconhecer suas forças e fraquezas na mesma medida, trabalhando
continuamente sua autoconfiança e valorização de si mesmo.
Ao se aceitar e se respeitar você será capaz de alcançar a autonomia, que está
diretamente ligada à sua capacidade de iniciativa, liberdade de pensamento e
independência. Feito tudo isso, você deverá colocar em prática a auto-atualização, que
está ligada à auto-realização e significa ser capaz de maximizar seu potencial para se
realizar plenamente como ser humano, tendo em vista seu contexto social e relação
com o mundo.
O que você quer? – Definindo seus objetivos. Além de saber quem você é, também é
preciso saber exatamente o que você quer. Pois, cada vez que você define, persegue e
alcança um objetivo, está exercitando sua inteligência intrapessoal.
Essa é uma pergunta que você deve responder com absoluta sinceridade, para que
consiga definir suas reais prioridades e alinhá-las ao seu propósito de vida. A partir do
momento que você descobre seus principais valores, deve cruzar cada um deles com
suas metas de vida, garantindo que estejam coerentes.
Se conhecer bem o suficiente para harmonizar seus objetivos com seus princípios, esse
é um dos maiores segredos da inteligência intrapessoal.
Como expliquei ao longo de todo este artigo, a inteligência intrapessoal está ligada ao
autoconhecimento, a você mesmo, às suas descobertas, afirmações, desejos,
vontades, valores, sonhos, mudanças.
Porém, de fato, é muito mais fácil encontrar dicas de como desenvolver as relações
interpessoais do que as intrapessoais. Isso acontece porque muitas pessoas estão mais
preocupadas em aprender sobre o comportamento dos outros do que os próprios.
Enxergar-se verdadeiramente pode ser desafiador.
Se você deseja tornar o seu relacionamento intrapessoal cada vez melhor, pode ser um
importante as ferramentas e técnicas que promovem o autoconhecimento e
contribuem para que você tenha atitudes que contribuam positivamente com o seu
relacionamento intrapessoal. Eis algumas destas atitudes:
Ter resiliência
Ser mais proativo
Disposição para aprender coisas novas
Disciplina para cumprir metas
Flexibilidade e positividade diante de situações inesperadas
O relacionamento intrapessoal é o relacionamento da pessoa consigo mesmo. É a
capacidade de integrar o quanto você se conhece, o quanto domina suas reações e
emoções e o quanto se automotiva a continuar a árdua jornada de se transformar em
uma pessoa melhor, com uma proposta de vida mais coerente com seus valores, com
sua família, trabalho, sociedade, natureza, com sua alma e seus sonhos.
Conforme evoluímos nesta relação, paramos de mentir para nós mesmos e, corrigindo
os desvios, tomamos o caminho do que realmente somos e, nossas decisões, agora
sem medo, do que realmente queremos ser.
Para evoluir em qualquer relação é necessário conhecer a pessoa com quem nos
relacionamos. Neste caso não é diferente. Precisamos nos conhecer para melhorar a
comunicação e o relacionamento do nosso corpo, mente e alma, ou para aqueles que
não acreditam em alma, do nosso corpo, mente e consciência.
Sem reagir aos impulsos automáticos, ganhamos o tempo necessário para nos
colocarmos no lugar das pessoas e analisarmos então seus limites e motivações sob as
mesmas forças que estamos envolvidos. Assim, com uma visão mais sistêmica,
tomarmos as melhores decisões possíveis.
A sensação de que o tempo está passando muito rápido e que precisamos de 30 horas
diárias para fazermos tudo que queremos fazer é comum para todos. Disponibilizar um
tempo em nosso dia a dia ultra atarefado, mesmo que sejam poucos minutos, para
refletir sobre si mesmo e se conhecer parece ser impossível ainda que extremamente
necessário.
A tarefa de nos conhecer um pouquinho mais por dia vai sendo adiada e nos privamos
de realizar os objetivos e sonhos que gostaríamos em todas as áreas de nossas vidas.
Um bom exercício para avaliar em que grau está o seu relacionamento intrapessoal é
responder algumas questões:
Embora você vá para a empresa todos os dias para cumprir com suas obrigações, com
certeza essa será uma experiência muito mais agradável e produtiva se você souber
lidar com sua equipe ou departamento.
Boas relações de trabalho trazem, ainda, vários outros benefícios: a rotina é mais
agradável, isso possibilita ao profissional ser mais inovador e criativo – e as ideias de
pessoas que sabem se relacionar tendem a ser mais bem aceitas.
No geral, todos nós queremos trabalhar com pessoas com quem nos damos bem.
Quando bem desenvolvidas, as habilidades interpessoais e intrapessoais ajudam a
aumentar a produtividade e a abordagem junto à equipe para atingir os objetivos
organizacionais.
É a habilidade através da qual nos relacionamos bem com as pessoas que fazem parte
do nosso convívio, dentro de um determinado ambiente, no caso, o corporativo.
Para aprimorar sua a inteligência pessoal, você pode fazer alguns exercícios que
podem melhorar o seu autoconhecimento e capacidade para lidar com emoções,
medos e metas.
Procure focar em suas tarefas e no ambiente que está e, caso seja um problema muito
sério, como uma doença na família, avise educadamente aos seus colegas que está
passando por um momento delicado – e essa atitude certamente irá causar uma
impressão positiva.
Não adianta, todos nós somos diferentes e isso se aplica em qualquer cenário – família,
amigos e estudos. Procure entender que as diferenças não são obstáculos, mas
oportunidades de construir um ambiente enriquecido, inteligente e com mais
representatividade de visões, opiniões e ideias.
Exercite a empatia
Aqui não se trata apenas de falar sobre si mesmo de forma natural, sem parecer
arrogante, mas o que você transmite por meio das suas opiniões e atitudes. Ter uma
postura colaborativa, compartilhar informações importantes para contribuir com o
trabalho de todos e revelar aspectos de sua personalidade que podem ajudar a equipe
são itens que, certamente, irão reforçar o seu valor.
Esse exercício nem sempre é fácil, principalmente na hora de ouvir críticas, opiniões
contrárias e visões de mundo completamente diferentes da sua, mas esse preparo é
necessário para um bom relacionamento interpessoal e pode trazer ótimos resultados
e ideias.