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Expressar-se na fala e através do comportamento nos dias atuais de forma verdadeira sem que
sofra algum tipo de julgamento tem se tornado cada vez mais difícil. Cada geração que se
estende encontramos uma sociedade mais egocêntrica e Seletista no que tange ao status
social.
Desta forma, reprimimos nossas ideias, vontades, opiniões para dar voz ao que rege a
sociedade em que vivemos. Mais até que ponto nos permitimos sermos conduzidos de não
trazer malefícios a nossa vida. Esses malefícios seriam de cunho psíquico no qual trancamos
nossos sentimentos em prol do estar aceito no meio externo.
Quando ligamos a juntura do sujeito a sociedade, evidencia-se muitos fatores que são base
para adaptações e vivencia no meio, sendo uma delas a construção de seus valores e crenças,
como também a construção do comportamento que o sujeito age em seu meio.
Dito presenciarmos uma sociedade egocêntrica cada qual se compromete naquilo que lhe
apraz, sendo assim, todos possuem comportamentos de acordo com sua construção
perpassada na sociedade, ambiente familiar, influencias externas, entre outros trazendo para
o externo a doença que tem sido mestre nos dias atuais, doenças emocionais. Só não querem
enxergar que cada comportamento e comunicação sejam sinalizados por comportamentos e
ou comunicação, se de forma negativa, precisam ser analisadas e tratadas para que sua saúde
mental não seja reprimida futuramente.
É fato, o sujeito inserido dentro de uma sociedade é impossível não haver uma comunicação,
até mesmo a falta de comunicação se torna um objeto de comunicação que expressa alguma
mensagem. Tanto Palavras quando o silêncio possui valor e influência ao outro, e mesmo se o
outro não o respondem, também estão comunicando como diz (Watzlawick, Beavin & Jackson,
1967, pp.44-45). Fica claro que dentro de uma sociedade tudo é sinalizado para um
comportamento e comunicação mesmo que não o faça a “falta” é um dizer, um comportar.
Nessa concepção entende-se que tudo está ligado a mente, a comunicação, o comportamento,
as crenças e valorem que se apropria. Nessa afirmativa vemos a necessidade de profissionais
que trabalhem e desenvolvam articulações para que a sociedade não sufoque em sua própria
conduta do não se importar com o outro. Entra assim, como ponto de partida para um alivio
daqueles que inúmeras situações lhe abriram espaço para as perturbações da mente.
Para que o sujeito esteja saudável para si e para o outro em suas condutas comportamentais
em ralação ao meio e a si, ele precisa enxergar do individual para o coletivo, em sua
construção enquanto sujeito, e do coletivo para o individual, influência que o externo constrói
nele. Sendo assim, conhecer a si mesmo requer abrir “caixas” dentro de si que o possibilitem
tornar livre sentimentos, emoções que de alguma forma foram aprisionadas que interferem
em sua vida, seja no âmbito familiar, social, trabalhista entre outros.
Diante a essa afirmativa a Psicanálise tem ampliado seu espaço como ponte de uma prática
clínica dotada de técnicas especificas para interpretação de conteúdo ocultos e ou inacessíveis
as manifestações e ações do sujeito em relação com o meio (BOCK, 2001).
Na comunicação a fala tem sido bastante pontuado como objeto de sinais que na maior parte
desapercebido pelo sujeito quer mostrar alguma coisa que precisa ser colocada para fora. A
arrogância, agressividade no falar, comportamentos irados, impaciência, retração, medos são
apenas alguns exemplos que podem ter ligação como sinal de que a mente do sujeito não está
saudável. Achar os pontos que levaram a essa conduta é justamente o papel de um
psicanalista.
Cada sujeito irá responder ao ambiente de acordo com os significados que ele absorve para si.
O sujeito sempre irá responder a estímulos de acordo com as interações e situações que
advém.
Comunicação frente a realidade cotidiana de forma saudável requer que o sujeito esteja
disponível a se conhecer para que seu “equilíbrio” não seja oscilado.
BOCK, A. M. et al. Psicologia: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva,
2001.
Casas, F. (2005). Desafios atuais da Psicologia na intervenção social. Psicologia & Sociedade, 17
(2), 42-49.
Watzlawick, P., Beavin, J. H., & Jackson, D. D. (1967). Pragmática da comunicação humana. Um
estudo dos padrões, patologias e paradoxos da interação. São Paulo. Editora Cultrix.