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MagnoPintodeOliveira
RESUMO
O presente artigo visa analisar a influência das interações sociais sobre a saúde mental
percorrendoumpercursoquepassapelofenômenosocial,omentalesuasconexõescomasrelaçõesdesenvolvidas por
cada um dentro da coisa social, tendo como objetivo principal mostrar como
asinteraçõessociaisexercempapelprotagonistanesteprocessodedesenvolvimento,estabelecimentoemanutenção do
estado mental ou no aparecimento dos transtornos. Para tonto foi realizada umapesquisa de revisão de literatura
que culminou com o entrelaçamento de perspectivas de diferentesautores que vão das ênfases as relações sociais
aos manuais diagnósticos,expressando comoresultado claro a força exercida pelas conexões estabelecidas por
cada ser humano sobre a saúde.Para tanto foi resgatada literatura relevante para a fundamentação do trabalho
sendo junta ao que setem de mais novo no estudo da temática. Os resultados obtidos corroboram e assinalam a
força dasinteraçõessociaissobreasaúdemental,anecessidadedesepensarnessarelevânciaenacriaçãodenovas formas
de protagonizar esse contexto dentro e fora de qualquer panorama que venha abordartal temática.
Palavras-Chave:SaúdeMental;InteraçõesSociais;Influência.
1 INTRODUÇÃO
e mantida com qualidade é de extrema relevância tanto para a compreensão daquestão como
para o desenvolvimento de ferramentas facilitadoras da
manutençãodessasaúdeeparamelhorias.
O objetivo central desse trabalho é mostrar como as interações sociais operamsobre a
Saúde Mental, tanto no que se refere a seu florescimento como na suaperturbação, desta forma
torna-se indispensável o estudo das interações humanascom o objetivo de melhor
compreender como estas afetam a saúde e em especial
amentaldecadaindivíduo,paratantoéutilizadoametodologiaderevisãodaliteraturapertinenteaote
maemlivros,relatórioseartigoscientíficos,comointuitodeconstituirum trabalho rico de
informações sobre a temática de forma clara e objetiva, expondoas principais concepções
sobre o tema com o fundamento de oferecer as melhoresrespostasaos questionamentos
aquilevantados.
2 O SOCIAL E O MENTAL
talvezdramaticamenteexcepcional,eteremosqueprocurarrazõesexcepcionais em suas
histórias idiossincráticas. (Atribuir suas contribuiçõesoriginais a seu caráter
taumaturgo como homens autônomos não constitui, éclaro,qualquer
explicação(SKINNER,apudTOURINHO,2009,p.163).
Fazendo menção ao colocado e a citação, fica claro que embora fala-se dasduas
dimensões social e mental em separado, mas por mais que cada pessoa sejaautentica em suas
produções elas descenderam em algum ponto do ambiente
socialehistóricooqualcadaserestáinserido,enaoutramãopormaiscoletivoequetenhaum caráter
sociável, o social vai depender da produção mental individual de cada umsomadaaoutras
emligação diretacomahistória produzida.
Ivic (2010) expressar que o ser humano se caracteriza por uma
sociabilidadeprimária.Deformamaisincisivaecategórica:ele[oindivíduo]égeneticamentesocial.P
egando essa colocação como base e acrescendo a ela, pode se destacar que
essanaturezageneticamentesocialvaiterpapelprotagonistanodesenvolvimentoeconsequentement
e na formação do indivíduo como um todo. Nesse sentido o serhumano vai ter em todas suas
dimensões algum aspecto formado ou em
formaçãopelosocial.Emfocoprincipaladimensãomentaldoindivíduo,enestetocantetantoasaúde
mental como uma psicopatologia terão suas raízes no contexto
socioculturalondeoindivíduoviveue vive,pelasinteraçõeshistóricas,presentee futuras.
3 SAÚDEMENTALESUASCONEXÕESCOM AS INTERAÇÕESSOCIAIS
DeacordocomAmarante(2007),opercursohistóricodasaúdementalnoBrasile em alguns
outros países do mundo é uma história de várias lutas. Abarca muitospersonagens e seus
caminhos; mobilizações, debates e rupturas. Um contexto dejogos de poder, da emergência
dos jogos de verdade. O lugar de onde podemos nosposicionamos para construir, narrar essas
histórias, já aponta, de alguma
maneira,nossocomprometimentopolítico,afetivo,cotidianocomaquiloqueestamosenunciando.
Nessemesmosentidoparecenítidoeevidenteasconexõesentreasinteraçõessociais
estabelecidas pelos seres humanos e a saúde mental apresentada, mas
pormuitasvezesestasconexõesentreasinteraçõessociaisesaúdementalsãorelegadas a um
segundo ou até terceiro plano como fator primário e central nacompreensãodamesmae
emseuestabelecimento e planejamento.
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Fica claro que a saúde mental é essencialmente formada pelo contexto social,esse vai
exercer influência não só na composição e manutenção desta forma desaúde, mas extrapola
esse campo ao ter ação direta sobre a imagem social dacondição física que posteriormente vai
atingir diretamente a mental. De acordo
comElias(1994)“osindivíduosqueexpressammaiorvalorizaçãodasnormasdacivilidadedo que da
saúde reprimem sons naturais os quais são interpretados como nãoaceitáveispara omomentoou
naprópria sociedade”.
Apoiado nessa colocação que os indivíduos que dão maior valorização
ospadrõesnormativosdasociedadetendemareprimiremsonsnaturais,poisosmesmopodem ser
reprimidos pelo meio social, também pode ser interpretado que essesmesmo terão dificuldades
nas interações sociais em expressar seus sentimento edesejos com medo da repressão social
que alguns desses sentimentos e desejospodem vir a sofrer, e com isso tendem a guardar essas
expressões para si o que alongo prazo somado a outros fatores vão afetar diretamente a saúde
psicológica dosmesmo.
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NestemesmosentidoJorge-monteiroeMadeira(2007)destacamqueopreconceito e a
discriminação, são responsáveis pela produção de sentimentos denão-aceitação e pela redução
do desejo de estabelecer relações e contatos sociais,foto esse que temação negativana saúde
mental.
ParaRodrigueseMadeira(2009),ocontatosocialtemimportânciafundamentalno equilíbrio
das doenças, e em especial as mentais. Essa posição não deve
serinterpretadacomosuperficial,hajavistoqueocontatosocialvaifornecerumavastidãode
possibilidades que são formadas nas interações sociais e vão gradativamenteformando o
indivíduo emsuas mais variadasdimensões.
Muitas vezes se diz que “a natureza humana e a mesma no mundo todo”. Istopode
caracterizar que os processos comportamentais são os mesmos onde quer
quesejamencontrados-quetodoequalquercomportamentovariedomesmomodocomoas mudanças
na privação ou no reforço, que as discriminações sejam compostas domesmo modo, que
extinção ocorra com a mesma linearidade. Este enunciado podeser tão correto quanto a
colocação de que a respiração, digestão e reproduçãohumana são as mesmas em todo o
mundo. Sem dúvida, há diferenças pessoais nasfrequências com as quais várias mudanças
ocorrem em todas essas áreas, mas
osprocessosbásicosdeinteraçõespodemterpropriedadesrelativamenteconstantes.Odestacadopod
etambémsignificarqueasvariáveisindependentesquedeterminamocomportamento sejam as
mesmas em todo o mundo. As heranças genéticas diferemenormemente, e os ambientes tem
probabilidade de mostrar mais diferenças
quesimilaridades,grandenúmerodasquaispodeseratribuídoavariáveisculturais.Todoessecontext
otemcomoumaltograudeindividualidade.Comtodoesseemaranhadodediferençasesemelhançasd
oefeitodeumambientesocialnocomportamentopodeserinferidopontoporpontodeumaanálisedaqu
eleambientesocialqueumapessoafoiformada(SKINNER,2003).
Vygotsky(1991)expõequetodaformaelementardecomportamentopressupõeumareaçãoein
teraçãodiretaàsituação-problemaconfrontadapeloorganismo(oquepode ser representado pela
formula simples (S --R). Por outro lado, a estrutura
deoperaçõescomsignosrequerumelointermediárioentreoestímuloearesposta,esseelo entre o
estímuloe a resposta pode ser interpretado como a composição dainfluência das interações
sócias sobre cada indivíduo, pois ao receber o estímulo
oorganismoacrescentaaelesuacargahistóricapessoalesódepoisproduzsua
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resposta, neste sentido os homens vão criando o meio social e por ele sendo
criadoemumciclovitalpara a composiçãodetodasasdimensões de cadaSer.
Para corroborar essa posição veja (SKINNER,1978, p. 3) que expressa: “Oshomens
agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez são modificados pelasconsequências de
sua ação”. É possível colocar que esses homens serão além demodificados por essas
consequências de suas ações, mas também acrescentaram asua composição em especial a
dimensão mental em suas bases fortes mecanismosquefuncionaramcomo alicercesa sua
saúdemental.
O meio social e as interações desenvolvidas pelas pessoas vão se constituindoem quanto
fonte primaria para a formação dos indivíduos, costumes, hábitos de vida,cultura, língua e
outros serão absorvidos gradativamente por cada pessoa para
suaintroduçãonoconvíviosocial,umaboaabsolviçãoedesenvolvimentodessesaspectos dão a cada
um suas potencialidades e fragilidades frente a saúde e adoença,ea saúde mentalnãofica fora
dessepanorama.
Para Vygotsky (1991), anteriormente a controlar seu próprio comportamento,
acriançacomeçaadesenvolverocontroledoambientecomaajudadafala.Issoproduznovasrelaçõesc
omoambienteeemespecialosocial,alémdeumanovaorganizaçãodoprópriocomportamento.Acria
çãodessasnovasformascaracteristicamentehumanasdecomportamentocria,maistarde,ointelecto,
econstituiabasedotrabalhoprodutivo:aformaespecificamentehumanadeusarinstrumentoseserela
cionarcomomundoaoseuredor,produzindoassimalteraçõesnestequevãoposteriormenteserrefleti
dasemcadaindivíduo,gerandoformasparticularesderesponderquecaracterizaramocomportament
o socialmentehumano.
É nestas interações desenvolvidas por cada ser humano desde muito cedo emuma forma
continua que se estabeleceram as conexões entre a formação e modo deresponder ao mundo
de cada indivíduo. É essa formação e modo de responder queirão compor posteriormente
aquilo que será apontado como uma forma saudável oupatológica de se relacionar com o
mundo. Especialmente a saúde mental tem suasraízes impregnadas no social e possivelmente
por isso vai ser analisada sob a óticada funcionalidade diferencial característica que cada
pessoa vai estabelecer no seuresponder em dadas situações se são ou não saudáveis ou
patológicas. E estáfuncionalidade na interação é vista sob as mais diversas dimensões, em
destaque,funçõespsíquicas,processoscomportamentaise comportamento verbal.
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DeacordocomSkinner(1978),umacriançacomeçaaadquirirocomportamentoverbalquando
vocalizaçõesrelativamentenão-
padronizadas,reforçadasseletivamente,assumemgradualmenteformasqueproduzemconsequênci
asapropriadas numa dada comunidade verbal. Assim fica claro que desde muito cedo
osocialéabsorvidopelaspessoasemsuaconstrução,começandopelafalaeposteriormentecomospad
rõessociaisdoqueécertoeerrado,eénestesentidoqueaspropensõesoususcetibilidadeasaúdeeapatol
ogiasvãose assentar.
A Saúde mental e suas conexões com as interações sociais tornam se nítidasquando se
compreende que toda constituição do indivíduo descende em algummomento do contexto
social, pois não é obscuro que é pela troca com o outro, e
narelaçãocomooutroquecadaSertornaoqueéesuasexpressõessãodesenvolvidasnomeio.Aexpress
ãodesaúdementalouodesequilíbriodeumindivíduoéessencialmente ligada e derivada do
contexto social o qual cada um viveu, vive e
asrelaçõescomaspossibilidadesfuturasdeganhosapartirdasinteraçõesdesenvolvidas e
estabelecidas, é dentro desse contexto social, histórico e futuro quea saúde mental ou a
psicopatologia se alicerça e daí então é exibida em suas maisdeferentes formas dada a
multiplicidade de influências recebidas, não excluindo osocialcomoagenteprimário ecentralda
questão.
Todorov (2012), pontua que Skinner postula que aquilo que acontece dentro
doorganismodifereapenasnadimensãodoacontecimento,contudoesseseventostêma mesma
dimensão física e que ambos os comportamentos privados/externos
sãoregidospelasmesmasforças,nestecasooambienteexterno,equedevemosbuscarna interação do
indivíduo com seu meio as causas para seu comportamento, destaforma é fundamental pensar
em uma perspectiva integrante, onde a saúde mentalassim como como os padrões
comportamentais bebem da mesma fonte para seusurgimento, desenvolvimento e manutenção
sem negar o ser humano como materialpensantee criadordeinterações.
4 ASCONSEQUÊNCIASDASINTERAÇÕESSOCIAISSOBREASAÚDEMENTAL
As interações sociais podem ter suas consequências sobre a saúde metalanalisadas sobre
duas perspectivas: a primeira delas diz respeito a
potencializaçãodamesmanosentidodoestabelecimento,desenvolvimentoemanutençãoeasegunda
formadeanalisetangeaocaminhododesequilíbrio,dapatologia,da
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psicopatologia que assim como a saúde tem suas bases plantadas no terreno
socialehistóricoondecadaindivíduoviveu,vivee desenvolve suasinteraçõessociais.
Dalgalarrondo (2008), destaca que o conceito de saúde e de normalidade
empsicopatologia é uma questão de grande controvérsia e debates. Claro, quando setrata da
abordagem a casos extremos, cujas alterações comportamentais e mentaissão de intensidade
acentuada, longa duração e relativamente claras, o
delineamentodasfronteirasentreonormaleopatológiconãoétãoproblemáticoedifícil.Entretanto,h
ámuitoscasoslimítrofes,nosquaisestabeleceradelimitaçãoentrecomportamentosnormais e suas
formas consideradas patológicas é bastante difícil. Nessas situações,o conceito de
normalidade em saúde mental ganha especial relevância. Aliás,
oproblemanãoéexclusivodapsicopatologia,masdetoda a medicina.
Compreender como as consequências das interações sociais operam sobre
ohomemeseupsiquismoéfundamentalnodelineamentodasfronteirasentreonormaleopatológico.T
orna-
senecessáriodestacar,daênfaseeregistrarqueessanecessidadenoentendimentodecomoasinteraçõe
ssociaisoperam sobreospróprios indivíduos que as produzem, pois para a conceituação do que
é normal epatológico são utilizados parâmetros observados na dinâmica do
relacionamentosocial.
Dalgalarrondo (2008), em seu livro psicopatologia e semiologia dos
transtornosmentaiscitavárioscritériosdenormalidadequesãoutilizados,sendoeles:normalidade
como ausência de doença, normalidade ideal, normalidade estatística,normalidade como bem-
estar, normalidade funcional, normalidade como processo,normalidade subjetiva, normalidade
como liberdade, normalidade operacional. Todosesses critérios visão o estabelecimento de
fronteiras entre a normalidade e aquiloconsiderado patológico, assim em uma análise mais
ampla e em ligação com a coisasocial, pode-se colocar que toda forma de normalidade ou
patologia recebeu ourecebe influência do social em sua composição e em sua conceituação ou
em seuprópriostatus da coisa que é.
Continuando neste sentido, a saúde mental como campo e como patrimônioindividual é
invariavelmente descendentedo extrato das interações sociais e dadinâmica desenvolvida em
seu núcleocomo fator preponderantemente de maiorinfluência.
Rodrigues e Madeira (2009), destacam que o suporte social é indicado
porestudiososdeváriasáreasdoconhecimentocomoumfator fundamentalnaproteção
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Mesmo com todos os esforços feitos pelas pessoas para serem aceites
numadeterminadacategoriasocial,anãoaceitaçãoerejeiçãosãocaracterísticasfrequentementeobse
rvadasnavivenciasocial.Claroquemuitasrejeiçõessãoresultantes das preferências de cada
indivíduo pelo seu histórico de interações, deinclinações, de objetivos de um indivíduo com
relação a outro, de valores partilhadospor indivíduos de um grupo que não são consonantes
com os indivíduos de outrogrupo(JORGE-MONTEIRO; MADEIRA, 2007).
As consequências das interações sociais sobre a saúde mentalpodem
serdiversasadependerdomaterialresultanteeabsorvidopelapessoafrutodasinterações
desenvolvidas pela mesma. O contato com o contexto social despertavárias e distintas
necessidades, essas podem vir a serem atendidas ou não, nessesentido toda a parte do
indivíduo fruto do contexto social impregnado em cada
sercarregaemsepotencialparadesenvolversaúdeeapatologia,levandoemcontaojámencionadoaqu
iquetodasasdimensõesquecompõemumapessoasãoentranhadas do componente social e
histórico em algum ponto, fica claro que ocontato social terá grande parcela de contribuição
no desenvolvimento da saúdementalou patologia.
Deacordocom Todorov(2012), sendoumavez,estabelecidopadrõesdecomportamentos
apropriados, suas consequências agem pormeio de processossemelhantes para permanecerem
ativas na produção de conexões entre o emissor esua fonte de estimulação. Se, por acaso, o
meio se modifica, formas antigas
decomportamentodesaparecemenquantonovasconsequênciasproduzemnovasformas de
comportamento. Nesse panorama os seres humanos estão em
constateevoluçãoe,nesteprocesso,formasepadrõesdecomportamentoestãosempresendocriados e
extintos. Durante esses processos aqueles comportamentos que melhorauxiliem a adaptação
do indivíduo ao meio serão selecionados. Entretanto, duranteesse percurso evolutivo, é
possível também a instalação de comportamentos que,
aolongodoseudesenvolvimento,vãotendoumdistanciamentodasreaiscircunstânciasque lhe
propiciaram o florescimento e suporte em sua manutenção como formasfuncionais
deinterações.
Seguindoaanalisenessesentido,alteraçõesnomeiosocialeconsequentementenarelaçãodoin
divíduocomessecontextovãoacarretaraextinção e produção de novas formas de
comportamentos, mas nesse processo
deextinçãoecriaçãonemsempreaconteceexatamentecomodeveria,asextinçõesde
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padrõesdecomportamentospodem
levarconsigoformasimportantesquefornecemrecompensasparaapessoaoquepodesumarizarcomp
rejuízosignificativoasaúde.Jádeformaopostaaextinçãopodeconclui-se
queasformaçõesdenovospadrõescomportamentaisfuncionaisirãoproduzirbenefíciosdegrandeval
or,comohabilidadessociais,diversificaçãodecontatos,hábitosdevidassaudáveisemuitomais,mast
ambémpodecriarformasdisfuncionaisdeinterações,essasformasdisfuncionaisacabamporproduzi
remsofrimento,doreconsequênciasprejudiciaisà
saúde.
Todorov (2012), aponta que nas interações organismo-ambiente continuamenteestão
presentes interações com o ambiente interno, seja biológico, seja histórico, damesma maneira
que estão presentes em interações sociais. Os quatro aspectos nosquais o ambiente está sendo
analisado são claramente indissociáveis. Os
indivíduosinteragemsituadosnoespaçoenotempo,enessainteraçãosãorelevantesprocessosbiológi
cosinternosacadaorganismo,bemcomoasexperiênciashistóricasde cada umcomoutrasinterações
sociais.
Espelhando-se no dito no parágrafo anterior, parece claro agora que é do
socialenarelaçãocomomesmo,sendodeleabsorvidooconteúdoprotagonistaparaassimcadaorganis
moseconstituircomotalemtodassuasdimensões,nãosendodiferentea saúde mental de cada um e
a essa dimensão podeser atribuído as
maioresinfluênciasadvindasdasinteraçõessociaisestabelecidanasconexõesdesenvolvidaspelaspe
ssoas.Nessecontextoatravésdasconexõesestabelecidasporcadaindivíduo com o meio social
sendo material deste meio é absorvido pelos indivíduosde acordo com suas demandas, mas é
nesse percurso de via dupla que ao dá ereceber do social que vai ocorrendo a modelagem do
organismo. Essa
modelagemvaiocorrerdemaneiravastaindodesdeaspectosfísicosaoscomponentespsicológicosqu
eformama saúde mentalobjetoaquideanálise.
Seguindo nesta linha de raciocínio, as consequências das interações
sociaissobreasaúdementalpodemsertantopositivasquantonegativas,bastaumpequenodesequilíbr
io nessa interação sujeito-meio social para haver danos extremos à saúdementalde
qualquersujeito. Observa-sea citaçãoaseguir:
Transtornos mentais são definidos em relação a normas e valores culturais,sociais e
familiares. A cultura proporciona estruturas de interpretação quemoldam a
experiência e a expressão de sintomas, sinais e comportamentosque são os critérios
para o diagnóstico. A cultura é transmitida, revisada erecriada dentro da família e de
outros sistemas sociais e instituições.
Aavaliaçãodiagnóstica,portanto,deveconsiderarseasexperiências,os
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sintomaseoscomportamentosdeumindivíduodiferemdasnormassocioculturais
econduzemadificuldades deadaptaçãonas culturas deorigemeem
contextossociaisoufamiliaresespecíficos(APA,2014,p.14).
Emanaliseseostranstornosmentaissãocaracterizadosemrelaçãoincapacidadedeadequaçãoa
snormas,valoresculturais,sociaisefamiliarespodesecolocar que é nestas dimensões que se
acentuam tanto como já foi dito a definição,como as causas para o desenvolvimento de uma
boa saúde mental como
tambémparaotranstorno,sendonesseentrelaçamentoqueseencontraachaveparaexplicarasconseq
uênciasdasconexõesestabelecidasentreosujeito eomeiosocial.
EnquantoissoparaalgunsautorescomoSzasz(1980),éatribuídosustentamentodequeasdoenç
asmentaisnãoexistem,claramenteoautornãosugeriou expressa em suas palavras que as
circunstancias sociais e psicológicas às quaisé atribuído este rótulo e fixado também não
existam. Desta forma tanto quanto
asintercorrênciaspessoaisesociaisquesetinhanaIdadeMédia,osproblemashumanoscontemporâne
ossão suficientementereais.
Nestesentidoaargumentaçãotangenorumodasustentaçãoqueostranstornosmentaissãofruto
semveiaprincipaldoresultantedasinteraçõeseconexõesestabelecidasporcadasujeitocomseu
meiosocialecultural,tantonodestinodesuadefiniçãopelarupturadenormaiseleisestabelecidas,com
opelofatododesequilíbrionestas mesmas dimensões na capacidade de absolvição do meio
social daquilo
querealmenteénecessárioparasuprirsuasnecessidadesenãoprovocarumainstabilidade entre o
fluxo da via de entrada e saída do conteúdo através de suasinterações com todas as dimensões
possíveis de contato, aqui em especial destaquea social como protagonista na influência da
manutenção da saúde mental ou em suaperturbaçãocomumtranstorno.
Em Szasz (1980) é possível compreender que a capacidade de cada indivíduode realizar
suas próprias escolhas com total liberdade de coerções vai depender desuas condições internas
e externas. Suas condições internas, isto é, seu caráter,personalidade ou mentalidade,
entendendo suas aspirações e desejos, bem comosuas aversões e autodisciplina o alavancam a
se movimentar de várias maneiras,
ouoesbarram.Suascondiçõesexternas,istoé,suaformaçãobiológicaeseumeiofísicoe social
compreendendo às suas capacidades de seu corpo, o clima, cultura, leis etecnologia de sua
sociedade o impulsionam a agir de determinadas maneiras ou
deoutras.Destaformaessascondiçõesrepresentamecaracterizamaextensãoe
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qualidade das opções de um ser humano em geral, quanto mais controle o homemobtém sobre
suas condições internas e externas, tanto mais livres se tornam, assimenquanto que o
insucesso na aquisição de tal controle, ou a perda do referido,
oescraviza.Há,todavia,umacomplexalimitaçãoeimportanteaoexercíciodaliberdadedoshomens,al
iberdadedosoutroshomens.Nestalinhadecompreensãoascondiçõesdoambienteexternoqueohome
mprocuracontrolarincluem
outraspessoaseinstituiçõessociais,formandoumaredecomplexadeinteraçõeseinterdependências
quepodem em resultanteproporcionar condiçõespropícias
amanutençãodesuasaúdeatravésdoexercíciodesualiberdadeouumcontextorígidoonde este vai
resultar em condições adversas para a manutenção do equilíbrio desuasinteraçõese conexões,
oquevaiemestânciaúltimaculminaremprejuízo a suasaúdementalemdetrimento do contexto
socialnoqualtenta seadaptar
Parailustraraargumentaçãoeoferecerbaseparaaanáliseaquidesenvolvida,observa-se a
seguiracitação:
É apenas na sociedade que a criança pequena, com suas funções
mentaismaleáveiserelativamenteindiferenciadas,setransformanumsermaiscomplexo.
Somente na relação com outros seres humanos é que a criaturaimpulsiva e
desamparada que vemao mundo se transforma na pessoapsicologicamente
desenvolvida que tem o caráter de um indivíduo e mereceonomedeser
humanoadulto(ELIAS,apudTOURINHO,2009,p.33).
Apoiando-se na passagem em destaque e análise desenvolvida aqui fica claroe
evidente que desde muito cedo cada sujeito em contado em contato com o outro,com o social
vai se constituindo como ser humano em um processo contínuo
deinteraçõesquevisãosaciarasnecessidadesfrutodaprópriaexistência,nesseprocesso continuo e
dinâmico cada pessoa vai se construindo em suas diversasdimensões, assim um pequeno
desequilíbrio na conexão estabelecida pode gerarefeitos devastadores a saúde mentalouem
contrário o estabelecimento de umprocesso dinâmico e fluente de contato com o meio social,
o que vai resultar naconstruçãode uma saúde mentalplena.
Todorov(2012),vemdestacarqueemtodasascorrentesteóricasdapsicologia, ohistórico de
interações organismo-ambiente desempenhaum
papelrelativamenteconsiderávelnaexplicaçãodeinteraçõespresenteseconsequentemente na
situaçãoatualdoorganismo.
Não resta duvidas o quão vasta pode ser a influência das interações
sociaissobreasaúdemental,essavastidãonãopodeserdimensionadadevidoasua
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amplitude e magnitude, mas sem sobra duvidas as interações sociais desenvolvidaspor cada
ser humano vai ter papel protagonista na manutenção ou perturbação dasaúdemental.
5 RESULTADOSEDISCURSÃO
6 CONCLUSÃO
Aluzdosresultadosobtidosfica
reluzentequeaconstituiçãodecadasujeitoeconsequentementetodassuasdimensõesformadoras
sãoemconsequênciaprincipaldas interações sociais desenvolvidas desde muito cedo, aqui em
especial a mental,sendo assim a saúde mental é fruto das interações sociais e de tudo que
compõemestas.
Aanálisedosresultadosexpostosdeixaclaroenítidoopapelprotagonistadasinterações
sociais como influenciador da saúde mental ou perturbação da mesma,tudovaidepender das
espéciesde interaçõesdesenvolvidas por cada um eoresultanteextraído destas.
O caminho até o estabelecimento de uma adequada saúde mental e funcionalnão é uma
receita pronta, mas inúmeros fatores podem ajudar os indivíduos
aconseguiresseequilíbrio,fatoresessesqueemgrandeparteestãoligadosacondições que envolvi
questões sociais e que estabelecem conexões com tais,
destaformaocontextosocialmesmoquandonãoafetadiretamenteasaúdementaldas
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REFERÊNCIAS
SKINNER,B,F.Ocomportamentoverbal.SãoPaulo:Cultrix,1978.