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MÓDULO 02

MANEJO
DAS
EMOÇÕES
LAÍS NADAI
AS EMOÇÕES
As emoções são amplamente definidas
como os sentimentos que podem afetar o
comportamento e costumam apresentar
componentes fisiológicos e componentes
cognitivos.
Os comportamentos referem-se as expressões, ou seja,
microcomportamentos e macrocomportamentos;
Os componentes fisiológicos referem-se as alterações
químicas;
Os componentes cognitivos aparecem na interpretação
do mundo que afeta nossas emoções e em como
nomeamos e organizamos nossos afetos.
Tradicionalmente em nossa sociedade as emoções
foram vistas como algo impróprio, que não poderia
ser vivido ou expresso. O homem civilizado não
deveria expressar suas emoções. Essa tendência
vem do dualismo cartesiano mente/corpo,
razão/emoção.

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Entretanto, podemos ver hoje um grande
movimento que busca reforçar a importância
das emoções em diferentes contextos,
inclusive no contexto do trabalho e o termo
inteligência emocional passa a ser
empregado com mais frequência.
As emoções começam a ser validadas
até porque o impacto negativo da
falta de cuidado das emoções passa a
gerar problemas e prejuízos em
diferentes âmbitos, principalmente no
espaço de trabalho.
O problema é que muitas pessoas acabam
compreendendo inteligência emocional como
o "controle" das emoções.

Assim, você pode falar das emoções, pode ter


emoções, mas precisa controlá-las. Não deve
expressá-las, precisa ser inteligente (isso é
uma ironia).
É claro que expressar as emoções de uma
maneira congruente e cuidadosa é necessário e
saudável para nossas relações, mas se irritar,
ficar chateado, zangado ou estressado, não
significa falta de inteligência emocional,
explodir vez ou outra, ficar isolado por um tempo,
são comportamentos normais de expressão de
sentimentos que demonstram que você é um ser
humano, logo, sente.
É fundamental ter controle no que refere ao
comportamento derivado das emoções, o que
fazemos com elas, mas não deveríamos negar as
expressões emocionais de impulsos genuínos e
naturais. Logo, quanto mais conscientes de
nossas emoções, melhor lidamos com elas.
É impossível nos relacionarmos sem
atritos, nós afetamos e somos
afetados, se envolver
emocionalmente significa que você
se importa.
Logo, inteligência emocional é saber
identificar as minhas emoções enquanto
sensações, nomeá-las e expressá-las de
maneira congruente comigo e com o meio.
É também saber identificar as emoções
que surgem nas pessoas com as quais me
relaciono e que são apresentadas pelos
seus microgestos e macrogestos.
É ensinar a lidar com a ira, tristeza, a
respeitar as diferenças que nos rodeiam e
a respeita os nossos sentimentos, aprender
a negociar com o meio e perguntar. É
aprender a falar consigo mesmo,
compreender as influências sociais, tomar
decisões e respeitar as indecisões.
Assim, podemos pensar em 3
importantes etapas que envolvem as
emoções:
1-Sensação
2-Identificar e nomear
3-Expressão
Baseado nestas três etapas
podemos refletir sobre inúmeras
dificuldades que podem surgir em
cada etapa e inúmeras
possibilidades de manejo para
cada dificuldade.
Anote possíveis dificuldades e
manejos para a etapa sensação:
Anote possíveis dificuldades e
manejos para a etapa de nomeação:
Anote possíveis dificuldades e
manejos para a etapa expressão:
Desta maneira, compreendemos que
o comportamento deveria ser guiado
pela integração entre razão e
emoção. Afinal, a ênfase demasiada
em uma delas é um desequilíbrio que
gera adoecimentos.
As nossas emoções tem funções em
nosso organismo, por isso precisam
ser ouvidas, acolhidas e expressas,
assim cumprem sua função e podem
deixar de existir naquele momento.
Quanto mais negamos nossas
emoções, mais elas permanecem em
nosso organismo, afetando nossos
comportamentos, nossas relações e
gerando adoecimentos.
A psicoterapia deve auxiliar no
reconhecimento, aceitação e
expressão das emoções.
CULTURA E EMOÇÕES
A maneira em que expressamos as
nossas emoções dependem da nossa
aprendizagem, experiências
anteriores e da nossa cultura.

Por exemplo, culturalemnte os


homens são incentivados a não chorar.
BIOLOGIA E EMOÇÕES
As expressões faciais de uma pessoa podem
revelar suas emoções, assim, membros
de diferentes culturas entendem as
expressões emocionais dos outros de formas
semelhantes. Isso ocorre pela ativação de um
conjunto de impulsos nervosos que fazem o
rosto exibir a expressão apropriada, ou seja,
os microgestos.
Compreendemos então que inúmeras questões
estão relacionadas as emoções e que
identificar como elas aparecem em nosso
corpo, o que comunicam e como podemos
expressá-las é fundamental para nosso bem-
viver e que negar as emoções é só uma forma de
cristalizar no polo da razão, logo, de não saber
fluir entre as possibilidades. Desintegrados
adoecemos.
REFERÊNCIAS

BRAGHIROLLI, Elaine Maria et al. Psicologia geral–


9 ed. rev. e atual. Porto Alegre, Editora Vozes, 2007.

FELDMAN, Robert S. Introdução à psicologia. Porto


Alegre, AMGH Editora, 2015
LAÍS NADAI
É psicóloga clínica CRP 08/21107, Mestre em
Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá
(UEM) com ênfase em Existencialismo e
Fenomenologia, Gestalt-terapeuta pela Escola
Paranaense de Gestalt-terapia com Formação
Avançada em Gestalt-terapia, Especialista em
Docência no Ensino Superior. Possui treinamento
em trabalho com crianças e adolescentes no
modelo Violet Oaklander. Pós-Graduanda em EAD
e as Novas Tecnologias Educacionais. Professora
e Supervisora Universitária.

Essa obra não deve ser reproduzida sem citação,


devido a lei que preserva os direitos autorais.
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