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Podemos viver a vida de duas maneiras: uma maneira baseada em valores ou uma maneira
orientada por objetivos / metas.
• Subir uma montanha – caminhada centrada nos valores (apreciar a vista, o costume
dos moradores do local, sua curiosidade o leva a ver com mais cuidado as plantas,
sua sensibilidade e conexão abrem infinitas possibilidades de experiência).
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A CNV é desenvolver uma forma de se comunicar de maneira
mais sensível orientada pelos afetos e valores e totalmente
conectada a si mesmo e ao outro!!!
1 – Percepção
Esse primeiro passo envolve distanciar por um minuto da situação e observá-la com
cautela. Ouça, veja e utilize todos os demais sentidos com bastante atenção para
averiguar a situação no momento. É crucial que, nesse primeiro momento, essa
observação seja apenas uma exposição consciente dos fatos, sem nenhum juízo de
valor. Afinal, para a CNV, a observação é diferente do julgamento.
Esse primeiro pilar vai garantir que você se prepare para os passos seguintes, afinal,
aumentará sua percepção e compreensão da situação.
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2 – Sentimentos
Após coletar informações suficientes acerca do que acabou de ocorrer, é hora de
mergulhar dentro de si e buscar sinceridade em relação aos próprios sentimentos. Não
é fácil a tarefa de tentar reconhecer qual o sentimento que está aflorado no momento,
nem mesmo quando se trata de nós mesmos.
É importante não sentir culpa ou vergonha por sentimentos, sejam eles quais forem.
Pois, ignorá-los ou fingir que eles não existem resultará em uma possível comunicação
violenta, sem contar que o próximo passo não será possível.
4 – Pedido
Uma vez que você notou que existe uma necessidade não satisfeita, é o momento de
tentar resolvê-la. Desse modo, apresente, de forma empática também com os
sentimentos e necessidades de outras pessoas, uma proposta ou pedido. Caso a
pessoa se recuse ou não consiga, tente mudar a proposta até atender sua necessidade
ou até a pessoa compreender o que necessita ser feito ou dito.
Deve-se manter em mente que a proposta deve ser bem elaborada e pautada em
objetivos assertivos e explícitos, para não causar confusão na mensagem.
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Uma vez que você foi capaz de fazer isso para você mesmo, repita o processo
colocando-se no lugar da outra pessoa envolvida no conflito. Assim, será mais fácil
compreender as necessidades da outra pessoa e tentar chegar a um ponto em comum
em que ambas as necessidades sejam satisfeitas.
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Quando as pessoas aprendem que a raiva é algo a ser
evitado, elas podem ser oprimidas por ela, porque se
obrigam a tolerar qualquer coisa que esteja acontecendo.
Viver de coração, fazer observações sem julgamentos, ter
clareza sobre seus sentimentos e necessidades, fazer
pedidos claros e promover conexões que enriqueçam a vida
Chacal é o símbolo da – tudo isso tem a ver com o modo como você reage à raiva.
comunicação violenta
Quais gostaríamos que fossem as razões do
outro para fazer o que queremos?
Gatilho X causa
Essa ideia pode ser bem difícil de entender: não confundir o gatilho ou estímulo da raiva
com a causa. A razão para isso é que muitos de nós fomos educados por pessoas que
usam a culpa como forma principal de motivação. Sinto-me assim porque estou dizendo
a mim mesmo, em meus pensamentos, que as ações dos outros são erradas, ofensivas,
inadequadas...
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E isso é importante, porque, quando penso que é o outro que faz com que eu me sinta
mal, é difícil não imaginar uma punição para ele. A CNV mostra que nunca é o que o
outro faz, mas a maneira como nós enxergamos, como interpretamos, a atitude dele.
• Terceiro passo
O terceiro passo para gerenciar a raiva usando a CNV exige a busca da necessidade que
está por trás da reação.
• Quarto passo
O quarto passo para gerenciar a raiva envolve o que é dito em voz alta ao outro depois
que a raiva foi transformada em outros sentimentos pelo fato de termos entrado em
contato com a necessidade por trás do julgamento.
Esse quarto passo inclui oferecer à outra pessoa quatro informações. Primeiro, revele
o estímulo ou gatilho: o que ela fez que está em conflito com a satisfação das suas
necessidades. Em seguida diga como se sente. Observe que você não está reprimindo a
raiva; em vez disso, ela foi transformada num sentimento como tristeza, dor, medo,
frustração ou o que quer que seja. Depois de expor seus sentimentos, expresse as
necessidades que não estão sendo atendidas. Agora, acrescentamos a essas três
informações um pedido claro e presente do que você quer do outro em relação a seus
sentimentos e necessidades não atendidas.
A função natural das emoções é nos estimular a atender às nossas necessidades. Mas a raiva
é estimulada por um desvio. Quando a experimentamos, não estamos em contato com as
necessidades que naturalmente nos motivariam a querer atendê-las. A raiva é criada quando
pensamos em quanto os outros estão errados, o que transfere essa energia da busca pela
satisfação da necessidade para a culpa e a punição dos outros.
Rosenberg, Marshall. Vivendo a Comunicação Não Violenta (p. 106).
Sextante. Edição do Kindle.
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impacto que suas postagens têm sobre o outro. Uma das coisas que estão buscando é o
pertencimento.
Em outras palavras, empatia é sentir junto - “sentir junto” não significa “sentir o
mesmo”.
A empatia presente no mundo animal pode ser chamada de empatia contagiosa. Ela é
automática e não requer esforço. Em geral, muitos gostam de usar a alcunha “empatia
emocional”.
Empatia contagiosa
Um exemplo da tal empatia contagiosa é ver a mão de alguém sendo esmagada por uma
porta. O que acontece? Só de imaginar a dor, você já sente um nervoso, talvez um frio
na barriga ou um flash de calor. Nós sentimos essa empatia com frequência com filmes,
livros, conversas.
Note que a diferença é que a empatia cognitiva exige esforço e tempo. Esse esforço é cognitivo,
demanda energia cerebral e funciona como uma tarefa com carga cognitiva alta. Se há muito
compartilhamento de experiências e percepções, não exige esforço e parte de uma relação boa,
não se trata da empatia cognitiva, e sim da contagiosa, como a que ocorre entre pais e filhos e
em um casal apaixonado, por exemplo. A empatia cognitiva exige que sua mente trabalhe para
conhecer melhor alguém. A partir dessa aproximação, ampliamos a compreensão e, daí,
desenvolvemos empatia por essa pessoa – o que aumenta a proximidade.
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🟧🟧 EXERCÍCIO 1 - Para ampliar suas habilidades de discernir entre observações e
avaliações, faça o exercício a seguir. Marque as questões que você considera ser uma
observação "pura", sem nenhuma avaliação associada.
(São 4 respostas corretas das 10 questões)
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🟧🟧 EXERCÍCIO 2 - Sabemos o quanto é difícil expressar as nossas emoções nas diversas
circunstâncias da vida. Então marque as questões que correspondam a sentimentos e
não a julgamentos ou críticas.
(São 4 respostas corretas das 10 perguntas)
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🟧🟧 EXERCÍCIO 3 - Para praticar a identificação de necessidades, marque as respostas
de todas as afirmações abaixo em que você considera que a pessoa está
comunicando de maneira eficiente suas necessidades.
(São 4 respostas corretas das 10 questões)
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🟧🟧 EXERCÍCIO 4 - Para verificar se concordamos a respeito da clara expressão dos
pedidos, marque qualquer uma das frases a seguir em que a pessoa esteja claramente
solicitando que alguma ação específica seja feita.
(São 2 respostas corretas das 10 questões)
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🟧🟧 EXERCÍCIO 5 - Vamos fazer um exercício para verificar se nos comunicamos
adequadamente a respeito da empatia. Marque as respostas que você considera que
a pessoa B está respondendo com empatia ao que está acontecendo com a pessoa A.
(São 2 respostas corretas dos 10 blocos de diálogo)
⚫ DIÁLOGO 1
Pessoa A: Como eu pude fazer algo tão estúpido?
Pessoa B: Ninguém é perfeito; você está sendo muito duro consigo mesmo.
⚫ DIÁLOGO 2
Pessoa A: Se você me perguntar, acho que devíamos mandar todos esses imigrantes de volta
ao lugar de onde vieram.
Pessoa B: Você realmente acha que isso resolveria alguma coisa?
⚫ DIÁLOGO 3
Pessoa A: Você não é Deus!
Pessoa B: Você está se sentindo frustrado porque gostaria que eu admitisse que há outras
maneiras de interpretar esse assunto?
⚫ DIÁLOGO 4
Pessoa A: Você acha muito natural que eu faça tudo para você. Fico imaginando o que você
faria sem mim.
Pessoa B: Isso não é verdade! Eu valorizo o que você faz por mim.
⚫ DIÁLOGO 5
Pessoa A: Como você pôde me dizer uma coisa dessas?
Pessoa B: Você está magoado porque eu disse aquilo?
⚫ DIÁLOGO 6
Pessoa A: Estou furiosa com meu marido. Ele nunca está por perto quando preciso dele.
Pessoa B: Você acha que ele deveria estar mais próximo do que costuma estar?
⚫ DIÁLOGO 7
Pessoa A: Detesto quando engordo.
Pessoa B: Talvez fazer umas corridas ajudasse.
⚫ DIÁLOGO 8
Pessoa A: Estou uma pilha de nervos com o planejamento do casamento de minha filha. A
família do noivo não está ajudando. Quase todos os dias eles mudam de ideia sobre que tipo
de casamento querem.
Pessoa B: Então você está nervosa com os preparativos e gostaria que a família do futuro
genro tivesse mais consciência das complicações que a indecisão deles causa para você?
⚫ DIÁLOGO 9
Pessoa A: Quando meus parentes aparecem sem avisar com antecedência, sinto-me invadida.
Isso me lembra como meus pais costumavam não levar em conta minhas necessidades e
planejavam coisas para mim.
Pessoa B: Sei como você se sente. Eu costumava se sentir assim também.
⚫ DIÁLOGO 10
Pessoa A: Estou decepcionado com seu desempenho. Eu queria que seu departamento
tivesse dobrado sua produção no mês passado.
Pessoa B: Compreendo que você esteja decepcionado, mas tivemos muitas faltas por motivo
de doença.
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