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Liège Santos

A Semiótica da Vilania:
uma análise iconográfica de
imagens produzidas por Inteligência
Artificial.

Trabalho realizado na qualidade de


aluno especial na disciplina Semiótica,
sob a valiação do Professor Doutor
Antonio Vicente Seraphim
Pietroforte.

USP
2023
Resumo:

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise das representações visuais de
vilões criadas pelo artista visual Lucas Freitas, utilizando a tecnologia do MidJourney, uma
inteligência artificial inspirada no DALL-E 2. Por meio dessa ferramenta computacional, o
artista concebeu figuras que personificam vilões, vinculando-os ao conjunto mítico de
algumas nações mundiais. Nesse processo, foram exploradas diversas formas, elementos
simbólicos e estéticos distintos para representar esses personagens antagonistas.

Ao submeter o conteúdo criado à memória da máquina, torna-se relevante observar que os


elementos plásticos e seus arranjos ganham novas significações. A produção de sentidos
nesse contexto ocorre através de conexões dinâmicas e não totalmente previsíveis entre os
signos e seus significados. Sendo assim, ao mesmo tempo que as representações visuais
dos vilões podem evocar múltiplas interpretações e simbolismos, também há de significar
neste contexto o efeito cumulativo do arquivo de máquina, que tende a homogeneizar os
processos de lembrança e esquecimento que confluem na memória.

Sendo assim, o objetivo central deste trabalho é realizar uma análise iconográfica das
imagens produzidas considerando o contexto de relações de sentido apresentadas e
buscando investigar camadas simbólicas presentes nas representações dos vilões criados
pela inteligência artificial, esperando-se assim obter uma análise significativa acerca das
dinâmicas contemporâneas de representação e de criação de alteridades.

1- Introdução

O presente trabalho tem como objetivo analisar as representações visuais de vilões criadas
pelo artista visual Lucas Freitas, que utiliza a tecnologia do MidJourney para produzir figuras
relacionadas a categorias específicas, como signos do zodíaco, personagens de séries
ficcionais e países. Essa inteligência artificial opera de forma similar ao DALL-E 2, exigindo
a elaboração de um prompt, um texto descritivo detalhado, para a geração das imagens
(Canaltech (Lisboa; Ciriaco (edit), 2023). Por meio dessa interação entre arte e tecnologia,
Lucas personifica diversas categorias conceituais, resultando em obras que são divulgadas
em suas redes sociais, como Instagram e TikTok.

O objeto desta pesquisa são as imagens de vilões associadas a países criadas por Lucas
Freitas. As imagens relevantes para esse recorte foram extraídas do Instagram do artista e
estão disponíveis até 25 de julho de 2023. O estudo se concentrará na análise dessas
imagens, buscando compreender como os vilões, signos do mal e do medo, são
representados visualmente.

No processo gerativo do sentido, o signo transcende suas denotações literais e adquire


conotações e significados adicionais. Esse fenômeno ocorre no plano de conteúdo,
independente do plano de expressão que o manifesta, e apresenta variância de acordo com
fatores culturais, contextuais e individuais. Acrescido a isso, em um contexto pós-moderno,
as novas tecnologias de informação e comunicação realizam um processamento tão
massivo de dados que a memória de máquina se faz reverberar nas imagens e nos valores
estéticos e culturais em uma escala global, redesenhando conceitos como beleza, feiura,
bem e mal.
Nessa perspectiva, a análise das imagens dos vilões e o uso dos elementos simbólicos,
estéticos e figurativos presentes em cada das representações analisadas leva em conta a
complexidade das relações semi-simbólicas e a narratividade construída entre os sujeitos
narrativos e os objetos que carregam esses valores, buscando compreender como essas
representações visuais são construídas a partir dessas novas interações entre a produção
artística e a tecnologia.

2- Fundamentação teórica

ECO (2007) discorre sobre a crença patrística da beleza inefável de Deus, através das
belezas ideais e corporais, e a ideia de "Pankalia", segundo a qual todo o universo é belo,
imbricando as valorações da beleza e da bondade como uma manifestação da presença
divina (p. 44) e que, por lógica, o mal se faria representar pelo grotesco.

Entretanto, diferentemente da feiura, a vilania não se circunscreve à mera representação do


sofrimento e da falta, nem à contrariedade aos padrões estéticos vigentes. Pelo contrário,
abraça a complexidade das motivações e desejos que impulsionam as ações do vilão. Essa
abordagem decorre da profunda influência da cultura e dos valores sócio-históricos
compartilhados na construção simbólica tanto dos vilões quanto dos heróis
.
O vilão, como personagem, é uma imitação de algo real, assim como todo e qualquer
personagem. A sua diferença reside no fato de ser moldado por valores imorais ou amorais,
em contraposição à ética apresentada pelo herói, tornando-se a personificação do mal
(Faria, 2012, p.29). Sua função é a de uma criatura má e falha, que desafia os princípios do
bem e, por isso, é capaz de praticar o mal físico ou de espírito. Ao serem retratados como
figuras que carregam consigo valores morais opostos à ética dos heróis, refletem o
esquema dicotômico manifestamente dominante no pensamento ocidental.

Nesse contexto, a religiosidade judaico-cristã assume um papel determinante ao moldar as


representações morais e éticas (idem, p.31), funcionalizando o vilão como aquele capaz de
constranger o herói a provação de sua alma imortal e de seu direito à felicidade eterna
celestial. Ao colocar a resistência moral do herói à prova, enfatiza-se o papel transcendente
desse personagem na narrativa, o que sustenta a saga na constante necessidade de
reafirmar a virtuosidade do protagonista. Quanto mais ameaçador e poderoso o vilão se
apresenta, maior é o desafio imposto ao herói, o que eleva seu valor e coragem na busca
por restabelecer a ordem e a moralidade.

Além da corrupção, a caracterização do vilão deve, de alguma forma, ostentar a capacidade


de gerar dano e representar um elemento de perigo. Ao personificar a ameaça e perturbar a
ordem estabelecida, o vilão cria uma tensão na história, colocando em instabilidade os
valores e princípios morais defendidos pelo herói. Sua presença na narrativa é fundamental
para criar essa tensão (ibidem p.186), ao encarnar aquele que atenta contra o desejo do
bem de manter-se guardado na imagem e semelhança divina. É essa ameaça à ordem
estabelecida que cede a aura perturbadora à sua natureza e desperta ambiguamente
fascínio e medo.
Conclui-se, portanto, que o conteúdo semântico da vilania é dúplice: a perversão moral e a
ameaça potencial de coagir a ordem. Sua representação visual e simbólica deve, portanto
refletir a sua corrupção, expondo a complexidade das motivações e desejos que moldam a
sua figura.

Conforme Oyèwùmí (2002),ao longo da história e na memória ocidental, a corporeidade


convoca um olhar diferenciado, buscando classificar e categorizar os indivíduos por suas
características biológicas. Dessa forma, o corpo, base sobre a qual a ordem social é
estruturada, está constantemente sob exame e observação. Essa relevância aspectual pode
ser explicada pela primazia da sensorialidade visual, através da qual o mundo é
predominantemente percebido, e que torna a visualidade um convite para estabelecer
distinções. Consequentemente, a concepção de que a biologia é destino tem
desempenhado um papel significativo nessa episteme, onde as diferenças são
frequentemente representadas como formas de degeneração.

Soares (2015) enriquece essa construção de pensamento, destacando que a formação da


identidade humana envolve um processo complexo de identificação e oposição, onde várias
emoções e experiências estão interligadas, tais como gozo e horror, reconhecimento e
exclusão, introjeção e projeção, prazer e desprazer. Nesse contexto, no âmbito da
visualidade, corpo e alteridade, qualquer elemento plástico que represente uma diferença
pode ser transformado em estigma. Assim, os estigmas revelam as representações sociais
de grupos supostamente dominantes, apontando para seus recobrimentos históricos e
culturais.

O estigma, em sua definição original, pode ser uma cicatriz, uma marca visível, funcionando
tanto como um sinal infamante ou vergonhoso, quanto como uma característica natural do
corpo (Soares, 2015, p. 3). Essas marcas visuais que distinguem, diferenciam e isolam
podem estar associadas a aspectos físicos, culturais ou comportamentais que são
percebidos como desviantes em relação ao padrão socialmente estabelecido.

O termo "estigma", de origem religiosa, ganhou popularidade após ser abordado pelo
sociólogo Erving Goffman em seu livro "Estigma: Notas Sobre a Manipulação da Identidade
Deteriorada", publicado em 1963. Goffman descreveu o estigma como uma característica
que desqualifica uma pessoa em determinada situação social, levando a uma identidade
deteriorada. Essa marca negativa pode ser adquirida por diferentes razões, tais como
aparência física, origem étnica, condição de saúde, orientação sexual, status social, entre
outros.

Os elementos plásticos utilizados na criação visual da vilania devem enfatizar


características que possam torná-los ameaçadores, obliterando-os do padrão dominante de
identidade e retidão. Olhos de coloração alterada, dentes serrilhados, cicatrizes que
sugerem uma predisposição à violência, expressões faciais demonstrativas de ira ou
escárnio desafiador, força sobre-humana e armas que reforçam sua potencialidade de
causar danos.

A compreensão do estigma torna-se essencial para analisar a representação dos vilões,


uma vez que a construção desses personagens frequentemente incorpora elementos
visuais e simbólicos que os afastam do padrão de identidade e retidão socialmente aceitos.
Essas representações visuais são cuidadosamente criadas para evocar a ameaça e o mal,
reforçando a diferenciação entre os vilões e os heróis, bem como entre esses personagens
e a sociedade em geral.
3.3 Metodologia

Primeiramente, será realizada a coleta das imagens disponibilizadas pelo artista em suas
redes sociais, fornecendo o corpus visual necessário para a análise iconográfica e semiótica
das representações dos vilões gerados pela inteligência artificial.No que concerne à análise
iconográfica e semiótica das imagens, serão empregados os conceitos da Semiótica
Tensiva e do Quadrado Greimasiano.

A Semiótica Tensiva explora as tensões e oposições presentes nos signos e suas


interações no processo de significação. Essa abordagem permitirá identificar os elementos
simbólicos presentes nas imagens e como eles se relacionam entre si, contribuindo para a
compreensão das ressignificações e conotações produzidas na representação dos vilões.

Por sua vez, o Quadrado Greimasiano será empregado para categorizar as imagens dos
vilões em quatro grupos distintos, com base em suas características figurativas e
simbólicas. Dessa forma, será possível identificar relações de contradição, afirmação e
termos neutros ou contraditórios entre esses grupos de vilões representados pelo artista.

A análise se voltará para as características do semi-simbolismo presentes em cada


representação, buscando compreender como tais elementos influenciam na produção do
sentido de leitura de valores imorais ou amorais, bem como no que concerne à
potencialidade de ameaça.

De nota, este estudo tem o objetivo de abstrair o repertório mitológico de cada país,
focalizando na compreensão da universalidade das figuras do mal e sua relação com o
campo do maligno. O intuito é transcender as particularidades históricas e culturais de cada
nação, buscando identificar elementos simbólicos comuns que evocam o mal e a ameaça,
com ênfase nos recursos estéticos.

A análise plástica desses personagens permitirá desvendar as camadas simbólicas e


culturais que compõem o fenômeno estético do mal, revelando como eles refletem e
dialogam com as dinâmicas contemporâneas de representação e criação de alteridades.
3.2 - Corpus Iconográfico

Foram analisadas 39 imagens produzidas sobre o conceito de vilões relacionados a países,


disponíveis no Instagram do artista até 31/07/2023. Destas, 13 referem-se a países
europeus (3 do País de Gales, Inglaterra, Grécia, Escócia, Romênia, Polônia, Reino Unido,
Suíça, Finlândia, Dinamarca, Bélgica e Espanha), 12 a países da Ásia e Eurásia (Israel,
Japão, Egito, Turquia, Iêmen, Nepal, China, Qatar, Paquistão, Indonésia, Índia e Marrocos),
uma da Oceania (Nova Zelândia), 10 das Américas (Peru, Chile, Argentina, Cuba,
Venezuela, Porto Rico, México, Colômbia, Brasil e Estados Unidos) e 3 africanos (República
Dominicana, Nigéria e Madagascar).
3.3 - Análise Semiótica

3.3.1 - Semiótica Plástica

Na análise semiótica plástica, o foco está na investigação do sentido das imagens a partir
do percurso gerativo e das relações semióticas entre as formas de expressão e as formas
de conteúdo. Isso significa que as escolhas estéticas, como cores, composição, objetos
representados e sua disposição na imagem, são estudadas em relação aos significados que
evocam e às ideias que comunicam.

Nessa abordagem, busca-se compreender como os elementos visuais se relacionam entre


si para criar significados e como esses significados são interpretados pelo espectador. O
percurso gerativo é o processo pelo qual os elementos visuais se combinam para produzir
um sentido, e as relações semi-simbólicas referem-se às associações e conotações que os
elementos podem ter na cultura e no imaginário coletivo.

Ao observar o corpus iconográfico das imagens de forma generalista, é possível notar uma
identidade visual presente nas figuras retratadas. Essa identidade é reforçada pela
presença marcante de cores escuras, que evocam uma sensação de frio e sombrio,
contribuindo para a uniformidade estética do trabalho.
Do ponto de vista das categorias cromáticas, a escolha das cores escuras cria uma
atmosfera sombria e enigmática ao redor dos vilões, sugerindo sua presença ameaçadora e
maléfica. Essa tonalidade estabelece uma conexão visual entre as diversas figuras
representadas, independentemente dos países aos quais estão relacionadas. Essa escolha
estética parece ter sido feita de forma intencional para evocar uma sensação de perigo e
temor em relação aos vilões retratados.

Outro elemento importante é, a partir de uma perspectiva topológica, a centralidade do


objeto principal em cada imagem, o vilão, que se torna o foco central da composição visual.
Essa abordagem é reforçada por um esquema cromático circundante/circundado que
aumenta o realce sobre a figura central, colocando-o como o ponto de atenção principal
para o espectador.

Para além disso, os recursos de ambiência, que não estão diretamente ligados ao corpo
dos vilões, também podem contribuir para sua representação ameaçadora. Por exemplo, a
sugestão de manipulação do sobrenatural pode realizar uma conexão com poderes místicos
e desconhecidos, enquanto a presença de sangue pode provocar a leitura de seus ímpetos
de violência e crueldade.

Assim, a análise semiótica plástica revela que as escolhas estéticas, como as cores escuras
e a centralidade do objeto, são elementos significativos na construção da identidade visual
das figuras analisadas. Esses elementos trabalham em conjunto para estabelecer uma
atmosfera ameaçadora e sinistra, reforçando a figura do vilão como o elemento de destaque
nas imagens e como representação do mal.

3.3. 2 Análise Tensiva

A análise tensiva na semiótica plástica, com ênfase na abordagem desenvolvida por Claude
Zilberberg e Jacques Fontanille, parte do pressuposto de que o plano de conteúdo é
formado no percurso gerativo do sentido e manifestado no plano de expressão. Nesse
modelo, a formação do conteúdo independe da forma como é expresso e está baseada em
relações de afirmação e negação que agregam sentido (PIETROFORTE, 2017, p.16)

No contexto da semiótica tensiva, é possível gerar termos complexos nos quais conceitos
opostos, como vida e morte, são afirmados conjuntamente propondo a fundamentação do
sentido a partir da articulação de dois eixos: o da intensidade e o da extensidade. Essa
abordagem investiga a maior ou menor tonicidade dos valores investidos nas
representações (IDEM).

A natureza dupla da figura do vilão, que engloba potência e corrupção, é uma das
proposições centrais a serem investigadas no conjunto de imagens desta pesquisa. Em um
nível fundamental, as construções imagéticas tensionam o eixo vida versus não vida,
preservando a capacidade de agência o vilão e tendo por medida de tonicidade sua
perversão, o que, num recorte simbólico, estará representado pela antinaturalidade das
formas. Nesse contexto, a categoria aspectual conformidade versus deformidade
desempenha um papel importante na descrição dessa tensão.
No percurso narrativo, o aspecto intensivo da conformidade à figura humana é explorado
através de uma curva de tensão inversa, na qual a deformidade é estabelecida de forma
extensiva. Isso implica que as representações do vilão, em geral, incorporam estigmas
antinaturais que se afastam das formas humanas naturais, distorcendo a aparência e
características típicas do ser humano. Esses elementos visuais e simbólicos são habilmente
utilizados para acentuar a natureza ameaçadora e corrupta do vilão, realçando sua potência
de agir e despertar o medo e a sensação de perigo.

Através da deformidade intensa, o vilão é transformado em uma figura que transcende as


limitações do mundo humano, adquirindo características que o destacam como uma
ameaça além do comum. As representações do mal são habilmente construídas para
quebrar os padrões de conformidade à figura humana, proporcionando uma sensação de
repulsa e estranhamento ao espectador. Essa deformidade, tanto física quanto simbólica,
reforça a ideia de que o vilão está além dos limites da normalidade e representa uma
ameaça à ordem estabelecida.

3.3.2 Análise Greimasiana

3.3.2.1 - Redes de Sentido

Os tensionamentos dos eixos semânticos entre as figuras permite sistematizar a rede


fundamental de relações do recorte iconográfico.

Inicialmente, temos a figura humana conformada com características típicas da


humanidade. Essa representação inicial pode ser considerada "conforme" à figura humana,
seguindo um padrão socialmente reconhecido. Entretanto, a modalização da desumanidade
ocorre quando elementos de corrupção e ameaça são atribuídos a esses personagens,
sendo o conceito de estigma crucial nessa dinâmica, eis que realizam a desqualificação do
personagem , levando a indução de uma identidade deteriorada cada vez mais emergente.

À medida que a modalização da desumanidade avança, com o afastamento das proporções


naturais, os vilões se aproximam cada vez mais da extremidade do eixo que representa as
criaturas. Essas são seres que se afastam das características humanas de forma
significativa, apresentando-se monstruosos, resultado da combinação de aspectos
antropomórficos e zoomórficos que não encontram correspondência direta no mundo
natural. Dessa forma, o tensionamento do eixo semântico culmina na representação das
criaturas ficcionais.

O termo "S" (Sujeito) é representado pelos "vilões" em geral, que são o foco da análise. O
termo "O" (Objeto) é dividido em duas subcategorias: "humano" e "criatura". O termo "M"
(Modalização) pode ser interpretado como os elementos de corrupção e ameaça, que são
atribuídos tanto aos vilões "humanos" como às "criaturas". Por fim, o termo "A" (Atributo)
pode ser representado pelas características estigmatizadas que os vilões "humanos"
apresentam, tornando-os "desumanos".

Na extremidade que representa o "humano", encontram-se elementos que se aproximam


das características humanas típicas, como forma e fisionomia humanas, comportamentos e
habilidades associados ao ser humano, entre outros aspectos que evocam a humanidade.
Na extremidade que representa a "criatura", tem-se elementos que se afastam das
características humanas e que combinam aspectos antropomórficos e zoomórficos,
ficcionalizando seres que não encontram de forma direta uma correspondência no mundo
natural.

Os humanos estigmatizados(A) estão localizados entre os humanos (B) e as criaturas (D)


no eixo, representando uma negação do humano e uma aproximação das características
das criaturas. Esses vilões apresentam estigmas que os distanciam do padrão socialmente
aceito de humanidade, tornando-os ameaçadores e distintos dos seres humanos comuns.

As coisas (C) estão representadas na extremidade oposta ao dos humanos (B) e das
criaturas (D), não denotando elementos humanos e não possuindo as características
distintivas das criaturas (D).

3.3.2.2 Quadrado Greimasiano das Representações de Vilões:

O Quadrado Greimasiano proposto abaixo analisa a construção desses personagens na


narrativa, categorizando-os segundo a plástica e à natureza biológica:

● O Grupo A seleciona vilões com figuratividade humana adicionada de um estigma


plásticamente representado
● O Grupo B abriga a imagem de vilões com figuratividade humana sem estigma
plásticamente representado
● O Grupo C inclui vilões não humanos, mas que expressam uma figuratividade
compatível com outras categorias que habitam a materialidade, como animais e
coisas
● o Grupo D apresenta vilões abstratos e ficcionais, desvinculados de uma concepção
realística

é de se notar que dentro de cada grupamento há um tensionamento

Grupo A (Humanos estigmatizados): Vilões Figurativos - Representação Humana Com


Estigma Plástico
- Contradição: Grupo B - Vilões Figurativos - Representação Humana sem Estigma
Plástico (Personagens com Estigma Moral).
- Afirmação: O Grupo A afirma a representação de vilões figurativos humanos com
estigma plástico, destacando características físicas negativas.
- Termo Contraditório: O termo contraditório do Grupo A é o Grupo B, que representa
vilões figurativos humanos sem estigma plástico, evidenciando valores morais.

Grupo B (Humanos não estigmatizados): Vilões Figurativos - Representação Humana sem


Estigma Plástico
- Contradição: Grupo A - Vilões Figurativos - Representação Humana Com Estigma
Plástico (Personagens com Estigma Plástico).
- Afirmação: O Grupo B afirma a representação de vilões figurativos humanos que não
possuírem estigma plástico.
- Termo Contraditório: O termo contraditório do Grupo B é o Grupo A, que representa
vilões figurativos humanos com estigma plástico, enfatizando características físicas
negativas.

Grupo C (Coisas Ameaçadoras): Vilões Figurativos Não Humanos (Animais e Coisas)

- Contradição: Grupo D - Vilões Abstratos e Ficcionais (Criaturas Fantásticas Malignas).


- Afirmação: O Grupo C afirma a representação de vilões figurativos não humanos, como
animais ou outras formas reconhecíveis.
- Termo Contraditório: O termo contraditório do Grupo C é o Grupo D, que representa
vilões abstratos e ficcionais, desvinculados do universo biológico ou humano.

Grupo D: Vilões Abstratos e Ficcionais (Criaturas) - Contradição: Grupo C - Vilões


Figurativos Não Humanos (Animais e Coisas).
- Afirmação: O Grupo D afirma a representação de vilões abstratos, que não
correspondem ao universo biológico.
- Termo Contraditório: O termo contraditório do Grupo D é o Grupo C, que representa
vilões figurativos não humanos, como animais e outras formas reconhecíveis.
3.4. Considerações sobre as Categorias Semióticos

3.4.1 - Grupo A - Os Estigmatizados


O Grupo A do Quadrado Greimasiano proposto abrange os vilões figurativos com algum
estigma plasticamente representado no plano de expressão. Essas imagens da vilania são
marcadas pela utilização de recursos visuais que sugerem a redução de seu caráter
humano através de marcas socialmente negativadas

A representação da vilania através de elementos visuais que reforçam a imagem do vilão


como uma força de natureza cruel e descontrolada parece ser o simbolismo mais clássico
das narrativas. Neste setor, cicatrizes e ferimentos grotescos, como marcas de batalhas
passadas, evidenciam a sua capacidade de infligir dano e o seu histórico de violência.

Os vilões estigmatizados também podem ser caracterizados por possuírem vínculos com
poderes sobrenaturais, manipulando energias de uma forma diversa e desconhecida. Suas
habilidades transcendem assim o âmbito humano, tornando-os a personificação do mal em
sua forma mais destrutiva.

3.4.2 - Grupo B - Os Humanos

No Grupo B, os vilões humanos são concebidos pela IA sem estigma plástico, o que torna a
visualização de sua corrupção não tão explícita à primeira vista. levando a questionamentos
quanto à natureza malévola. Essa ausência de elementos gráficos que denotem violência
ou maldade exige uma análise mais profunda e contextualizada a partir do programa
narrativo, o que se verá mais adiante.
3.4.3 - Grupo C - Coisas Amedrontadoras
O Grupo C abrange vilões figurativos não humanos, incluindo animais e objetos inanimados,
cujas ações são regidas por instintos, estando assim desprovidos da esfera moral. A
princípio, não podem ser vistos como significantes da violência e amoralidade associadas à
vilania, a menos que se faça uma leitura contextual e sócio-histórica. Suas características e
simbolismos podem ser influenciados por mitos, crenças culturais, fobias e traumas
coletivos.

A ameaça representada por esses vilões decorre, em grande parte, de seu potencial de
violência e destruição. Animais selvagens são conduzidos por seus instintos predatórios,
enquanto objetos inanimados podem ser transformados em fontes de perigo. A
interpretação desses elementos como vilões está intrinsecamente relacionada ao contexto
em que são apresentados e às percepções culturais e sociais que moldam sua
representação como ameaças. Dessa forma, nesta categoria também será necessária a
apreensão da dinâmica do programa narrativo.

3.4.4 - Grupo D - Criaturas


O Grupo D engloba vilões figurativos que são seres ficcionalizados, situados à margem de
uma possível apreensão moral ou comportamental. Sua essência é envolta em mistério e
obscuridade, desafiando a compreensão convencional. Por não estarem ancorados em
referências materiais reconhecíveis, eles acionam o medo do desconhecido e do
imprevisível.

Os monstros criados nos contos demonstram os horrores do pesadelo daquilo que não se
pode compreender. Híbridos de animais ou homens e animais recheiam o imaginário
mitológico de vilões aterrorizantes como as sereias e outras criaturas fantásticas, abstratas
ou sobrenaturais, Como resultado, sua presença na narrativa é marcada por uma aura de
mistério e suspense, contribuindo para criar uma sensação de insegurança e incerteza no
receptor.

3.5 - Programas Narrativos

3.5.1 - Eixo Semântico da Deformidade: Os Estigmatizados e as Criaturas Ficcionais

Para este grupamento, que são representações pertinentes ao campo do estigma plástico, o
programa narrativo pode ser considerado um programa narrativo de base, termo que se
refere à construção da narrativa em si. Nessa leitura, o programa narrativo de base se
manifesta por meio da utilização de objetos descritivos e significantes materiais que
enfatizem o conteúdo de medo e aversão.

Essa concepção da relação entre beleza e bondade pode ser transposta para a
representação clássica dos vilões. A associação do estigma plasma a ideia de que a
aparência externa está relacionada à sua natureza maléfica, justificando o emprego
intencional de elementos gráficos que irão criar uma identidade distinta para esses
personagens e evidenciar sua condição como antagonistas e potenciais ameaças ao
equilíbrio do universo.

3.5.2 - Eixo Semântico da Conformidade: Os Humanos e as Coisas

O programa narrativo descrito para estas categorias, que enfatiza a construção de


personagens ameaçadores através de valores culturais, pode ser considerado um programa
narrativo de uso.

O programa narrativo de uso está relacionado à forma como a narrativa é interpretada e


recebida pelo público. Nesse caso, o programa narrativo é moldado pela maneira como os
espectadores percebem e atribuem significado aos personagens do Grupo B. A
representação ameaçadora dos vilões, mesmo sem estigmas visuais óbvios, é resultado da
interação entre a construção dos personagens feita pela narrativa e a interpretação dos
espectadores.

Os valores culturais e ideologias presentes no programa narrativo de uso são fundamentais


para que os espectadores identifiquem e se oponham aos vilões como ameaças. A leitura
dos personagens como antagonistas ameaçadores é influenciada pelas normas e crenças
da sociedade em que os espectadores estão inseridos. Portanto, é a partir desse contexto
cultural e social que os vilões são percebidos como ameaças, mesmo sem estigmas visuais
evidentes.

De fato, o programa narrativo de uso do Grupo B dos vilões se manifesta de forma interativa
com o público receptor da narrativa. A interpretação desses personagens como
ameaçadores é influenciada por valores culturais, ideologias e percepções sociais
presentes na sociedade. Dessa forma, elementos como uma armadura samurai ou um
elefante violento evocam o risco associado a batalhas e confrontos, contribuindo para a
construção da ameaça que esses vilões representam.

A recepção das imagens e símbolos presentes na narrativa é mediada pelas experiências


individuais e coletivas do público, bem como pelas representações culturais e históricas
previamente estabelecidas. Essas influências moldam a compreensão do vilão,
atribuindo-lhe uma carga simbólica que reflete os temores e anseios da sociedade. Assim, o
programa narrativo de uso desempenha um papel importante na construção do significado
dos vilões e na forma como são percebidos pelo público, criando uma complexa
interconexão entre as representações visuais e o contexto cultural em que estão inseridos.

No entanto, ao aplicar o programa narrativo de uso ao Grupo B dos vilões humanos, que
não ostentam estigmas plásticos, torna-se evidente que a compreensão desses
personagens como ameaçadores exige uma análise mais acurada. A ausência de
elementos visuais que denotem violência ou maldade requer que o programa narrativo de
uso seja interpretado de maneira mais abstrata para que se compreenda sua valoração
moral ou seu conteúdo de ameaça.

A manifestação do programa narrativo de uso na representação do vilão associada à


Argentina, notadamente personificada pelo jogador de futebol Lionel Messi, assume um
papel de destaque do futebol como elemento cultural, direcionando a disputa de sentido
para o âmbito desportivo e inserindo-o em um campo de significados próprio. O
adversarismo típico deste esporte robustece essa leitura. Vogel (1982) destaca a influência
da rivalidade intensa entre times, especialmente quando envolve oponentes de prestígio,
que gera expectativas elevadas, fervorosas torcidas e intensas emoções durante o
espetáculo esportivo.

Adicionalmente, a análise se volta para a mídia jornalística de massa, cuja abordagem


difere do jornalismo tradicional, apresentando uma natureza muito mais subjetiva (Martins e
Santos, 2010). Essa peculiaridade favorece a criação de jogadores-mito, cujas construções
narrativas podem ser relacionadas às polaridades do herói ou do vilão, atribuindo uma
conotação lúdica à ameaça e à potência associadas ao vilão. Nesse contexto, a
representação do vilão como figura adversária adquire relevância na tessitura narrativa em
uma valoração lúdica (Pietroforte, 2017), reforçando a complexidade das relações
semi-simbólicas e a relevância do contexto da produção de sentido.

Se a análise do corpus referente à Argentina resvala em uma valoração lúdica, a análise do


corpus iconográfico direcionado às nações do Qatar, República Dominicana e Nigéria
requer considerações críticas mais profundas, mesmo que o escopo deste projeto não se
dirija a uma perspectiva das ciências humanas.

O "inimigo" foi frequentemente associado ao "outro" (Eco, 2017, p.185), perpetuando a


visão impiedosa e discriminatória que validou o projeto colonial ocidentocêntrico.
A representação do vilão associada ao Qatar, dentro do contexto do Grupo B, que não
possui estigma, apresenta um aspecto relevante para a análise, pois sua caracterização
como personagem vincula-se descritivamente à religiosidade muçulmana, por meio do uso
das roupas tradicionais conhecidas como "Thobe" ou "Kandura".

De acordo com Said (2015), árabes e muçulmanos são frequentemente retratados de


maneira homogênea e ameaçadora na mídia, associados à ideia de jihad e terrorismo,
alimentando o medo e a desconfiança em relação a esses grupos. Essas representações
reforçam a imagem do árabe como um ser irracional, incapaz de autogoverno e preso a
doutrinas religiosas extremas, criando uma concepção de inferioridade em relação ao
europeu. A representação de personagens muçulmanos frequentemente carrega
estereótipos culturais e religiosos, que os vinculam a ações violentas e ameaças,
especialmente em questões políticas. A mídia, incluindo documentários e noticiários, muitas
vezes retrata os árabes em massa, sem individualidade ou experiências pessoais,
enfatizando sua fúria e gestos irracionais, (Said, 2015, p. 383).

O conceito de Orientalismo (Said, 2015, p. 27-8), denuncia uma pretensa autoridade


discursiva do Ocidente sobre o Oriente, que historicamente tem retratado os árabes e
muçulmanos de maneira homogênea e violenta. Essas percepções culturais, reproduzidas
incessantemente pela cultura midiática, influenciam a Inteligência Artificial, que redige
estigmatizando a religiosidade muçulmana como uma potencial ameaça e alinhando os
antigos estereótipos prejudiciais a novas linguagens.

A representação dos vilões da República Dominicana e da Nigéria é caracterizada por


corpos femininos, sem estigmas aparentes. Essa representação está enraizada em
narrativas culturais que historicamente associaram o corpo negro a regimes de
subalternização e violencia.

Como sustentáculo para a missão civilizadora do homem branco, a representação do


africano sempre foi impiedosa (Eco, 2017, p 197) e perpetuou uma visão apta a subjugar e
escravizar o povo africano. A representação social da mulher negra é afetada pela
percepção de suas dimensões sexuais, afetivas e corporais (Oliveira, apud Carmo e
Rodrigues, p.76), sendo sua sexualidade frequentemente destacada sob uma memória
herdada do projeto colonial, quando foram reificadas como meios de rentabilidade
econômica e produtos sexuais no sistema imperialista. Sua cor aponta o lugar social, mas
também justifica uma sexualidade para atendimento das necessidades do outro.(Carmo e
Rodrigues. 2021, p 73)

A mulher negra foi demonizada, hipersexualizada, e o imaginário coletivo as relegou ao


arquétipo da bruxa. Essa representação negativa das figuras femininas negras inscreve-se
em um programa narrativo que as lê como detentoras de uma sexualidade disforme e
ameaçadora, o que justificaria sua construção como vilãs diante do algoritmo da Inteligência
artificial.
.
Conclusão:

Ao longo desta pesquisa, pudemos realizar a análise semiótica do corpus iconográfico


proposto, logrando identificar eixos semânticos e funcionalidades diversas no texto
imagético, a fim de melhor compreender a representação gráfica da vilania.
Na formatação do referencial teórico, foi observado que a representação dos vilões
clássicos é frequentemente marcada por elementos simbólicos do sobrenatural ou da
violência, que contribuem para a construção de suas identidades ameaçadoras. No entanto,
um grupamento foge à regra gráfica da representação de estigmas, por não ostentar tais
requisitos de forma explícita, o que demandou uma leitura mais contextualizada.

Ao investigar as representações dos vilões vinculados à Argentina, Qatar, República


Dominicana e Nigéria, notamos que cada uma delas carrega traços culturais que
influenciam a forma como são percebidos e interpretados. A representação lúdica dos vilões
associados à Argentina no campo do esporte e a vinculação de aspectos éticos e religiosos
aos vilões do Qatar, República Dominicana e Nigéria requisitaram uma abordagem crítica
mais acurada, a fim de avaliar a reprodução de estereótipos e preconceitos.

Nesse sentido, é essencial compreendermos a ação social como permeada por sistemas de
significado variados, que regulam a conduta humana e moldam as interpretações das
imagens e símbolos utilizados na construção dos vilões. Devemos estar conscientes de
como essas representações podem reproduzir preconceitos, estereótipos e desigualdades,
contaminando novas linguagens e perpetuando narrativas negativas.Nesse contexto, as
imagens e símbolos utilizados para representar essas nações não só refletem um histórico
de dominação, como também se projetam “para frente”, realinhando valores, ideologias e
estereótipos específicos que influenciam a percepção do "outro" e reforçam a visão
ocidental dominante.

É fundamental reconhecer que as identidades sociais são construídas no âmbito da


representação cultural e que as imagens e símbolos utilizados para representar essas
nações têm um impacto significativo na percepção do "outro" e na manutenção da visão
ocidental dominante. A lógica das representações ainda carrega consigo um viés
subalternizante, reforçando históricos de dominação e desigualdade e essa pesquisa busca
ressalta a importância de uma análise crítica das representações culturais, especialmente
aquelas promovidas por meios digitais de massa, para promover uma compreensão mais
sustentável e inclusiva da produção de diferenças.
Revisão Bibliográfica:

CARMO, Nádia Amaro do; RODRIGUES, Ozaias da Silva. "Minha carne não me define": a
hipersexualização da mulher negra no Brasil. Revista do Programa de Pós-Graduação em
Sociologia da Universidade Estadual do Ceará, volume 19: racismo estrutural às lutas
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