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COMO DESENVOLVER
A SAÚDE EMOCIONAL
DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES?
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Quem sou eu?
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Prefácio
A educação emocional não pode parecer mais uma disciplina a ser ensinada, na
verdade essas habilidades podem ser melhor trabalhadas no dia a dia, quando a
atenção a elas está inserida na cultura educacional da escola. No âmbito familiar
este contato também pode ser explorado pois falar sobre as emoções é ampliar um
repertório de autoconhecimento sobre si e consequentemente sobre o outro.
Gisele Baptista
Psicóloga e Orientadora Educacional da Escola Sesc de Ensino Médio
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Sumário
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O QUE É
SAÚDE EMOCIONAL?
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Para começar, quero convidar vocês para quebrar um tabu comigo. Vamos nessa?
Espero que sim porque eu sei que é um tema que nós, adultos, devemos tratar com
seriedade e empatia. Vamos falar sobre a necessidade da saúde emocional na vida
das crianças e adolescentes.
O tema ainda é visto como um guia de autoajuda e, muitas vezes, tratada com algo
inferior e desnecessário. Por isso, eu destaco: é tão importante quanto a saúde
física, pois nós somos seres emocionais e buscamos afeto, aprovação e aceitação
o tempo todo.
Situação 1
Uma professora, ao chegar pela manhã, na escola pública em que trabalha, vê o
aluno triste. Indo para a sala, ela pergunta o que aconteceu. Ele a abraça já aos
prantos e diz: “Minha mãe foi presa”.
Situação 2
Uma estudante, adolescente, começa o ano e no primeiro bimestre tira notas baixas
em Matemática. No segundo bimestre, ela vai fazer a prova novamente e fica tão
nervosa que dá um branco e começa a chorar sem saber se controlar. Quais os
motivos? Nem ela sabe identificar. O que o professor precisa fazer? E a família?
Como agir?
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Situação 3
Um filho chega para a mãe e diz: “Mãe, fulana terminou comigo e na outra semana já
estava namorando o meu melhor amigo! (que tinha viajado nas férias com ele) E eu
descobri por outras pessoas, ele não me contou e hoje vou para festa da Maria e ele
estará lá. Ele sabia que eu gostava dela.”
São momentos retirados das infinitas situações que enfrentei nos papéis que
exerço como estudante, mãe, professora, mas não são as únicas justificativas sobre
a necessidade de falar sobre saúde emocional. Existe um jeito certo de lidar? De
início, é importante buscar uma maneira dialógica que sempre tive na minha prática:
a observação, a escuta e o estudo.
Autocontrole: diferente do que foi dito por muitos anos, o autocontrole não é
sufocar o choro, ser frio ou imparcial. Ter autocontrole é identificar as suas
emoções, saber nomeá-las e ter o controle diante das situações adversas e
desafiadoras.
Empatia: é saber se colocar no lugar no outro e demostrar isso com ações, mesmo
que seja uma escuta atenta. Como diz a psicóloga Gisele Baptista, “é mergulhar
junto”;
Habilidades Sociais: é ser capaz de se conectar com o outro e gerar boas conexões
em grupo respeitando as diferenças.
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O objetivo da saúde emocional nas instituições é capacitar as crianças e
adolescentes e jovens para que eles saibam selecionar informações, ter senso
crítico na administração emocional delas, tomar decisões, resolver problemas de
maneira criativa e desenvolver suas emoções para conseguir trabalhar em grupo,
respeitando outros pontos de vista e o diferente. Eles precisam entender como
separar o sujeito e as atitudes dessa pessoa para poder agir com empatia, sem
preconceitos e julgamentos.
Por isso, os espaços educacionais precisam tratar esses temas sim de uma forma
séria e importante. É necessário auxiliar filhos e estudantes a saberem acolher
o diferente sabendo separar o sujeito e as atitudes deles para que isso não se
transforme em rótulos ou julgamentos, assim, afetando os relacionamentos, a
autoimagem e a autoestima das pessoas.
Por isso, entendemos que esse espaço é muito fértil para trabalhar as emoções.
É comum acharmos que desenvolver o campo emocional é tarefa da família, de
quem a criança recebe, em boa parte da sua infância, a formação. No entanto,
quando vai para a escola, os espaços educacionais se tornam também espaços
formadores de identidades, estimulam as capacidades da criança e vemos a
importância de se entender a escola como um ambiente de desenvolver as
habilidades cognitivas - que por muito tempo foram privilegiadas na escola e
formadas culturalmente - e as habilidades socioemocionais – aquelas que sempre
estiveram dentro da escolas e muitas vezes não foram tratadas como importantes,
pois eram entendidas como um papel das famílias, o que também é.
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De acordo com estudos desenvolvidos pela ‘Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico – OCDE’, saúde emocional é uma necessidade para o
mundo do trabalho e as profissões do século XXI.
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POR QUE AS ESCOLAS
PRECISAM OLHAR PARA
A SAÚDE EMOCIONAL DE
SEUS ALUNOS?
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Aqui, é necessário explicar com base em pesquisas científicas.
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O Senso da Educação, divulgado em 2015, relativo à trajetória dos estudantes nas
universidades, apresenta um aumento significativo de 2010 a 2013 chegando a 43%
no número de desistência dos alunos matriculados.
Em 2013, foi realizada uma pesquisa pela Catho com 50 mil profissionais. Nela,
vemos que o principal problema para demissão é a dificuldade de relacionamento
com o chefe, colegas, atrasos e faltas, ou seja: questões comportamentais.
Portanto, são dados que apontam os impactos futuros da falta de um
desenvolvimento emocional na vida de crianças a adolescentes.
Além disso, as taxas de evasão serão menores, pois o desempenho escolar melhora
e isso causará um impacto de longo prazo no próprio crescimento econômico do
país. E, claro, não basta realizar atividades pontuais, uma vez por semana, fazer
um “trabalhinho”, é ter como missão no projeto político pedagógico construído
coletivamente a educação cognitiva e emocional dando as duas o mesmo valor.
¹ http://escoladainteligencia.com.br/a-educacao-emocional-pode-gerar-uma-revolucao-social/
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Trabalhar a saúde emocional nas escolas não é ser médico, psicólogo ou psiquiatra,
mas sim desenvolver um trabalho preventivo que pode ser conduzido por qualquer
adulto que se envolva na educação de jovens e criança, ou seja, por toda a
comunidade escolar. Por isso, não entendo que a educação emocional precisa ser
uma matéria específica. Ela precisa estar entranhada na intencionalidade de todo
adulto que lida com crianças e jovens e que este saiba ouvir, acolher, questionar e
trazer a reflexão.
Os estudos da Ciência Política explicam: esses profissionais que lidam direto com
o público têm discricionariedade para decidir se implementam ou não e nessa hora,
entram em jogo suas crenças, valores e a própria formação, além da experiência de
vida, ou seja, a subjetividade faz parte do processo de implementação.
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É um argumento que pode ser defendido pela dissertação da estudiosa Marina
Meira de Oliveira (2017). O trabalho aponta para o quanto as crenças e valores dos
professores influenciam na entrega da política ao aluno, bem como interfere no
processo de aprendizagem.
Diante de tudo isso, é inegável que a educação precisa mudar, ampliar o seu modo
de pensar, agir e sentir. Ela precisa se integrar onde a emoção e a razão fazem
parte de um mesmo ser. É um ambiente para abrir para debates, no qual todo o
conhecimento adquirido se transforme em opiniões críticas, projetos e ações. As
atividades relacionais devem ser valorizadas e estimuladas. E, como podemos
perceber, o conhecimento acadêmico precisa estar respaldado pelo conhecimento
emocional e vice-versa. Eu só sou incrível se eu souber lidar comigo e com o outro.
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MEU RELATO
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Eu, Aldenira Mota, trabalho com educação desde 1988 e, diante de tudo que já vivi
dentro da escola, com meus pares de trabalho, pais, estudantes e gestores, comecei
a estudar sobre o tema. Minha iniciativa atual é ser uma profissional da educação
que acredita na potencialidade da saúde emocional na área.
Afirmo isso relatando a minha primeira experiência como educadora, ainda nem
formada no magistério, mas por uma necessidade e pela escassez de profissional,
no período de estágio, durante o primeiro ano do magistério. Fui convidada a
participar da equipe de professores da escola que estagiava e, por coincidência, era
a instituição que eu estudei quando criança. Trabalhei como professora na Rede
Municipal do Município de Ji-Paraná.
Nesta escola, me jogaram em uma turma de crianças repetentes por três anos
consecutivos. Quer saber como eram os estudantes? Bom, eles se batiam, se
xingavam, não respeitavam autoridade, não sabiam ler, escrever e, além disso,
tinham famílias cheias de problemas com drogas, violência e maus tratos.
Muitas vezes chegavam na escola com odores, sem a higiene adequada e quando
eu ia até a carteira deles para ajudar nas atividades, pegava os piolhos que desciam
pelas costas e tirava com minha mão.
Foi a minha prova de fogo, podem acreditar, mas, vejo que os valores que
perpassavam minha formação familiar e meu relacionamento com meus pais
contribuíram para que eu entrasse nessa missão tão importante que é a educação.
Minha mãe não sabia ler, mas, mesmo diante da sua dificuldade, trabalhava o dia
todo e nos levava de noite para uma paróquia local onde davam aulas. Víamos o
desejo daqueles adultos em aprender escrever e ler, a vergonha que minha mãe
tinha em não assinar o nome e, como nós aprendemos e ela não.
Meu pai tinha pouco estudo, mas era presente na escola e sempre nos apoiou e
incentivou nessa parte. Além disso, sempre tivemos uma relação de muito diálogo.
Com ele eu tinha liberdade para falar sobre tudo, era um bom ouvinte e um ótimo
negociador, fazia perguntas muito sábias, mas eu que tinha que responder.
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Todos os problemas que enfrentei na minha primeira escola de trabalho quase me
fizeram desistir. Chorei algumas vezes sim, porém, resolvi ir para a afetividade com
os alunos.
Fui querendo saber onde eles moravam (era uma cidade pequena). Eu os
acompanhava no caminho de casa, falava bom dia, perguntava o que eram as
marcas de machucados e queria entender o motivo de tanta agressividade por parte
de alguns ou tanta timidez em outros casos. Não foi fácil!
Dessa forma, consegui ler o perfil dos meus dois alunos mais agressivos, que se
batiam muito e muitas vezes se juntavam para bater em outros. Eram crianças
muito sofridas. Em um deles, o pai batia muito e quando chegava bêbado o marcava
com o cigarro. O outro acordava de madrugada para ir pegar a lavagem dos porcos
antes de ir para a escola. Também era uma vítima de violência doméstica por parte
do pai.
O menino chegava sujo na escola porque só tirava a roupa - que usava para buscar
a lavagem - e colocava o uniforme. O odor era motivo de muitos comentários entre
os colegas e isso gerava raiva e constrangimento no aluno.
Antes de eu assumir essa turma, já tinham passado três professoras que não
ficaram, mas, posso dizer que esse grupo de estudantes me fez entender que eu
tinha um propósito. São muitas lembranças felizes com esses alunos.
Posso afirmar que consegui construir o desejo de aprender em algumas crianças, o
respeito pelo colega e pelo educador. Consegui fazer a diferença na vida de alguns
e eles fizeram na minha.
Nesse mesmo ano, fiquei doente de caxumba e recebi a visita de três alunos. Eles
foram até a minha casa, se preocuparam e não queriam ir embora. Vocês podem
me perguntar: “E os pais? Eles não ficaram preocupados?” Acredito que não. Isso
era normal, pois nem a escola comentou. No dia dos professores recebi sabonete
Lux, frascos de perfume Tabu pela metade, batons usados. Eles queriam me
presentear, mas as condições eram outras.
Foi ali que aprendi que a afetividade, a intencionalidade, flexibilidade, escuta ativa e
a empatia caminham junto com a aprendizagem. Aprendi o quanto rótulos que nós
professores e gestores assumimos colaboram para o fracasso escolar. Foi aquela
experiência que me fez educar de forma dialógica, reflexiva, com flexibilidade e
afeto.
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Isso é saúde emocional e, hoje, com toda a ferramenta que eu tenho, sei que
posso ajudar muitos pais, professores e estudantes. Vale a pena investir na sua
saúde emocional e das crianças e jovens. Hoje eu sei, através da neurociência, que
podemos reprogramar crenças, estabelecer novos caminhos neurais e aprender
novos comportamentos e habilidades através de atividades que muitas vezes são
simples, mas que fazem toda diferença.
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ENTREVISTA COM:
GISELE BAPTISTA,
PSICÓLOGA.
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Para aprofundar o tema, convidei a psicóloga Gisele Baptista, que além dos estudos
e da atuação profissional na área de psicologia, atua como orientadora educacional
da Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro.
Confira a entrevista:
1. Qual é o maior alerta que você faz para os pais que não estão preocupados
com a saúde emocional dos filhos? Existem dados alarmantes sobre crianças,
adolescentes e jovens adultos?
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3. De qual maneira pais e alunos também podem ser afetados pela ausência de
uma saúde emocional?
R: Promova situações que estimulem o contato com outras pessoas, por exemplo:
solicitar ajuda, expressar sentimentos de forma adequada, reconhecer o sentimento
em outras pessoas, estimular a colaboração em atividades que beneficiam causas e
valores pessoais.
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FORMAS DE TRABALHAR A
SAÚDE EMOCIONAL DE UMA
CRIANÇA OU ADOLESCENTE
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Se pais, professores e gestores não entenderem que o desenvolvimento da saúde
emocional faz parte das necessidades de uma criança ou adolescente, o tema
estará restrito às leis sem implementação.
Por isso, quero dizer que faz-se necessário desenvolver uma nova cultura escolar
em que as habilidades socioemocionais sejam tão importantes quanto as
habilidades cognitivas.
Se não for algo construído coletivamente, onde toda a comunidade escolar tenha
espaço de participação, isso não será possível.
Sendo assim, acredito que o melhor projeto, mentoria ou curso de formação só será
eficiente se for construído para cada realidade escolar, pois a escola é um espaço
vivo de relação e carrega em si suas idiossincrasias, peculiaridades, complexidades
e potencias. É necessário ter como foco a intencionalidade, flexibilidade, afetividade
e estar aberto para aprender, reaprender e desaprender.
Algo que parece simples, mas não é porque o novo sempre nos causa estranheza e,
se você já fazia, nunca percebeu em que momento fazia e por que motivo age de tal
forma.
Agora, eu, como forma de ajudar esse movimento de construção, deixo aqui
algumas dicas de atividades que já realizei em sala de aula e que deram bons
resultados, mas, digo, é uma dica, não uma fórmula, pois cada sala de aula, cada
escola, cada grupo de professores é único e precisa ser olhado dessa maneira. Sei
que são atividades que pedem adaptação e incentivo. Você, pai, mãe ou professor,
tenha ousadia! Faça a diferença!
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1. Incentive reflexão e pensamento crítico
Com uma mediação adequada, um aluno que faz parte da realidade do tema pode
ser ajudado e até mesmo compartilhar sua história. Mas, se não houver a troca,
a atividade passa a ser apenas mais uma que cumpriu seu papel cognitivo e não
trabalhou questões sócio emocionais. Também é momento de ouvir, pois podem
surgir opiniões diferentes e cabe aqui desenvolver a escuta ativa e empatia.
Mero engano, quanto mais um responsável adiar o debate de certas temáticas com
os filhos, mais ele buscará aprender sobre o assunto em outros meios.
² Muitas dessas atividades eu aprendi através de pesquisas realizadas por cientistas que eu
li em livros ao longo dos estudos; outras e adaptei a minha realidade e necessidade; outras
criei a partir de conceitos trazidos por pensadores/educadores/filósofos/Diretor de teatro
como: Paulo Freire, Brené Brown, Célestin Freinet, Jacques Ranciêre, Augusto Boal.
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Para a outra brincadeira que vou sugerir, indico utilizar um canudo esterilizado com
cada criança, preferencialmente ecológico. Se não tiver o material, pode adaptar e
utilizar algum de sua preferência, com o mesmo formato.
O ideal é dividir o grupo de crianças em três, mas se for fazer com uma
individualmente, transforme essa divisão em etapas. Feito isso, peça que o primeiro
grupo prenda o canudo entre os dentes, o segundo com os lábios, formando um
bico, e o terceiro com as mãos.
A comprovação científica dessa tarefa vem diretamente dos anos 80³ e explica que
o movimento facial influencia a experiência emocional. Uma brincadeira para ajudar
qualquer pessoa na compreensão dos próprios sentimentos.
Outra dica bacana para ser feita com grupos de crianças é pedir que eles olhem no
olho do amigo e, sem dizer palavras, desejem coisas boas e abracem.
Por sinal, há outras maneiras de trabalhar qualidades. Aqui vai uma: peça que eles
digam as qualidades de um amigo todo dia e escrevam em uma folha na parede
da sala. Depois, basta pedir para as pessoas lerem em voz alta e perguntar quais
qualidades elas não reconheciam em si.
Faça isso com um grupo inteiro, é um exercício para aumentar a autoestima. Se for
um professor, já verá diferença no final dessa atividade.
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3. O poder positivo das palavras
Aqui, deixo uma sugestão bem precisa para trabalhar com crianças e adolescentes,
tanto em casa quanto nas escolas. O experimento é de um cientista japonês
chamado Masaru Emoto.
Você pode utilizar uma maçã embrulhada no papel alumínio ou uma quantidade
exata de arroz cozido, dentro de um pote de vidro. Mas, é necessário ter de forma
duplicada, em duas quantidades, a maçã ou o arroz.
Feito isso, basta pedir que os envolvidos nas atividades depositem as palavras
negativas em um e coloquem as positivas no outro.
Quando eles fizerem a atividade demandada, basta selar os alimentos por algum
tempo (30 ou 60 dias). Ao abrir, o alimento que recebeu as palavras negativas
estará em péssimas condições, com podridão ou mofo.
Já o outro, que ganhou palavras positivas, estará em bom estado. É o que acontece
com o nosso corpo, quando exposto a críticas negativas e não construtivas.
• Show de talentos;
• Meditação;
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• Trabalhar com imagens onde se dá círculos de vários tamanhos, focar em um
ponto e observar. Desenvolve a concentração!
• Assoprar uma bola de ping-pong com um canudo grosso para ficar calmo e
mostrar o quanto a respiração ajuda nos momentos de crise!
Em sala de aula, eu já ousei e contei sobre mim. Pois é, meus medos, desafios,
histórias de vida, acontecimentos na escola...as crianças amavam e se
identificavam. Não tenha vergonha de se mostrar vulnerável.
Fico aqui com gostinho de quero mais porque amo esse tema, mas, agora está com
você!
Ah! E não pense que eu tenho uma visão romanceada da realidade. Eu já vivi muitas
experiências e situações. Sei do desafio que é implementar isso na prática, mas, se
eu não tiver esperança, como continuarei sendo educadora? É preciso acreditar e
agir.
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A AUTORA
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