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Conteúdo Programático / Apresentação

I. Introdução

II.Psicoeducação

III.Conhecendo os esquemas

IV.Desenvolvendo estratégias de combate aos


esquemas
1º. Encontro

✎ Apresentação

Dinâmica do Barbante

Objetivo: apresentação dos participantes do grupo e dos objetivos


que os levaram a participar.

Ao final, enfatizar a grande teia que se forma e que pode


representar os nossos esquemas adquiridos e reforçados durante a
vida.
✎Estilos Parentais X Práticas Parentais

Estilos parentais
(Práticas + outros
aspectos da
interação)

Praticas parentais -
Comportamentos, cujo
objetivo é adaptar a
criança/adolescente ao
convívio social (Palmadas,
estudar com os filhos)
👎 Pais Autoritários

✓ São autocráticos e rígidos.


✓ São exigentes.
✓ Buscam ser respeitados e obedecidos através da autoridade.
✓ As regras são impostas por eles próprios sem a participação da criança.
✓ Não estimulam, nem valorizam a autonomia.
✓ Para eles, a criança não tem direito de opinar ou questionar.
✓ Utilizam frequentemente, a punição física.

(Baumrind, 1966)
👎 Pais Permissivos
✓ Exercem pouca autoridade.
✓ Extremamente tolerantes.
✓ Satisfazem todas as vontades e caprichos dos filhos.
✓ Poucas regras e limites.
✓ Não promovem o desenvolvimento da autonomia, nem de responsabilidades.

(Baumrind, 1966)
🥇 Pais Autoritativos

✓ Estabelecem regras e padrões de comportamento e os reforçam de maneira adequada.


✓ Monitoram os comportamentos dos filhos, reforçando os adequados e corrigindo os
indesejados.
✓ Atribuem responsabilidades e permitem o desenvolvimento da autonomia.
✓ A comunicação com os filhos é ampla e respeitosa de ambos os lados.
✓ As regras são determinadas com a colaboração dos filhos.
✓ Métodos punitivos não são empregados, geralmente os pais são afetuosos, atenciosos e
levam em consideração os desejos, e opiniões dos filhos, promovendo o desenvolvimento
de suas habilidades.
Pais Indulgentes: Muito tolerantes, pouco exigentes,
estabelecem poucas regras e limites.

Estilo permissivo

Pais negligentes: São exigentes, pouco afetivos, não se


envolvem na vida do filhos, não promovem a autonomia,
✎ Que tipo de pai / mãe é você?
✎ Para casa:

Preenchimento do IEP – Inventário de Estilos Parentais.


Escala de qualidade na interação familiar (para os filhos responderem)
2º. Encontro

✎ Psicoeducação sobre a Teoria dos Esquemas Iniciais Desadaptativos.

Necessidades emocionais essenciais do


desenvolvimento infantil

Competência e
sentimento de
identidade
Quando não satisfeitas, tais necessidades geram os domínios...

1. Desconexão e rejeição 3. Limites prejudicados

2. Autonomia e
4. Orientação para o
desempenho
outro
prejudicados

5. Supervigilância e
inibição
1. Desconexão e rejeição

• Dificuldade na formação de vínculos seguros e satisfatórios com outras pessoas;


• Presença de características como instabilidade, abuso, frieza, rejeição e isolamento em
suas relações interpessoais.

Abandono e instabilidade

Desconfiança / abuso

Privação emocional

Defectividade/vergonha

Isolamento social/alienação
2. Autonomia e desempenho
prejudicados

• Dificuldade em se diferenciar das figuras materna e paterna e funcionar no


mundo de forma independente.
• Sente-se incapaz de assumir responsabilidades cotidianas e percebe-se como
mais vulnerável a catástrofes.

Dependência e incompetência

Vulnerabilidade a danos e doenças

Emaranhamento / self subdesenvolvido

Fracasso
3. Limites prejudicados

• Ausência de limites internos e de responsabilidade com o outro.


• Dificuldade em cooperar, manter compromissos e cumprir objetivos a longo
prazo.

Merecimento / grandiosidade

Autocontrole / autodisciplina insuficiente


4. Orientação para o outro

• Foco excessivo no atendimento às necessidades alheias, em detrimento das


próprias.
• Entrega excessiva de controle aos outros.

Subjugação

Auto-sacrifico

Busca de aprovação / reconhecimento


5. Supervigilância e
inibição

• Supressão dos próprios sentimentos, impulsos espontâneos.


• Esforço para o cumprimento de regras rígidas internalizadas, às custas da
própria felicidade.

Negativismo / pessimismo

Inibição emocional

Padrões Inflexíveis
Desenvolvendo a Empatia

• Material: Grok e protocolo de registro 1

1. Dividir as cartas de emoções e necessidades em 3 montes que deverão circular entre


os membros do grupo.
2. Primeiramente, circularão as cartas de sentimentos e posteriormente, as de
necessidades.
3. Cada participante deverá anotar no campo especifico, quais sentimentos acreditam
estar relacionados com as queixas referentes a seu (s) filho (s).
4. Faz-se o mesmo com as cartas de necessidades, reforçando sempre a orientação para
que procurem colocar-se no lugar da criança no momento e identificar qual
necessidade ela apresenta, o que ela precisa, o que espera receber.
5. Discute-se com os membros do grupo, a experiencia e as percepções de cada um dos
participantes.
3º. Encontro
1. Desconexão e rejeição

• Garantia de cuidados essenciais (proteção, afeto, satisfação das


necessidades fisiológicas)
• Estabelecimento do sentimento de segurança em relação aos seus
cuidadores.
• Não deve haver diferença na demonstração de atenção em relação aos
filhos.
• Convivência pacifica e harmoniosa entre os membros da família.
• Promoção de convivência com outras crianças, favorecendo a socialização e
a conexão com os iguais.
Dinâmica do Monstrinho

• Cada participante deverá seguir a instrução do orientador para


desenhar seu monstrinho.
• Ao final, cada um perceberá que embora as orientações foram as
mesmas, nenhum monstrinho ficou igual.
• Discute-se com o grupo que o mesmo acontece com os filhos, pois
cada um tem suas necessidades e formas de enfrentamento.
• Apenas quando os pais estão conectados e dispostos a acolher,
poderão compreendê-los e auxilia-los em seu processo de
desenvolvimento de maneira saudável.
Orientação:

1. Uma cabeça redonda e grande;


2. Um corpo pequeno coberto de pêlos;
3. Braços compridos com mãos pequenas e garras afiadas;
4. Pernas curtas;
5. Pês grandes e arredondados;
6. Olho no meio da testa;
7. Orelha pontiaguda;
8. Nariz com narinas quadradas;
9. Boca grande e dentes falhos.
✎ Para casa:

Identificando as Forças Pessoais do (s) meu(s) filho(s)

Entregar o registro de Forças Pessoais e orientar os pais que durante a semana deverão
identificar, diariamente, ao menos uma Força Pessoal utilizada pela criança e registra-
la(s). Além disso, deverão também conversar com a criança, explicando-lhe sobre e
elogiando a característica apresentada.
4º. Encontro
• Revisão da semana
2. Autonomia e desempenho
prejudicados

• Consciência obtida pela criança de que é capaz de funcionar de forma


independente no mundo, sem precisar da ajuda de outros, respeitando as
fases de seu desenvolvimento.
• Incentivo a realizar atividades sozinha, sem depender excessivamente de
auxilio.
• Atribuição de responsabilidades e tarefas adequadas a sua fase de
desenvolvimento.
Dicas para desenvolver a autonomia de seu filho.

• Permita que faça pequenas escolhas, sempre considerando o grau


de desenvolvimento em que se encontra. Coisas simples, como
escolher entre duas opções de roupas, vestir-se sozinha, a
brincadeira que quer, o lugar da mesa em que se sentará para
fazer a refeição, tomar banho antes ou depois do desenho favorito,
permitem que desenvolva suas preferencias, gostos, opiniões.

• Possivelmente, suas escolhas algumas vezes, gerarão frustrações.


Isso faz parte e a criança deverá aprender a tolera-las.
Compreenda e encoraje-a a tentar novamente, fazendo novas
escolhas, mas não resolva por ela.
• Estimule a autoconfiança, mostrando especialmente, que você
também confia nela.

• Quando demonstrar medo, não o critique. Compreenda-o, valide


seu sentimento e o ajude a superá-lo.

• Sempre a incentive a persistir. Os desafios aumentam conforme


crescemos. É fundamental que a criança entenda que não
ganhará sempre, bem como, as coisas não darão sempre certas.
Mas, isso não significa que não conseguirá. Os esportes são
muito eficientes nesse ensinamento.
✎ Para casa:

Crie com seu filho, uma lista de atividades que poderá realizar sozinho. Converse com ele
sobre as capacidades que tem e quanto é satisfatório para você, ver o quanto ele aprendeu.
Não se esqueça de reforçar suas conquistas e sua evolução e também, de assumir as
consequências (que devem já ser claras para ele, combinadas juntamente com as
obrigaçoes) por não cumprir com suas responsabilidades.
5º. Encontro
• Revisão da semana

3. Limites prejudicados

• Conhecimento de limites reais, para que a criança controle seus impulsos.


• Aprenda a reconhecer as necessidades alheias.
• O ambiente não deve ser excessivamente permissivo, ou seja, ouvir “não”,
faz parte da disciplina sempre que for necessário.
• Vale a pena ressaltar que o aprendizado mais eficaz é o modelo, portanto...
Comporte-se como quer que seu filho se comporte.
✓ É preciso saber que existe o certo e o errado.
✓ Agir errado traz consequências que devem ser sofridas pelo autor do
comportamento.
✓ Transmita aos seus filhos seus melhores valores e mostre como eles fazem
a diferença em sua vida e na das pessoas.
✓ Reconheça e valorize os valores de seu filho.
✓ Elogie quando tiver uma atitude respeitosa ou empática.
✓ Vivemos em uma sociedade em que os valores estão se perdendo, portanto,
às vezes, é possível que uma atitude ética possa não trazer os resultados
esperados, dando a impressão de que é mais vantajoso agir de maneira
desrespeitosa. Se isso acontecer, valorize ainda mais o comportamento de
seu filho e o quanto se orgulha disso. Certamente, no futuro, é ele quem
estará em vantagem.
✎ Para casa:

Crie com o seu filho o “Potinho dos Valores”.

Coloque em um potinho com tampa, de preferencia transparente, tantos valores quanto


quiser e lembrar. Decore-o, personalize-o, deixe-o com a cara da sua família. Ao final de
cada semana, a família reunida, escolhe dentre todos os valores do pote, o que cada um
apresentou mais intensamente naquele período.
Por ex:
mãe: família.
Pai: dedicação
Filho: respeito.
6º. Encontro
• Revisão da semana

4. Orientação para o outro

• Sentir-se suficientemente corajoso para expressar as próprias necessidades.


• Expressão livre de sentimentos e pensamentos, sem medo de ser punido ou
não ser aceito.
• Reconhecer que assim como outros, também tem seus direitos e deve
preserva-los.
Lista de Direitos Humanos Básicos
1. O direito de manter sua dignidade e respeito comportando-se de forma
habilidosa ou assertiva – inclusive se a outra pessoa sente-se ferida –
enquanto não viole os direitos humanos básicos dos outros.
2. O direito de ser tratado com respeito e dignidade.
3. O direito de negar pedidos sem ter que sentir-se culpado ou egoísta.
4. O direito de experimentar e expressar seus próprios sentimentos.
5. O direito de parar e pensar antes de agir.
6. O direito de mudar de opinião.
7. O direito de pedir o que quiser (entendendo que a outra pessoa tem o
direito de dizer não).
8. O direito de fazer menos do que é humanamente capaz de fazer.
9. O direito de ser independente.
10. O direito de decidir o que fazer com seu próprio corpo, tempo ou
propriedade.
11. O direito de pedir informação.
12. O direito de cometer erros – e ser responsável por eles.
13. O direito de sentir-se bem consigo mesmo.
14. O direito de ter suas próprias necessidades e que estas sejam tão
importantes quanto às dos demais. Além disso, temos o direito de pedir
(não exigir) aos demais que correspondem às nossas necessidades e de
decidir se satisfazemos as dos demais.
15. O direito de ter opiniões e expressá-las.
16. O direito de decidir se satisfaz as expectativas de outras pessoas ou se
comporta-se seguindo seus interesses – sempre que não viole os direitos
dos demais.
17. O direito de falar sobre o problema com a pessoa envolvida e esclarecê-lo,
em casos-limite em que os direitos não estão totalmente claros.
18. O direito de obter aquilo pelo que se paga.
19. O direito de escolher não comportar-se de maneira assertiva ou
socialmente habilidosa.
20. O direito de ter direitos e defende-los.
21. O direito de ser escutado e levado a sério.
22. O direito de estar só quando assim o desejar.
23. O direito de fazer qualquer coisa enquanto não viole o direito de outra
pessoa.
✎ Para casa:

Desenvolvendo uma comunicação eficaz na resolução de um conflito.

1. Chame a pessoa pelo nome, isso gera conectividade e proximidade.


Maria...

2. Valorize um aspecto positivo dessa pessoa, isso gera conforto e diminui a chance de
contra-ataque por parte do outro.
Maria, você é uma pessoa extremamente divertida e adora fazer brincadeiras...

3. Transmita a mensagem, sem julgamentos e sem rotulações. Refira-se ao


comportamento e não à pessoa.
Maria, você é uma pessoa extremamente divertida e adora fazer brincadeiras, mas
quando brincou na hora da lição...
4. Descreva como você se sentiu, porque isso te incomodou, sempre em primeira pessoa.
Maria, você é uma pessoa extremamente divertida e adora fazer brincadeiras, mas
quando brincou na hora da lição, EU fiquei aborrecida porque entendo que você não
estava me levando a serio...

5. Proponha a resolução, peça ao outro como gostaria que se comportasse da próxima vez
e também, esteja receptivo para ouvi-lo. Este pode ser um momento de troca e combinados.
Maria, você é uma pessoa extremamente divertida e adora fazer brincadeiras, mas
quando brincou na hora da lição, EU fiquei aborrecida porque entendi que você não
estava me levando a serio. Poderia numa próxima vez, deixar a brincadeira para quando
terminarmos? Assim, me sinto mais à vontade. Você tem alguma outra sugestão?
7º. Encontro
• Revisão da semana
5. Supervigilância e
inibição

• Estimulo da espontaneidade.
• Ênfase na felicidade e o bem-estar.
• Aceitação e respeito aos limites individuais.
• Valorização da aceitação incondicional.
Trabalhando a autoestima

1. Diga que sempre enfrentamos situações que afetam nossa autoestima.


2. Entregue uma folha de papel sulfite que representará a autoestima.
3. Você lera uma lista de situações que afetam nossa autoestima.
4. A cada frase lida, eles deverão arrancar um pedaço da folha de tamanho
proporcional ao prejuízo que esta frase causa a sua autoestima.
5. Depois de ler todas as frases, diga que agora tentem recuperar a
autoestima, juntando os pedaços de papel rasgados.
Situações que destroem a autoestima.

• Uma briga com o marido ou esposa.


• O chefe criticou seu trabalho na frente de todos os colegas.
• Seu pai ou sua mãe brigou com você.
• Um grupo de amigos íntimos não te convidou para um passeio.
• Alguém importante para você te diz que Você não faz nada direito.
• Seus colegas zobaram de você por causa das suas roupas (cabelo).

Situações que recuperam a autoestima.

• Seus colegas de classe ou trabalho o escolheram como líder.


• Seu marido ou esposa lhe mandou uma carta de amor.
• Seu pai ou sua mãe disse que você é a coisa mais importante da vida dele
(a).
Reflexões

• Todos recuperaram sua autoestima?


• Qual foi a situação que mais afetou sua autoestima?
• O que podemos fazer para defender nossa autoestima quando nos
sentimos atacados?
• Como podemos ajudar nossos filhos quando a autoestima deles está
baixa?
✎ Para casa:

Preenchimento do IEP – Inventário de Estilos Parentais.


Escala de qualidade na interação familiar (para os filhos responderem)
8º. Encontro
• Revisão da semana

• Discussão dos instrumentos

• Encerramento

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