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Referencial Teórica

De acordo com o livro desenvolvimento humano de Diane E.Papalia, Na


perspectiva da Psicanalítica Freud e Eriksson falam sobre o comportamento e
a personalidade. No Desenvolvimento psicossexuais, para Freud o
comportamento depende de como vai ser desenvolvido a personalidade em 5
fases da psicossexual, que são: oral do nascimento aos 12/18 meses, anal de
12/18 meses a 3 anos, fálica de 3 a 6 anos, e já na fase da latência, que
significa “oculto”, ocorre de 6 anos a 11 anos de idade, onde grande parte dos
impulsos sexuais é reprimido, fazendo com que parte da energia dessa criança
seja canalizada para o desenvolvimento de novas habilidades, como jogos,
brincadeiras e amizades. caso houver algum trauma em um desses estágios
terá algum traço específico na personalidade.
Já no Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson, enfatiza a influência da
sociedade no desenvolvimento da personalidade em 8 estágios que ocorre no
decorrer da vida e cada um dos estágios foi chamado por Erikson de crise na
personalidade pois cada estágio é necessário ter qualidade positiva e a
qualidade negativa. Embora a qualidade positiva deva predominar, alguma
medida do traço negativo também deve aparecer. No estágio Produtividade X
inferioridade (6 anos à puberdade) a criança vai aprender as habilidades com a
cultura ou vai aprender a lidar a com a incompetência, se caso conseguir lidar
bem com a crise anterior irá conseguir lidar bem com a próxima e assim
continua durante todo o ciclo da vida.
Para perspectiva da aprendizagem o desenvolvimento é baseado na
experiência, e é contínuo e sem estágios, aprendendo com a família, redes
sociais, amigos etc. Na teoria do behaviorismo o comportamento é uma
resposta a uma experiência, ação que gera uma resposta operante que é
voluntário, e ou reflexo que é involuntário, ele é aprendido a partir do
condicionamento clássico que é necessário uma repetição e o condicionamento
operante que vai ter uma repetição voluntária até que se torne involuntário, e
com isso , recebe o reforço que pode ser tanto positivo, oferecendo algo bom,
como um elogio, presente e entre outras coisas, ou do tipo negativo, tirando
algo ruim, como quando retiramos brócolis do prato de uma criança que odeia
legumes. Já a punição é capaz de enfraquecer o comportamento e a falta de
reforço pode levar o comportamento a extinção. Na Teoria da aprendizagem
social além da observação é necessário a imitação de modelos e com isso cria
a noção de autoeficácia, percebendo a própria capacidade de vencer desafios
e atingir metas.
A perspectiva cognitiva visa que os processos dos pensamentos são
necessários para o desenvolvimento, nesse sentido, podemos citar as teorias
criadas por Jean Piaget, Lev Vygotsky e Wallon. Para Piaget a criança começa
o desenvolvimento cognitivo com capacidade inata e se adapta ao ambiente
por esquemas que organiza as informações que recebe. O esquema é iniciado
pela adaptação de uma nova informação após vem a assimilação que recebe a
nova informação a partir do esquema anterior que muda a estrutura na
acomodação e por fim é modificado no equilíbrio, o esquema anterior é o
conhecimento prévio e é mudado com os novos eventos. No estágio cognitivo
de Piaget o desenvolvimento cognitivo é avanço por 4 estágios sendo eles:
Sensório-motor 0 a 2 anos, Pré-operacional 2 a 7 anos, Operatório-concreto 7
a 11 anos , as crianças começavam a pensar logicamente sobre eventos

Referência: Capítulo 2 – Desenvolvimento humano 14ºedição, Diane E. Papalia e Gabriela


Martorelli
concretos, seus pensamentos se tornam mais lógicos e organizados, usando
lógica e raciocínio a partir de certas informações, o egocentrismo pode
começar a desaparecer e elas começa a entender que seus pensamentos são
seus e nem todas as outras pessoas compartilham dele. Operatório-formal 11
anos até a idade adulta. No operatório-concreto a criança já melhora o
entendimento de espaço, sabe que as coisa não são causada tudo por causa
dela, na categorização tem um pouco dificuldade mas consegue organizar os
objetos pela dimensão, reconhece a relação de cada objeto e assim consegue
reconhecer a relação de cada um e a inclusão de classes, no pensamento
racional, já consegue entender que depende da situação, por exemplo se
tivermos uma borracha, um apontador e uma caneta em uma mesa e perguntar
para a criança se a borracha é maior, vai depender comparado a qual objeto,
se for ao apontador é maior mas se for comparado ao lápis é menor e por fim
ela vai conseguir encontrar respostas mentalmente. No desenvolvimento
sociocultural e aprendizagem de Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo é
aprendido a partir da interação social, se não haver interação o homem não se
torna homem e assim não aprende o comportamento humano que o diferencia
dos animais. A interação não é direta e sim mediada, é um processo
colaborativo e assim a mediação desenvolve as funções psicológicas
superiores que são: a atenção voluntária, imaginação, pensamento, linguagem,
raciocínio e memória. A mediação tem dois elementos responsáveis, o
instrumento; que auxilia a pessoa nas atividades psíquicas e o signo; ajuda nas
atividades psicológicas e amplia suas funções. Para as crianças conseguirem
passar pela zona de desenvolvimento proximal (ZDP) ela vai precisar do auxílio
de uma pessoa mais desenvolvida, e com isso pode ir para o nível de
desenvolvimento real (NDR) quando não necessário o auxílio de uma pessoa,
pois já aprendeu e domina ou pode ir para nível desenvolvimento potencial
(NDP) onde a criança consegue fazer, mas ainda precisa da ajuda de uma
pessoa com experiencia.
Em Wallon, sua perspectiva enfatiza que a existência do homem é biológica e
social, ou seja, acontece na interação entre o organismo e a sociedade,
fazendo com que o indivíduo se construa das interações com o meio, para ele,
entender uma criança deve-se levar em consideração, sua interação com o
meio social, familiar e cultural, dentro desses aspectos que a criança então
pode se desenvolver. Mas a cada idade da criança existem necessidades e
competências especificas, que envolvem os aspectos afetivos, cognitivos e
motores, criando um tipo próprio de interação da criança com o meio do qual
ela extrai informações para o seu desenvolvimento, essa teoria é chamada de
psicogênese de pessoa completa. São cinco os estágios do desenvolvimento
proposto por Wallon , o primeiro, de 1 ano de vida é o Impulsivo-emocional cujo
a ênfase é a emoção, predominando o aspecto afetivo , o sensório-motor e
projetivo vai de 1 á 3 anos quando o interesse da criança se volta para
exploração sensório-motora do mundo físico, predominando o cognitivo, do
personalismo, que ocorre dos 3 aos 6 anos de idade , ocorre o
desenvolvimento da personalidade , onde a criança acaba se confundindo com
outras personalidades , aqui entra o pensamento sincrético , a criança pode
confundir o eu com o meu e a consciência de si mesmo, predomina o afetivo,
dos 6 anos até a idade dos 11 , ocorre o estágio categorial em que interesses
intelectuais começam a aparecer, ocorrendo a diferenciação mais intensa e
nítida entre o eu e o outro, utilizando o pensamento mais concreto para

Referência: Capítulo 2 – Desenvolvimento humano 14ºedição, Diane E. Papalia e Gabriela


Martorelli
organizar o mundo em que vive, o pensamento sincrético deixa de existir
dirigindo o interesse da criança para o conhecimento , predomina o cognitivo.
Por fim, de 12 anos a mais, o estágio da adolescência, impõe a necessidade de
novos contornos da personalidade, em função das mudanças corporais,
trazendo a tona as questões pessoais, existenciais, retornando a
predominância da afetividade.
A perspectiva humanista rejeita a ideia de que as pessoas são movidas pelo
inconsciente e que o ambiente possa mudar o comportamento humano, e sim
que as pessoas são motivadas por uma hierarquia de necessidades, que foi
proposto por Abraham Maslow, nesta pirâmide é explicado quais são os
motivos do comportamento, dentre eles, podemos citar: Fisiológicas, as
motivações fisiológicas são baseadas em necessidades para a nossa
sobrevivência, tais como: comer, beber, dormir, descansar, respirar e etc. em
seguida, temos a Segurança, são aquelas que estão vinculadas com as
necessidades de sentir-se seguro: sem perigo, em ordem, um trabalho estável,
plano de saúde e entre outros. A social está interligada com as interações com
outras pessoas, ou seja, uma criança brincando com a outra, amigos em uma
roda de conversa ou até mesmo uma sala de aula repleta de alunos. A estima,
valoriza as habilidades, e o reconhecimento das nossas capacidades por meio
de elogios e pontuando qualidades.
Já por último temos a autorrealização, a satisfação de ter alcançado certos
objetivos, passado em matérias da escola, conquistando um carro altamente
almejado e entre diversas outras coisas, satisfazendo assim, a si mesmo.

Referência: Capítulo 2 – Desenvolvimento humano 14ºedição, Diane E. Papalia e Gabriela


Martorelli

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