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Natacha Teves

PSICOLOGIA
1.PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

A psicologia do Desenvolvimento procura saber como cada função aparece nas várias
idades. Um dos seus objetivos é descobrir quando e como cada tipo de comportamento
vai aparecendo. A psicologia do desenvolvimento visa 4 aspetos essenciais: Aspeto físico
motor – crescimento orgânico, maturação neurofisiológica, capacidade de manipulação
de objetos e exercício do próprio corpo; Aspeto intelectual – capacidade de pensamento
e raciocínio; Aspeto afetivo-emocional – modo particular do indivíduo integras as suas
experiências; Aspeto social – maneira como o indivíduo reage diante das situações que
envolvem outras pessoas.

2. JEAN-PIAGET – construção de conhecimento


- Epistemologia genética
A Epistemologia Genética proposta por Piaget é essencialmente baseada na inteligência
e na construção do conhecimento e visa responder não só como os homens, sozinhos
ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas também por que processos e por que
etapas eles o conseguem fazer.

- Estágios
Jean Piaget desenvolveu a Teoria Cognitiva para explicar o desenvolvimento cognitivo
humano. Os trabalhos iniciais da sua pesquisa levaram-no a formular: Esquema -
conceito que descreve a ação básica de saber, ou comportamentos que permitem
conhecer, incluindo ações físicas e mentais; Organização - À medida que as pessoas
atuam em diferentes ambientes, existe um processo mental inativo que leva cada um a
deduzir esquemas generalizáveis ou, dito de outra forma, agrupar segundo as suas
semelhanças algumas experiências especificas; Assimilação - É o processo de assimilar,
de absorver algum evento ou experiencia e torna-lo parte de algum esquema;
Acomodação - Mudar um esquema como resultado de nova informação assimilada;

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Equilibração - É o processo de pôr em equilíbrio assimilação e acomodação quer


promove a adaptação da pessoa ao meio.

De acordo com a teoria de Piaget, o desenvolvimento cognitivo humano é dividido em


4 estágios: Sensório motor (24 meses) - dura do nascimento até aproximadamente os
dois anos de idade e a criança procura adquirir controlo motor e aprender sobre os
objetos que a rodeiam e adquire o conhecimento por meio de suas próprias ações que
são controladas por informações sensoriais imediatas. Nesse período o
desenvolvimento físico é o suporte para o aparecimento de novas habilidades, como
sentar, andar, o que proporciona um domínio maior do ambiente; Pré-operatório (2 a 7
anos) - coincide com a fase pré-escolar em que a criança desenvolve ativamente
representações mentais internas, que se iniciaram no fim do estágio sensório-motor,
onde há o desenvolvimento do pensamento representativo que, consequentemente,
traz a comunicação verbal, tornando-se esta uma comunicação egocêntrica em que a
criança diz o que lhe vai na mente e tem cada vez mais em consideração o que os outros
dizem; Operatório concreto (7/8 anos até aos 11/12 anos) – as crianças tornam-se
capazes de manipular mentalmente as representações internas que formaram, durante
o período pré-operatório. A criança lembra-se de várias coisas observando
modificações. Operatório-formal (11/12 anos em diante) - as crianças começam a
compreender algumas coisas que elas mesmas não tinham experimentado diretamente
e começam a ser capazes de ver a perspetiva dos outros, se a perspetiva alternativa
pode ser manipulada concretamente (empatia).

- SENSÓRIO MOTOR

O primeiro estágio de desenvolvimento da teoria de Piaget, o estágio sensório-motor,


envolve aumentos no número e na complexidade de capacidades sensoriais e motoras
durante a infância – aproximadamente do nascimento a cerca de 18-24 meses de idade.

Segundo Piaget, as primeiras adaptações do bebê são reflexivas. Gradualmente, os


bebês obtêm controle consciente e intencional sobre suas ações motoras. A princípio,
eles agem assim para manter ou repetir sensações interessantes. Mais tarde,
entretanto, exploram ativamente seu mundo físico e buscam com afinco novas e

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interessantes sensações. De acordo com Piaget, os bebés não têm um sentido de


permanência do objeto.

- PRÉ-OPERATÓRIO

No estágio pré-operatório, da idade aproximada de 1 1/2 ou 2 anos a cerca de 6 ou 7


anos, a criança começa a desenvolver ativamente as representações mentais internas,
que se iniciaram no fim do estágio sensório-motor. Segundo Piaget, o aparecimento do
pensamento representativo, durante o estágio pré-operatório, abre o caminho para o
desenvolvimento subsequente do pensamento lógico, durante o estágio de operações
concretas. Com o pensamento representativo, chega a comunicação verbal. Entretanto
a comunicação é amplamente egocêntrica. Uma conversação pode parecer sem
qualquer coerência. A criança diz o está em sua mente, sem considerar muito o que
outra pessoa disse. À medida que as crianças se desenvolvem, no entanto, levam cada
vez mais em consideração o que os outros disseram, quando criam seus próprios
comentários e respostas.

- OPERATÓRIO CONCRETO

No estágio de operações concretas, aproximadamente dos 7 ou 8 anos ate os 11 ou 12


anos de idade, as crianças tornam-se capazes de manipular mentalmente as
representações internas que formaram, durante o período pré-operatório. Talvez, a
evidência mais forte da mudança do pensamento pré-operatório para o pensamento
representativo do estágio operatório concreto seja vista nos experimentos clássicos de
Piaget sobre conservação da quantidade. Na conservação, a criança é capaz de
conservar mentalmente (lembrar-se) uma dada quantidade, embora observe
modificações na aparência do objeto ou da substância. Esses experimentos investigaram
as respostas das crianças a se uma quantidade de alguma coisa.

- OPERATÓRIO FORMAL

O estágio operatório formal, aproximadamente dos 11 ou 12 anos de idade em diante,


envolve operações mentais sobre abstrações e símbolos que podem não ter formas
concretas ou físicas. Além do mais, as crianças começam a compreender algumas coisas
que elas mesmas não tinham experimentado diretamente. As crianças começam a ser
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capazes de ver a perspetiva dos outros, se a perspetiva alternativa pode ser manipulada
concretamente. Finalmente elas são completamente capazes de adotar outras
perspetivas além das suas próprias, mesmo quando não estão trabalhando com objetos
concretos. Além disso as pessoas procuram intencionalmente criar uma representação
mental sistemática das situações com as quais se deparam.

3. ERIK ERIKSON – desenvolvimento psicossocial

A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson prediz que o crescimento


psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da
interação da pessoa com o meio que a rodeia. Cada estágio é atravessado por uma crise
psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa. As duas vertentes são
necessárias, mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é
ultrapassada ao longo de todos os estágios influenciará a capacidade para se resolverem
conflitos inerentes à vida. Esta teoria concebe o desenvolvimento em 8 estágios: 1º -
estágio confiança versus desconfiança (dos 0 aos 18 meses); 2º - autonomia versus
dúvida e vergonha (entre os 18 meses e os 3 anos); 3º - iniciativa versus culpa (entre os
3 e os 6 anos); 4º - produtividade versus inferioridade (dos 6 aos 12 anos, antes da
adolescência); 5º - identidade versus confusão (Puberdade e adolescência); 6º -
intimidade versus isolamento (entre os 21 e os 40 anos, adulto jovem); 7º -
generatividade versus estagnação (entre os 35 e os 60 anos, adulto); 8º - produtividade
versus desespero (a partir dos 60 anos, maturidade).

Idade adulta (adultez)


Ao longo do desenvolvimento humano, e segundo Erik Erikson, na idade adulta existem
três fases: Intimidade versus isolamento (entre os 21 e os 40 anos, adulto jovem) – que
se trata da capacidade de intimidade sexual, pois agora a genitalidade desenvolve-se
com vista à maturidade em que perigo desta é o isolamento, que significa a incapacidade
de correr riscos para a própria intimidade, muitas vezes devido ao medo das
consequências dessa mesma intimidade; Generatividade versus estagnação (entre os 35

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e os 60 anos, adulto) – que é a fase de maturidade de uma pessoa que inclui a


capacidade de produtividade e criatividade da pessoa na relação consigo própria e com
os que a rodeiam, em que o perigo é a estagnação (denominado por Erikson) que se
traduz na falha completa desta etapa, ocorrendo uma regressão e sentimentos de tédio
e necessidade obsessiva de pseudointimidade; Integridade versus desespero (a partir
dos 60 anos, maturidade) – fala no progressivo amadurecimento da pessoa humana que
permite a aceitação do seu ciclo vital em que o perigo reside no desespero: o individuo
sente que o tempo é curto para recomeçar a sua vida.

4. FREUD – desenvolvimento psicossexual

A teoria do desenvolvimento psicossexual foi proposta por Freud e descreveu como a


personalidade era desenvolvida ao longo da infância. Freud acreditava que a
personalidade era desenvolvida através de uma série de estágios de infância: Oral (1
ano, boca) - fonte primária de interação do lactente ocorre através da boca, de modo
que o enraizamento e reflexo de sucção é especialmente importante; Estágio anal (1 a
3 anos, entranhas e controlo da bexiga) - a criança tem de aprender a controlar suas
necessidades corporais. Desenvolver esse controle leva a um sentimento de realização
e independência; O estágio fálico (3 a 6 anos, genitais) - as crianças começam a descobrir
as diferenças entre machos e fêmeas; O estágio da latência (dos 6 anos até à puberdade,
sentimento sexuais inativos) - as crianças entram na escola e tornam-se mais
preocupadas com as relações entre colegas, hobbies e outros interesses; O estágio
genital (da puberdade até à morte, interesses sexuais) - indivíduo desenvolve um forte
interesse sexual por outras pessoas.

5. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

A psicologia do Desenvolvimento procura saber como cada função aparece nas várias
idades. Um dos seus objetivos é descobrir quando e como cada tipo de comportamento
vai aparecendo. A psicologia do desenvolvimento visa 4 aspetos essenciais: Aspeto físico

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motor – crescimento orgânico, maturação neurofisiológica, capacidade de manipulação


de objetos e exercício do próprio corpo; Aspeto intelectual – capacidade de pensamento
e raciocínio; Aspeto afetivo-emocional – modo particular do indivíduo integras as suas
experiências; Aspeto social – maneira como o indivíduo reage diante das situações que
envolvem outras pessoas.

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