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humano. Essa característica da sua obra a tornou uma das maiores contribuições para a
psicologia do desenvolvimento, pois muitos psicólogos incluindo Piaget tiveram a certeza que
a construção do ser humano é um processo que vai acontecendo ao longo da vida das crianças.
Destacamos que a pesquisa feita por Piaget foi realizada por meio de observação de seus
filhos, ele anotava o crescimento dia a dia. De acordo com esta teoria, o desenvolvimento
cognitivo humano é dividido em 4 estágios.
Índice
2 Pré-operatório (2 a 7 anos)
5 Equilíbrio e acomodação
6 Referências
7 Bibliografia
Ao fim do período, por volta dos dois anos, a criança apresenta uma atitude mais ativa e
participativa, é capaz de entender algumas palavras, mas produz uma fala imitativa. Nesse
período, a inteligência prática é assentada na perceção e na motricidade. Essa inteligência é
utilizada a partir de seus esquemas sensoriais e motores, provindos dos reflexos genéticos,
para solucionar problemas imediatos como pegar, jogar ou chutar bola.
O estágio subdivide-se em até 6 subestágios nos quais o bebê apresenta, desde reflexos, até o
início de uma capacidade representacional ou uso de símbolos.
As principais características observáveis durante essa fase, que vai aproximadamente até os
dois anos de idade da criança são:
Pode-se dizer que no Período Sensório-motor a criança conquista, através da perceção e dos
movimentos, o universo imediato que a cerca. Ela descobre que, se puxar a toalha da mesa, o
pote de bolacha ficará mais próximo dela (conduta do suporte).
Pré-operatório (2 a 7 anos)
O segundo estágio de desenvolvimento considerado por Piaget é o estágio pré-operatório, que
coincide com a fase pré-escolar e vai dos dois anos de idade até os sete anos, em média.
inteligência simbólica;
De acordo com Pedrosa & Navarro, os cinco aspetos mais importantes do pensamento neste
estágio são:
Egocentrismo: são incapazes de compreender as coisas de outro ponto de vista que não seja o
seu. Tem a tendência de tomar o seu ponto de vista como o único, sem compreender o dos
demais por estar centrados em suas ações. O egocentrismo se caracteriza basicamente por
uma visão de realidade que parte do próprio eu.
Não conservação: não são capazes de compreender que a quantidade pode permanecer
embora mude seu aspecto ou aparência. No exemplo da figura em massa de modelar, não
entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer formato que assumisse.
A criança desenvolve a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos, assim como muitas
habilidades pré-conceituais. Apesar disso, o pensamento e a linguagem estão reduzidos, no
geral, ao momento presente e a acontecimentos concretos.
Seu raciocínio é intuitivo, está ligado às suas próprias perceções e às aparências das situações.
Pré-raciocínio lógico.
2 – Linguagem → criança grava a imagem das coisas com nome → simbolismo linguagem →
gestos, linguagem, brincar de faz-de-conta ou jogo simbólico
Acontecimentos do pré-operatório:
interiorizar a palavra
Outras características:
Pensamento egocêntrico – sua perceção como centro. Só entende a relação numa direção (em
relação a ela).
Assimilação deformante da realidade – a criança não pensa o pensamento lógico e sim, brinca
com a realidade.
Animismo, antropomorfismo, artificialismo (natureza toda feita pelo homem) e finalismo (pra
que serve?)
Por volta dos 7 anos, o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais estável;
Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de ordenar uma série de objetos por tamanhos
e de comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas ainda não é capaz de compreender
a propriedade transitiva (A é maior que B, B é maior que C, logo A é maior que C). No início
deste estágio a criança já é capaz de compreender a propriedade transitiva, desde que
aplicada a objetos concretos que ela tenha visto;
Neste estágio, também algumas características das crianças começam a ser aprimoradas, como
por exemplo: se concentram mais nas atividades, colaboram mais com os colegas, apresentam
responsabilidade e respeito mútuo e participações em grupo.
Diferente do período anterior, agora o adolescente tem o pensamento formal abstrato. Ele
não necessita mais de manipulação ou referência concreta. No lado social a vida em grupo é
um aspecto significativo junto com o planejamento de ações coletivas. Reflete sobre a
sociedade e quer transformá-la, mais tarde vem o equilíbrio entre pensamento e realidade.
Equilíbrio e acomodação
Este conceito tem relação directa com a teoria do Socioconstrutivismo, da qual Piaget era
adepto. Segundo Piaget, a acomodação é um dos dois modos pelo qual os esquemas mentais
existentes se modificam, devido às experiências e relações com o meio.[2] Seria, de acordo
com essa ideia, o movimento que o organismo realiza para se submeter às exigências
exteriores, adequando-se a estas últimas. O outro mecanismo da adaptação é a assimilação.[2]
A regulação entre ambos os processos é chamada equilibração. Ainda de acordo com a teoria,
em algumas atividades mentais predomina a assimilação (jogo simbólico) e em outras
predomina a acomodação (reprodução).[2]
Referências
LIVIA MATHIAS SIMAO; Maria Thereza Costa Coelho de Souza; Nelson Ernesto Coelho Junior.
Noção de objeto, concepção de sujeito: Freud, Piaget e Boesch. Casa do Psicólogo; 2002. ISBN
978-85-7396-164-5. p. 71 – 72.
Murillo Cruz Filho, D.Sc (Data desconhecida). «Acomodação (cf. J. Piaget)». Consultado em 24
de Outubro de 2012 Verifique data em: |data= (ajuda)
Bibliografia
BOCK, Ana Mercês Bahia et al. Psicologias: Uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo:
Saraiva, 2002.
PIAGET, Jean. A epistemologia genética. Petrópolis: Vozes, 1971.
PIAGET, Jean. Problemas de psicologia genética. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural,
1983.
PIAGET, Jean. Teoria da aprendizagem na obra de Jean Piaget. São Paulo: UNESP, 2009.