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Índice

Introdução........................................................................................................................................4

Objectivo geral.................................................................................................................................5

Objectivos especificos.....................................................................................................................5

Metodologia.....................................................................................................................................5

O desenvolvimento psíquico da criança dos 0 aos 16 anos de idade segundo Piaget.....................6

1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)..........................................................................................6

2° Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)...........................................................................................7

3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)......................................................................8

4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos ate aos 16 anos em média)....................................9

O desenvolvimento psíquico da criança dos 0 aos 16 anos de idade segundo Freud....................10

1.Fase oral: idade: 0 a 1 ano..........................................................................................................11

2.Fase anal: idade: 1 aos 3 anos.....................................................................................................12

3.Fase fálica: idade: 3 aos 5 anos...................................................................................................12

4. Fase da latência: idade: 5 aos 12 anos.......................................................................................13

5.Fase genital: idade: 12 aos 16 ou mais.......................................................................................13

Conclusão......................................................................................................................................15

Referências bibliográficas.............................................................................................................16
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Introdução
O desenvolvimento é um processo contínuo que principia com a própria vida, no ato da
concepção. Imediatamente após a concepção o óvulo fecundado, uma célula única, divide-se e
subdivide-se rapidamente até que milhões de células sejam informadas.

À medida que o desenvolvimento prossegue, as novas células assumem funções


altamente especializadas, convertendo-se em parcelas de vários sistemas do corpo-nervoso,
ósseo, muscular ou circulatório.
Desta forma, o desenvolvimento orgânico continua evoluindo, a fim de atingir um nível
relativamente estável – caracterizado pela conclusão do crescimento e pela maturidade dos
órgãos.

A Psicologia do Desenvolvimento juntamente com a Teoria de Jean Piaget e freud,


representam uma abordagem para a compreensão da criança e do adolescente, através da
descrição e exploração das mudanças psicológicas que as crianças sofrem no decorrer do tempo.
Pretendendo explicar de que maneiras importantes as crianças mudam no decorrer do tempo e
como essas mudanças podem ser descritas e compreendidas.

Objectivo geral
 Compreender o surgimento de uma nova capacidade mental da criança;

Objectivos especificos
 Descrever os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de
novas qualidades do pensamento;

 Caracterizar os niveis de pensamentos de Freud e Piaget;

 Caracterizar o desenvolvimento psiquico de acordo com os teoricos;

Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, foi empregue a técnica de consulta bibliográfica e
a biblioteca virtual (internet),
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O desenvolvimento psíquico da criança dos 0 aos 16 anos de idade segundo Piaget


De acordo com (Ana & Odair, 1999), Piaget divide os períodos do desenvolvimento
humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez,
interfere no desenvolvimento global.

1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)

2° Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)

3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)

4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo
consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou
períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das
características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, a divisão
nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.

1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)


No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo
hereditário, como a sucção. Esses reflexos melhoram com o treino. Por exemplo, o bebê mama
melhor no 10º dia de vida do que no 29 dia. Por volta dos cinco meses, a criança consegue
coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar objetos, aumentando sua capacidade de
adquirir hábitos novos.

No final do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um
objeto. Por exemplo, descobre que, se puxar a toalha, a lata de bolacha ficará mais perto dela.
Neste caso, ela utiliza a inteligência através das percepções e dos movimentos.

Ao longo deste período, irá ocorrer na criança uma diferenciação progressiva entre o seu
eu e o mundo exterior. Se no início o mundo era uma continuação do próprio corpo, os
progressos da inteligência levam na situar-se como um elemento entre outros no mundo. Isso
permite que acriança, por volta de 1 ano, admita que um objecto continue a existir quando ela
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não o percebe, isto é, o objeto não está presente no seu campo visual, mas ela continua a procurar
ou a pedir o brinquedo que perdeu, porque sabe que ele continua a existir. No curto espaço de
tempo deste período, por volta de 2 anos, a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao
ambiente e pessoas de seu mundo para uma atitude activa e participativa. Sua integração no
ambiente dá-se, também, pela imitação das regras. E, embora compreenda algumas palavras,
mesmo no final do período só é capaz de fala imitativa.

2° Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)


Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá
acarretar modificações nos aspectos intelectuais, afectivo e social da criança. Como decorrência
do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. No início do
período, ele exclui toda a objectividade, a criança transforma o real em função dos seus desejos e
fantasias (jogo simbólico); posteriormente, utiliza-o como referencial para explicar o mundo real,
a sua própria actividade, seu eu e suas leis morais; e, no final do período, passa a procurar a
razão causal e finalista de tudo (é a fase dos famosos “porquês”). E um pensamento mais
adaptado ao outro e ao real.

Como várias novas capacidades surgem, muitas vezes ocorre a superestimação da


capacidade da criança neste período. E importante ter claro que grande parte do seu repertório
verbal é usada de forma imitativa, sem que ela domine o significado das palavras; ela tem
dificuldades de reconhecer a ordem em que mais de dois ou três eventos ocorrem e não possui o
conceito de número. Por ainda estar centrada em si mesma, ocorre uma primazia do próprio
ponto de vista, o que torna impossível o trabalho em grupo. Esta dificuldade mantém-se ao longo
do período, na medida em que a criança não consegue colocar-se do ponto de vista do outro.

No aspecto afectivo, surgem os sentimentos interindividuais, sendo que um dos mais


relevantes éo respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela. Por
exemplo, em relação aos pais, aos professores. E um misto de amor e temor. Seus sentimentos
morais refletem esta relação com os adultos significativos — a moral da obediência —, em que o
critério de beme mal é a vontade dos adultos. Com relação às regras, mesmo nas brincadeiras,
concebe-as como imutáveis e determinadas externamente. Mais tarde, adquire uma noção mais
elaborada da regra,concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo, porém não a
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discute. Mais elaboradada regra, concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo,
porém não a discute. É importante, ainda, considerar que, neste período, a maturação
neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a
coordenação motora fina — pegar pequenos objetos com as pontas dos dedos, segurar o lápis
corretamente e conseguir fazer os delicados movimentos exigidos pela escrita.

3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)


O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo
intelectual esocial, é superado neste período pelo início da construção lógica, isto é, a capacidade
da criançade estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes.
Estes pontosde vistas podem referir-se a pessoas diferentes ou à própria criança, que “vê” um
objecto ou situação com aspectos diferentes e, mesmo, conflitantes. Ela consegue coordenar
estes pontos devista e integrá-los de modo lógico e coerente. No plano afectivo, isto significa que
ela será capazde cooperar cora os outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de ter
autonomia pessoal.

O que possibilitará isto, no plano intelectual, é o surgimento de uma nova capacidade


mental da criança: as operações,isto é, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida
para um fim (objectivo) e revertê-la para o seu início. Num jogo de quebra-cabeça, próprio para a
idade, ela consegue, na metade do jogo, descobrir um erro, desmanchar uma parte e recomeçar
de onde corrigiu, terminando-o. As operações sempre se referem a objetos concretos presentes
ou já experienciados.

Em nível de pensamento, a criança consegue:

 Estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;


 Seqüenciar idéias ou eventos;
 Trabalhar com idéias sob dois pontos de vista, simultaneamente;
 Formar o conceito de número (no início do período, sua noção de número está
vinculada auma correspondência com o objeto concreto).

A noção de conservação da substância do objecto (comprimento e quantidade) surge no


início do período; por volta dos 9 anos, surge a noção de conservação de peso; e, ao final do
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período, anoção de conservação do volume. A noção de conservação da substância do objecto


(comprimento e quantidade) surge no início do período; por volta dos 9 anos, surge a noção
deconservação de peso; e, ao final do período, a noção de conservação do volume.

No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que


atuaquando há conflitos de tendências ou intenções (entre o dever e o prazer, por exemplo). A
criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus
próprios valores morais. Os novos sentimentos morais, característicos deste período, são:
orespeito mútuo, a honestidade, o companheirismo e a justiça, que considera a intenção na
ação.Por exemplo, se a criança quebra o vaso da mãe, ela acha que não deve ser punida se isto
ocorreu acidentalmente. O grupo de colegas satisfaz, progressivamente, as necessidades de
segurança e afecto.

Nesse sentido, o sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais
forte. As crianças escolhem seus amigos, indistintamente, entre meninos e meninas, sendo que,
no final do período, a grupalização com o sexo oposto diminui. A cooperação é uma capacidade
que vai-se desenvolvendo ao longo deste período e será um facilitador do trabalho em grupo, que
se torna cada vez mais absorvente para a criança. Elas passam a elaborar formas próprias de
organização grupal, em que as regras e normas são concebidas como válidas e verdadeiras, desde
que todos as adotem e sejam a expressão de uma vontade de todos. Portanto, novas regras podem
surgir, a partir da necessidade e de um“contrato” entre as crianças.

4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos ate aos 16 anos em média)


Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal,
abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das idéias, sem necessitar de
manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar com conceitos
como liberdade, justiça etc. O adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e
generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de
reformular.

Isso é possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada
do real, é capaz de tirar conclusões de puras hipóteses.O livre exercício da reflexão permite ao
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adolescente, inicialmente, “submeter” o mundo real aossistemas e teorias que o seu pensamento
é capaz de criar. Isto vai-se atenuando de forma crescente, através da reconciliação do
pensamento cora a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é contra dizer, mas se
adiantar e interpretar a experiência.

Do ponto de vista de suas relações sociais, também ocorre o processo de caracterizar-


se,inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-social. Ele se
afastada família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo de sua reflexão é
asociedade, sempre analisada como passível de ser reformada e transformada.
Posteriormente,atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a
importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. Por exemplo, no início do período, o
adolescente que tem dificuldades na disciplina de Matemática pode propor sua retirada do
currículo e, posteriormente, pode propor soluções mais viáveis e adequadas, que considerem as
exigências sociais.

No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda
dependedele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante
referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de
seucomportamento. Começa a estabelecer sua moral individual, que é referenciada à moral do
grupo.

Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega com
a proximidade da idade adulta.

O desenvolvimento psíquico da criança dos 0 aos 16 anos de idade segundo Freud


Segundo (Xavier & Nunes, 2015) o racionalismo preponderante na ciência da época e
com a ideia do homem capaz de controlar a si e ao mundo, Freud construiu os conceitos que
vieram a embasar a primeira tópica ou esquema proposto por ele para a estrutura do
psiquismo:consciente, pré-consciente e inconsciente.Ao postular que a maior parte da nossa
atividade psíquica é de natureza inconsciente, Freud nos fez enxergar que não conhecemos
nossos desejos, motivos, atitudes, sentimentos, pensamentos tão bem como acreditávamos.
Assim, colocou em dúvida a tão festejada preponderância da razão no desenvolvimento humano.
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Com isto, Freud resgata para o campo do fenómeno psicológico a importância dos aspectos
afetivos.

Em 1923 com a publicação da obra “O ego e o id” Freud retoma a tarefa de descrever o
psiquismo tratando de sua dinâmica e economia na proposição de uma segunda tópica composta
pelas estruturas: id, ego e superego. Embora cada uma delas tenha suas funções e características
elas atuam de modo profundamente inter-relacionado. Deste modo, o funcionamento mental
édinâmico em seu todo e em suas partes.

O id compreende as representações psíquicas dos impulsos ou pulsões (FREUD, 2002).


Estes são uma força impulsora de um movimento constante, que coloca o sujeito para agir. Trata-
se de uma força intra-psíquica voltada para a busca de satisfação que pode ser de dois
tipos:sexual/erótico ou agressivo/ destrutivo. A energia da pulsão sexual, presente no ser humano
desde o nascimento é a libido. Desse modo, o id, representante do inconsciente, funciona como
ogrande reservatório da libido, não sendo socializado e não respeitando qualquer
convenção.Busca satisfação incondicional do organismo.

O ego consiste naquelas funções psíquicas ligadas às relações do indivíduo com seu
meio,objetivando alcançar o máximo de gratificação ou descarga para o id. É a parte visível de
cadaum de nós, que sofre as pressões do meio e equilibra a relação do sujeito com os outros.

O superego é o depositário das normas, regras e princípios morais dos grupos sociais.
Funciona como controlador das pulsões do id e das intenções do ego, colocando-o em uma
posição menos onipotente frente à realidade na qual o sujeito está inserido. Emerge do próprio
“eu” e visa proteger o indivíduo das repressões inconscientes, ligadas às fantasias e desejos que
não sãoaceitáveis pela consciência.

O desenvolvimento humano é, então, marcado pela força da libido que assume várias
formas e selocaliza em determinadas regiões do corpo, nas quais o sujeito encontra mais
satisfação namedida em que se desenvolve.

1.Fase oral: idade: 0 a 1 ano


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Caracteriza-se pela concentração da libido na região bucal. A boca vai se tornando o


centro do prazer através da alimentação, do contacto com objectos como chupeta, mordedor, da
sucção dos lábios etc. Nessa fase, a criança só se interessa pela gratificação de seu prazer de
forma egocêntrica, constituindo o narcisismo infantil. Essa fase desempenha papel importante na
constituição da personalidade, principalmente quanto à imagem que o indivíduo tem sobre si.

2.Fase anal: idade: 1 aos 3 anos


Na época em que a criança está aprendendo a controlar os esfíncteres, no treino do
banheiro, a energia libidinal se desloca para a região anal. Como a criança já faz uma
diferenciação entre ela e o mundo externo, ela utiliza a excreção (retendo ou expelindo) como
um ato dirigido ao“outro”. As exigências sociais, nesse período, podem tornar essa fase
conflituosa para criança,tendo repercussões na formação da personalidade, especialmente nas
vivências futuras de prazer e desprazer, de organização e disciplina.

3.Fase fálica: idade: 3 aos 5 anos


A fase posterior, denominada fálica (3 aos 5 anos), é o momento em que a criança
começa a perceber as diferenças sexuais anatómicas e a vivenciar o prazer na manipulação dos
órgãos genitais. Esta fase é também assim denominada pela relevância que Freud concedeu às
fantasias infantis inconscientes, com o órgão genital masculino, nesse momento da vida da
criança. É marcada também pelo complexo de Édipo.

Nesta etapa, o menino percebe a presença do pênis e manipula-o obtendo a satisfação


libidinal. A menina ressente-se por não possuir algo que os meninos têm. Em ambos os casos, a
mãe é o primeiro objeto de amor, ocorrendo gradativamente a diferenciação de investimento para
a figura paterna.

Com relação ao menino, ele mantém um desejo incestuoso pela mãe. O pai é percebido
como rival que lhe impede o acesso ao objeto desejado (mãe). Temendo ser punido com a perda
dos órgãos genitais (angústia da castração) e do lugar fálico (de poder) em que se encontra, o
menino terá que recalcar o desejo incestuoso pela mãe e identificar-se como pai, escolhendo o
como modelo de papel masculino. Assim, internalizando regras e normas impostas pela
autoridade paterna, manterá sua integridade sexual e adotará papéis masculinos.
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A situação feminina é distinta. A menina percebe em si a ausência do pênis. Então,


desenvolve um sentimento de inferioridade, tendo inveja e desejando o órgão masculino. Ela
atribui à mãe aculpa por ter sido gerada deste modo, e rivaliza com ela. Ao mesmo tempo,
precisa se identificar com a figura materna a fim de obter o amor do pai. Posteriormente esse
desejo pelo pai deve se dissipar, a fim de que a menina possa sair da situação edípica e seguir
com as suas escolhas de objectos amor, fora dessa relação pai e mãe.

4. Fase da latência: idade: 5 aos 12 anos


É o período em que a libido permanece voltada para actividades que não tem um caráter
sexual. É o que Freud denominou de sublimação. Deste modo, brincadeiras, esportes, artes e
atividades escolares ganham um papel de destaque na vida da criança. Coincide com o ingresso
da criança no ensino fundamental, no qual ela pode se destacar em atividades de natureza física
ou intelectual, dada

A partir do início da puberdade, com todas as transformações orgânicas e hormonais


ocorridas,meninos e meninas retornam aos interesses de ordem sexual. Agora, a sexualidade é
genital, e não fálica, estando voltada para as relações exteriores à família. Pode ser um período
de muitos conflitos, gerando fenômenos que muitos denominam de síndrome da adolescência
(ABERASTURY e KNOBEL, 1981), posto que há um retorno dos sentimentos e desejos
realçados no inconsciente no período da latência.

5.Fase genital: idade: 12 aos 16 ou mais


Notasse seu início a partir dos 12 anos, acompanhando os primeiros indícios da
puberdade. Nesta fase, o indivíduo envia toda a sua pulsão para a área genital, antes a mesma era
compartilhada em diversas áreas erógenas, agora unificada e direccionada para um objecto
sexual externo. Vê-se claramente que o desejo sexual se torna adulto, os indivíduos já estão
conscientes de suas diferenças sexuais, buscando formas de satisfação da libido. Ainda podemos
observar alguns conflitos edipianos não resolvidos assombrando a vida de alguns adolescentes,
os quais são responsáveis por desequilíbrio dessa etapa.

A área que emana o prazer nessa fase são o pénis e a vagina e a finalidade dessa pulsão
seria a reprodução, como Freud (1996, p. 196) afirma: “a pulsão sexual coloca-se agora a serviço
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da função reprodutora”. Essa busca por reprodução faz com que a pessoa procure seu objecto
sexual fora de casa, antes visto no pai ou na mãe, ela busca fora do espaço familiar, um objecto
de amor. Ainda sobre a relação entre mãe e filho, podemos destacar que essa propícia à criança
acriação de um ideal na busca pelo objecto sexual real. Esse período da vida é de grandes
mudanças para o jovem. Ele tem que criar uma identidade juvenil, enquanto se acostuma com a
perda da infância e dos cuidados dos pais, até assumir sua vida adulta.
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Conclusão
A referência deste estudo foi a teoria de Jean Piaget cujas proposições nucleares dão
conta de que a compreensão do desenvolvimento humano equivale à compreensão de como se dá
o processo de constituição do pensamento lógico-formal. Tal processo, que é explicado segundo
o pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito
conhecedor e o objeto a conhecer, envolve mecanismos complexos e intrincados que englobam
aspectos que se entrelaçam e se complementam, tais como: o processo de maturação do
organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do
organismo ao meio.

Em face às discussões apresentadas no decorrer do trabalho, conclui-se que as idéias de


Piaget representam um salto qualitativo na compreensão do desenvolvimento humano de
integração entre o sujeito e o mundo que o circunda. “A necessidade da observação do
comportamento humano é um fato reconhecido pelo psicólogo” (DANNA & MATOS, 1999).
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Referências bibliográficas
FLAVELL, H. J. Psicologia do Desenvolvimento de Jean Piaget. São Paulo: Pioneira, 2001.
FURTH, G. H. Piaget na sala de aula. 4º edição. Rio de Janeiro: ForenseUniversitária, 1982. 232
p.

MATOS, M. A.; DANNA, M. F. Ensinando Observação. 4º edição. São Paulo: EDICOM, 1999.
143p.
RAPPAPORT, R. C. Psicologia do Desenvolvimento. Vol. 1 São Paulo: E.P.U., 1981. 74p

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