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O Período Pré-Operatório
O mundo para ela não se organiza em categorias lógicas gerais, mas distribui-se em
elementos particulares, individuais, em relação com sua experiência pessoal. O
egocentrismo intelectual é a principal forma assumida pelo pensamento da criança neste
estádio. Seu raciocínio procede por analogias, por transdução, uma vez que lhe falta a
generalidade de um verdadeiro raciocínio lógico. O advento da capacidade de
representação vai possibilitar o desenvolvimento da função simbólica, principal
aquisição deste período, que assume as suas diferentes formas a linguagem, a imitação
diferida, a imagem mental, o desenho, o jogo simbólicocompreendidas como diferentes
meios de expressão daquela função. Para Piaget a passagem da inteligência sensório-
motora para a inteligência representativa se realiza pela imitação. Imitar, no sentido
estrito, significa reproduzir um modelo. Já presente no estádio sensório-motor, a
imitação só vai se interiorizar no sexto subestádio, quando a criança pode praticar o
“faz-de-conta”, agir “como se”, por imitação deferida ou imitação interiorizada.
Interiorizando-se a imitação, as imagens elaboram-se e tornam-se substitutos dos
objetos dados à percepção. O significante é, então, dissociado do significado, tornando
possível a elaboração do pensamento representativo. A inteligência tem acesso, então,
ao nível da representação, pela interiorização da imitação (que, por sua vez, é favorecida
pela instalação da função simbólica). A criança tem acesso, dessa forma, à linguagem e
ao pensamento. Ela pode elaborar, igualmente, imagens que lhe permitem, de certa
forma, transportar o mundo para a sua cabeça.
Dos 2 e 5 anos
Dos 5 e 7 anos
4 anos: consegue pular em um pé só, aprende a atirar bolas, sabe lavar as mãos e
o rosto, sobe e desce escadas alternando os pés.
5 anos: consegue agarrar uma bola atirada por outra pessoa, desenha pessoas,
sabe pular, sabe colocar a própria roupa e também se despir, conhece um
número maior de cores.
6 anos: sabe escrever o seu próprio nome, caminha em linha reta, apresenta fala
fluente (usa tempos verbais, plurais e pronomes corretamente), tem capacidade
de memorizar histórias, começa a aprender verdadeiramente a compartilhar,
começa a demonstrar interesse em saber de onde vêm os bebês.
Segundo Vygotsky
Vygotsky sugere a Lei Geral do Desenvolvimento Cultural, em que este
desenvolvimento cultural do sujeito surge primeiro num plano social e posteriormente
num plano psicológico. Nesta perspectiva, surge o conceito fundamental de Zona
Proximal. Para este autor a cognição não é um processo de descoberta individual, mas
sim uma actividade social, com os pais, professores e crianças, que motivam, orientam e
estruturam a aprendizagem da criança.
Primeiros contatos
Formas de linguagem
Outra coisa comum é o que Piaget chama de linguagem egocêntrica: aquela em que
criança conversa com si mesma. Sem dúvida, nos estágios iniciais do desenvolvimento
pré-operatório, essa forma de linguagem se destaca.
Com o passar do tempo, cresce o que ele chama de linguagem socializada – que tem a
finalidade específica de estabelecer comunicação com o outro. Dessa forma, à medida
que a criança cresce, a forma socializada se sobrepõem à egocêntrica.
Os adultos
Nesta fase, a criança nutre sentimentos contraditórios em relação aos adultos que a
cercam. Isto porque pais e professores inspiram tanto amor, quanto temor. A vontade
desses adultos se torna o critério principal para definição entre o que é bom e o que é
mau.
A escrita
A criança adquire a habilidade de fazer o movimento de pinça com os dedos, o que vai
lhe permitir segurar o lápis para iniciar o processo de escrita.
As Brincadeiras
Pré-Operacional
O período pré-operacional, acontece entre dois a sete anos. É chamado assim porque a
criança carrega significações do período anterior, tendo conceitos iniciais confusos, mas
em constante construção de ideias lógicas (RAPPAPORT, 1981). A criança nesta fase,
ainda é egocêntrica, tendo a noção de que o mundo é feito para ela, e voltado para seus
desejos, limitando-a a realizar trocas intelectuais, visto que ainda não possui referências
para o diálogo, irritando-se facilmente quando contrariada (LA TAILLE, 1992). Uma
característica que também perpassa pelo pensamento egocêntrico da criança é o
animismo, no qual ela acredita que a natureza é viva, e age juntamente com ela
(PIAGET, 1964). Por exemplo, quando a criança bate em uma mesa, ela acredita que a
culpada é a mesa e não ela. “No nível em que a criança anima os corpos exteriores
inertes, ela materializa, em compensação, o pensamento e os fenômenos mentais”
(PIAGET, 1964, p.325), no entendimento de Piaget (1964), estes episódios acontecem
devido à falta de noção do eu. O egocentrismo explica a confusão que ata o real e o
imaginário para a criança, não tendo certeza em que plano certas ações acontecerão,
gerando certa confusão referente aos fatos (PAPALIA, 2006). Com isso, o pensamento
da criança no limiar do período préoperatório é estático e muito concreto, sendo assim
figurado, pois a criança foca no objeto e não em suas transformações. Segundo Piaget,
“toda a casualidade, desenvolvida na primeira infância, participa das mesmas
características de: indiferenciação entre o psíquico e o físico e egocentrismo intelectual”
(PIAGET, 1999, p.32), mas também pode ser dinâmico no aspecto operativo onde as
ações e transformações se correlacionam.