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CURSO: Psicanálise com crianças e adolescentes: Teoria e Clínica

TURMA: 03 ( online)

ALUNO: Priscila Silva Do Nascimento Bravo

MÓDULO: Ambientação

SEXUALIDADE INFANTIL

Sexualidade era e ainda é em muitos ambientes e famílias um tema de grande tabu,


isso no ano de 2023 em pleno século XXI, agora imagina o alvoroço quando Freud aponta que
a criança tem sexualidade, aos ouvintes da época gerou repugnância e deu a fama á Freud de
pervertido, tal comportamento da época é até compreensível tendo em vista que se
contextualizarmos historicamente podemos observar que a criança foi posta como um ser
angelical na tentativa de afiançar que as mesmas chegassem vivas a fase adulta, para garantir
mão de obra ás fábricas, isso após muitas mortes de crianças no chão de fabrica na revolução
industrial, pois as mesmas eram socialmente vistas como mini adultos.
Os estudos de Sigmond Freud, foi decisivo e de fundamental importância para que
hoje fosse reconhecido a existência da sexualidade infantil, em sua obra de 1905 Três ensaios
sobre a teoria da sexualiade , elucida que a sexualidade nasce paralela a uma atividade vital;
Seus estudos trouxe a compreensão de que a sexualidade acompanha o ser humano desde o
nascimento, e aborda que há um desenvolvimento da mesma, o que é passível de
entendimento através da sua teoria das fases psicossexuais infantil, o que mostra segundo
Freud os traços essenciais do instinto sexual:

“ Um estudo aprofundado das manisfestações sexuais infantis


provavelmente revelaria os traços essenciais do instinto sexual,
mostraria seu desenvolvimento e nos faria ver sua composição a partir
de várias fontes.” (Freud, 1905, p. 73).

Freud comprova que a sexualidade vai além do contexto meramente reprodutivo, ela
constitui o sujeito e proporciona a construção do psiquismo, inserindo a criança no mundo da
cultura e das regras , uma percepção que Freud obteve em seus atendimentos ás histéricas,
mulheres que apresentavam sintomas em seus corpo que não era passível de justificativa e
tratamentos meramente biológicos, no qual não era possivel de ser “catalogada ” pela
medicina, o que levou Freud a compreensão de que o corpo responde a regras, que vão além
das coordenadas biológocas e que as palavras não eram simplemente jogadas ao vento, elas
faziam parte da construção do indivíduo, uma vez que possuia significaçoës no corpo, como
foi constato por Freud ao ouvir as histéricas.
O fato é que as associções feitas pelas histéricas á Freud, o fez perceber que havia
uma conteúdo sexual ali, que levou aquelas mulheres ao trauma, e fazia sintoma no corpo das
mesma de forma cifrada, Sigmond Freud compreendeu que a sexualidade deixava “marcas”
para toda a vida, onde podemos vê um exemplo de uma fixação que Freud menciona da fase
oral quando a significação erótica é constitucionalmente forte:

“ Sendo ela mantida, tais crianças se tornarão, quando adultos,finos


apreciadores de beijos,preferirão beijos perversos ou, sendo
homens ,trarão consigo um poderoso motivo para beber e fumar.
Sobrevindo a repressão,porém,elas sentirão nojo do alimento e
produzirão vômitos histéricos.( Freud,1905,p.73).

Freud trouxe um novo olhar para a sexualiadade , seus estudos trouxe a compreensão
de como se formavam os sintomas de seus pacientes da época, e ainda ocupa o lugar de atual
e essencial na compreensão das formações substitutivas. A vida sexual infantil insere a
criança no mundo, “molda” o ser que ela se tornará, inserindo também as leis ,formulando seu
lado moral, o famoso Super eu, como afirma Freud:

“ Podemos supor,então,que o resultado mais comum da fase sexual


dominada complexo de Édipo é um precipitado no eu, consistindo no
estabelecimento dessas duas identificações, de algum modo ajustadas
uma à outra. Essas alterações do Eu conserva a sua posição
especial,surgindo ante o conteúdo restante do Eu como ideal do Eu ou
Super-eu .( Freud,1925,p.42)

upando Seniu para a investigação psicanalítica através das obras de Freud que nos
forneceu elementos de sua teoria para uma compreensão do social. Lacan também utiliza
esses meios de reflexões para elaboração de sua pragmática. Articulo a importância da
reflexão histórica com a psicanalítica e percebo que isso pode ser possível através desse
percurso que tenho realizado até esse momento.

REFERÊNCIAS
GAY, P. Freud para historiadores. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
KOSELLECK, R. Uma História dos Conceitos: problemas teóricos e práticos. Estudos
Históricos, Rio de Janeiro, vol 5, n. 10, p. 134-146, dez. 1992.
LACAN, J. O Seminário Livro 1: os escritos técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2009.

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