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Nome: Tatiana Cristina do Prado Leite

Disciplina: Libras Língua Brasileira de Sinais


Data: 06/09/2023

Prática

Para a realização desta Atividade Prática você precisa assistir ao filme: SOU SURDA E
NÃO SABIA, produção francesa, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=Vw364_Oi4xc.

Este filme é um Documentário que conta a história de Sandrine, surda francesa de


nascença e filha de pais ouvintes, que participa do filme, narrando, na Língua de Sinais
Francesa, sua vida. O documentário trata da surdez, na perspectiva de Sandrine e levanta a
discussão sobre a conveniência do implante coclear, da oralização de crianças surdas e da
língua dos sinais.

Apesar de um equívoco de tradução, que trata linguagem e língua como sinônimos –


você deve considerar SEMPRE como LÍNGUA DE SINAIS, o filme traz também diálogos com
especialistas da área, como os fonoaudiólogos, além de professores e outros surdos
discutindo os sentimentos e sensações que um surdo pode experimentar, bem como as
tecnologias já existentes para avaliação e auxílio de surdos. Traz, ainda, discussões
interessantes sobre a tecnologia relativamente nova do Implante Coclear e suas perspectivas
para os surdos.

Após assistir e refletir sobre o filme, escreva um texto com 20 linhas, em que você,
partindo do pressuposto de que a afetividade é muito importante para o ser humano e
principalmente, em seus primeiros anos de vida, pois nessa fase a criança precisa sentir-se
amada, aceita e segura, discuta a pertinência do diagnóstico precoce da surdez, com o que no
Brasil denominamos Teste da Orelhinha.

Por fim, discorra como se processam as relações familiares quando a abordagem em


jogo é o oralismo (analisando as relações familiares de Sandrine com os pais) e a partir da
aceitação da surdez como diferença linguística, conforme estabelecido pelo bilinguismo,
mesmo quando se trata de filhos surdos de pais ouvintes. Este último aspecto está presente
no filme, quando crianças surdas se divertem em uma praça.

Resposta:

O filme que aborda a surdez nos faz refletir profundamente sobre a importância da
afetividade pois desempenha um papel fundamental no desenvolvimento humano,
especialmente nos primeiros anos de vida. É inegável que o desenvolvimento emocional e
psicológico de um indivíduo está intimamente ligado ao seu sentimento de ser amado, aceito
e seguro. Nessa fase, uma criança desenvolve sua base emocional e social, e a falta de estímulo
afetivo pode ter consequências profundas em seu desenvolvimento.

Nesse contexto, o diagnóstico precoce da surdez torna-se uma ferramenta essencial.


No Brasil, o Teste da Orelhinha desempenha um papel importante na identificação rápida de
problemas auditivos em recém-nascidos. A detecção precoce da surdez permite que as
intervenções sejam iniciadas antecipadamente, proporcionando à criança a oportunidade de
desenvolver habilidades linguísticas e sociais de maneira mais eficaz, evitando atrasos no seu
desenvolvimento.

No filme, observamos como as relações familiares de Sandrine são influenciadas pela


abordagem do oralismo. Seus pais, talvez movidos pela falta de informação ou pressão social,
optam por focar exclusivamente na comunicação oral e na fala. Isso pode criar barreiras na
comunicação e afetar o relacionamento entre os membros da família. Sandrine enfrenta
desafios importantes ao tentar se encaixar em um mundo predominantemente auditivo.

Por outro lado, quando a surdez é aceita como uma diferença linguística e o
bilinguismo é adotado, como é exemplificado na cena da praça com crianças surdas, as
relações familiares tendem a ser mais harmoniosas. Nesse cenário, a criança surda tem a
oportunidade de desenvolver sua identidade surda, utilizar a língua de sinais e se comunicar
de maneira mais eficaz com seus pais ouvintes. Isso fortalece os laços familiares, promovendo
uma compreensão mais profunda e uma simplicidade da surdez como parte da diversidade
linguística e cultural. A criança se sente valorizada e amada em sua totalidade.

Em resumo, o diagnóstico precoce da surdez, por meio do Teste da Orelhinha, é


fundamental para garantir o desenvolvimento saudável das crianças surdas, enquanto a
escolha entre o oralismo e o bilinguismo deve ser baseada no respeito pela identidade e
necessidades individuais da criança, sempre promover relacionamentos familiares
enriquecedores e inclusivos.

Tatiana Prado

Bacharel em Administração

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