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Aluna: Núbia Desirée Francisco Tavares

Mat.:20190021966 Disciplina: Libras

Resenha filme - Sou surda e não sabia

O filme retrata a vida de Sandrine e os desafios enfrentados pela menina até o


seu diagnóstico como pessoa surda, além de apresentar aspectos sobre a surdez e a
necessidade ou não de um diagnóstico na primeira infância.

Uma parte que pude perceber e achei bastante marcante foi o fato de parecer em
alguns momentos que os pais da menina não queriam acreditar que ela era surda,
tratando-a como ouvinte o que a desestimulava e enfraquecia os laços familiares quando
ela não conseguia responder como a família esperava.

O desenvolvimento do olfato foi um fato bonito especial,a forma com a qual ela
se relacionava com os cheiros fez com que pudéssemos entender o mundo sob outra
perspectiva. Já a frustração no início da vida escolar é algo que devemos levar em conta.

Mas apesar disso ela demonstra ser contra os testes em recém nascidos por
acreditar que a construção de uma relação afetiva pode ser posta de lado em face da
tomada de decisões buscando uma “solução” que muitas vezes não existe.

A grande virada é quando Sandrine passa a frequentar uma escola para surdos
sua adequação, o filme sinaliza um fato pouco discutido, a questão da surdez não
impossibilita comunicação já que esta não está atrelada somente a fala. Outro fato a ser
analisado é a necessidade da inclusão da linguagem de sinais nas escolas de ouvintes, a
fim que haja não só a inclusão como a socialização desde a primeira infância.

O filme/documentário marca como pode ser dificultosa e sofrida infância de um


pessoa surda principalmente quando filha de não surdos, passando desde a esperança de
cura até a adequação familiar à condição da criança de acordo com sua realidade.
Promover a proximidade de crianças surdas com a sociedade ouvinte poderá não
só promover uma política de inclusão mas também fará com que enxerguemos com
mais nitidez as necessidades que esta criança demanda, assim como qualquer outra o
carinho, cuidado e afeto são essenciais. E a comunicação não pode ser uma barreira
imposta e condicionada a sonoridade.

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