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- SER ÉTICO, assuntos relacionados à instituição e suas famílias devem ser preservados. Nesta
fase é comum crianças comentarem intimidades das famílias – estes casos ajudam os
profissionais a conhecerem a realidade de vida da criança – e também alguém da família
procurar apoio, confiando seus problemas a pessoas que trabalham na Instituição. Todavia,
estes fatos somente poderão ser comentados em casos extremos a pessoas especializadas
(Pedagogos, Psicopedagogos, Psicólogos e Assistentes Sociais). Tratar aos colegas com respeito
e cordialidade, evitando brincadeiras desnecessárias e abusivas, afinal a criança observa o
professor e o imita a todo momento.
- TRABALHAR SEU TOM DE VOZ, falar corretamente com a criança, utilizar-se de vocabulário
adequado, não falar em tom áspero, irônico, nem em tom alto. O ideal é manter um tom baixo
e calmo, todavia caso haja necessidade de uma alteração, que não haja grito e nem mudança
na tonalidade da voz.
- SER FIRME E AMÁVEL AO MESMO TEMPO, a criança testa o adulto a todo instante e quando
percebe que está vencendo, se torna indisciplinada e resistente às regras de convivência.
Porém, a amabilidade deve ser cultivada, assim a criança se sentirá segura, afinal está em um
ambiente onde todos são estranhos a ela. Então, caberá ao educador conciliar ambos
aspectos, ponderando suas atitudes e conscientizando a criança sobre seus deveres, sempre
que necessário.
A inserção da criança na Educação Infantil pode ser para muitas, cheio de ansiedade e
insegurança. Afastar-se da família, do aconchego do lar e enfrentar o desconhecido, não é
tarefa fácil na vida de qualquer criança. A inserção na Educação Infantil e na vida escolar
representa um grande passo em direção a independência, requer da criança um período de
tempo para adaptar-se a um novo ambiente.
Adaptar quer dizer superar diferentes estágios, entre eles, enfrentar o afastamento por um
período de tempo de seus pais ou responsáveis. Adaptar-se não é algo fácil para criança que
do nada é afastada da sua família, mesmo que seja por um curto período, algumas crianças
conseguem lidar com essa situação, mas outras podem levar um tempo para aceitar e superar
esse processo. Primeiramente o contato com o professor, com as demais crianças, e com o
espaço, sem dúvidas a criança passa por um processo de aceitação que aos poucos ela vai
aprendendo a conviver com então desconhecido, adaptar-se não pode ser visto como uma
simples forma de aceitar o que é imposto.
É muito comum que os termos acolhimento e adaptação sejam confundidos ou até mesmo
usados como sinônimos. O que ocorre, de fato, é que um integra o outro. É primordial que na
fase de adaptação, ou seja, no período de familiarização das crianças com o ambiente escolar,
estas sintam-se acolhidas para que possam construir os vínculos neste novo espaço. No
entanto, a ideia de adaptação vincula-se aos primeiros dias da vida escolar de uma criança, em
um movimento gradativo que vai se construindo nas interações. Não tem uma data específica
para acabar, pois cada criança vive um processo único.
Sabemos que os sentimentos vão surgir, então o que devemos fazer é lidar com eles. Se você
tem fome, procura comida, não se distrai ou finge que a fome não está ali. Com os
sentimentos é a mesma coisa. E é aí que começamos a falar sobre ACOLHIMENTO.
“Acolher uma criança na pré-escola significa muito mais que deixá-la entrar no ambiente físico
da escola, designar-lhe uma turma e encontrar um lugar para ela ficar.
(Gianfranco Staccioli, “Diário de acolhimento na escola da infância”.)
Acolhimento exige intenção e planejamento, como todas as outras escolhas que fazemos em
um ambiente escolar. Para acolher, é preciso uma escuta ativa: ouvir o que a criança diz e
também o que ela demonstra. É comum que, ao ouvir um choro de saudade, o adulto tente
distrair a criança ou dizer que “já vai passar” ou “sua mamãe já vem”, falas que, comumente,
causam ainda mais choro.
Ao dizer o que sente, a criança não precisa necessariamente que seu “problema” seja
resolvido. Ela precisa se sentir ouvida e ter seus sentimentos validados. Dizer que aquilo já vai
passar ou que a mamãe já vem, além de não ser verdadeiro, menospreza o valor do que está
sendo sentido. Ao abrirmos espaço para o diálogo, acolhemos e nos mostramos disponíveis.
“Você queria ver o seu vovô, né? Qual o nome dele? Como ele é? Do que vocês brincam juntos?
Sabia que eu também tenho muita saudade do meu vovô?” são algumas falas que podem não
só tranquilizar a criança, mas também criar vínculos, o que é imprescindível quando falamos
de Educação Infantil. Mesmo com as bem, bem pequenas!
E isso nos leva a outro ponto: fazer com que a criança se sinta confortável e confiante. Para
confiar em alguém, é preciso conhecê-lo e não há maneira melhor para uma criança criar essa
relação do que brincando. O livre brincar precisa fazer parte da rotina das turmas, sobretudo
deste período inicial. É através do brincar que a criança vai criar relações e expressar-se, testar
seus limites e começar a se sentir confortável nesse novo ambiente. É também brincando que
o educador vai conhecer as crianças, perceber seus interesses e entender como acolher cada
uma delas. Conforme o vínculo com o espaço e com as pessoas que o habitam forem sendo
estabelecidos, separar-se da família vai se tornando menos doloroso.
“… a atitude de acolhimento passa por comportamentos não verbais: olhares, gestos, postura
do corpo e tom da voz. Dizer algo para a criança com tom irônico ou ameaçador provoca
confusão e até mesmo o bloqueio da verbalização. A posição do corpo também tem um
significado: na pré-escola, especificamente, sentar-se de frente para a criança, de forma que os
olhares possam se cruzar, propicia uma comunicação melhor e, ainda, dá à criança a
impressão de ser aceita. (…) se sente segura também com a atenção que o adulto demonstra
quando a olha diretamente ou quando lhe dirige regularmente os olhos enquanto desenvolve
uma atividade em grupo. Um sinal de anuência e um sorriso são dois comportamentos não
verbais que confirmam e dão segurança à criança.”
(Enzo Catarsi, ”Diário de acolhimento na escola da infância”.)
Os professores precisam deixar claro aos familiares dos educandos, que no ambiente da
escola, quem deve exercer as funções de cuidado com o infante são eles, então, caso o
pequeno sujeito em adaptação desejar beber água, brincar, urinar, por exemplo, eles precisam
ser estimulados por seus pais a pedir auxílio para a execução dessas atividades aos educadores
e não aos progenitores.
Também como uma forma de contribuir com a segurança emocional das crianças em
adaptação, os professores precisam demonstrar compreensão e confiança, falando para as
crianças e seus familiares que esse é um momento turbulento, porém necessário e que vai
passar, pois quando nós reconhecemos que o processo de separação é difícil, os pais
compreenderão que nós estamos acostumadas a lidar com essa situação e,
consequentemente, ficarão mais confiantes e tranquilos. Portanto, devemos considerar a
importância de incluir satisfatoriamente a criança no ambiente escolar, o professor deve
oportunizar momentos que possibilitem a socialização criança - criança, criança - adulto e
criança - espaço. Nessa perspectiva, é necessário criar um ambiente lúdico e prazeroso, e
organizar uma rotina diversificada, mostrando para elas cada etapa do dia, o que estava
acontecendo, como estava acontecendo.
As crianças não têm as experiências com perdas, que os adultos têm. Não sabem que existem
limites para essas experiências. As crianças com frequência acham que a perda não vai ter fim,
que não vão parar de se sentir tristes, que não vão nunca mais parar de chorar. Elas precisam
de ajuda para compreender que a vida não é sempre assim e que os momentos de solidão e
tristezas têm um fim, assim como um começo. Pode-se concluir que não se deve ignorar o
choro da criança, porque é uma forma de pedir ajuda e demonstrar o quanto está incomodada
diante do novo. O professor então tem que estar preparado para receber a criança que nunca
teve contato com uma instituição, deve planejar as atividades, o ambiente e a rotina, porque o
objetivo da adaptação é oferecer um espaço seguro para que ela se desenvolva
emocionalmente, fisicamente e socialmente, tornar-se o sujeito ativo da sua própria
aprendizagem e ter contato com a sua cultura.
Também é papel da escola esclarecer e acolher possíveis dúvidas dos familiares, além de
incluí-los neste processo, conforme for possível: explicitar como a adaptação é conduzida e
como os profissionais são instruídos a agir mesmo antes dela acontecer, relatar como a criança
esteve durante o dia e como os adultos lidam com os momentos difíceis, responder dúvidas
com segurança e embasamento, demonstrar que conhecem a criança e a observam, relatar os
aspectos positivos do dia, com imagens sempre que possível. Um vínculo bem estabelecido
com as famílias também facilita a criação de vínculos com as crianças: “Se quem eu conheço e
confio confia nessas pessoas, eu também posso confiar.”
Para a maioria dos pais, também é a primeira grande separação da criança e geralmente gera
muitos sentimentos e atitudes diferentes e por vezes contraditórios. Por um lado, estão felizes
e orgulhosos com o momento tão significativo para a criança e valorizado na nossa sociedade,
mas por outro, demonstram insegurança sobre diversos aspectos, tais como: esse é o
momento certo de deixar meu filho(a) sozinho(a)? Não é muito bebezinho? Fiz a escolha
certa? Essas pessoas vão cuidar bem da minha criança? São sentimentos que podem vir a tona
nesses dias. Há ainda os pais que tiveram experiências desagradáveis quando entraram pela
primeira vez na escola e essas lembranças as vezes interferem nas suas atitudes diante os
desafios que agora tem que enfrentar como adulto, conduzindo e mediando os sentimentos
do seu filho, deixando-o seguro para enfrentar essa nova experiência.
O PROFESSOR
1. Áreas Específicas:
2. Estações de Atividades:
3. Cantinhos Temáticos:
Crie cantinhos temáticos que mudam ao longo do ano, como uma "Estação das
Cores" ou "Cantinho da Natureza". Isso mantém o ambiente estimulante e
proporciona novas experiências.
5. Cantos de Dramatização:
6. Área Sensorial:
- Recepcionar a criança e a família, chamar a criança pelo nome, convidá-la para brincar em um
dos cantos propostos, mostrar os espaços organizados, (espaço de troca, banho, onde se
guardam os brinquedos), convidar as crianças para brincarem juntas. Na medida do possível,
pedir para a mãe ir se afastando, neste caso o professor deve estar atento às reações das
crianças;
- Permitir que a criança para que faça uso de objetos transitórios, como panos, bichos de
pelúcia, quando necessário;
- Respeitar as preferências das crianças por um professor. Desde os primeiros dias, fazer com
que a crianças tenha um adulto como referência;
- Dividir as tarefas com a auxiliar de sala, já que muitas ações precisam ser feitas no momento
da entrada. Receber quem está chegando, guardar a mochila, conversar com a mãe, estar com
os que já chegaram;
- Dar atenção e dividir entre os cuidados entre os que já estão adaptados e os novos;
- Manter a regularidade no local da recepção das crianças, podendo depois de certo tempo ir
para outros espaços da escola. Procurar, nesses momentos, amparar e confortar a criança para
que ela se sinta segura;