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e acolhimento na
Educação Infantil
Adaptação, inserção e acolhimento
na Educação Infantil
Seguimos tratando destes temas importantes para o início ou reinício das aulas. Um
tempo que requer cuidados muito peculiares na construção ou reconstrução das
relações entre família, escola, educadores e crianças, especialmente nos primeiros
anos.
•Verdade sempre: Uma construção que deve ser seguida sempre. Caso seja
necessário permanecer na escola acompanhando a criança por um período menor
de tempo e haja algum lugar determinado para esperar, certifique-se de estar
exatamente no lugar combinado. É comum que as crianças desejem conferir
visualmente sua presença. Esteja no lugar e no tempo informado a elas.
•Equilíbrio: Uma das mais difíceis. Encontrar uma dose adequada entre a firmeza
e a proteção. A segurança da criança está diretamente ligada à percepção do grau
de segurança em que se encontram os pais. Frases mais duras e mimos excessivos
não contribuem com esse momento.
•Combine as rotinas: Procure estabelecer uma rotina diária de forma que a escola
seja uma “parte” dela. Promover atividades antes da chegada, com brincadeiras,
descansos, leituras e até mesmo um descanso. Quando a criança já está num ritmo
de atividade ela tende a se posicionar de forma mais tranquila. Levá-la para a
escola dormindo ou recém-acordada pode gerar um desconforto e,
consequentemente, uma instabilidade emocional.
Procurar aproximação com as famílias para que sejam aliadas dos educadores na
travessia do período de adaptação pode ser a mola mestra do sucesso. Orientar os
pais, sempre que possível, e de forma direta e pessoal. Os núcleos familiares são
muito plurais e requerem abordagens personalíssimas.
•Insegurança: Tanto pode atingir os pais e refletir nas crianças como no inverso,
ou mesmo afetar simultaneamente a ambos. Escuta, diálogo e orientação podem
ser muito favoráveis no controle desta sensação.
•Choro: Desde aquele mais contido e sentimental, até aquele mais sonoro e
efusivo, o choro precisa ser compreendido como um direito. Ele é a forma mais
primitiva que a criança encontra para externar seus estranhamentos, e nem sempre
deve ser encarado como “ferramenta” de troca. Afeição e compreensão vindas do
educador podem construir um laço terno de confiança, e geralmente favorece o
controle emocional.
Uma rotina flexível é sempre bem-vinda, porém em situações que envolvam o início
de relações é necessário antecipar os ambientes que serão usados, bem como os
materiais e os encaminhamentos das propostas.
A escola da infância tem, mais do que nunca, uma tarefa fundamental: garantir à
criança a oportunidade de vivenciar muitas experiências reais, imediatas,
diversificadas, complexas e globais. Mais do que nunca, é preciso propiciar uma
vida de crianças inteiras e verdadeiras (...).
Desta forma, estaremos sempre caminhando em favor de uma escola mais humana,
mais próxima, e fazendo dela um lugar onde se deseja estar.