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PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXERAMOBIM

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

EDUCAÇÃO INFANTIL

PROJETO
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FICHA TÉCNICA

PREFEITO: CIRILO ANTÔNIO PIMENTA LIMA

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO: SANDRA MARGARETE OLIVEIRA CASTRO

ASSESSOR TÉCNICO: MARCELO PEDROSA DE ARAÚJO

COORDENADORA PEDAGÓGICA DE ENSINO: AURILENE PEREIRA DE TOMAZ DO CARMO

EQUIPE TÉCNICA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALBA MARILIA DE LIMA CRUZ

MARIA LIDUINA RIBEIRO JACOB LIMA

SABRINA LIMA FERNANDES

VERÔNICA LOPES BARBOSA DE ALMEIDA


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“Muitas vezes basta ser:


Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.”
Cora Coralina
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APRESENTAÇÃO

“Acolher as famílias em sua


diversidade e acolher as crianças em
suas singularidades são atitudes
fundamentais para a efetivação do
trabalho da escola.” (FARIAS, 2015).

Cada criança ao chegar na escola, já carrega em si uma história e experiências sobre o mundo. O
Projeto Acolher para educar e cuidar – vem abordar a questão do acolhimento na Educação Infantil.
Seguimos tratando deste tema importante para o início ou reinício das aulas. Um tempo que requer
cuidados muito peculiares na construção ou reconstrução das relações entre família, escola, educadores
e crianças. Tão ou mais importante que o período de acolhimento do início do ano, que começa na
apresentação da escola para os pais e suas crianças, esta sua manutenção diária, no reencontro dos dias,
no retorno dos finais de semana, dos feriados ou das férias.

Inicialmente, há de trazer à discussão a terminologia mais adequada para a definição desse


encontro inaugural entre a criança e seus pais e a escola. Ainda que exista quem o denomine de
"adaptação", fato é que, com o tempo e o aprofundamento dos estudos, gradativamente o termo vem
sendo substituído por "acolhimento". Tanto porque "adaptar-se" remete a um exercício interno e
individual de acomodação aos moldes pré-existentes. É justamente aqui que reside o primeiro ponto de
atenção: esses momentos não devem ser entendidos apenas como parte de um processo adaptativo, em
que a criança, uma hora ou outra, vai aceitar essa rotina e se enquadrar nos moldes pensados pelos adultos
para a organização dos espaços e dos tempos. O próprio significado do termo adaptação é esse: ação ou
efeito de adaptar(-se), ajustar uma coisa à outra. Ou seja, trata-se de um movimento, por vezes, unilateral.
Possivelmente teria sido a "adaptação" o termo mais adequado a uma cultura menos atenta aos aspectos
emocionais da criança, da família e dos próprios educadores.

Já o acolhimento, até por definição de sua origem no Latim "acolligere", nos remete aos conceitos
de juntar, reunir, coletar. Acolher é o ato de oferecer ou obter refúgio, proteção ou conforto físico; é
abrigar(-se); é amparar(-se). Não bastasse, poeticamente, dando extensão ao termo, ficam autorizadas as
traduções de "dar colo" ou "colher pelos braços". Tanto por uma quanto por outra interpretação,
denominar assim o período nos parece bastante mais apropriado.
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Momento envolto em muita complexidade, o acolhimento deve ser observado com muita lucidez
por todos os envolvidos, a toda a preparação, escuta e observação que ocorrem nas relações estabelecidas
com as crianças e famílias. Vale ressaltar que são ações que não ocorrem apenas nesses primeiros dias,
mas ao longo de todo ano, em busca de profundas experiências de aprendizagem.

A criança precisa se sentir acolhida, ter seus pensamentos e pontos de vista validados e escutados
com carinho, sabendo que naquele espaço terá amor e aceitação para manifestar suas características e
preferências, sua forma de ser e demonstrar como se sente. Assim como destaca Saltini (2008, p.100) a
criança “deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida, ouvida para que possa despertar para a vida da
curiosidade e do aprendizado”. Sabemos que falar sobre acolhimento é também falar de amor, atenção,
cuidado e de sensibilidade, uma vez que independente da faixa etária, as crianças precisam ser bem
acolhidas, já que muitas estão retornando ao espaço escolar, já outras será a primeira experiência na
instituição, conforme Ortiz, “para que ambas possam ter uma adaptação com mais tranquilidade, vai
depender da forma como cada uma será acolhida por todos que fazem parte da unidade escolar”.

Este processo está relacionado a toda comunidade escolar: família, criança e professor. Todos
estão envolvidos porque mesmo que muitos já se conheçam e/ou façam parte do universo escolar, cada
ano letivo, é novo. É uma nova sala de referência, é um novo professor, uma nova criança, e na maioria
das vezes, uma outra família.

Este é o mais importante momento de união


entre os pais e a escola. Um acolhimento humano e
seguro precisa envolver a família tanto para
transmitir-lhe segurança, como para colaborar na
orientação desse processo, que não é somente
delicado para as crianças, mas também para o
professor e a família. E isso, nos faz perceber a
relevância de haver uma reorganização e mudança
por parte de todos; uma vez que tanto a família,
como a escola, tem um papel relevante neste período
porque ambas podem contribuir muito para que este
processo seja menos doloroso. Por isso, a
necessidade de haver estratégias diferenciadas para
atender as particularidades de cada situação
emergida pelas crianças.
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Outro ponto que merece destaque está relacionado a afetividade. Segundo Piaget (1981, p.5),
“[...] a afetividade é como se fosse a gasolina do motor, ou seja, o que nos leva a conhecer é a motivação
interna, a dimensão do valor que projetamos em determinada ação ou objeto”. Desta forma, a prática
pedagógica do professor, e a forma como ele acolhe as crianças e a família é de suma relevância para o
processo de socialização e adaptação das crianças, uma vez que é através do acolhimento, ela tende a se
sentir bem, mais segura e protegida ao novo ambiente social na qual foi inserida.

É importante saber que esse é um processo gradativo e flexível e que, portanto, há a necessidade
de cuidado e paciência por parte de todos e se faz necessário, a instituição também promover ações de
acolhimento para as famílias neste período, elaborando vivências em que permita a participação dela
juntamente com a criança para que ambas possam conhecer ou rever os espaços da instituição, os
funcionários e assim, consigam se sentir mais seguras neste novo ambiente, já que é no espaço físico
que a criança tem a possibilidade de estabelecer relações entre o mundo e as pessoas que estão à sua
volta.

Somos defensores da proposta que coloca a criança no protagonismo das ações da escola. O
aproveitamento de seus reais interesses, com foco em suas competências e aptidões, entregando
aprendizado sem que seja necessário o rompimento com sua infância. Aprendizagem e infância devem
ser pares. Entretanto, a condução deste momento que engloba o acolhimento e socialização das crianças
é preciso muita segurança e conhecimento.

Os educadores são o elo entre a escola e as


famílias, porque estão na linha de frente do convívio
com as crianças. Sendo assim, é importante que este
processo de principalmente no início do ano letivo seja
pensado, acolhido e planejado por todos. Uma rotina
flexível é sempre bem-vinda, porém em situações que
envolvam o início de relações é necessário antecipar os
ambientes que serão usados, bem como os materiais e
os encaminhamentos das propostas.

A importante sensação de segurança que deve


ser entregue às crianças e seus familiares deve ser
encontrada também nos educadores.
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1. OBJETIVO GERAL

❖ Compreender a importância do acolhimento as crianças e as famílias no retorno a escola


desenvolvendo momentos de vivências significativas para o acolhimento e socialização
da criança, propiciando um ambiente acolhedor, seguro e prazeroso, a fim de que a
criança possa aprender a interagir com as outras crianças e adultos, criando vínculos
afetivos, iniciando assim a sua inserção de conhecimento de mundo, dentro da
Instituição de Educação Infantil.

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

❖ Proporcionar um ambiente agradável e acolhedor, visando o bem-estar da criança.


❖ Possibilitar à criança o reconhecimento da instituição como um espaço aberto ao seu
desenvolvimento integral, complementando e ampliando seus conhecimentos já trazidos
de casa.
❖ Receber as crianças com atenção, afeto e cuidado.
❖ Desenvolver atividades que permitam que as crianças e pais conheçam e interajam entre
si, professores e escola.
❖ Acolher as crianças com experiências planejadas priorizando o lúdico e os momentos
de interação.
❖ Familiarizar a criança ao espaço escolar e sua rotina.
❖ Oferecer as famílias sugestões, dicas e ideias que facilitem este momento de separação
e conquista.
❖ Propiciar um ambiente seguro para que a criança possa manifestar suas emoções e
necessidades.
❖ Cuidar e educar com respeito e afeto nos primeiros contatos da criança ao ingressar ou
regressar à escola.
❖ Planejar contações de histórias utilizando diferentes materiais a fim de chamar a atenção
das crianças.
❖ Escolher músicas agradáveis e que façam parte do contexto infantil.
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É preciso lembrar que as crianças e suas famílias estão se adaptando a um contexto de tempo e
rotina. Por isso, os primeiros dias são imprescindíveis para que eles se sintam pertencentes ao ambiente
escolar. Sugerimos, então, um processo de ampliação gradual do tempo de permanência "de maneira
que a criança vá se familiarizando aos poucos com o professor, com o espaço, com a rotina e com as
outras crianças com as quais irá conviver.” (BRASIL, 2011, p. 82)
Contar com a parceria da família é fundamental, mas é interessante perceber que elas também
estão se adaptando ao novo. Por isso, antes de acolher as crianças e as famílias no seio de uma rotina
pedagógica, é preciso dialogar sobre o Regimento Escolar. As famílias precisam conhecer os horários
de entrada e saída das crianças, as formas de se comunicar com a escola, com as professoras e equipe
gestora, os ambientes em que bebês e crianças estarão em convívio.

Dicas para o acolhimento das crianças.

✓ Realize reuniões com os pais a fim de apresentar protocolos, organização, os horários da


instituição e a importância deles para a rotina das crianças, buscando o bem-estar de toda a
comunidade escolar;
✓ O acolhimento deve ser realizado todos os dias pelos educadores responsáveis;
✓ Estabeleça a rotina no cotidiano da escola;
✓ As primeiras impressões de acolhimento serão referências para as demais relações;
✓ Para muitas crianças, o uso de objetos transicionais pode ser interessante para essa fase, como
ursinhos e outros;
✓ Incentive o brincar em todas as suas esferas, sendo uma experiência criativa. É uma forma
básica de viver, universal e que facilita o crescimento grupal;
✓ É essencial que os educadores incentivem as crianças a expressarem seus sentimentos nas
atividades propostas e no círculo social;
✓ Oferecer colo e acalanto são essenciais nos momentos de choro e de insegurança da criança;
✓ Os espaços ao ar livre como os jardins, os pátios, as caixas de areia, e os cantos lúdicos da
escola podem ser lugares de acolhimento e incentivo ao sorriso e à paz;
✓ Inicialmente, organize atividades já conhecidas das crianças, despertando assim a memória
afetiva e a relação com algo positivo já vivenciado na escola;
✓ O educador deverá atuar como facilitador e mediador das ações educativas e de aprendizado
com as crianças;
✓ Tenha atitude positiva e exponha mensagens de boas-vindas em toda a instituição.
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Segue abaixo links com algumas dicas:

https://www.plannetaeducacao.com.br/portal/a/379/o-adaptar-e-o-bem-
acolher-da-crianca-na-educacao-infantil

https://novaescola.org.br/planos-de-aula/educacao-infantil/acolhimento

3. ABORDAGEM DIDÁTICA

“Acolher uma criança é também acolher o mundo interno dela, as suas


expectativas, os seus planos, as suas hipóteses e as suas ilusões” (STACCIOLI,
2013, p.28).

A criança ao ser acolhida desenvolve um sentimento de pertença de espaço e de experiência


educacional, sentindo-se segura e confiante de que está em um ambiente adequado a ela, na presença
de pessoas que irão auxiliá-la durante esse processo de integração, sendo rede de apoio e carinho
durante todos os momentos do cotidiano escolar. Como propõe Staccioli (2013, p. 45) “talvez o
princípio do acolhimento seja fácil de enunciar e difícil de colocar em prática. Mas é um princípio que
oferece, também, satisfação, interesse e um renovado prazer de construir a escola com crianças reais,
em meio a pessoas de verdade”.

Essa é a proposta de um cotidiano que enxergue o processo de acolhimento como elemento


decisivo e de extrema relevância para todo o período que se estenderá, até o fim da etapa da Educação
Infantil, que influencia nos comportamentos e ações frente às situações, incluindo possíveis medos e
traumas. Para tudo, se faz necessário a parceria entre escola e família, as quais, agindo juntas
possibilitam que a criança consiga se sentir capaz de ultrapassar possíveis barreiras e inseguranças,
desfrutando ativamente das mil possibilidades de vivências que o espaço escolar oferece.

Desta forma, o Projeto Acolher para educar e cuidar


vem contribuir para que este processo de socialização da criança
seja mais acolhedor e menos doloroso tanto para a criança como
para a família e até mesmo para o professor. O Material
Educacional da Nova Escola (2021), aborda muito bem essa
questão, nos colocando que “a fase de adaptação demanda dos
educadores um planejamento intencional, mais cuidadoso e que
promova o acolhimento e respeito às diferenças, incentivando a
exploração e a descoberta”.
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As experiências serão apresentadas a todas as crianças, de todas as faixas etárias de


aprendizagem: bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas, a fim de que elas possam vivenciar
na instituição de ensino, seja creche ou escola, experiências que contribuam tanto para seu processo de
acolhimento, como sua aprendizagem e desenvolvimento. Ainda se faz necessário ressaltar que os 5
Campos de Experiências:

Proporcionarão as vivências fundamentais necessárias para que cada criança possa aprender e
se desenvolver, cumprindo também os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento, os 6 Direitos
de Aprendizagem:

E as 10 Competências da Educação Básica:


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4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO

BEBÊS
OBJETIVOS DE
CÓDIGO APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE EXPERIÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO
Promoção do acolhimento dos bebês em momentos de choro,
Perceber que suas ações
ajudando-os a procurar outras formas de lidar com seus
EI01EO01 têm efeitos nas outras
sentimentos e atendendo suas necessidades de contato físico
crianças e nos adultos.
afetuoso, conforto, acalanto e bem-estar;

Comunicar necessidades, Favorecimento aos bebês de momentos de relaxamento;


desejos e emoções, Oportunidades de uma escuta atenta das expressões e interações
EI01EO04
utilizando gestos, dos bebês;
balbucios, palavras.
Exploração dos diversos ambientes do CEI ou Escola;
Incentivo aos bebês a observar, relatar e expressar fatos,
Reconhecer seu corpo e preferências, desejos, sentimentos e necessidades usando
expressar suas sensações diferentes linguagens (gestual, corporal, musical, plástica,
EI01EO05 em momentos de dramática, oral, dentre outras);
alimentação, higiene,
brincadeira e descanso Promoção de experiências que permitam a interação com criança e
adultos, como brincadeiras, músicas, etc.
Incentivo à expressão corporal, reconhecimento de si mesmo, do
seu corpo e observação da sua própria imagem, de seus pares e de
outras pessoas;
Interagir com outras
Manifestação corporal de sua afetividade em relação às outras
crianças da mesma faixa
crianças e adultos conhecidos, por meio do aconchego, do carinho
EI01EO06 etária e adultos,
e do toque, nos momentos de chegada e despedida, do sono, da
adaptando-se ao convívio
alimentação, do banho, bem como nas diferentes situações do
social.
cotidiano;

Promoção de experiências que permitam os bebês experimentarem


diferentes possibilidades corporais nas brincadeiras;
Experimentar as
possibilidades corporais
Oportunidades frequentes de fortalecimento dos vínculos afetivos
EI01CG02 nas brincadeiras e
entre adultos e bebês, entre bebês e entre crianças e bebês;
interações em ambientes
acolhedores e desafiantes
Reconhecer quando é
Reconhecimento e valorização da sua composição familiar, das
chamado por seu nome e
suas peculiaridades étnico-raciais, suas culturas, dentre outros,
EI01EF01 reconhecer os nomes de
potencializando a construção da autoestima através de fotos, vídeos
pessoas com quem
e objetos do ambiente familiar;
convive.
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Favorecimento e ampliação do acesso dos bebês ao rico acervo


cultural que envolve as manifestações corporais – jogos,
brincadeiras, ritmos, músicas, dança, teatro, bem como as demais
formas de expressão como fonte de prazer e cultura;

Promoção de experiências em que os bebês possam reconhecer


Comunicar-se com outras seus nomes quando é chamado;
pessoas usando
EI01EF06 movimentos, gestos, Favorecimento de vivências em que os bebês possam se comunicar
balbucios, fala e outras com outras crianças e/ou adultos usando diferentes formas de
formas de expressão. expressão.

Promoção de atividades interativas onde os bebês possam dividir e


compartilhar objetos diversos;

Explorar o ambiente pela Exploração dos ambientes externos como fonte de investigação e
ação e observação, descobertas da natureza, proporcionando desafios e experiências
EI01ET03 manipulando, sensoriais;
experimentando e fazendo
descobertas. Situações em que os bebês se expressem por meio de brincadeiras
com música, ritmos diversos e movimentos, explorando diferentes
fontes sonoras (sons da natureza, vozes de animais, instrumentos
musicais e objetos diversos);

Explorar diferentes fontes Exploração de diferentes fontes sonoras e materiais para


sonoras e materiais para acompanhar as brincadeiras cantadas
EI01TS03 acompanhar brincadeiras
cantadas, canções,
músicas e melodias. Oportunidade a livre escolha da criança em relação às brincadeiras,
brinquedos e pares para participar de uma determinada brincadeira;

SUGESTÃO DO USO DO MATERIAL


EDUCACIONAL NOVA ESCOLA – BEBÊS
VOLUME 1 – PÁGS. 11 A 24.
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CRIANÇAS
BEM PEQUENAS

OBJETIVOS DE
CÓDIGO APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE EXPERIÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO
Demonstrar atitudes de cuidado Favorecimentos de experiências em que as crianças possam
EI02EO01 e solidariedade na interação demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação
com crianças e adultos. com adultos e /ou crianças;
Demonstrar imagem positiva de
si e confiança em sua Promoção de experiências em que as crianças bem
EI02EO02 pequenas possam demonstrar atitudes de cuidados e
capacidade para enfrentar
dificuldades e desafios. solidariedade;

Compartilhar os objetos e os Situações em que as crianças bem pequenas aprendam a


EI02EO03 espaços com crianças da mesma compartilhar objetos e espaços, bem como a brincar e a
faixa etária e adultos. conviver com as outras crianças e com os adultos,
escolhendo espaços e brinquedos;
Comunicar-se com os colegas e
os adultos, buscando Favorecimento do diálogo, valorizando a escuta das
EI02EO04
compreendê-los e fazendo-se crianças bem pequenas, sobretudo, nos momentos da Roda
compreender. de Conversa e sempre que surgirem dúvidas e conflitos;
Respeitar regras básicas de
EI02EO06 convívio social nas interações e Apropriação de regras de convívio social pelas crianças
brincadeiras. bem pequenas, de forma dialogada e cuidadosa;

Situações em que as crianças bem pequenas participem de


Apropriar-se de gestos e manifestações artísticas-culturais e movimentem o corpo,
movimentos de sua cultura no criando gestos, expressões corporais e ritmos espontâneos,
EI02CG01
cuidado de si e nos jogos e a partir das cantigas e brincadeiras cantadas, tendo a
brincadeiras. compreensão da importância do cuidado de si nos jogos e
brincadeiras.

Dialogar com crianças e


O estabelecimento de diálogos frequentes por meio da
adultos, expressando seus
EI02EF01 linguagem oral com as crianças bem pequenas, durante toda
desejos, necessidades,
a rotina, por meio de comentários e indagações sobre
sentimentos e opiniões.
situações diversas, como também pela escuta atenta e
interessada;
Relatar experiências e fatos
acontecidos, histórias ouvidas, Oportunidades das crianças bem pequenas perguntarem,
EI02EF05
filmes ou peças teatrais descreverem, narrarem e explicarem fatos de seu interesse;
assistidas, etc.
Manusear diferentes
instrumentos e suportes de Promoção de vivências com uso de diferentes suportes de
EI02EF09 escrita para a construção de desenhos, tracejados de letras
escrita para desenhar, traçar
letras e outros sinais gráficos. ou outros sinais gráficos.
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Utilizar diferentes fontes


sonoras disponíveis no Valorização do potencial expressivo e criador das crianças,
EI02TS03 ambiente em brincadeiras em situações de exploração de dramatização, jogos e
cantadas, canções, músicas e brincadeiras, canções, danças, utilizando instrumentos
melodias. musicais e materiais sonoros diversos;
Registrar com números a Participação em vivências diversificadas que possibilitem
quantidade de crianças situações em que as crianças façam relações entre números
(meninas e meninos, presentes e e quantidades, utilizando materiais concretos. Registro em
EI02ET08
ausentes) e a quantidade de relação à quantidade de crianças (meninas e meninos
objetos da mesma natureza presentes e ausentes) e a quantidade de objetos da mesma
(bonecas, bolas, livros etc.). natureza (bonecas, bolas, livros etc.).

SUGESTÃO DO USO DO
MATERIAL EDUCACIONAL
NOVA ESCOLA
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
VOLUME 1 - PÁGS. 11 A 24
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CRIANÇAS
PEQUENAS

OBJETIVOS DE
CÓDIGO APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE EXPERIÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO
Demonstrar empatia pelos
outros, percebendo que as Roda de conversa com o intuito de ouvir as crianças, suas
EI03EO01 pessoas têm diferentes opiniões, suas ideias, suas necessidades, fazendo-as perceber
sentimentos, necessidades que as pessoas são diferentes nos mais diversos aspectos;
e maneiras de pensar e
agir
Agir de maneira Situações desafiadoras em que a criança pequena possa realizar
independente, com as atividades diárias com maior autonomia (lavar as mãos,
EI03EO02 confiança em suas vestir-se sozinha, servir-se nas refeições, perceber e auxiliar a
capacidades, necessidade de um colega, dentre outros), fazendo escolhas,
reconhecendo suas reconhecendo suas conquistas possibilidades e limitações;
conquistas e limitações
Ampliar as relações
interpessoais, Fortalecimento da autoestima e dos vínculos afetivos entre
EI03EO03 desenvolvendo atitudes adultos/criança e entre criança/ criança, favorecendo também as
de participação e relações interpessoais;
cooperação.
Comunicar suas ideias, Promoção de atitudes de respeito que incidam sobre as
EI03EO04 sentimentos, preferências diferentes formas de dominação etária, socioeconômica, étnico,
e vontades a pessoas e racial e linguística;
grupos diversos.
Usar estratégias pautadas Momentos de fala e escuta sobre suas preferências e desejos,
no respeito mútuo para bem como sobre suas tradições culturais e suas histórias
EI03EO07 lidar com conflitos nas familiares e de sua comunidade, tendo em vista o
interações com crianças e reconhecimento e a valorização da diversidade cultural;
adultos.
Criar com o corpo formas
diversificadas de
expressão de sentimentos, Vivências de jogos e brincadeiras que envolvam diversificadas
sensações e emoções, formas tanto de expressão (sentimentos, emoções), como de
EI03CG01
tanto nas situações do movimentação corporal (jogar boliche, brincar de roda, de
cotidiano quanto em esconde-esconde etc.);
brincadeiras, dança,
teatro, música.
Expressar-se livremente
por meio de desenho, Promoção de experiências em que as crianças estabeleçam a
EI03TS02
pintura, colagem, livre expressão com o seu corpo, com o espaço, com objetos e
dobradura e escultura, com a natureza através de brincadeiras de esconder objetos e dar
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criando suas próprias dicas para as crianças acharem, como: perto, longe, embaixo,
produções; em cima etc.;

Relatar fatos importantes


sobre seu nascimento e Situações em que as crianças explorem e apreciem diferentes
desenvolvimento, a linguagens artísticas e visuais como pintura, escultura, colagem
EI03ET06
história dos seus modelagem, desenvolvendo de forma gradual, sua capacidade
familiares e da sua representativa;
comunidade.
Promoção de situações em que as crianças possam relatar e
Expressar ideias, desejos e expressar através de desenhos a sua história de seus familiares
sentimentos sobre suas e/ou comunidade;
vivências, por meio da
EI03EF01
linguagem oral e escrita
Favorecimento da livre expressão das crianças pequenas, bem
(escrita espontânea), de
como a discussão de temáticas de interesse delas, durante a
fotos, desenhos e outras
Roda de Conversa, após a contação de histórias, durante as
formas de expressão.
brincadeiras livres, projetos e outras atividades.

SUGESTÃO DO USO DO
MATERIAL EDUCACIONAL
NOVA ESCOLA
CRIANÇAS PEQUENAS
VOLUME 1 - PÁGS. 11 A 25
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5. AVALIAÇÃO

“A avaliação é uma atitude ética e, como tal, nos envolve como seres humanos.
Tomamos decisões em sala de aula a partir do que somos e do que sabemos,
porque avaliar revela nossas posturas diante da vida. Para além de julgar,
avaliar é ver, refletir e agir em benefício dos educandos” (Hoffmann,2008,
p.161).

Muito se tem falado, discutido e refletivo sobre a avaliação, principalmente na Educação Infantil,
onde não há a intenção de promoção, mas sim, a intenção de acompanhar todo processo de
aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Desta forma, a avaliação prioriza e valoriza tudo que
está relacionado as aprendizagens e a forma como cada criança se desenvolve. Como diz Hoffmann,
“o intuito maior da avaliação deve ser observar, refletir e agir em busca da superação das dificuldades
das crianças.”
O ato de observar, dá condições para que os professores consigam
analisar e compreender melhor como cada criança aprende e se
desenvolve buscando experiências diferenciadas para que elas possam
se desenvolver nos seus mais diversos aspectos, seja na parte
cognitiva, social ou afetiva.
Assim, o processo avaliativo, referente as aprendizagens e
desenvolvimento das crianças a partir do Projeto Acolher para educar
e cuidar - acontecerá durante todo o período em que for desenvolvido,
através da participação das crianças em todas as vivências a elas
apresentadas.

O professor deve desenvolver no cotidiano escolar experiências que oportunize a criança a


participar e construir sua aprendizagem, uma vez que ela é protagonista de seu conhecimento. Vale
aqui destacar que os momentos mais relevantes do projeto deverão ser registrados, tendo como ponto
de observação o interesse, a participação, a interação do grupo, enfim, todos os dados, que possibilite
retratar a relação da turma com o respectivo projeto. Além disse, toda vivência será acompanhada pelo
professor a fim de que este possa observar o desenvolvimento de cada criança e identificar as possíveis
dificuldades e assim a partir da sua observação, possa buscar estratégias diferenciadas para atender as
diferentes necessidades. Daí a relevância do professor ter instrumentais como registros, por exemplo,
para que possa através da observação, colocar suas impressões sobre as aprendizagens e
desenvolvimento das crianças.
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Sobre o assunto, o Referencial Curricular para a Educação Infantil, ainda nos revela que “a
observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o professor dispõe para apoiar
sua prática” (Brasil MEC, 1992, p.58).
Hoffmann, (2012) também nos coloca que “(...) os registros de avaliação refletem a imagem da
ação desenvolvida pelo professor e devem permitir uma representação clara, nítida, significativa, do
que se observou e do trabalho realizado junto aos alunos. (Hoffmann, 2012, p. 105). Por fim, é
importante que o professor, através da sua observação e registros, busque caminhos que possibilitem
que as crianças construam uma aprendizagem que seja efetiva e eficaz. Afinal é de suma importância
que o educador tenha uma visão global da criança considerando suas singularidades, sabendo que cada
uma se desenvolve dentro das suas potencialidades.

6. RECURSOS

Som Balões
Caixa de som Fita gomada
Livros diversificados de histórias Almofadas
Cartolina Colchonetes
Tesoura Lápis
Revista Borracha
Cola Lápis de cor
Tinta guache Giz de cera
EVA Papel
Fantoches Massa de modelar
Brinquedos Papel madeira (...)

7. PERÍODO

❖ Durante todo ano letivo


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8. REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial


curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de
Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998

BRASIL. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: 1992.

FARIAS, F. C. Pode entrar a casa é sua! O acolhimento na educação infantil e a relação família- escola.
Educere – XII Congresso Nacional de Educação. 2015

HOFFMANN, J. Avaliação na pré-escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre:
Mediação, 2000.

ORTIZ, C. Cuidados Compartilhados, um Planejamento para Acolher os Pais, Revista Avisa Lá, p. 9.
Material educacional nova escola: educação infantil: caderno do professor: Ceará / [organização Camila
Camilo]. -- 1. ed. -- São Paulo: Associação Nova Escola, 2021. -- (Bebês; v. 1)

_________________: educação infantil: caderno do professor: Ceará / [organização Camila Camilo]. --


1. ed. -- São Paulo: Associação Nova Escola, 2021. -- (Crianças bem pequenas; v. 1)

_________________: educação infantil: caderno do professor: Ceará / [organização Camila Camilo]. --


1. ed. -- São Paulo: Associação Nova Escola, 2021. -- (Crianças pequenas; v. 1)

PIAGET, Jean. (1954) Inteligência e afetividade: sua relação durante desenvolvimento infantil. Anual
Reviews, Palo Alto-CA, (ed.USA, 1981).

SALTINI, Cláudio J. P. Afetividade e inteligência: a emoção na educação. 4ª ed. Rio de Janeiro: DP &
A, 2008. v. 01.

STACCIOLI, Gianfranco. Diário do acolhimento na escola da infância. Campinas, SP: 2013

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