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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

TAÍS LOPES CRUZ RAMOS ALVARENGA

A IMPORTÂNCIA DA ACEITAÇÃO E INTERVENÇÃO DA


FAMÍLIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA
CRIANÇA AUTISTA

IBIRACI/MG
2022
2

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

TAÍS LOPES CRUZ RAMOS ALVARENGA

A IMPORTÂNCIA DA ACEITAÇÃO E INTERVENÇÃO DA


FAMÍLIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA
CRIANÇA AUTISTA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial à obtenção do título
especialista em Licenciatura em Educação
Especial

IBIRACI/MG
2022
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A IMPORTÂNCIA DA ACEITAÇÃO E INTERVENÇÃO DA FAMÍLIA NO


PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA CRIANÇA AUTISTA

TAÍS LOPES CRUZ RAMOS ALVARENGA 1


Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por
mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de
forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de
produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte
a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

O trabalho é uma revisão bibliográfica de diversos autores, que tratam sobre as


necessidades das crianças, e do papel da família na educação dos autistas.
Traz uma breve síntese da pesquisa da doutora Maria Helena S. Sprovieri e o
doutor Francisco B. Assumpção Jr, que mostram o papel dificultador na dinâmica
familiar de pais de autistas. Trata do papel do profissional e especialistas, que é
levar às famílias, à escola e à sociedade o real significado da palavra inclusão,
mostrando antes de tudo, um entendimento sobre as consequências geradas por
um autista no núcleo familiar, como se preparar para aceitar e agir de forma
correta diante da sociedade, e das próprias questões familiares e individuais,
motivando os pais à acreditarem no desenvolvimento da criança, a criar meios
de comunicação, de socialização, de diálogo entre a criança e o mundo ao seu
redor. Isso implicará numa ação pedagógica válida, como afirma Eugênio Cunha
a respeito da parceria da escola e família e da atenção em dar significado à ação
do aluno.

Palavras Chave: autismo, escola, família, aceitação e intervenção.


.
INTRODUÇÂO
1
E-mail: tais.lcr.alvarenga@gmail.com
4

O presente trabalho abaixo tem como foco discutir a importância da


aceitação e intervenção da família nos processos de aprendizagem da criança
autista, no qual apresenta trabalhos de escritores que falam da importância da
família no processo de desenvolvimento de ensino aprendizagem das crianças
autistas, tendo suas opiniões e teses como fundamentos para os pais que
necessitem de apoio e ajuda para melhor entender as atitudes dos autistas, e
entenderem seus filhos, suas características e suas individualidades.
Através da leitura dos artigos e dos livros, pude confirmar segundo minha
prática dentro da escola, e do diálogo com pais e familiares, que a família é uma
base essencial na formação do ser humano e de suas práticas, seja,
comportamentais e educacionais. Prova disso é a pesquisa realizada pela doutora
Maria Helena S. Sprovieri e o doutor Francisco B. Assumpção Jr, com 45 famílias,
onde parte dessas famílias tinham filhos autistas e com síndrome de down. Os
autores afirmam que “a dinâmica familiar do autista é dificultadora da saúde
emocional dos membros do grupo, seus pais apresentam estresse, sendo as mães
com scores mais significativos”.
Então esse trabalho existe para esclarecer pais de alunos com TGD, que
tem dificuldades de intervenção com seus filhos a criar facilidades na ação familiar.
Ele orienta e cria possibilidades dos pais desenvolverem intervenções adequadas e
que deem resultados positivos no processo de aprendizagem da criança e, auxilia na
busca para desenvolver atitudes e orientações que ajude-os a lidar com situações
dentro e fora de casa e que essas atitudes possam levar as crianças com TGD a
desenvolverem suas potencialidades.
Objetivos específicos, compreender a importância das intervenções
familiares no processo de ensino aprendizagem da criança autista; conhecer os
trabalhos realizados no Atendimento Educacional Especializado prestado aos alunos
autistas; refletir sobre o papel do professor e família no processo de inclusão
escolar do aluno autista
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DESENVOLVIMENTO

Nós professores, pais, e educadores sabem que toda criança depende


de necessidades básicas e especiais para sobreviver, e se adaptar ao ambiente
em que está inserida, e desenvolver sua aprendizagem. Segundo (MILLER,
Nancy, 2002 P. 123.) as necessidades básicas da criança se divide em quatro
seguimentos: as necessidades físicas, emocionais, de socialização e
relacionamento e por ultimo a da autoestima.
A dependência da criança para se sentir protegida, para que não se
machuque e para terem confiança no espaço, garantia de alimentação e abrigo,
são dependências essenciais ligadas ao físico. Pois essas crianças precisam de
apoio, de socorro e de orientação nas horas de não entendimento. Cada
necessidade indica uma preocupação aos familiares, pois a criança pode
apresentar dificuldades em se equilibrar, em enxergar, ou em perceber o perigo
e as barreiras ao seu redor, tanto físicas quanto emocionais.
A autora afirma “os pais desejam motivar seus filhos na conquista pela
dependência, no entanto, precisam garantir a segurança da criança”.
As crianças necessitam se sentir amadas e muito bem cuidadas, ao
mesmo tempo de garantir a segurança, deve-se soltar, deixar a criança
descobrir, mostrar suas vontades deixando clara suas dúvidas. É através das
experiências que a criança descobre as emoções, cria-se o vínculo, o carinho, e
segurança que ela passa a ter com os personagens que compõe sua historia.
A autora pede: uma maior dose de atenção, paciência e tolerância, pois
a criança com necessidades especiais precisa de mais tempo, de mais recursos,
e de pais que tenham mais conhecimentos sobre como lidar com tais
especificidades.
Uma das discussões em torno dos autistas é de como criar intervenções
para suprir a necessidade de socialização e de relacionamento. Pois sabemos
que a criança autista tem dificuldades para se relacionar, até mesmo com os
pais, pois elas demoram mais tempo para atingir certo nível de socialização. É
preciso que os pais criem oportunidades que a criança conheça regras, rotinas,
e rituais da família para irem se adaptando ao ambiente, e criar vínculos afetivos
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e comunicativos. Em primeiro plano está à família, depois vem à escola e a


sociedade.
Assim a criança sendo especial ou tendo características autistas, os pais
devem ter ações
• Articular experiências de socialização e criar meios das crianças
se interagiram com outras crianças;
• Necessitar e criar estruturas de entendimento, na relação causa
consequência das atitudes da criança, seja uma não aceitação da quebra de
rotina até uma crise de comportamento;
• Estar atentos às atividades de vida diária, e escolar, que requerem
modificações, tanto na metodologia quanto na execução;(MILLER, Nancy, 2002
P. 123.)
A criança necessita de se sentir segura e confiante por
dentro( psicológico) e por fora ( físico), ter um certo conhecimento para viver
bem e socializar-se. A questão aqui é como os pais podem intervir para que seja
garantido o desenvolvimento das quatro necessidades propostas pela autora.
Segundo (MILLER, Nancy, 2002 P. 123 a 138) os pais devem:
• Orientar as crianças sobre o desenvolvimento sexual, sobre o
prazer e os sentimentos relacionados aos comportamentos sexuais;
• Mostrar a importância da higienização, dos cuidados com o corpo,
e na hora de se vestir;
• Criar hábitos de uma alimentação saudável, e expor à criança as
consequências da ingestão de drogas, entorpecentes, e alimentos que
prejudicam a saúde;
• Criar situações problemas que envolvam a realidade e as
necessidades básicas de sobrevivência, e ensinar as crianças a questionarem
suas dúvidas a respeito da solução desses problemas, criando assim uma forma
própria de resolução e adaptação em sociedade. Enfatizar a persistência;
• Ensiná-las a pedir ajuda e aceita-la quando necessário; expor aos
filhos que nada é perfeito, e tudo pode ser transformado, para o bem, com a
forma certa, e com as atitudes certas;
• Motivar a criança à aceitar a cultura dos outros e expor a sua
própria cultura, isso começa com atitudes dentro de casa, como por exemplo: o
pai cria uma forma de lidar com tal pessoa, animal, ou até mesmo um objeto, e
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propõe a criança criar sua forma de falar, expressar, e entender o espaço e a


situação que está inserido. Toda atividade treinada em casa, em qualquer
situação deve ser observada e dialogada pelos pais com total reponsabilidade e
seriedade;
• Ensinar a criança a observar as atitudes boas das pessoas, e saber
valorizar o espaço, o ambiente, as pessoas e as relações postas em grupo.
Como cuidar, como preservar, como valorizar, como garantir uma ação efetiva
dentro e fora de casa, qual é o meu papel? Qual é o meu limite, o que devo falar,
expor ou opinar sobre tal assunto, ou em determinado momento? Essas são
questões que devem ser trabalhadas dentro de casa;
• Criar em si mesmos e para o desenvolvimento da criança, uma
inteligência intrapessoal, onde ela seja capaz de se adaptar aos lugares, à
diversidade, ao diálogo, e independente do que acontece ao seu redor, ela se
sinta bem consigo mesma;
Quando o pai mostra ao filho sua deficiência, e expõe a ele como vencer
as dificuldades impostas pela necessidade em si, como pela sociedade, ele
garante que tais dificuldades não afetem sua vida, sua formação e seu
desenvolvimento. Pois a criança terá total controle sobre as atitudes
preconceituosas de outras pessoas e sobre sua própria concepção do que á sua
necessidade especial.
A criança deve entender que ninguém é perfeito, melhor ou pior, mas
que existem diferentes possibilidades de atuação e potencialidades, e que cada
indivíduo é único. A autora afirma:
Como não vivemos num mundo perfeito, a realidade é que seu filho é
membro de um grupo minoritário que enfrenta discriminação e
preconceito com frequência. E, por causa dessa realidade, seu filho
precisa aprender a suportar com dignidade os preconceitos e as
limitações que poderão desafiá-lo na comunidade.

2. A FAMÍLIA COMO BASE ESSENCIAL NA FORMAÇÃO DO SER HUMANO

Mediante aos estudos realizados para fazer esse trabalho, pude


confirmar segundo minha pratica dentro da escola, e do diálogo com pais e
familiares, que a família é uma base essencial na formação do ser humano e de
suas praticas, seja, comportamentais e educacionais, pois segundo (SPROVIERI
8

e ASSUMPÇÃO 2001, p. 231) família é a “ unidade básica de desenvolvimento


das experiências das realizações e dos fracassos do homem”.
Os autores realizaram uma pesquisa com 45 famílias, onde parte dessas
famílias tinham filhos autistas. Segundo os autores “a dinâmica familiar do
autista é dificultadora da saúde emocional dos membros do grupo, seus pais
apresentam estresse, sendo as mães com scores mais significativos”, isso foi
comprovado pela Entrevista Familiar Estruturada ( EFE) que permite análise e
quantificação das categorias comunicação, regras, papéis liderança, conflitos,
manifestação de agressividade, afeição física, individualização, integração,
autoestima, interação conjugal e interação familiar facilitadora de saúde
emocional nos seus membros.
Segundo os autores “o autismo leva o contexto familiar a viver rupturas
por interromper suas atividades sociais normais, transformando o clima
emocional no qual vive” e é nesse clima que surgem situações onde o
comportamento dos familiares e do autista sofre mudanças. Essas mudanças se
agravam por alguns fatores no desenvolvimento do comportamento: “
incongruência quando os níveis de relato e ordem não se reforçam mutuamente,
confusão quando são utilizadas frases incompletas, estilo obscuro, mudanças
bruscas de assunto e linguagem pouco explícita que dificultam a compreensão
das mensagens; sem direcionalidade adequada quando não são sempre
dirigidas às pessoas do grupo familiar; sem carga emocional adequada quando
sua transmissão é feita sem que sua carga emocional seja manifesta.”
Em suma a família enfrenta diversas questões, sendo que a mais
agravante é não saber lidar com os sintomas que vão aparecendo e se
desenvolvendo no autista. Entendi que lidar com a anormalidade imposta pela
falta de informação ou pela falta de busca de métodos de intervenção, se faz
necessário criar métodos e formas de intervir, não somente no atendimento à
criança, mas principalmente na estrutura familiar, que se torna tão frágil diante
desse processo de aceitação.
O papel do profissional é levar a essa família, a escola e a sociedade o
real significado da palavra inclusão, mostrando antes de tudo, um entendimento
sobre as consequências geradas por um autista no núcleo familiar, como se
preparar para aceitar e agir de forma correta diante da sociedade, e das próprias
questões familiares e individuais.
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2.1 O DIÁLOGO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

Éabsolutamente certo que o diagnóstico precoce, o tratamento


especializado e a educação adequada propiciam mais independência e
melhoram a qualidade de vida em qualquer nível de autismo, tornando
a interação entre escola e família altamente relevante, (CUNHA,
Eugênio. 2015. p. 12)
Sabemos que a parceria entre a escola e a família é de fundamental
ajuda e desenvolvimento para a criança autista, pois o diálogo entre professores,
colegas e o próprio aluno, cria um conhecimento a respeito do aluno, e de como
lidar com os mesmo, em consequência desse olhar mais participativo surge uma
metodologia de ensino e intervenção adequada ao processo de ensino
aprendizagem.
A questão mais importante que o autor enfatiza é “dar significado à ação
do aluno”,ou seja, saber observar, fazer a leitura das ações do aluno, saber a
importância de cada movimento de cada gesto, ou expressão feita, e colaborar
com a criação de um entendimento que dê significados concretos à ação do
aluno. Esse olhar tem que partir dos professores, da escola, e principalmente da
família, pois se o aluno faz algo que os especialistas da escola não sabem
distinguir ou identificar a motivação, talvez a família saiba explicar tal fato, e
ajude na intervenção correta com para esse aluno.
O autor também chama a atenção para o diagnostico precoce, as
características comportamentais e para a ação pedagógica dentro da escola
como os trabalhos com a rotina e a intervenção.
Sabemos que as questões acima devem ser estudadas passo a passo,
diretamente com os pais, com os professores e com o aluno, se possível com
seus colegas de classe. Toda informação trazida para o estudo de caso deve ser
de total confiança e verídica, pois será de suma importância para uma
intervenção correta. Afirmo isso pois, percebo que quanto mais os pais
participam da vida escolar do filho, mais fácil fica os trabalhos com os alunos, a
forma de intervir e chegar à conquista dos objetos propostas para a
aprendizagem do mesmo.
Como convivemos com alunos, professores e pais, sabemos que muitas
famílias se formam sobre normatividades, ou seja, a estrutura familiar diante da
sociedade muitas vezes é baseada em regras, critérios pré-definidos e normas,
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e isso interfere de forma significativa no desenvolvimento familiar e pessoal,


quando se tem uma criança, considerado pela sociedade, anormal.
Esse é o ponto de partida para entender e desenvolver uma pratica
educacional na escola e em casa, e criar um diálogo positivo entre escola e
família que possa acabar ou, ao menos, minimizar as barreiras e dificuldades
impostas pela necessidade especial, e pela sociedade.
Sabemos que a melhor forma de vencer as dificuldades é ouvir os
protagonistas que estão participando da história do autista. Ouvir os pais, os
amigos e colegas de escola, e os professores. Saber identificar nas atitudes do
autista, as relações de causa consequência, e orientar esses protagonistas em
como lidar com tais atitudes e ações.
“A intervenção pode ser compreendida como a busca por um
desenvolvimento melhor das habilidades do individuo com vista à superação de
suas dificuldades” (CUNHA, 2015),e isso nos faz entender que a intervenção
pedagógica deve caminhar junta ao tratamento, e que a busca por socialização
deve ter um desenvolvimento paciencioso e observado com clareza por todos os
especialistas envolvidos no caso, pois a ação dos familiares com o autista dentro
de casa e na escola deve ser acompanhada e direcionada da melhor forma
igualitária, ou seja, a forma como falar, fazer e agir em diferentes ambientes
deve ter características parecidas, segundo o autor “esses ambientes apesar de
diferentes fisicamente, devem ser similares em objetivos e práticas educativas”.
Assim é indispensável para o desenvolvimento de crianças autistas
usar na escola e em casa diversos recursos como matérias montessorianos, e
trabalhar os métodos TEACCH e PECs.
Como trabalho na sala de recursos multifuncionais afirmo a importância
de trabalhar com diversos itens presentes na vida cotidiana do aluno, para trazer
a realidade escolar e familiar uma ação desenvolvimentista de ações e práticas,
onde a criança irá se adaptar aos recursos e métodos, dentro e fora da escola.
Como por exemplo, posso citar um dia que ensinei uma aluna a dobrar roupas,
pois ela não sabia, e me disse que sua mãe não tinha paciência de ensina-la,
então trouxe algumas camisetas e calças de casa, e ensinei à ela como dobrá-
las e organizar os espaços das gavetas.
Existe um sistema de comunicação por troca de figuras: o PECs,
também pode ser usado facilmente em casa, em sala de aula, ou na sala de
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recursos, pois facilita a comunicação e desenvolvimento da linguagem. Podemos


usar com estímulos mostrando figuras e trocando-as por alguma coisa, objeto
que a criança queira muito. Quando a criança começar a associar a imagem à
sua vontade ela irá criando meios de comunicar-se como: “eu quero”, e
responder à perguntas como: “o que você quer?”. Logo mais ela estará criando
frases e desenvolvendo diálogo com os pais, professores e profissionais
envolvidos no caso.
O método TEACCH pode ser utilizado por professores e por pais que
desejam contextualizar e dar coerência às formas de comunicação do autista e
desenvolver a verbalização. O professor pode ensinar uma tarefa conduzindo as
mãos do aluno à cartões que contenham imagens daquilo que o aluno precisa
para verbalizar e comunicar para ter uma vida com suas necessidades supridas,
ou que se torne o mais independente possível, buscando objetos, ações, frases
ou palavras soltas para que o aluno identifique tais imagens com sua realidade,
e sempre utilizando os cartões como apoio visual. Aos poucos, o educador vai
direcionando cada vez menos, até que a criança consiga realizar a atividade
sem ajuda, apenas sendo guiada pelos cartões, onde posteriormente a própria
dependência de rotina, fará que o aluno crie verbalização, de sentido às imagens
e comesse a dar coerência e entendimento as suas ações. Devemos tratar de
temas como a rotina e a importância de trabalhar com repetições e elogios,
dando motivações à criança.
Utilizando-se desses métodos para incentivar o desenvolvimento da
aprendizagem, os familiares entenderão a forma correta de intervir em casa,
como chegar até o individuo e a melhor forma de ter um desenvolvimento
significativo dentro da escola e na sociedade. Encaminhar os pais a lidar com
métodos, praticas e ações que andarão no mesmo ritmo da escola, motivar à
acreditar no desenvolvimento da criança, a criar meios de comunicação, de
socialização, de diálogo entre a criança e o mundo ao seu redor, implicará numa
ação pedagógica válida e efetiva para todos profissionais e para a família.
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CONCLUSÃO

Sabemos que garantir nossa pratica educativa é buscar, é desvendar, é


participar, é criar, motivar, incentivar e dialogar com todos envolvidos na
educação do indivíduo, e sempre saber ouvir e ensinar às famílias como vencer
as dificuldades e desenvolver uma nova realidade para a educação inclusiva.
Através do estudo e da leitura dos autores citados acima podemos falar
que as orientações dadas aos pais que se fazem presentes na educação dos
filhos com autismo, é de fundamental estrutura para o desenvolvimento da
criança no meio social, familiar e escolar. A criança se sente segura ao receber
uma intervenção proposta com base no entendimento familiar, num diálogo
produtivo da escola com a família e da busca por conhecimentos e métodos, que
serão aplicados durante a educação pedagógica familiar.
O desenvolvimento da criança autista, quanto à comunicação e
interação social, se dá pela estruturação de conhecimento dos educadores que
estão envolvidos com o caso, os ganhos são garantidos quando há uma
presença efetiva dos pais com a vida social e escolar do aluno.
A conclusão real que se tem quando um pai aceita, busca informação e
cria ações pedagógicas de intervenção familiar, é saber que temos a garantir
uma dinâmica familiar produtiva, baseada no afeto, no diálogo e na criação de
um ambiente propício ao desenvolvimento, não só da criança autista, mas dos
próprios pais ou responsáveis envolvidos no processo. Vai além do que garantir
aprendizado, isso implica na construção de um lugar apropriado e aprazível à
educação e mantenedores dos laços familiares.
Organizar o ambiente e as práticas familiares ajusta o autista a se
organizar, a se desenvolver e crescer não nas normalidades, mas sim como um
indivíduo capaz de se adaptar a um ambiente sociável diante de suas
individualidades.
A educação só tem a ganhar com a dedicação de pais e especialistas no
emprenho de criar, desenvolver e adaptar métodos às crianças autistas, pois
adquirir pratica pedagógica dentro e fora da escola, é garantir que as crianças
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que estão crescendo possam ter cada vez mais um melhor atendimento e as
famílias possam estar preparadas para gerar uma sociedade de fato inclusiva.
A discussão é realista, formativa e depende de nosso interesse e plena
dedicação nas observações, análises e discussões com as famílias e
educadores sobre a ação inclusiva pedagógica e social da criança com
necessidades especiais. É necessário ir mais a fundo, pesquisar, analisar,
discutir, criar, observar, desenvolver, por em prática, mas antes de tudo, é
necessário: Amar.
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REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS

ROHRS, Hermann. Maria Montessori. Coleção Educadores MEC. Recife 2010.


Editora Massangana.

MILLER, NANCY B. Ninguém é perfeito; Vivendo e aprendendo com


crianças que tem necessidades especiais. . São Paulo .3ª edição 2002.
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CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão. Psicopedagogia e práticas


educativas na escola e na família. 6ª edição. Rio de Janeiro, Editora Wak,
2015

CUNHA, Eugênio. Autismo na escola. Um jeito diferente de aprender, um


jeito diferente de ensinar. 3ª edição. Rio de Janeiro, Editora Wak, 2015.

SPROVIERI, Maria Helena S e ASSUMPÇÃO,Francisco B. Artigo. Arq


Neuropsiquiatria 2001;59(2-A):230-237.

BELISÁRIO FILHO, José Ferreira. e CUNHA, Patrícia. A educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva. Transtornos Globais do
Desenvolvimento. Ministério da educação . Secretaria de Educação Especial
Universidade Federal do Paraná. Brasília. 2010.

ROPOLI, Edilene Aparecida. A educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva. A escola comum inclusiva. Ministério da educação .
Secretaria de Educação Especial Universidade Federal do Paraná. Brasília.
2010.
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